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terça-feira, 26 de julho de 2016

Livro dos Provérbios -- Capítulo 30

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Provérbios de Agur

1 Ditados de Agur, filho de Jaque; oráculo:
Este homem declarou a Itiel;
a Itiel e a Ucal:
2 "Sou o mais tolo dos homens;
não tenho o entendimento
de um ser humano.
3 Não aprendi sabedoria,
nem tenho conhecimento do Santo.
4 Quem subiu aos céus e desceu?
Quem ajuntou nas mãos os ventos?
Quem embrulhou as águas em sua capa?
Quem fixou todos os limites da terra?
Qual é o seu nome
e o nome do seu filho?
Conte-me, se você sabe!
5 "Cada palavra de Deus
é comprovadamente pura;
ele é um escudo para quem
nele se refugia.
6 Nada acrescente às palavras dele,
do contrário, ele o repreenderá
e mostrará que você é mentiroso.
7 "Duas coisas peço que me dês
antes que eu morra:
8 Mantém longe de mim
a falsidade e a mentira;
não me dês nem pobreza nem riqueza;
dá-me apenas o alimento necessário.
9 Se não, tendo demais,
eu te negaria e te deixaria,
e diria: 'Quem é o Senhor?'
Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar,
desonrando assim o nome do meu Deus.
10 "Não fale mal do servo ao seu senhor;
do contrário, o servo o amaldiçoará,
e você levará a culpa.
11 "Existem os que amaldiçoam seu pai
e não abençoam sua mãe;
12 os que são puros aos seus próprios olhos
e que ainda não foram
purificados da sua impureza;
13 os que têm olhos altivos
e olhar desdenhoso;
14 pessoas cujos dentes são espadas
e cujas mandíbulas
estão armadas de facas
para devorarem os necessitados desta terra
e os pobres da humanidade.
15 "Duas filhas tem a sanguessuga.
'Dê! Dê!', gritam elas.
"Há três coisas que nunca estão satisfeitas,
quatro que nunca dizem: 'É o bastante!':
16 o Sheol, o ventre estéril,
a terra, cuja sede nunca se aplaca,
e o fogo, que nunca diz: 'É o bastante!'
17 "Os olhos de quem zomba do pai,
e, zombando, nega obediência à mãe,
serão arrancados pelos corvos do vale,
e serão devorados
pelos filhotes do abutre.
18 "Há três coisas
misteriosas demais para mim,
quatro que não consigo entender:
19 o caminho do abutre no céu,
o caminho da serpente sobre a rocha,
o caminho do navio em alto-mar,
e o caminho do homem com uma moça.
20 "Este é o caminho da adúltera:
ela come e limpa a boca, e diz:
'Não fiz nada de errado'.
21 "Três coisas fazem tremer a terra,
e quatro ela não pode suportar:
22 o escravo que se torna rei,
o insensato farto de comida,
23 a mulher desprezada
que por fim se casa,
e a escrava que toma o lugar
de sua senhora.
24 "Quatro seres da terra são pequenos,
e, no entanto, muito sábios:
25 as formigas, criaturas de pouca força,
contudo, armazenam sua comida no verão;
26 os coelhos, criaturas sem nenhum poder,
contudo, habitam nos penhascos;
27 os gafanhotos, que não têm rei,
contudo, avançam juntos em fileiras;
28 a lagartixa, que se pode
apanhar com as mãos,
contudo, encontra-se nos palácios dos reis.
29 "Há três seres de andar elegante,
quatro que se movem com passo garboso:
30 o leão, que é poderoso entre os animais
e não foge de ninguém;
31 o galo de andar altivo; o bode;
e o rei à frente do seu exército.
32 "Se você agiu como tolo
e exaltou-se a si mesmo,
ou se planejou o mal,
tape a boca com a mão!
33 Pois assim como bater o leite
produz manteiga,
e assim como torcer o nariz
produz sangue,
também suscitar a raiva
produz contenda". 

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Infinitamente mais importante do que tirar Dilma do poder

