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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os Sete Pecados Mortais - N° 7 - A AVAREZA OU GANÂNCIA



A  AVAREZA  OU  GANÂNCIA

A avareza, parente próximo da cobiça, é provavelmente um dos piores parentes dela. De fato, o apóstolo Paulo, em Timóteo 6:10, afirma: "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males."
Os homens, tangidos pela avareza, roubam, assaltam, atacam, defraudam, caluniam e matam. A avareza foi um dos primeiros pecados a levantar sua venenosa cabeça no Jardim do Éden. Em Gênesis 3:6,vemos que "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu." O pecado da avareza como que faz parte do homem natural, assim como a respiração. Do berço ao túmulo, ela motiva nossas ações e amolda os nossos padrões de conduta.
Tal pecado tem forçado também o nosso caminho, penetrando em nossa ideologia ética. Assim, as afirmativas de que "a preservação da própria existência é o instinto dominante do homem", de que "a proteção própria é a primeira lei da vida", e de que "devemos sempre buscar ser o primeiro" não passam de adágios de avareza.
O Jardim do Éden era um lugar de beleza indescritível, mas o pecado da avareza destruiu tudo aquilo. Depois do pecado, tornou-se um lugar soturno e nebuloso, com a flamejante espada do juízo a percorrer todo o seu domínio, A vida só poderia ser santificada com a bem-aventurança do Éden, e o homem só gozará da comunhão com Deus quando obtiver vitória sobre o nojento pecado da cobiça ou avareza. Nenhum pecado nos rouba tanto a beleza e radiância da vida como o da avareza, ou ganância.
Percorra as páginas da Bíblia e você verá, prezado leitor, o rastro da abjeta miséria que este pecado mortal deixou na história da humanidade. Foi a ganância ímpia e desnaturada em pós dum ganho visceralmente egoístico que arrastou o rei Acabe a cobiçar a vinha de Nabote e a matá-lo para criminosamente conseguir seu negro e ganancioso desiderato. Mas a voz de Deus veio a Acabe, dizendo-lhe: "No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo" (I Reis 21:19).
A ganância primeiro requer nossas almas, depois sela o nosso destino. Acabe nem sequer sonhou que a inocente sementeira da cobiça em seu coração lhe traria aquela terrível colheita de morte e juízo. Os irmãos de José semearam a insignificante semente da ganância e cobiça quando venderam seu inocente irmão José para ser escravo no Egito. Nem sequer podiam imaginar a colheita de fome e miséria que obteriam quando a ganância frutificasse.
O homem rico, de quem Jesus nos falou, semeou grãos de egoísmo e ganância, e Jesus disse que ele colheria aquilo mesmo em grande abundância. Ele logo veio a perceber a futilidade com que suas tulhas e celeiros lhe presentearam: tinha-os abarrotados, tinha os bolsos cheios, mas o coração estava inteiramente vazio. Logo caiu morto, ouvindo a voz divina que lhe dizia: "Insensato, esta noite te pedirão a tua alma" (Lucas 12:20).
Judas, tangido pela ganância, vendeu seu Senhor por trinta moedas de prata, e por fim percebeu, com amargura e remorso, que de nada lhe valia a vida sem Cristo. Atirando as manchadas moedas aos pés dos gananciosos homens com quem tramara a triste barganha, saiu da presença deles e foi enforcar-se. A verdade nua e crua é esta: muito antes de Judas tirar sua própria vida, a alma dele já estava morta – fora enforcada e morta pela avareza ou ganância.
A todos os Acabes e Judas e loucos deste mundo, que vivem egoísta e gananciosamente, Jesus diz em Lucas12:21 – "Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus."
A ganância busca na vida mais do que aquilo que lhe pertence. Ela engana, rouba, mente e mata para alcançar seus objetivos. A Bíblia nos ensina que nascemos já com o pecado da ganância em nosso coração. Em Jeremias 6:13 lemos: "Porque desde o menor deles até o maior, cada um se dá à avareza." As crianças nascem já naturalmente inclinadas ao egoísmo, à avidez, à avareza. Conquanto não possam fazer conhecidos por palavras os seus desejos, têm um modo de fazer isso.
