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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

CENTO E OITENTA MILHÕES POR UMA PÉROLA

 

CENTO  E  OITENTA  MILHÕES  POR  UMA  PÉROLA

INTRODUÇÃO

 

1. Segundo o famoso mineralogista Heriberto P. Whitlock, há quatro pedras preciosas. São elas: diamante, rubi, safira e esmeralda.

2. Há outras pedras valiosas, mas não são consideradas preciosas senão semipreciosas. Por exemplo: topázio, granada, turmalina, zircão, berilo e opala.

3. Também há outras de menos valor, como ametista, calcedônia, crisópraso, ágata, ônix, jaspe.

4. Houve um tempo que o rubi era a gema mais valiosa do mundo. Aparentemente, Salomão viveu nessa época.

5. Dizem que hoje seria a esmeralda a mais apreciada e que seguiriam em ordem de importância o rubi e o diamante.

6. Mas não é dessas gemas que lhes vou falar hoje.

Nosso tema girará em torno de uma significativa parábola de nosso Senhor Jesus Crista. Está em S. Mateus 13:45-46.

 

I. QUE  REPRESENTA  ESSA  PÉROLA  TÃO  VALIOSA  NA  PARÁBOLA?

 

1. Essa pérola representa Cristo, porque:

a)     Hoje como ontem, possuindo todo o ouro do mundo, porém sem possuí-Lo, estaríamos perdidos,

b)    Hoje como ontem, sem nada dos bens materiais, mas com Cristo somos salvos.

2. Atualmente continuam encontrando valiosíssimos diamantes. Não faz muito, os diários publicaram a notícia da descoberta de um diamante de quase 200 gramas, o terceiro jamais encontrado em ordem de tamanho e peso. Foi avaliado em onze milhões setecentos mil dólares. A enorme gema foi encontrada numa jazida de Serra Leoa. Foi batizado como "Estrela de Serra Leoa." A informação jornalística assinalava que tinha o tamanho de um ovo de galinha e quando o encontraram parecia um pedaço de vidro esmerilado ou um pedaço de gelo despedaçado, com superfícies ásperas e desiguais.

3. Que aconteceria se você ou eu o tivéssemos vis to atirado no campo, ou na rua?

a)     Eu, pelo menos, não teria agachado para pegá-lo.

b)    Talvez um adolescente lhe houvesse dado uns dois pontapés.

c)     O que acontece é que, ao não entender da matéria, não haveríamos dado o seu verdadeiro valor.

4. E que aconteceria se ficássemos sabendo que algum de nossos vizinhos estava vendendo tudo para comprar esse pedaço de vidro despedaçado?

a)     O mais provável é que o teríamos criticado.

b)    Inclusive, algum mais satírico o teria tomado como motivo de críticas e deboches.

c)     Ou talvez, os mais indulgentes teriam suposto que lhe sobreviera alguma enfermidade mental.

5. Somente os entendidos teriam compreendido que o homem em questão estava fazendo o negócio de sua vida.

6. E assim acontece também com Cristo.

a)     Enquanto alguns zombam.

b)    Outros criticam.

c)     Os demais não entendem.

d)    Os que pensam com sensatez compreendem que vale a pena deixar qualquer coisa com o propósito de tê-lo.

S. Mateus 13:45-46.

 

II. DEVEMOS  DEIXAR  TUDO  QUE  NOS  IMPEDE  DE  SEGUIR  A  CRISTO

 

1. O caminho para a vida eterna é um caminho estreito. De renúncia.

2. Muitos desejam uma religião cômoda e barata que lhes permita fazer o que desejam. A verdadeira religião não pode ser barata, nem engendrar cristãos de tipo barato. Nunca muito custou pouco.

3. ILUSTRAÇÃO: Um cavalheiro tinha em suas mãos um pacote de bombons. Aproximou-se a um sobrinho que brincava com suas bolinhas e disse:

- Ponha sua mão no pacote e tire todos os bombons que puder. O menino introduziu sua mão no pacote mas não pôde tirar nenhum bombom, parque tinha as mãos cheias de bolinhas e não as queria soltar. Então o tio lhe insinuou:

- Se quiseres os bombons, primeiro terás que soltar as bolinhas.

O menino negou-se a fazê-lo, pois considerava as bolinhas como seu tesouro mais importante.

a)     Não é possível herdar o reino dos céus enquanto retemos o pecado em nosso coração.

b)    Devemos renunciar ao pecado para aceitar a Cristo.

c)     Se há algo ou alguém que nos impede seguir fielmente ao Senhor, deveríamos desfazer-nos disso que nos freia. Cristo vale mais que qualquer outra coisa na Terra ou no céu.