Infinitamente mais importante do que tirar Dilma do poder

Julio Severo
O que é infinitamente mais importante do que tirar Dilma do poder?
É eliminar da consciência popular o mito da Inquisição.
Quem disse isso? Olavo de Carvalho, que está usando uma retórica anticomunista soviética para sanear a Inquisição.
Pobre Dilma. Ela não é a maior ameaça do Brasil. A maior ameaça é dizer que a Inquisição torturava, saqueava e matava multidões de judeus e evangélicos. Isso conforme a retórica do Olavo, que disse na semana passada:
“Quem quer que tenha estudado a ofensiva cultural soviética e a posterior estratégia gramsciana compreende algo que parece ainda totalmente ignorado de cem por cento dos liberais e conservadores neste país: eliminar da consciência popular mitos como a ‘Inquisição’ é infinitamente mais valioso do que ‘tirar a Dilma.’”
Independente do que a estratégia soviética olaviana e o gramscismo olaviano digam, a Inquisição nunca foi mito e sempre foi amplamente condenada nos Estados Unidos, o maior país capitalista do mundo.
Independente do que a estratégia soviética olaviana e o gramscismo olaviano digam, a Inquisição nunca foi mito e sempre foi amplamente condenada por evangélicos, especialmente americanos, muito antes de existir a União Soviética.
Independente do que a estratégia soviética olaviana e o gramscismo olaviano digam, a Inquisição nunca foi mito e sempre foi amplamente condenada pelos judeus, que já eram vítimas dessa máquina assassina muito antes dos evangélicos.
Não é mito o fato de que judeus e evangélicos eram vítimas preferenciais da Inquisição, que os torturava, saqueava e matava.
O único interessado em transformar essa realidade em mito é Satanás, o pai da mentira, do roubo e da morte.
Se, conforme o próprio Olavo declarou, “eliminar da consciência popular mitos como a Inquisição” é infinitamente mais importante do que tirar Dilma, então sua luta anticomunista é uma farsa e apenas escada para atingir outros objetivos. Eu não estranho tal atitude, que é típica entre ocultistas, que sempre mascaram suas intenções.
No passado, eu achava que uma unidade entre católicos olavianos e evangélicos contra o comunismo seria possível. Hoje não tenho mais essa ilusão, especialmente vendo evangélicos olavianos que, como papagaios, repetem a retórica pró-Inquisição de seu novo mestre. Passaram do “Imbecil Coletivo” para o emburrecimento coletivo do olavismo cultural.
É lamentável que um movimento chamado beneficamente de Escola Sem Partido esteja atrelado a um homem determinado a uma doutrinação pró-Inquisição ao custo da verdade e do sangue das vítimas judias e evangélicas. Trocando uma doutrinação mentirosa por outra.
Se Dilma fosse avisada de que eliminar um suposto mito da Inquisição é mais importante do que derrubá-la, ela própria financiaria, com Caixa 2, a campanha olaviana de saneamento da Inquisição, para que o Olavo ficasse tão distraído com esse pirulito que a esquecesse. Mas para isso, ele precisaria ser mais importante para o impeachment do que ele alega e aparenta ser. O que foi noticiado na imprensa internacional é que o impeachment mostra o crescente poder evangélico no Brasil, que, se depender do Olavo, será destruído por uma propaganda que usa o revisionismo da Inquisição para fomentar objetivos que estão lacrados a sete chaves numa cabeça ocultista.
Se a campanha gramsciana olavina der certo, no futuro judeus e evangélicos serão demonizados como se fossem soviéticos sanguinários, transformando efetivamente as vítimas em monstros criminosos.
Quem sairá como herói nessa estória farsante?

sábado, 23 de julho de 2016

TOCHA OLÍMPICA - CRISTÃOS PODEM PARTICIPAR DESSA CERIMÔNIA?


TOCHA OLÍMPICA - CRISTÃOS PODEM PARTICIPAR DESSA CERIMÔNIA?

“Sua chama remete aos primórdios dos Jogos, no século 8 a.C.: os gregos da Antiguidade consideravam o fogo um elemento divino e mantinham chamas sempre acesas em frente a seus principais templos – como o santuário de Olímpia, que recebia as competições esportivas. 

Para assegurar sua pureza, a chama era acesa pelos raios do sol através de uma “skaphia”, espécie de espelho côncavo que converge os raios para um ponto específico. Na Era Moderna, esta cerimônia continua sendo realizada para acender a chama em frente ao Templo de Hera, na mesma cidade de Olímpia, com mulheres caracterizadas como "sacerdotisas", entre 90 e 100 dias antes de cada edição dos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno.” Fonte
O cristianismo também é rico em figuras rituais simbólicos; e sabemos o poder dos símbolos. Por quê permitimos que essa cultura pagã faça parte de nossos interesses?

O paganismo do passado é o mesmo de nossos dias atuais; minimizamos o seu poder devido ao conhecimento científico. Imaginamos que ciência excluiu a existência dos deuses da antiguidade, mas as forças atrás deles sempre existiram.

“A chama olímpica, referência ao fogo que queimava em homenagem à deusa Hera (Juno) durante os jogos de Olímpia.” Fonte : UOL

Essa deusa levou milhares de cristãos serem martirizados por não se renderem à cultura grega e às imposições do Império Romano; render homenagem a esse símbolo é menosprezar a vida dos mártires e desprezar o mandamento que ordena – “Não terás outros deuses” Ex 20:3.

Cristãos do passado se excluíam da cultura grega ou dos rituais do império romano, e não deveria ser diferente em nossos dias.

Inácio de Antioquia foi um desses cristãos do segundo século, martirizado pela política de perseguição do Imperador Trajano em 107 dC. Foi preso em Antioquia da Síria, e levado para Roma, por se negar a queimar incenso ao Imperador.

Em Roma, entrevistado por um procurador, foi persuadido a render honra ao Imperador, mas permaneceu firme em seu propósito em não negar sua fé. Foi colocado em uma fogueira e queimado vivo em praça pública.

Inácio de Antioquia podia ter racionalizado como hoje fazemos; afinal queimar incenso era um hábito bíblico no Tabernáculo. Por quê não poderia queimar incenso em honra ao Imperador? A própria Bíblia afirma que devemos honrar as autoridades. E, afinal, era para salvar sua vida.

Racionalizar é para pagãos, não para cristãos.

Por outro lado a ‘Chama Olímpica’ ou a ‘Tocha Olímpica’ fazem parte desta cultura pagã do Olimpo; no panteão dos deuses gregos Hera era uma rainha do Olimpo, conhecida também como a deusa protetora do casamento, da vida e da mulher, governava Olimpo ao lado do seu marido o Zeus, a divindade máxima. É no templo de Hera, na Grécia que essa chama pagã é acesa.

“A tocha olímpica é acesa em uma cerimônia nas ruínas de Olímpia na Grécia. Raios de sol refletidos por um espelho dão origem à chama. Mulheres vestindo túnicas no estilo grego antigo conduzem todo o ritual e passam a tocha ao primeiro corredor. A tradição é mantida desde os Jogos de 1952 em Helsinque” Fonte: UOL

Participar do ritual da Tocha Olímpica é participar de um ritual pagão. A mídia, os jogos, a cultura e outros fatores não excluem a natureza pagã desse evento.
Falta aos cristãos da atualidade, discernimento; há coisas que não é preciso ler muito, ou se investigar muito para se ver o paganismo envolvido.
Estamos falando de deuses, rituais e crenças – coisas que o primeiro mandamento condena no paganismo.