Vivi algum tempo num lar em que a mãe, a avó, a doméstica e o pai corriam em todas as direções, num doentio esforço para gratificar e satisfazer os desejos dum filho único. As crianças, mesmo crescidas, são egoístas por natureza. "Papai, que é que o senhor trouxe para mim?" é linguagem familiar e comum em meu lar como certamente o é no do leitor amigo.
Jeremias disse que "desde o menor deles até o maior, cada um se dá à avareza." Enquanto o filho pródigo cantou a melodia do "Dá-me", seu quinhão foi miséria, necessidade, solidão e fome; mas, quando a trocou pelo cântico do "Perdoa-me", ele se viu então num estado de comunhão, conforto e abundância.
Carlos Kingsley disse: "Se você quiser viver miseravelmente, pense somente em si; pense no que precisa, no que gosta e no respeito e atenções que você quer que os outros lhe dêem – e então para você nada lhe será puro. Você estragará tudo quanto suas mãos tocarem. Você extrairá apenas miséria e desencanto de tudo quanto há de bom. Você será tão infeliz quanto e como quiser."
Em Romanos 1:29, a ganância é posta no mesmo nível dos pecados viciosos e condenáveis, quando se diz: "estando cheios de toda a injustiça, malícia, avareza, maldade." Na mesma Carta, em Rom. 13:9, a avareza, ou ganância, é mencionaria ao lado do homicídio, do adultério, do roubo e da mentira. Este pecado, que tem emperrado o desenvolvimento espiritual de tantos cristãos e que, no entanto, parece tão inofensivo, é catalogado pela Palavra de Deus como um dos mais hediondos e mais destruidores instrumentos de Satã. De fato, a Bíblia vai mais longe ainda, e nos alerta, dizendo categoricamente que o cobiçoso e o culpado de avareza não herdarão o Reino de Deus (I Coríntios 6:10).
A Bíblia nos ensina que a ganância é idolatria. Uma moeda de prata pode estar tão perto de seus olhos que lhe impeça de ver o sol. E o amor do dinheiro pode encher seu coração de tal maneira que exclua inteiramente a Deus de sua vida. Neste século de crasso materialismo, a consumidora paixão das coisas e lucros imateriais tem levado inúmeras pessoas a se esquecerem das judiciosas palavras de Jesus, contidas em Marcos 8:36: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Quando forem consultados os registros de nossa vida, será que eles só apresentarão lucros em reais?! De que adiantará isso?
O amor ao dinheiro corrói o coração do homem, rouba-lhe a felicidade e o põe em guerra contra os outros. A ganância de um país, por anexar a si o solo de outro, muitas e muitas vezes desencadeado pilhagens e guerras, vitimando populações inocentes e desarmadas. Os poderosos, em várias ocasiões, levados por motivos ocultos e inconfessáveis, têm espoliado e oprimido os fracos. Patrões desalmados e gananciosos, através dos séculos, vêm explorando o sangue de seus empregados, mesmo quando suas consciências lhes dizem que não estão pagando salários correspondentes ao serviço feito pelos operários.
Foi o pecado da ganância que criou a escravatura e o seu doloroso séquito de sofrimentos, que engendrou as misérias e mortes que acompanharam essa praga da raça humana. O amor do dinheiro é que produz os roubos que os nossos jornais registam diariamente, e que muitas vezes desembocam em homicídios. É a ganância que induz o vendedor de leite a adicionar-lhe água para lucrar mais, e que ensina o lavrador a colocar as boas maçãs por cima das meio apodrecidas. É a ganância que faz o advogado mentir, e que leva o mercador a escamotear seus fregueses.
Os pais romanos dos séculos antigos costumavam dizer a seus filhos: "Ganhe dinheiro honestamente, se puder; mas, em qualquer caso, ganhe dinheiro."
O grande pecado deste mundo é a ganância, a avareza. Inclinamo-nos tanto a ganhar dinheiro que não nos sobra tempo para Deus e para os deveres religiosos. Muitas casas e lojas comerciais permanecem desnecessariamente abertas aos domingos, e profana-se assim o dia do Senhor para se ganhar uns reais a mais.
Quantas e quantas vezes tenho convidado pessoas para irem à igreja, e me respondem que precisam trabalhar! Estão de tal forma preocupadas com ganhar dinheiro que não têm tempo para Deus. Os norte-americanos e outros mais povos da terra não vêem que, nessa ânsia de facilidades, conforto, luxo e de ganhar dinheiro, podem perder tudo num abrir e fechar de olhos, na mais temível e horripilante destruição que o mundo jamais experimentou. Eu, em nome de Deus, digo a esses povos: "Despertai, despertai, antes que seja tarde!"