4. A Bíblia fala de um homem, a quem conhecemos como o "jovem rico", que não esteve disposto a renúncia. S. Mateus 19:16-22.

a)     Era um jovem com inquietudes religiosas.

b)    Sentia carinho e apreço por Jesus.

c)     Porém, não estava disposto a deixar seu egoísmo, suas posses materiais para ser fiel. O amor ao dinheiro o impedia de ser um bom cristão, Jesus o fez notar, mas ele não esteve disposto a renunciar.

 

III. ÀS  VEZES  O  OBSTÁCULO  PODE  SER  AS  PRESSÕES  FAMILIARES

 

1. A família que se opõe: S. Mateus 10:36-39.

2. A verdade sempre foi impopular. Também atualmente encontrará oposição, às vezes até de nossos entes mais queridos.

3. Alguém terá problemas com a observância do sábado. Dirá: Temo perder o emprego etc.

4. Alguns dizem: "É MUITO DIFÍCIL NO SÉCULO VINTE".

a)     Era mais difícil no tempo de Jesus.

b)    Vejamos o caso do cego de nascença. S. João 9:1-22.

- A resposta de seus pais. S. João 9:20-22.

c) Que implicava ser expulso da sinagoga?

- Segundo a lei judia ninguém podia, em todo o território da nação, dar emprego para essa pessoa; seus pais deviam expulsá-lo do lar; ninguém podia hospedá-lo; nem sequer podiam dar-lhe um prato de comida.

- De maneira que ser fiel a Cristo nesse momento era mais difícil do que imaginamos hoje.

- Mas houve muitos que, graças a Deus, estiveram dispostos a desfazer-se de tudo para ter a Cristo.

5. A idéia de renúncia também foi explicada por Jesus com as palavras de S. Lucas 9:23-25.

a)     Segundo os pais da igreja isto significa fazer qualquer coisa contrária à natureza humana.

b)    Significa que teremos que aceitar a carga que represente ser fiel a Deus.

Estar dispostos a suportar a oposição e as lutas sabendo que é um privilégio de nossa parte resisti-las por causa do Senhor.

6. Devemos perseverar custe o que custar.

a)     ILUSTRAÇÃO: Durante a guerra civil nos Estados Unidos, havia uma elevação ocupada pelo inimigo com uma bateria que matava os soldados a centenas. O General que da outra colina observava a luta com seus binóculos, viu que seu exército era impotente para tomar aquele elevação.

Mandou chamar o Capitão da companhia que ele atacava e ordenou-lhe:

- Capitão, tome essa colina e desaloje a bateria.

- Meu General, procurarei fazê-lo - respondeu o capitão.

Deu meia volta, e já esta indo, quando escutou novamente a voz imperativa do General que lhe ordenava:

- Capitão!

Ao voltar e ao perfilar-se escutou:

- Tome a colina e desaloje dali o inimigo.

- Meu General, farei todo o possível.

Deu meia volta, e marchava, quando o General, inconformado com a resposta e irritado pela incompreensão, disse-lhe mais severamente:

- Capitão!

O oficial voltou a perfilar-se.

- Diga-me capitão: "Tomarei a colina ou morrerei!"

O capitão deu meia volta e se foi. Conta a história que o capitão tomou a colina e a vitória foi ganha.

b)    O Senhor espera de nós firmeza e perseverança. Não se conforma com esforços mornos ou medíocres. Espera de nós o melhor.

 

IV. CENTO  OITENTA  MILHÕES  POR  UMA  PÉROLA

 

1. ILUSTRAÇÃO: Alguns anos antes de estourar a guerra mundial, estava sendo dirigida uma série de conferências no Japão. Assistiu ali uma senhorita da alta sociedade. Seus pais eram condes. A senhorita era filha única. Tinha uma ampla cultura, pois possuía o doutorado em Filosofia, falava japonês, alemão, francês e inglês.

Depois de escutar as conferências, convencida da verdade bíblica, resolveu abandonar o "shintoísmo" para abraçar a verdade ensinada pela igreja adventista. Aceitando incondicionalmente a Jesus como Salvador pessoal, começou a guardar o sábado e a esperar a segunda vinda de Cristo.

Quando seus pais se inteiraram de que havia mudado de religião, começaram as sérias dificuldades. Vivia num palácio, acostumada a uma vida de luxos, sem saber o que eram as tarefas domésticas, pois havia muito pessoal de serviço.

O pai chamou-a e disse:

– Minha filha, você não pode seguir com essa religião cristã adventista. Como pode abandonar o "shintoísmo"! Você sabe que sou Conde; o que pensará a sociedade; que dirão os círculos governamentais dessa religião fanática, quando são todos shintoístas aqui!

Carinhosamente, a filha procurou convencer o pai de que somente a Bíblia personifica a verdade Divina e que ela somente podia crer em Deus como revelado nesse livro e em Jesus como nosso Senhor. Mas os preconceitos do pai lhe impediram ver a beleza do plano de salvação.