“O Meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento” Oséias 4.6
 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

O ESPÍRITO DE PROFECIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA - ELLEN WHITE

Por Cirilo Gonçalves

 
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O ESPÍRITO DE PROFECIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA - ELLEN WHITE

INTRODUÇÃO: Oséias 12:13.

 1. O profeta Oséias declara que "por meio de um profeta" e "por um profeta" Deus tirou. . . e guiou o Seu povo, (a) Não há dúvida que o texto fala de um tempo de crise na vida do povo de Deus, no qual o "Espírito de Profecia" desempenhou papel preponderante através dos profetas.
2. Como o salmista apresenta a certeza da bênção divina nos momentos difíceis? Salmos 32:8, (a) Deus não deixa a Sua igreja e o Seu povo sem dar-lhes a orientação e a direção que devem seguir em meio às crises e provações.
3. Que duas características especiais tem a igreja do povo de Deus? Apoc. 12:17; 19:10.

A. O DESAPONTAMENTO DE 1844 – Dan. 8:14; Apoc. 10:9.

1. Que maravilhosa profecia foi dada por Daniel com referência à "Purificação do Santuário", e o surgimento da Igreja Remanescente? Dan. 8:14; 9:24-27

2. Explicações:

1. Saída do decreto (457 A.C.), assinado por Artaxerxes – Dan. 9:25; Esdras 6:14; 7:12-26.
2. Fim da Reconstrução (Muros) (408 A.C.)
3. Batismo e unção de Jesus (27 AD) – Dan 9:25; Atos 10:38; S. Luc. 4:18; Mat. 3:16 -17 4.
4. Morte de Jesus na cruz (31 AD) e cessação do sistema de sacrifícios.
5. Apedrejamento de Estevão e rejeição do povo judeu como nação escolhida (34 AD).
6. Início da supremacia papal e do período do Tempo do Fim (538 AD).
7. Fim do período do Tempo do Fim. (1798).
8. Fim do período profético dos 2.300 anos e início do juízo (1844) investigativo no céu. Passagem de Jesus do Lugar Santo para o Santíssimo e surgimento da Igreja Adventista do 7º Dia.

Nota: Princípio "Dia-Ano" na profecia. Um dia, quer dizer Um Ano. Ezeq. 4:6; Núm. 14:34.

3. A chave e explicação das datas e acontecimentos:

1. "Desde a saída do decreto". Dan. 9:25, p.p. Esdras 6:14; 7:12-28, (457 AC. assinado por Artaxerxes para restaurar e reconstruir a cidade de Jerusalém).
2. "Até o Messias" 7 semanas (49 anos) para a reconstrução de Jerusalém que foi até "408 AC" e mais 62 semanas (434 anos) que foram até o ano 27 AD, época em que Jesus foi ungido (batizado). Dan. 9:25; Atos 10:38, Luc. 4:78; Mat. 3:16-17.
3. "Concerto por "uma semana" e a "metade da semana" (Dan. 9:26), que nos leva ao ano "31 AD", 3½ anos após o Seu batismo, quando foi crucificado, fazendo cessar o sistema de ofertas e sacrifícios de animais (Col. 2:14) e indo ao ano "34 AD" no apedrejamento de Estêvão, completando as "70 semanas" ou "490 anos" "determinadas ao povo" judeu como oportunidade para o arrependimento e aceitação do Messias. Nessa data deixaram de ser o povo peculiar de Deus, para ser uma simples nação.
4. Dos 2.300 anos restavam agora 1810, que incluindo os períodos da apostasia, Idade Média e Reforma, ou seja os "1260 anos" da "Supremacia Papal". Dan. 7 :25; Apoc. 12:6; 13:5; Chamado o "Tempo do Fim" iniciado em "538 AD e terminado em 1798".
5. "Até 2.300 tardes . . . o santuário será purificado". Dan. 8:14; Apoc. 14:8-13, que nos leva ao início do decreto de Artaxerxes, 457 AC à 1844 AD, ano que Cristo em vez de vir à terra como esperavam, passou do Santo para o Santíssimo, no Santuário Celestial, dando início ao "Juízo Investigativo" (Apoc. 14:7; 1 Ped. 4:17) e o surgimento da Igreja verdadeira que "guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus".

4. Qual a causa da decepção de 22 de outubro de 1844?

1. O erro estava sobre o acontecimento que teria lugar naquela data: A Volta de Jesus. O cálculo do tempo estava certo, mas o acontecimento estava errado. O ano de 1844 marcava o início do Juízo Investigativo no Céu, a passagem de Jesus do lugar Santo para o Santíssimo.
2. O grupo era chamado de "Adventistas" porque cria no "ADVENTO" iminente de Cristo, mas não do 7º dia, que só surgiu posteriormente.
3. Surgiram três grupos após a terrível decepção. (a) os mileritas, que foram se extinguindo com o tempo, (b) Igreja Cristã Adventista, observadores do domingo e cria na imortalidade da alma e (c) o grupo que deu origem aos Adventistas do 7º dia.

5. Quando e como descobriram a chave do mistério?

1. Após muita angústia, choro e oração, e estudo da Bíblia, Hirão Edson recebeu orientação divina no dia seguinte que o tempo estava certo, mas o acontecimento errado. Daí a aplicação de Apoc. 10:9.
2. Estava lançada a semente do início do movimento da Igreja Adventista do 7º Dia, que como torrentes de água deveria essa mensagem inundar o mundo. E assim foi.

B. ELLEN GOULD HARMON E O DOM PROFÉTICO

1. Que providência tomou Deus para consolar, orientar e dirigir o Seu povo noite tempo tão difícil? Isa. 58:11; Sal. 32:8; Oséias 12:13; Apoc. 12:17; 19:10.