É o pecado da ganância que faz ferver o sangue dos jogadores, dos apostadores, endurecendo aos poucos seus corações de tal forma que chegam a perder não só o dinheiro e a saúde, mas também suas almas.
Há algum tempo, um grupo de turistas que passava pelo Vale da Morte (Death Valley), na Califórnia, topou com um esqueleto humano nas dunas daquele deserto. Por entre os ossos das mãos do esqueleto estavam presas placas de mica, cujas piritas, semelhantes ao ouro, certamente haviam iludido o pobre homem. Tomara ele por ouro os veios amarelos de laica. Num pedaço de papel, que foi achado por baixo daquele esqueleto, ainda se podia ler estas palavras – "Died rich" – morro rico. Pensara ele que estava rico, mas a morte o apanhara, e lá morrera sozinho. Assim é que as riquezas enganam os homens. Se não ternos outra coisa senão dinheiro, somos desgraçadamente os mais pobres deste mundo.
Há muita gente que pensa que é rica por causa de sua segurança ou boas condições econômicas. Mas, para afim Deus, são mais do que pobres. Um dos quadros mais tristes, apresentados pelo Novo Testamento, é o daquele moço rico que saiu entristecido, da presença de Jesus, tendo seus bolsos cheios de dinheiro, mas o coração vazio. Estava interessado na vida eterna, mas não queria pagar o preço dela. É justamente o que acontece com muita gente hoje em dia. Inúmeros, como o jovem rico, conhecem o caminho – mas não querem pagar o preço.
Não é pecado ser rico. Se você tem ganho seu dinheiro honestamente, Deus o tem na conta de um mordomo Seu, das coisas que Ele lhe tem dado. Agora, se o dinheiro ou a sua riqueza vem prejudicando a sua vida espiritual, daí ela é pecado – e você está vivendo como pobre aos olhos de Deus. Lemos na Bíblia que um bom número de pessoas ricas foram retas e piedosas, e dedicaram suas riquezas ao serviço de Deus.
Fazendo uma comparação com os demais povos do mundo, podemos dizer que quase todos os norte-americanos são ricos. Se você tem sapatos, roupas e comida, conforme os padrões deste mundo, você é rico. O pecado da ganância é hoje um dos maiores, e talvez seja a maior pedra de torpeço para o Reino de Deus no mundo todo.
Há pessoas que acham que é incurável o pecado da ganância, e que o homem, urna vez dominado e controlado por ela não mais encontra a salvação. Reconheço e concordo com o que Jesus disse, pois Ele sabe o que diz. E Ele asseverou que "é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus." (Mateus 19:24). Mas a pessoa culpada do pecado da avareza pode salvar-se.
Você, amigo leitor, pode ser pobre, mas também a ganância e avareza podem ter endurecido o seu coração, tornando-o amargo e invejoso. Mas, você porte alcançar a salvação. Arrependido do seu pecado e com fé no Senhor Jesus é certo que o sangue dEle o purificará de todos os seus pecados. Ao pé da cruz de Jesus Cristo, você recebe o Seu maravilhoso e glorioso perdão – seja qual tenha sido o seu pecado.

Os Sete Pecados Mortais.- N° 6 - A PREGUIÇA OU OCIOSIDADE





BILLY GRAHAM


Alguns mestres de Bíblia acham que o pecado da preguiça não é tão comum nos dias presentes como o foi no mundo antigo. Todavia, à medida que estudava a Bíblia para apresentar esta mensagem, me convenci de que tal pecado é hoje um dos mais disseminados no mundo.
O dicionário de Webster define a preguiça como "aversão à ação ou ao trabalho; indolência, vadiagem, ociosidade e negligência." Na linguagem teológica, ela traz consigo não só a idéia de vagarosidade ou desinclinação para as coisas espirituais, mas também de apatia e inatividade na prática do cristianismo.
A Bíblia tem muito a dizer a respeito do maléfico, destruidor e mortal pecado da preguiça. Em Provérbios 19:15 ela nos diz que "A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome." Ainda no mesmo livro, no cap. 21, verso 25, diz que "O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar."
