CENTO E OITENTA MILHÕES POR UMA PÉROLA
INTRODUÇÃO
1. Segundo o famoso mineralogista Heriberto P.
Whitlock, há quatro pedras preciosas. São elas: diamante, rubi, safira e
esmeralda.
2. Há outras
pedras valiosas, mas não são consideradas preciosas senão semipreciosas. Por
exemplo: topázio, granada, turmalina, zircão, berilo e opala.
3. Também há
outras de menos valor, como ametista, calcedônia, crisópraso, ágata, ônix,
jaspe.
4. Houve um
tempo que o rubi era a gema mais valiosa do mundo. Aparentemente, Salomão viveu
nessa época.
5. Dizem que
hoje seria a esmeralda a mais apreciada e que seguiriam em ordem de importância
o rubi e o diamante.
6. Mas não é
dessas gemas que lhes vou falar hoje.
Nosso tema
girará em torno de uma significativa parábola de nosso Senhor Jesus Crista.
Está em S. Mateus 13:45-46.
I. QUE
REPRESENTA ESSA PÉROLA
TÃO VALIOSA NA
PARÁBOLA?
1. Essa pérola
representa Cristo, porque:
a)
Hoje como ontem, possuindo todo o ouro do mundo, porém
sem possuí-Lo, estaríamos perdidos,
b)
Hoje como ontem, sem nada dos bens materiais, mas com
Cristo somos salvos.
2. Atualmente continuam encontrando valiosíssimos diamantes. Não faz
muito, os diários publicaram a notícia da descoberta de um diamante de quase
200 gramas, o terceiro jamais encontrado em ordem de tamanho e peso. Foi
avaliado em onze milhões setecentos mil dólares. A enorme gema foi encontrada
numa jazida de Serra Leoa. Foi batizado como "Estrela de Serra Leoa."
A informação jornalística assinalava que tinha o tamanho de um ovo de galinha e
quando o encontraram parecia um pedaço de vidro esmerilado ou um pedaço de gelo
despedaçado, com superfícies ásperas e desiguais.
3. Que aconteceria se você ou eu o tivéssemos vis to
atirado no campo, ou na rua?
a)
Eu, pelo menos, não teria agachado para pegá-lo.
b)
Talvez um adolescente lhe houvesse dado uns dois
pontapés.
c)
O que acontece é que, ao não entender da matéria, não
haveríamos dado o seu verdadeiro valor.
4. E que aconteceria se ficássemos sabendo que algum
de nossos vizinhos estava vendendo tudo para comprar esse pedaço de vidro
despedaçado?
a)
O mais provável é que o teríamos criticado.
b)
Inclusive, algum mais satírico o teria tomado como
motivo de críticas e deboches.
c)
Ou talvez, os mais indulgentes teriam suposto que lhe
sobreviera alguma enfermidade mental.
5. Somente os
entendidos teriam compreendido que o homem em questão estava fazendo o negócio
de sua vida.
6. E assim
acontece também com Cristo.
a)
Enquanto alguns zombam.
b)
Outros criticam.
c)
Os demais não entendem.
d)
Os que pensam com sensatez compreendem que vale a pena
deixar qualquer coisa com o propósito de tê-lo.
S. Mateus
13:45-46.
II. DEVEMOS
DEIXAR TUDO QUE
NOS IMPEDE DE
SEGUIR A CRISTO
1. O caminho para a vida eterna é um caminho
estreito. De renúncia.
2. Muitos desejam uma religião cômoda e barata que
lhes permita fazer o que desejam. A verdadeira religião não pode ser barata,
nem engendrar cristãos de tipo barato. Nunca muito custou pouco.
3. ILUSTRAÇÃO: Um cavalheiro tinha em suas mãos um
pacote de bombons. Aproximou-se a um sobrinho que brincava com suas bolinhas e
disse:
- Ponha sua mão no pacote e tire todos os bombons
que puder. O menino introduziu sua mão no pacote mas não pôde tirar nenhum
bombom, parque tinha as mãos cheias de bolinhas e não as queria soltar. Então o
tio lhe insinuou:
- Se quiseres os bombons, primeiro terás que soltar
as bolinhas.
O menino negou-se a fazê-lo, pois considerava as
bolinhas como seu tesouro mais importante.
a)
Não é possível herdar o reino dos céus enquanto retemos
o pecado em nosso coração.
b)
Devemos renunciar ao pecado para aceitar a Cristo.
c)
Se há algo ou alguém que nos impede seguir fielmente ao
Senhor, deveríamos desfazer-nos disso que nos freia. Cristo vale mais que
qualquer outra coisa na Terra ou no céu.
4. A Bíblia
fala de um homem, a quem conhecemos como o "jovem rico", que não
esteve disposto a renúncia. S. Mateus 19:16-22.
a)
Era um jovem com inquietudes religiosas.
b)
Sentia carinho e apreço por Jesus.
c)
Porém, não estava disposto a deixar seu egoísmo, suas
posses materiais para ser fiel. O amor ao dinheiro o impedia de ser um bom
cristão, Jesus o fez notar, mas ele não esteve disposto a renunciar.
