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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Série: José: Amargura, Traição E Bênção: Um Irmão Traído



Série: José: Amargura, Traição E Bênção: Um Irmão Traído

Série: José: Amargura, Traição E Bênção: Um Irmão Traído
Texto: Gênesis 37:18-36
Introdução: Em nosso sermão anterior, fomos introduzidos a José, filho de Jacó, nascido de Raquel. Ele era o filho da velhice de Jacó e era muito próximo de Jacó. Eles compartilhavam uma relação especial que os outros irmãos não desfrutavam. José ganhou uma túnica de varia cores de seu pai, revelando sua posição e autoridade. Sendo muito mais jovem que seus dez irmãos mais velhos, isso criou discórdia e conflitos dentro da família. José possuía sabedoria além de sua idade, e Deus revelou a ele a verdade sobre o futuro da família. Isso também causou muito ressentimento para José. Ele era amado profundamente por seu pai, mas odiado por seus irmãos mais velhos.

Hoje à noite nós lemos a passagem relativa a traição de José, o que resultou em José ser vendido como escravo. Os filhos de Jacó suportaram o "sonhador", o máximo que eles poderiam e conceberam um plano cruel e enganador para se livrar de José.

Eu certamente espero que nenhum de nós seja forçado a lidar com uma traição daqueles que amamos, mas há uma grande aplicação para as nossas vidas no texto. José foi odiado por causa de sua proximidade com o pai. Ele era diferente dos outros; ele não participava nas atividades de seus irmãos. Ele foi perseguido pelo homem que ele era. Eu posso garantir-lhe que este mundo não vai abraçar você, se você está comprometido com uma relação estreita com o Senhor. Você será desprezado e rejeitado se você decidir viver uma vida contrária ao mundo.

Embora os irmãos pensaram que tinham se livrado da fonte de sua angústia, a mão soberana de Deus estava trabalhando. Nós nem sempre podemos compreender nossas dificuldades, mas mesmo assim temos de confiar no Senhor e se inclinar sobre ele. Há muito nestes versos a considerar. Eu quero olhar para as atitudes das pessoas envolvidas enquanto nós pensamos sobre: Um irmão traído

I. A Trama Do Ressentimento. V. 18-20

- Aqui vamos descobrir como os irmãos planejaram e tramaram contra José. Observe:

A. A Conspiração. V. 18 – “Eles o viram de longe e, antes que chegasse aonde estavam, conspiraram contra ele, para o matarem”. José estava seguindo a instrução de seu pai, indo verificar o bem-estar de seus irmãos, e antes que ele chegasse a eles, eles estavam conspirando para matá-lo. Isto dá a ideia de "ser enganado, trapacear". Indica um plano para ser enganoso, sendo intencionalmente trapaceiro e enganoso. Os irmãos mais velhos não estavam bem com Deus, e não podemos esperar que o mundo lide favoravelmente conosco, especialmente não de uma maneira piedosa.

B. O Desprezo. V. 18 – “Eles o viram de longe e, antes que chegasse aonde estavam, conspiraram contra ele, para o matarem”. É evidente que eles odiavam José. Alguns leitores lidam de forma desleal com José, atribuindo muito do seu ódio à arrogância de sua parte, mas não concordo com esse ponto de vista. José tinha sido honrado por seu pai. Deus estava claramente trabalhando em sua vida. Ele era apenas o destinatário do favor de Jacó e do Senhor. Os irmãos sabiam que José era diferente e o rejeitavam por isso. Realmente José foi odiado por quem ele era e as convicções que ele sustentava.

C. A Dúvida. V. 19, 20b – “dizendo uns aos outros: Eis que lá vem o sonhador! Vinde, pois, agora, matemo-lo e lancemo-lo numa das covas; e diremos: uma besta-fera o devorou. Veremos, então, o que será dos seus sonhos”. Os irmãos de José duvidaram da sabedoria que ele possuía. Eles rejeitaram as visões que Deus lhe havia dado a respeito de seu futuro. Eles provavelmente pensaram que José era um pirralho mimado com a cabeça nas nuvens. Eles não tinham confiança na sua capacidade ou no relacionamento que ele tinha com o Senhor.