(a) Escolhida dois meses após a decepção (Dez. 1844) quando os crentes adventistas mais necessitavam de orientação e certeza do céu, Deus deu uma visão a essa jovem de apenas 17 anos, por nome Ellen Gould Harmon.

(b) A visão apresentava o futuro da igreja desde 22 de outubro de 1844 até a entrada dos santos na Nova Jerusalém.

(c) Deus lhe mostrou que a vinda de Jesus não estava tão perto como haviam esperado.

(d) Viu o braço direito de Jesus levantado para animar e fortalecer os novos crentes no caminho estreito que deveriam palmilhar.

(e) Foi-lhe assegurado que se mantivessem os olhos fixos em Jesus, caminhariam seguros e que Ele os guiaria à cidade de Deus.

f) Quais os traços biográficos de Ellen Harmon White?

(g) Filha de Roberto e Eunice Gould Harmon.

(h) Nasceu no dia 26 de novembro de 1827, na cidade de Gorham no Estado do Maine, nos Estados Unidos. Tinha uma irmã gêmea chamada Elizabeth e mais seis irmãos.

(i) Foi criada na cidade de Portland (Maine) após seus pais terem fixado ali sua residência.

(j) Seus pais eram fiéis membros da Igreja Metodista e ela também, sendo recebida nessa igreja como membro através do batismo.

(l) Após lerem e ouvirem as mensagens da breve Volta de Jesus (1836) aceitaram esta mensagem, por isso foram ridicularizados e se separam da Igreja Metodista (1841) tornando-se adventistas.

(m) Aos nove 9 anos, a caminho da escola sofreu um acidente, quando uma menina de 13 anos lhe atirou uma pedra, atingindo-a no nariz. Ao cair desmaiada, foi socorrida e ficou 3 semanas em estado de torpor, e mais de 2 anos sem poder respirar pelo nariz.

(n) Era de família humilde e seu pai era chapeleiro e ela trabalhava fazendo copas de chapéu e meias e ganhava 1/4 de dólar por dia para ajudar seus pais.

(o) Aos 17 anos de idade recebeu o chamado divino e teve a sua primeira visão em dezembro de 1844, dois meses após a terrível decepção.

(p) Casou-se no dia 30 de agosto de 1846 com Tiago White, professor e grande pregador. Tornou-se por três vezes, presidente da Conferência Geral.

(q) Do casamento (26-8-1847) nasceram três filhos. Um deles morreu ainda no mesmo ano que nasceu e um outro morreu aos 17 anos de idade.

(r) Ficou viúva no ano de 1881, 35 anos de vida conjugal, quando reconsagrou a sua vida a Deus junto ao ataúde do esposo para terminar a obra que o Mestre lhe confiara.

(s) Viajou por toda a América do Norte, Europa, Austrália e outras partes do mundo.

(t) Escreveu cerca de cem mil páginas, abordando temas dos mais variados – Educação, Saúde, Família, Natureza, Alimentação, Vestuário, Profecias, História, Teologia, Cristologia, Medicina, orientações a todas as áreas da igreja, sobre organização, procedimento, etc. Só em português há mais de quarenta livros traduzidos e à disposição de quem desejar. (O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas, O Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos, etc.)

(u) Viveu seus últimos 15 anos em Elmshaven, Santa Helena, Califórnia, (EUA) e morreu no dia 16 de julho de 1915. Setenta anos de serviço à igreja. Suas últimos palavras foram dirigidas a Seu filho, W. C. White: "Eu sei em quem tenho crido". (II Tim. l:12).

C. AUTENTICIDADE E PROVAS DO DOM PROFÉTICO DE ELLEN G. WHITE

1. Quais as provas que Ellen G. White foi realmente chamada e se tornou uma mensageira de Deus à Sua igreja?

A 1ª prova: ela falou de acordo com "A Lei e os Testemunhos". Isa. 8:20. Disse ela:
"Recomendo-vos a Palavra de Deus como a regra de vossa fé e de vossa vida". Primeiros Escritos, 278. "Presta-se pouca atenção à Bíblia e o Senhor deu uma luz menor para guiar os homens e as mulheres para a luz maior la Bíblia)". Idem.

A 2ª prova: "pelos seus frutos os conhecereis". Mat. 7:20.

1. Na vida da mensageira – um minucioso estudo de sua vida nos revela que ela foi uma cristã fervorosa: dedicou a vida ao serviço de Deus sem buscar posição, honra ou vantagens pessoais; dedicou sua vida à serviço da humanidade, no lar uma esposa fiel e dedicada; mãe zelosa e extremada; vida irrepreensível, dentro e fora da igreja.
2. Na vida dos seguidores pelos seus conselhos – mudança nos hábitos e costumes; transformação em melhores criaturas em todos os aspectos da vida (no lar, na igreja e na sociedade; alcançado normas de vida mais elevada; tem-se tornado pessoas de bem, dignas, honradas e de confiança na igreja e no mundo.
3. Cumprimento de suas predições. Em 1848 predisse que nossas publicações chegariam a ser como torrentes de luz que rodeariam o globo. Em 1849 surgiu a primeira impressor "A Verdade Presente". Hoje no mundo há 52 casas publicadoras, publicando milhares e milhares de livros, revistas e periódicos em mais de 200 línguas diferentes e quase um milhão de colportores à serviço da propagação dessa luz. Você pode ser um deles. Cumpriu-se sua predição com toda segurança, (a) Terremoto de São Francisco, em Oakland. Em 1902 predisse que "não muito depois destes dias . . . sofrerão sob os juízos de Deus" (Terremoto) Manuscrito 114 (1902). Evangelismo, 403, (b) Condições de guerra mundial preditas em 1890. "Perturbações, navios arremessados ao fundo do mar, esquadras afundarão, vidas sacrificadas aos milhões, incêndios, desastres, confusão e colisões, etc. (21/04/1890), pág. 242. O seu cumprimento está ainda vívido em nossas mentes, (c) As pancadas de Rochester tornar-se-iam um engano mundial. Contrafação do poder de Satanás para operar milagres em nome do poder do Espírito Santo. Primeiros Escritos, 43 (24/03/1849). Que isto se cumpriu é real em nossos dias. Dispensa qualquer comentário.