III. ÀS VEZES O
OBSTÁCULO PODE SER
AS PRESSÕES FAMILIARES
1. A família que se opõe: S. Mateus 10:36-39.
2. A verdade sempre foi impopular. Também atualmente
encontrará oposição, às vezes até de nossos entes mais queridos.
3. Alguém terá problemas com a observância do
sábado. Dirá: Temo perder o emprego etc.
4. Alguns dizem: "É MUITO DIFÍCIL NO SÉCULO
VINTE".
a)
Era mais difícil no tempo de Jesus.
b)
Vejamos o caso do cego de nascença. S. João 9:1-22.
- A resposta de
seus pais. S. João 9:20-22.
c) Que
implicava ser expulso da sinagoga?
- Segundo a lei judia ninguém podia, em todo o território da nação, dar
emprego para essa pessoa; seus pais deviam expulsá-lo do lar; ninguém podia
hospedá-lo; nem sequer podiam dar-lhe um prato de comida.
- De maneira que ser fiel a Cristo nesse momento era mais difícil do
que imaginamos hoje.
- Mas houve muitos que, graças a Deus, estiveram dispostos a
desfazer-se de tudo para ter a Cristo.
5. A idéia de
renúncia também foi explicada por Jesus com as palavras de S. Lucas 9:23-25.
a)
Segundo os pais da igreja isto significa fazer qualquer
coisa contrária à natureza humana.
b)
Significa que teremos que aceitar a carga que
represente ser fiel a Deus.
Estar dispostos
a suportar a oposição e as lutas sabendo que é um privilégio de nossa parte
resisti-las por causa do Senhor.
6. Devemos perseverar custe o que custar.
a)
ILUSTRAÇÃO: Durante a guerra civil nos Estados Unidos,
havia uma elevação ocupada pelo inimigo com uma bateria que matava os soldados
a centenas. O General que da outra colina observava a luta com seus binóculos,
viu que seu exército era impotente para tomar aquele elevação.
Mandou chamar o
Capitão da companhia que ele atacava e ordenou-lhe:
- Capitão, tome
essa colina e desaloje a bateria.
- Meu General,
procurarei fazê-lo - respondeu o capitão.
Deu meia volta,
e já esta indo, quando escutou novamente a voz imperativa do General que lhe
ordenava:
- Capitão!
Ao voltar e ao
perfilar-se escutou:
- Tome a colina
e desaloje dali o inimigo.
- Meu General,
farei todo o possível.
Deu meia volta,
e marchava, quando o General, inconformado com a resposta e irritado pela
incompreensão, disse-lhe mais severamente:
- Capitão!
O oficial
voltou a perfilar-se.
- Diga-me
capitão: "Tomarei a colina ou morrerei!"
O capitão deu
meia volta e se foi. Conta a história que o capitão tomou a colina e a vitória
foi ganha.
b)
O Senhor espera de nós firmeza e perseverança. Não se
conforma com esforços mornos ou medíocres. Espera de nós o melhor.
IV. CENTO OITENTA
MILHÕES POR UMA
PÉROLA
1. ILUSTRAÇÃO: Alguns anos antes de estourar a
guerra mundial, estava sendo dirigida uma série de conferências no Japão.
Assistiu ali uma senhorita da alta sociedade. Seus pais eram condes. A
senhorita era filha única. Tinha uma ampla cultura, pois possuía o doutorado em
Filosofia, falava japonês, alemão, francês e inglês.
Depois de escutar as conferências, convencida da
verdade bíblica, resolveu abandonar o "shintoísmo" para abraçar a
verdade ensinada pela igreja adventista. Aceitando incondicionalmente a Jesus
como Salvador pessoal, começou a guardar o sábado e a esperar a segunda vinda
de Cristo.
Quando seus pais se inteiraram de que havia mudado
de religião, começaram as sérias dificuldades. Vivia num palácio, acostumada a
uma vida de luxos, sem saber o que eram as tarefas domésticas, pois havia muito
pessoal de serviço.
O pai chamou-a e disse:
– Minha filha, você não pode seguir com essa
religião cristã adventista. Como pode abandonar o "shintoísmo"! Você
sabe que sou Conde; o que pensará a sociedade; que dirão os círculos
governamentais dessa religião fanática, quando são todos shintoístas aqui!
Carinhosamente, a filha procurou convencer o pai de
que somente a Bíblia personifica a verdade Divina e que ela somente podia crer
em Deus como revelado nesse livro e em Jesus como nosso Senhor. Mas os
preconceitos do pai lhe impediram ver a beleza do plano de salvação.