- Se você servir ao Senhor o suficiente, você vai experimentar aqueles que duvidam de sua fé, e até mesmo do Deus que você serve. Não temos nós todos ouvido daqueles a quem o Senhor salvou e outros questionaram se eles iriam permanecer fieis? O mundo não entende a nossa relação com Cristo ou a nossa perspectiva sobre o futuro. Não podemos permitir que a dúvida de outros dificulte a nossa caminhada com o Senhor ou o nosso compromisso para com Ele.

D. A Deliberação. V. 20a – “Vinde, pois, agora, matemo-lo e lancemo-lo numa das covas; e diremos: uma besta-fera o devorou”. Os irmãos de José viram como uma ameaça o seu modo de vida. Eles não admitiram isso, mas eles eram intimidados por ele. Eles tinham um objetivo: livrar suas vidas do "sonhador" e os problemas que ele causava, mesmo que isso significasse, matar e mentir para o pai sobre o que realmente aconteceu.

- Devemos entender, este mundo não se importa conosco e alguns preferia que não existíssemos. Para muitos, os crentes são vistos como um obstáculo ao progresso. Eles acham que o mundo seria melhor se a igreja deixasse de funcionar. Eles fazem de tudo para conseguir o que desejam, mesmo que isso signifique ferir pessoas inocentes e procurar encobrir suas más ações. 

II. A Petição De Rúben. V. 21-22

- Descobrimos que Rúben foi um pouco mais gentil com José, mas não permaneceu para com ele como deveria. Observe:

A. Sua Diferença. V. 21 – “Mas Rúben, ouvindo isso, livrou-o das mãos deles, dizendo: Não lhe tiremos a vida”. Rúben rogou aos outros por medidas menos drásticas. Parece, também que ele estava cansado de José, mas ele não queria matá-lo. Estou convencido de que ele desejava livrar suas vidas de sua influência, mas ele não era a favor de danos físicos.

B. Seu Desejo. V. 22 – “Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mão nele. Disse isto para livrá-lo das mãos deles, a fim de restituí-lo a seu pai”. Inicialmente Rúben procurou livrar José da conspiração dos seus irmãos. Eu honestamente acredito que ele queria entregar José em segurança para Jacó. Esta opção foi oferecida em vez de derramamento de sangue inocente.

- No entanto, não podemos manter Rúben inocente neste esquema mal. Notamos que ele ficou angustiado quando descobriu que José não estava na cova, Vv.29-30. Certamente ele temia contar a Jacó que algo tinha acontecido com ele, mas ele não fez nada para parar a injustiça para com José. Os irmãos concordam em mentir para Jacó sobre a morte de José e Rúben vai junto com o plano. Ele poderia ter sido, pelo menos honesto com Jacó, mas ele escolheu abraçar a mentira. 

III. A Progressão Do Ressentimento. V. 23-28

- À medida que continuamos a mover através do texto, vemos a progressão prejudicial de ressentimento e ódio. Observe:

A. A Agenda. V. 23 – “Logo que José chegou a seus irmãos, estes o despiram da sua túnica, a túnica de várias cores, que ele trazia”. Aqui encontramos a motivação para tudo isso. Eles desprezavam José e sua túnica de várias cores. Eles eram intimidados pela posição que ele tinha obtido e eles estavam determinados a se livrar de José a qualquer custo. Seus desejos e agenda na vida não seria prejudicado por qualquer pessoa, até mesmo um irmão.

- Nunca devemos subestimar o poder e a sedução do pecado. Muitos hoje não vão se deter por nada para satisfazer a carne. Vemos crianças, amigos e família abusados e abandonados em um esforço para obter os desejos pessoais.

B. A Apatia. V. 24 – “e tomando-o, lançaram-no na cova; mas a cova estava vazia, não havia água nela”. Não houve preocupação com o bem-estar físico de José. Ele foi lançado em um poço sem água, e não há nenhuma menção de qualquer coisa ser oferecida a ele. Aqui nós temos uma imagem clara do ódio deles para com José. Eles não se importavam se ele estava vivo ou morto.

C. A Arrogância. V. 25a – “Depois sentaram-se para comer...” Tenha em mente que José estava no poço. Ele não tinha água para beber e nem comida para comer. Eles vieram com um plano diabólico para se livrar do irmão e mentir para o pai, e ainda assim eles não se preocupavam. Não há nenhum remorso por suas ações. Para eles, é algo comum. Eles nunca imaginaram que teriam de enfrentar seu pecado no futuro, ou que suas mentiras seriam descobertas.