4. Que confesse que Jesus Cristo veio em carne. l S. João 4:1 e 2.    É só ler os livros O Desejado de Todas as Nações, O Maior Discurso de Cristo, que são obras-primas sobre a vida, ministério e ensinos de Cristo. O primeiro entre 10 mil volumes sobre a vida de Cristo em New York, tirou o 1º lugar. (DTN).

5. Suas mensagens ... tendem à mais fina moralidade. Desacoroçoam todo o vício, exortam à prática de toda a virtude.

6. "Elas (mensagens) nos conduzem à Bíblia. . . como regra de nossa fé e prática, como Palavra de Deus inspirada." (T.S. 3:237; 4:246 e 323).

7. "Elas nos conduzem a. Cristo... como único exemplo piedoso e com apelos irresistíveis para seguirmos seus passos". Vida e Ensinos, 255-257.

CONCLUSÃO

1. Devemos agradecer a Deus pela maneira com que Ele dirigiu o Seu povo no passado através dos Seus profetas.
2. Sua igreja remanescente surgiu de uma profecia num tempo certo, num lugar certo e com uma mensagem certa dada pelo profeta Daniel.
3. Na época de decepção, de crise e dificuldades, Deus suscitou uma mensageira para orientar e consolar o Seu povo, e a Sua igreja nascente.
4. Cristo é indicado por ela como cabeça – nosso único Salvador o e seus ensinos não são para substituírem a Bíblia, mas para ajudar a compreendê-la melhor.
5. Que as promessas de II Crôn. 20:20 (u.p.) sejam reais na vida de cada um de nós com referência ao assunto apresentado.

Adaptado de Doutrinas Bíblicas (CPB).

Por: Cirilo Gonçalves.
Evangelista da IASD - AP, SP.
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Site: www.paulistana.org.br/evangelismo

Livro dos Provérbios -- Capítulo 29

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1 Quem insiste no erro
depois de muita repreensão,
será destruído, sem aviso
e irremediavelmente.
2 Quando os justos florescem,
o povo se alegra;
quando os ímpios governam,
o povo geme.
3 O homem que ama a sabedoria
dá alegria a seu pai,
mas quem anda com prostitutas
dá fim à sua fortuna.
4 O rei que exerce a justiça
dá estabilidade ao país,
mas o que gosta de subornos
o leva à ruína.
5 Quem adula seu próximo
está armando uma rede para os pés dele.
6 O pecado do homem mau
o apanha na sua própria armadilha,
mas o justo pode cantar e alegrar-se.
7 Os justos levam em conta
os direitos dos pobres,
mas os ímpios nem se importam com isso.
8 Os zombadores agitam a cidade,
mas os sábios a apaziguam.
9 Se o sábio for ao tribunal
contra o insensato,
não haverá paz,
pois o insensato se enfurecerá e zombará.
10 Os violentos odeiam os honestos
e procuram matar o homem íntegro.
11 O tolo dá vazão à sua ira,
mas o sábio domina-se.
12 Para o governante
que dá ouvidos a mentiras,
todos os seus oficiais são ímpios.
13 O pobre e o opressor
têm algo em comum:
o Senhor dá vista a ambos.
14 Se o rei julga os pobres com justiça,
seu trono estará sempre seguro.
15 A vara da correção dá sabedoria,
mas a criança entregue a si mesma
envergonha a sua mãe.
16 Quando os ímpios prosperam,
prospera o pecado,
mas os justos verão a queda deles.
17 Discipline seu filho, e este lhe dará paz;
trará grande prazer à sua alma.
18 Onde não há revelação divina,
o povo se desvia;
mas como é feliz quem obedece à lei!
19 Meras palavras não bastam
para corrigir o escravo;
mesmo que entenda, não reagirá bem.
20 Você já viu alguém
que se precipita no falar?
Há mais esperança para o insensato
do que para ele.
21 Se alguém mima seu escravo
desde jovem,
no fim terá tristezas.
22 O homem irado provoca brigas,
e o de gênio violento
comete muitos pecados.
23 O orgulho do homem o humilha,
mas o de espírito humilde obtém honra.
24 O cúmplice do ladrão odeia a si mesmo;
posto sob juramento,
não ousa testemunhar.
25 Quem teme o homem
cai em armadilhas,
mas quem confia no Senhor está seguro.
26 Muitos desejam os favores
do governante,
mas é do Senhor que procede a justiça.
27 Os justos detestam os desonestos,
já os ímpios detestam os íntegros.

Preparando um sermão


 Aldeni Araujo
Este guia oferece sugestões sucintas para a preparação de um sermão exegético. A preparação do sermão decorre e depende da exegese da passagem bíblica. O trabalho exegético é sempre o primeiro passo ao preparar-se para pregar a partir da Escritura.

O objetivo do sermão é pregar fielmente a Palavra de Deus para aqueles que vieram para ouvir a revelação de Deus proclamada. Isso presume que o pregador investiu tempo tanto para ouvir a Palavra de Deus como para compreender a aplicação da mesma para o pregador e a vida do ouvinte. 

Guia sugerido para a Preparação do Sermão

1. Oração

Comece a preparação do sermão com oração. O sermão é um ato de fé e obediência ao Deus vivo, que continua a revelar-se através da Palavra escrita proclamada pelo poder do Espírito Santo.