A Bíblia afirma que o pecado da preguiça engendra uma qualidade negativa de vida que se revela pela estagnação e ineficiência, e impede a pessoa de ser uma seguidora de Jesus Cristo. A ociosidade espiritual não é pecado somente contra Deus: é também contra você mesmo. Ela mede a distância entre aquilo que você deve ser e aquilo que você hoje realmente é. Ela mostra a diferença que há entre a pessoa que você é e a pessoa que você podia ser.
A preguiça é a destruidora da oportunidade e a assassina das almas. Ela mata furtiva e silenciosamente, mas mata de fato.
O homem ocioso é como madeira ou cortiça a flutuar sobre as águas duma corrente - sem fazer força alguma e inteiramente despreocupado. O caminho da indolência é a estrada popular, a estrada larga, o caminho pelo qual transita a multidão. Para se andar nessa estrada não se faz necessário esforço, nem energia, nem disposição. O bote sem motor sempre corre água abaixo – nunca para cima. Assim, a alma sem energia e preguiçosa inevitavelmente se encaminha para a perdição eterna.
Inúmeras pessoas têm perdido a vida em acidentes automobilísticos não por serem más motoristas, mas por serem boas condutoras... a dormir na direção. Muitas pessoas estão perdendo batalhas espirituais, dormentes e indolentes. O apóstolo Paulo em Efésios 5:14, declara isto: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará."
Muitas e muitas pessoas têm perdido a saúde e a vida, não por terem abusado de seu corpo pelo pecado, mas pelo fato de não terem dado ao corpo os devidos cuidados e atenções. Eram tão indolentes que não trataram de seus corpos como deviam.
A preguiça faz sua colheita anual de milhares de mortes nos caminhos deste mundo, de milhares de colapsos físicos e de uma surpreendente qualidade de sofrimentos e misérias.
O pecado de nada se fazer é chamado, nas Escrituras, o pecado de omissão, e é ele tão perigoso e destruidor quanto o pecado de comissão. Você não precisa fazer nada para se perder: basta negligenciar quanto à alma, e não cuidar de suas necessidades espirituais. Jesus afirmou que é muito fácil a gente se perder. Ele sentenciou: "Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela" (Mateus 7:13).
Na parábola dos talentos, proferida por Jesus, vemos a recompensa dos servos fiéis e também o julgamento do servo indolente. Pelo fato de não haver feito nada, foi duramente julgado e castigado e posto na mesma plana dos adúlteros e homicidas. Em Mateus 25:26-30, vemos a sentença dada: "Servo mau e preguiçoso. . . tirai-lhe, pois, o talento. . . e lançai o servo inútil nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes." O servo inútil nada fizera abertamente errado ou nocivo: simplesmente deixara de cumprir seu dever, a tarefa que lhe fora confiada. O pecado dele foi o da preguiça, o pecado de não fazer nada.
O pecado mortal das dez virgens não foi a imoralidade, nem a mentira, nem a trapaça, e sim a indolência. Apenas deixaram de tomar a quantidade necessária de óleo para suas lâmpadas. E foram julgadas, não por um pecado flagrante, mas por sua indolência e infidelidade. Quando chegou o noivo, se fechou a porta da oportunidade, e a voz do Senhor ecoou, em juízo: "Não vos conheço" (Mateus 25:12).
Em todos os setores da vida, o preguiçoso sempre é quem sai perdendo. O estudante preguiçoso e ocioso, que passa o tempo vadiando e batendo papo nos bares e nas esquinas, nunca pode esperar ver um dia o seu nome no quadro de honra. Os diplomas em geral são conferidos a pessoas que estudam e trabalham com afinco – e não aos inteligentes ociosos. Em geral a pessoa que se esforça é que recebe aplauso e louvor de seus professores. No trabalho rural, no comércio, na escola, na fábrica, no balcão e em qualquer setor das atividades humanas, a preguiça é sempre castigada e a fidelidade é recompensada.
A preguiça destrói a vida de cada dia. Por causa dela se perderam vidas e cidades se incendiaram e lares se dissolveram. Do homem respeitável fez um vagabundo; da mulher pura e honesta fez uma prostituta e do moço bem educado fez um ladrão ou beberrão.
Alguém disse com carradas de razão que "não é aquilo que fazemos e sim aquilo que deixamos de fazer o que nos dá dor de cabeça ao pôr do sol."