D. O Abandono. V. 25b-28 - Os irmãos concordam em vender José como escravo para os midianitas por vinte moedas de prata. Ele foi vendido como escravo sem qualquer remorso. José foi traído e abandonado por aqueles que deveriam cuidar dele e oferecer proteção. Sua vida não valia mais para eles do que a de um escravo comum. Você pode imaginar como ele deve ter se sentido quando ele foi amarrado e levado, sabendo que seus irmãos eram responsáveis?

- Aqui José figura nosso Senhor. Ele veio para os seus e os Seus não O receberam. Ele foi traído por um amigo; vendido por trinta moedas de prata, o preço de um escravo. Você pode imaginar como Jesus deve ter se sentido? 

IV. A Perplexidade Da Vingança. V. 31-36

- Os irmãos chegaram a um plano, mas o pecado e a mentira nunca são simples. Sempre tem consequências. Eles tinham feito uma decisão que afetaria eles e toda a família para os próximos anos. Observe:

A. O Engano. V. 31-32 - Eles mataram um cabrito e aspergiram o sangue sobre a túnica de José para fazer parecer como se ele tivesse sido morto por um animal selvagem. Eles, então, pegaram a túnica de muitas cores para Jacó e não ofereceram nenhuma explicação. Eles permitiram que Jacó chegasse a uma conclusão provável que eles lhe anteciparam fazer. Nenhum dos dez disse uma palavra sobre o que realmente aconteceu com José.

B. O Desespero. V. 33-35 - Estes versículos revelam a dor e a tristeza de Jacó sobre a perda de seu filho. Jacó acreditou que José estava morto e ele nunca mais o veria.

- Isto é o que me incomodou nestes versos. Os irmãos fingiram consolar Jacó em seu sofrimento, sabendo a verdade sobre José o tempo todo. O ódio deles por seu irmão excedeu o amor pelo pai. Eles estavam dispostos a ver o pai sofrer graves tormentos, a fim de viver a vida que desejavam. O pecado não faz acepção de pessoas e não se detém diante de nada para ser realizado.

C. A Angústia. V. 36 – “Os midianitas venderam José no Egito a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda”. Como veremos nos próximos estudos, este foi o início de uma longa e difícil jornada para José. Ele será forçado a suportar muita dor e sofrimento nos próximos anos. Claramente seus irmãos tiveram uma mão em seu sofrimento.

- Você pode argumentar que eles eram responsáveis por seu sofrimento, e até certo ponto eu concordo com você. Vamos descobrir, no entanto, que Deus tinha um plano maior para José e Ele usaria sua escravidão e sofrimento para libertar Israel.

- Embora Deus tivesse um plano, seu plano não tolerava o comportamento perverso dos irmãos de José. Pessoas inocentes sofreram por causa do desejo deles de pecar. Esta verdade não mudou. Deus nunca está satisfeito com o pecado e nunca pecamos sem consequências. Nossas decisões criam consequências, e muitas vezes o inocente sofre por causa das más decisões de outros. Devemos buscar uma vida de retidão perante o Senhor, e nos esforçar para honrá-lo e evitar o sofrimento desnecessário de outros.

Conclusão: Este é um relato trágico nas Escrituras. José foi traído e maltratada por sua própria família. Aqueles que deveria o amar, viraram as costas para ele. Ele não entendia tudo isso na época, mas Deus estava com ele a cada passo do caminho. Ele usaria o sofrimento de José para o seu bem e para o bem daqueles que amava.

Eu sei que houve vezes em nossas vidas quando fomos maltratados por outros. É fácil ficar amargo em momentos como esse, e se não tivermos cuidado, até ser tentados a culpar a Deus.
Em nossos momentos difíceis, nós precisamos olhar para Jesus. Ninguém sofreu como ele sofreu. Ele era inocente e santo, e ainda assim Ele carregou o nosso pecado e vergonha. Ele nos amou a ponto de morrer por nós e Ele prometeu nunca nos abandonar. Se você está em meio a um julgamento, olhe para Jesus. Se você ainda não foi salvo, Ele te ama e quer salva-lo. Venha a Ele, hoje!

Pr. Aldenir Araujo

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