2. Determine o pensamento principal da passagem.

Com base em sua análise exegética, especifique o conteúdo, a intenção, e o argumento de uma passagem. Além disso, como é que a mensagem desta passagem se relaciona com o contexto imediato, bem como o resto da Escritura? O objetivo é discernir claramente o que a passagem está dizendo. Isso é necessário se você vai pregar a partir da passagem (ou seja, seguir o caminho que já está presente nas Escrituras), em vez de simplesmente apresentar suas próprias preocupações.

3. Identifique aqueles a quem você estará pregando.

É importante identificar e compreender aqueles que irão ouvir o sermão. Sempre que você procurar comunicar de forma eficaz, é necessário identificar o grupo ao qual você vai falar e adequar o seu sermão em conformidade (por exemplo, ilustrações, vocabulário, etc.).

4. Comece a aplicar o texto para a vida dos seus ouvintes hoje.

O sermão procura esclarecer como a revelação de Deus em um contexto histórico particular, aplica-se a vida da Igreja em Cristo hoje. Depois de se esforçar para entender o que o texto está dizendo e por que, agora tente ver como este significado se aplica a sua vida e aqueles que irão ouvir o seu sermão. Gostaria de sugerir três questões de desenvolvimento que contribuem para este processo:

A. O que isto significa? Como o autor está desenvolvendo o pensamento dessa passagem? Existem elementos na passagem que devem ser explicados para o público para que possam entender o texto? Essas perguntas ajudam a garantir a inteligibilidade.

B. É verdade? Podemos crer? Como é que o autor bíblico substancia o que é dito? Que experiências em nossas vidas torna problemáticas as reivindicações que estamos fazendo?

C. Que diferença faz? Nós lemos a Bíblia para ouvir Deus falar, de modo que, perguntar como o que a passagem diz é aplicável em nossa situação é muito natural.

5. Decida o propósito do sermão.

A partir de sua compreensão de como uma passagem se aplica a sua vida e aqueles que irão ouvir o sermão, procure indicar o seu propósito no sermão. Você está tentando levar os ouvintes a aplicar um princípio ou ação em particular em suas vidas? Você está procurando explicar um aspecto crucial da fé cristã (por exemplo, a ressurreição ou quem é Jesus Cristo)?

6. Selecione uma forma de sermão que facilita a realização do propósito e crie um esboço do sermão.
Sermões vêm em diferentes formas: seja aplicando um princípio, explicando uma ideia-chave, uma narrativa e etc. Tente deixar a própria passagem ajudar a definir a forma que você vai empregar. Depois que a forma for selecionada, crie um esboço que incorpora a mensagem da passagem, na forma selecionada. Tente comunicar a mensagem da passagem, não apenas esboçá-la. Para quem não tem um curso presencial em sua cidade, eu indico esse curso online que se chama – Kit Curso Pregador Completo – Como preparar sermões e pregar a Bíblia (clique aqui para ver). Para sem um bom pregador o caminho da preparação é obrigatório!

7. Preencha o esboço do sermão.

Adicione o material de apoio para o sermão. Isso inclui ilustrações, citações, dados factuais, etc., que apoiem, iluminem, ou aplica os pontos do sermão, bem como motiva o ouvinte a ação. Boas ilustrações são um ofício que elucidam claramente o significado de um texto em vez de simplesmente entreter o público.

8. Construa a introdução e a conclusão.

A introdução e conclusão bem planejada são essenciais para um sermão bem trabalhado, e possuem um significado que supera o seu comprimento relativo. A introdução deve introduzir o propósito e ajudar a capturar a atenção do ouvinte. Alguns podem optar por construir primeiro a conclusão, já que é o lugar para o qual o sermão está se movendo. A conclusão deve trazer para casa a mensagem do sermão.


Fonte - http://www.opregadorfiel.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2016

Livro dos Provérbios -- Capítulo 28

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1 O ímpio foge,
embora ninguém o persiga,
mas os justos são corajosos como o leão.
2 Os pecados de uma nação fazem mudar
sempre os seus governantes,
mas a ordem se mantém
com um líder sábio e sensato.
3 O pobre que se torna poderoso
e oprime os pobres
é como a tempestade súbita
que destrói toda a plan­tação.
4 Os que abandonam a lei
elogiam os ímpios,
mas os que obedecem à lei
lutam contra eles.
5 Os homens maus
não entendem a justiça,
mas os que buscam o Senhor
a entendem plenamente.
6 Melhor é o pobre íntegro em sua conduta
do que o rico perverso em seus caminhos.
7 Quem obedece à lei é filho sábio,
mas o companheiro dos glutões
envergonha o pai.
8 Quem aumenta sua riqueza
com juros exorbitantes
ajunta para algum outro,
que será bondoso com os pobres.
9 Se alguém se recusa a ouvir a lei,
até suas orações serão detestáveis.
10 Quem leva o homem direito
pelo mau caminho
cairá ele mesmo
na armadilha que preparou,
mas o que não se deixa corromper
terá boa recompensa.
11 O rico pode até se julgar sábio,
mas o pobre que tem discernimento
o conhece a fundo.
12 Quando os justos triunfam,
há prosperidade geral;
mas, quando os ímpios sobem ao poder,
os homens tratam de esconder-se.
13 Quem esconde os seus pecados
não prospera,
mas quem os confessa e os abandona
encontra misericórdia.
14 Como é feliz o homem constante
no temor do Senhor!
Mas quem endurece o coração
cairá na desgraça.
15 Como um leão que ruge ou um urso feroz
é o ímpio que governa
um povo necessitado.
16 O governante sem discernimento
aumenta as opressões,
mas os que odeiam o ganho desonesto
prolongarão o seu governo.
17 O assassino atormentado pela culpa
será fugitivo até a morte;
que ninguém o proteja!
18 Quem procede com integridade
viverá seguro,
mas quem procede com perversidade
de repente cairá.
19 Quem lavra sua terra
terá comida com fartura,
mas quem persegue fantasias
se fartará de miséria.
20 O fiel será ricamente abençoado,
mas quem tenta enriquecer-se depressa
não ficará sem castigo.
21 Agir com parcialidade não é bom;
Pois até por um pedaço de pão
o homem se dispõe a fazer o mal.
22 O invejoso é ávido por riquezas
e não percebe que a pobreza o aguarda.
23 Quem repreende o próximo
obterá por fim mais favor
do que aquele que só sabe bajular.
24 Quem rouba seu pai ou sua mãe
e diz: "Não é errado",
é amigo de quem destrói.
25 O ganancioso provoca brigas,
mas quem confia no Senhor prosperará.
26 Quem confia em si mesmo é insensato,
mas quem anda segundo a sabedoria
não corre perigo.
27 Quem dá aos pobres
não passará necessidade,
mas quem fecha os olhos para não vê-los
sofrerá muitas maldições.
28 Quando os ímpios sobem ao poder,
o povo se esconde;
mas, quando eles sucumbem,
os justos florescem. 