Quase diariamente a jovem tinha sérios desgostas, até que certo dia o pai lhe disse que se não renunciasse ã religião teria que abandonar o lar. A mãe quis intervir em favor da filha, mas não teve êxito. O pai disse afinal: – Você tem duas horas para preparar suas malas e abandonar este lugar.

Angustiada a senhorita teve que preparar suas malas sozinha, pois foi a primeira vez que em sua vida o pai havia ordenado que ninguém a ajudasse. Em seus ouvidos ressoavam as palavras de Jesus nosso Senhor: "Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim". E isto a animou a cantar o hino (NOTA: seria apropriado que neste momento alguma pessoa da igreja que tenha boa voz cantasse o hino do Hinário Adventista do Sétimo Dia, n.º 518, a primeira estrofe).

A Jesus seguir eu quero, Seja a sorte, sim, qualquer;

Onde quer que vá meu Mestre, Seguirei, sem mais temer.

 

Ó, Jesus, seguir-Te quero; Tu morreste, foi por mim,

Mesmo que Te neguem todos, Eu Te sigo até o fim.

Após reunir todos os seus pertences, pegou o dinheiro que tinha e colocou-o na carteira. Nesse momento entra o pai com a ordem de que a levasse ela mesma sua bagagem até o carro que a deixou ali, como o pai havia ordenado.

Encontrou-se perplexa e sozinha. Pôs-se a pensar. Pensou em alugar um quarto num hotel. Assim o fez. De súbito disse a si mesma:

– Sei falar alemão, inglês e francês. Vou dar aulas de línguas e ganharei a vida assim.

Colocou um anúncio no jornal e em poucos dias teve uma quantidade suficiente de alunos para custear suas despesas. Assim vivia só mas tranqüila, guardando o sábado como fiel filha de Deus até que certo dia parou um carro em frente de sua casa e dele desceu seu venerável pai, com o propósito de vê-la.

Abraçou-a chorando e disse:

– Filha, estes três meses que você esteve ausente de casa foram um inferno para sua mãe e para mim. Temos chorado todos os dias e não podemos viver mais sem você. Volte para casa e continue com sua religião. Faça o que quiser quando voltar para casa. Só lhe peço uma coisa: Quando eu morrer – coisa que pode acontecer em qualquer momento, pois os médicos dizem que não sobreviverei a outro ataque de coração – queime incenso ao meu espírito, de acordo ao rito shintoísta.

Esse pedido se devia ao fato de que crêem os shintoístas que, morto o pai seu espírito se transforma em uma espécie de deus, intermediário entre Deus e seus filhos. Isto os obriga a queimar incenso em sua honra em certas ocasiões.

A filha respondeu-lhe:

– Papai, eu te quero muito, como também a mamãe. Desejo voltar para casa. Mas não posso prometer o que me pede, pois faltaria ao primeiro e segundo mandamentos que dizem que não tenho que ter outros deuses ou imagens, como poderei cumprir com teu desejo, honrando sua imagem como a de uma divindade? Isto é contra a santa Bíblia, e não poderei fazê-lo sem cometer pecado.

O pai, um tanto irado disse:

– Terás que fazê-lo!

A filha respondeu-lhe com toda sinceridade e amor:

– Papai, eu poderia dizer-lhe que o farei, mas uma vez que você esteja morto não o faria. Você não saberá, mas procedendo assim desobedeceria o nono mandamento da lei de Deus, que manda não mentir. Deus exige que eu guarde os Dez Mandamentos, querido paizinho, por isso não poderei prometer o que me pede. Mas cuidarei de você com toda carinho, enquanto estiver vivo, porque você é meu pai.

Pela segunda vez o pai quis obrigá-la... Irritado gritou: – Está bem. Ficará deserdada. Adotarei uma filha. Você está morta para nós.

Poucos dias depois adotou outra filha. Esta menina que havia aceitado a Cristo esteve disposta a perder sua herança avaliada em centro e oitenta milhões antes que perder a Cristo, a Pérola de Grande Preço. O caminho para ela apresentava-se árduo, mas sabia que o Senhor a esperava ao final do mesmo. 

(NOTA: Aqui seria bom que a mesma pessoa cantasse a segunda estrofe e o coro do hino 518.)

Um tempo depois este homem morreu repentinamente e de acordo com a ameaça feita havia legado toda sua fortuna de cento e oitenta milhões de reais à filha adotiva. A filha legítima não lamentava a perda da herança, pelo contrário. Dizia:

– Prefiro a pérola verdadeira da salvação aos cento e oitenta milhões de meu pai.

(NOTA: Pode cantar a terceira estrofe e o coro do hino 518.)

 

CONCLUSÃO

 

Apelo para seguir a Cristo a qualquer preço; a deixar tudo o que impeça ir a Jesus; a vender tudo para comprar a Cristo, a Pérola de Grande Preço.


 

Fonte Apostila de Sermões - Pr. Daniel Belvedere

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