Quase diariamente a jovem tinha sérios desgostas,
até que certo dia o pai lhe disse que se não renunciasse ã religião teria que
abandonar o lar. A mãe quis intervir em favor da filha, mas não teve êxito. O
pai disse afinal: – Você tem duas horas para preparar suas malas e abandonar
este lugar.
Angustiada a senhorita teve que preparar suas malas
sozinha, pois foi a primeira vez que em sua vida o pai havia ordenado que
ninguém a ajudasse. Em seus ouvidos ressoavam as palavras de Jesus nosso
Senhor: "Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de
mim". E isto a animou a cantar o hino (NOTA: seria apropriado que neste
momento alguma pessoa da igreja que tenha boa voz cantasse o hino do Hinário
Adventista do Sétimo Dia, n.º 518, a primeira estrofe).
A Jesus seguir eu quero, Seja a
sorte, sim, qualquer;
Onde quer que vá meu Mestre,
Seguirei, sem mais temer.
Ó,
Jesus, seguir-Te quero; Tu morreste, foi por mim,
Mesmo
que Te neguem todos, Eu Te sigo até o fim.
Após reunir todos os seus pertences, pegou o
dinheiro que tinha e colocou-o na carteira. Nesse momento entra o pai com a
ordem de que a levasse ela mesma sua bagagem até o carro que a deixou ali, como
o pai havia ordenado.
Encontrou-se perplexa e sozinha. Pôs-se a pensar.
Pensou em alugar um quarto num hotel. Assim o fez. De súbito disse a si mesma:
– Sei falar alemão, inglês e francês. Vou dar aulas
de línguas e ganharei a vida assim.
Colocou um anúncio no jornal e em poucos dias teve
uma quantidade suficiente de alunos para custear suas despesas. Assim vivia só
mas tranqüila, guardando o sábado como fiel filha de Deus até que certo dia
parou um carro em frente de sua casa e dele desceu seu venerável pai, com o
propósito de vê-la.
Abraçou-a chorando e disse:
– Filha, estes três meses que você esteve ausente de
casa foram um inferno para sua mãe e para mim. Temos chorado todos os dias e
não podemos viver mais sem você. Volte para casa e continue com sua religião.
Faça o que quiser quando voltar para casa. Só lhe peço uma coisa: Quando eu
morrer – coisa que pode acontecer em qualquer momento, pois os médicos dizem
que não sobreviverei a outro ataque de coração – queime incenso ao meu
espírito, de acordo ao rito shintoísta.
Esse pedido se devia ao fato de que crêem os
shintoístas que, morto o pai seu espírito se transforma em uma espécie de deus,
intermediário entre Deus e seus filhos. Isto os obriga a queimar incenso em sua
honra em certas ocasiões.
A filha respondeu-lhe:
– Papai, eu te quero muito, como também a mamãe.
Desejo voltar para casa. Mas não posso prometer o que me pede, pois faltaria ao
primeiro e segundo mandamentos que dizem que não tenho que ter outros deuses ou
imagens, como poderei cumprir com teu desejo, honrando sua imagem como a de uma
divindade? Isto é contra a santa Bíblia, e não poderei fazê-lo sem cometer
pecado.
O pai, um tanto irado disse:
– Terás que fazê-lo!
A filha respondeu-lhe com toda sinceridade e amor:
– Papai, eu poderia dizer-lhe que o farei, mas uma
vez que você esteja morto não o faria. Você não saberá, mas procedendo assim
desobedeceria o nono mandamento da lei de Deus, que manda não mentir. Deus
exige que eu guarde os Dez Mandamentos, querido paizinho, por isso não poderei
prometer o que me pede. Mas cuidarei de você com toda carinho, enquanto estiver
vivo, porque você é meu pai.
Pela segunda vez o pai quis obrigá-la... Irritado
gritou: – Está bem. Ficará deserdada. Adotarei uma filha. Você está morta para
nós.
Poucos dias depois adotou outra filha. Esta menina
que havia aceitado a Cristo esteve disposta a perder sua herança avaliada em
centro e oitenta milhões antes que perder a Cristo, a Pérola de Grande Preço. O
caminho para ela apresentava-se árduo, mas sabia que o Senhor a esperava ao
final do mesmo.
(NOTA:
Aqui seria bom que a mesma pessoa cantasse a segunda estrofe e o coro do hino
518.)
Um tempo depois este homem morreu repentinamente e
de acordo com a ameaça feita havia legado toda sua fortuna de cento e oitenta
milhões de reais à filha adotiva. A filha legítima não lamentava a perda da
herança, pelo contrário. Dizia:
– Prefiro a pérola verdadeira da salvação aos cento
e oitenta milhões de meu pai.
(NOTA:
Pode cantar a terceira estrofe e o coro do hino 518.)
CONCLUSÃO
Apelo para
seguir a Cristo a qualquer preço; a deixar tudo o que impeça ir a Jesus; a
vender tudo para comprar a Cristo, a Pérola de Grande Preço.