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Os judeus e o descobrimento do Brasil


Os judeus e o descobrimento do Brasil




POR Nachman Falbel


Para compreendermos a situação, o caráter do judaísmo brasileiro e sua diversidade, devemos nos reportar ao seu passado mais longínquo, uma vez que os judeus estiveram presentes no território efetivamente desde sua descoberta.



O papel exercido pelos judeus na expansão e nas descobertas marítimas de Portugal é bastante conhecido, sendo que uma múltipla bibliografia encontra-se à disposição dos interessados no tema. A grande mudança deu-se no tempo de D. Henrique, cognominado o Navegador, quando este monarca, interessado pelas ciências cosmográficas, resolveu reunir em Sagres peritos e sábios que associassem seus conhecimentos à arte da navegação. Entre eles, destacava-se um mestre, Jacome, maiorquino, conhecido como “el judio de las brujulas” e sobre o qual pouco sabemos.



O desenvolvimento do astrolábio, o aperfeiçoamento da bússola, das cartas marítimas e dos instrumentos náuticos foi um primeiro passo, ao qual se seguiu a criação da Junta dos Matemáticos, no tempo de D. João II, que incluía os nomes de José Vizinho e mestre Rodrigo, ambos físicos da Real Câmara, o alemão Martim Behaim e o cartógrafo Moisés. Vários destes sábios eram judeus, que se empenharam em descobrir um novo cálculo para as latitudes, pois os navegantes que naquela época se guiavam pela estrela Polar, somente podiam fazê-lo até a linha do Equador, pois após transposta esta última, a estrela perdia-se de vista e mergulhava no horizonte. Ao simplificar o astrolábio planisférico, eles produziram o astrolábio náutico e logo mais teriam as tabelas do Almanach Perpetuum que possibilitavam o cálculo das latitudes pela declinação solar, que por sua vez permitia uma orientação também para os navegantes que se dirigiam ao hemisfério sul.



O aperfeiçoamento dos instrumentos náuticos e o preparo de navegantes como Bartolomeu Dias, Duarte Pacheco e outros capitães, que integravam a frota de Pedro Alvares Cabral, permitiu a descoberta deliberada e não fortuita, de acordo com os historiadores, da terra brasileira. O fato dos judeus desempenharem um papel ativo na ciência náutica ibérica, como cartógrafos, astrônomos, ou então intérpretes, conselheiros e financistas no período no qual efetivamente se dá a formação do império português, ou seja, no século XV, permite compreender também a sua presença, agora como cristãos-novos, no Brasil. O decreto de expulsão e a conversão forçada de 1496-7 dispersaram os judeus de Portugal, levando-os para além da península ibérica, a outros reinos, acompanhando o movimento de colonização e intercâmbio marítimo que se deu com a descoberta das novas rotas para a Ásia e a instalação de entrepostos na África.



A instalação oficial do Santo Ofício em Portugal, em 1536, estimulou a saída dos conversos e seus familiares para outros lugares, mais seguros, longe dos olhos da Inquisição, como o recém-descoberto Brasil. A necessidade urgente do elemento colonizador favorecia certa tolerância para com aqueles que pretendiam continuar na fé judaica, conquanto esta não fosse manifestamente visível. O primeiro cristão-novo veio com a frota do descobrimento, em 1500. Era o notável intérprete Gaspar da Gama, que recebera o batismo daquele que lhe dera o nome, Vasco da Gama, o famoso navegador das Índias.



Desse modo, podemos dizer que judeus, ou melhor, cristão-novos, e entre eles judaizantes, encontram-se entre as primeiras levas de colonizadores no Brasil. Logo após a descoberta, o comércio é arrendado a um grupo de mercadores interessados no pau-brasil, utilizado na tinturaria, e outros produtos da terra. Este grupo, liderado por Fernando de Noronha, ou Loronha, tende a ser indicado pelos historiadores como composto em parte por cristãos-novos, sem que se possa ter provas maiores de tal origem, a não ser por documentos, como a carta de Piero Rondinelli, escrita em Sevilha em 3 de outubro de 1502, e a Relação de Lunardo da Chá Masser, de 1506, no qual o autor transcreve o nome “Firnando dalla Rogna, cristian novo”.



A divisão do Brasil em capitanias hereditárias, doadas aos ilustres fidalgos e capitães portugueses, permitiu uma colonização mais sistemática da terra que recebia, entre outros, também os cristãos-novos. Estes últimos passaram a ser um elemento importante na economia açucareira introduzida no território brasileiro na região do nordeste do país, provavelmente pelas ilhas de S. Tomé ou da Madeira.



A introdução da Inquisição em Portugal em 1536 provocou a saída dos cristãos-novos daquele reino também em direção ao Brasil, geograficamente muito distante e, junto a degredados comuns, eles passam a ser exilados no imenso território que demandava gente para assegurar ao império colonial português, então em formação, a posse da colônia. Em vista da necessidade de povoamento do Brasil como uma política obrigatória para garantir o domínio do reino português em sua colônia, há boas razões para crer que o Santo Ofício teria que fazer vista grossa ao que aqui se passava, o que também explica o fato da Visitação inquisitorial ter chegado somente mais tarde em território brasileiro.



O rigor persecutório da Inquisição tornou-se maior devido à unificação de Portugal e Espanha em 1580, sendo que onze anos após, a aparente frouxidão que caracterizava a vida religiosa no Brasil modificou-se inteiramente. Em 26 de março de 1591 era nomeado o licenciado Heitor Furtado de Mendonça como visitador de São Tomé, Cabo Verde, Brasil, incluindo as capitanias da Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Parahiba, e a administração de S. Vicente e do Rio de Janeiro. Pouco após chegar à Bahia, em junho de 1591, começou sua atividade inquisitorial publicando uma carta Monitória e um Têrmo de Graça, no qual davam-se trinta dias para a população fazer confissões e denunciar outras pessoas. Exigia, especialmente, a delatação de hábitos sexuais condenados pela Igreja, exercício de bruxaria, ofensas à instituição eclesiástica, bem como o culto de outras religiões, ou seja, a luterana ou a judaica, visando assim aos judaizantes cristãos-novos que já deveriam ser objeto de queixas das autoridades pela prática do judaísmo em segredo bem antes da Visitação.



Quais eram essas práticas? Pelo conteúdo da Carta Monitória redigida em 1536 por Dom Diogo da Silva, por ocasião da instalação da Inquisição em Portugal, sabemos que se referia a:



1) observância do sábado, que se revelava pelo descanso, o uso de roupa limpa ou festiva ou de joias, limpeza da casa na véspera, preparo da comida para o dia seguinte, acendimento de velas novas na sexta-feira, deixando-as queimar até o fim da noite, e a realização de qualquer rito referente ao dia de Sábado;



2) matança de aves e animais de acordo com o ritual judaico, ou seja, testar e experimentar o fio da faca na unha, incisão no pescoço dos animais, sangramento e cobertura do sangue com terra;



3) não comer carne de certos animais e peixes, toucinho, lebres, coelhos, aves doentes, enguias, polípodes, congros, raias, qualquer peixe sem escamas e outros alimentos proibidos aos judeus;



4) observância dos dias de jejum judaicos, incluindo o mais importante no mês de setembro, no qual a abstenção é total até que as estrelas surjam no céu, andar sempre descalço nesse dia, observar o jejum da rainha Esther, bem como jejuar o dia inteiro todas as segundas e quintas-feiras;



5) celebrar os dias de festa judaicos, ou seja, a do pão ázimo, dos tabernáculos e do shofar, ingestão de pão ázimo e o uso de panelas e tigelas novas na Páscoa;



6) recitar preces judaicas, voltar-se para a parede durante a recitação das preces, baixar e levantar a cabeça durante a prece, de acordo com a tradição judaica, o uso dos filactérios;



7) recitar os salmos de penitência omitindo o Gloria Patri, et Filio, et Spiritu Sancto;



8) tratar e sepultar cadáveres guardando luto segundo o costume judaico, comer em mesas baixas durante o luto, banhar e vestir defuntos com roupa de linho, vestindo-os com camisolas e cobrindo-os com mortalhas dobradas à guisa de capas, enterrar o falecido em solo virgem e em sepultura bem funda, cantar a litania de acordo com a tradição judaica como parte do ritual de luto, colocar uma pérola ou uma moeda de prata ou ouro na boca do defunto destinados ao pagamento de sua primeira pousada, cortar as unhas do defunto, esvaziar moringas, potes de barro e demais vasilhas de água, após a morte de uma pessoa como expressão da crença de que a alma do defunto viria ali se banhar, ou que o anjo da morte ali estivesse lavando a espada com que a golpeara;



9) colocar ferro, pão ou vinho em jarros ou cântaros na véspera de S.João e na noite de Natal, simbolizando a crença de que, nessas ocasiões, a água se transformava em vinho;



10) dar a bênção às crianças de acordo com a tradição judaica, impondo as mãos sobre suas cabeças, passando-as sobre suas faces sem entretanto, fazer o sinal da cruz;



11) circuncidar os meninos e atribuir-lhes, em segredo, nomes judaicos;



12) raspar o óleo e o crisma após o batismo das crianças.



Além dessas referências, a Carta Monitória exigia que fosse denunciada qualquer pessoa, judeu ou mouro, que tentasse converter cristãos velhos ou novos ao islamismo ou judaísmo, assim como aqueles que possuíam bíblias em vernáculo, as quais deveriam ser entregues ao visitador para exame.

O texto é de autoria do Professor Nachman Falbel e é um excerto do cap. 26 do vol. 2 de UMA HISTÓRIA DO POVO JUDEU. Você encontra o livro AQUI

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A história do Brasil está cheia de celebres personagens que poucos sabem serem judeus. Em se tratando do tempo do Brasil colonial, muitos heróis tidos como brasileiros ou portugueses eram, de fato, judeus. A maioria "convertidos" na marra pela Inquisição Portuguesa.



Vamos publicar neste Genizah alguns artigos nesta direção, de variados autores. Quem quiser conhecer mais sobre estes assuntos, recomendo dois grupos de bibliografias de excelente qualidade:





1) Sobre a história do povo judeu (incluindo a sua saga nas Américas): CLIQUE AQUI



2) Os efeitos da Inquisição Portuguesa e a perseguição dos judeus para a nossa história: CLIQUE AQUI

Fonte - Genizah   -- http://www.genizahvirtual.com

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