A palavra de ânimo que devíamos levar a um amigo desencorajado, a ação ajudadora que tornaria mais leve e mais suportável o fardo de alguém, um pouco de dinheiro colocado amorosamente na mão do necessitado – eis aí ações negligenciadas que nos trazem remorso e privam outros da ajuda tão necessitada. Quando, por causa da preguiça, deixamos de realizar um ato de generosidade e amor cristão, as palavras de Jesus, a nos condenar, ecoam em nossos ouvidos: "Sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer." (Mateus 25:45).
Inúmeras são as pessoas que têm preguiça de ir à casa de Deus. Gostam de dormir até tarde no domingo de manhã ou então de jogar umas partidas de golfe. Outros gostam de ficar em casa para ler os jornais, ouvir um sermão pelo rádio, ou um programa religioso no televisor. Acham que assim fazendo já cumpriram seu dever religioso.
Outros descuidam e negligenciam a oração, a intercessão. O apóstolo Paulo disse que "se deve orar sem cessar" (I Tess. 5:17). Ele queria dizer com isso que devemos a todo tempo nos conservar na atitude de oração. Pelo fato de sermos preguiçosos e indolentes, negligenciamos a oração, e, assim, se secam os nossos mananciais espirituais.
Descobri há muito que, se saio de casa de manhã sem haver gasto um bom período em oração, o dia não vai nada bem, e se amontoam os problemas e dificuldades.
Muitos de nós preferimos ter uma soneca extra a separar quinze minutos para estarmos em oração a sós com Deus, pela manhã. Em geral consentimos em que qualquer coisa interfira com o nosso encontro com Deus, pela oração e intercessão. Se você tem uma hora marcada para audiência com o Presidente da República, é mais que certo que chegará antes da hora, e nunca depois. Você gastará bom tempo se vestindo e pensando no que vai dizer a uma pessoa tão distinta. No entanto, você continuamente deixa para depois a hora de estar a sós com Deus em oração. Quase nunca prepararmos nossa mente para o período de oração. Costumamos dar para Deus os momentos de lazer, ou os últimos instantes antes de irmos ao leito. Daí, estamos tão cansados e com tanto sono que às vezes nem podemos firmar nossa mente naquilo que estamos fazendo. Somos culpados do pecado da preguiça.
Milhares de cristãos pecam por preguiça de ler a Bíblia. Em I Pedro 2:2, se nos ensina que "desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação." O motivo por que muitos cristãos não crescem espiritualmente está no fato de não lerem a Bíblia. E por que não estão lendo a Bíblia? Porque são negligentes e preguiçosos. O Salmista dizia que meditava nas leis de Deus, de dia e de noite; e o resultado foi este: as palavras de Deus lhe eram como mel ao coração e alma. Muitos cristãos se admiram e estranham o fato de não sentirem em sua vida aquela alegria e o entusiasmo que vêem noutros discípulos de Cristo. Isso se explica porque não estão lendo a Bíblia.
Talvez, você, leitor antigo, seja culpado deste horrível pecado da negligência. Você está deixando de fazer aquilo que devia fazer.
Outros muitos são negligentes no testemunho de Cristo. Quanto tempo faz que você não fala a alguém sobre Cristo? Quanto tempo faz já que você trouxe aquela alma ao conhecimento redentor de Jesus Cristo? E trouxe depois mais algumas? Há inúmeras pessoas a seu redor, com quem você está em contato diariamente, que estão precisando de Jesus em suas vidas, e no entanto não saiu ainda de seus lábios uma palavra que tentasse ganhá-las para Jesus? Você é culpado do pecado da preguiça e outros se perderão por causa de sua negligência!
Outros se mostram preguiçosos, lerdos, negligentes e displicentes na sua maneira de viver. É pecado ser preguiçoso no vestir e no conversar. É pecado ser preguiçoso nas cortesias ordinárias da vida de cada dia.
O pecado da preguiça se estende a muitas esferas, tais como: negligência ou descuido nos seus hábitos que podem fazer perigar a vida de outros; negligência no asseio ou limpeza pessoal, prova de que não se tem Deus na vida; negligência no conservar sempre o sorriso que deve aparecer no rosto do cristão, sejam quais forem as circunstâncias; negligência ou preguiça de auxiliar os vizinhos em necessidade; negligência na caridade e amor cristãos, deixando de se esforçar para que os infelizes, pobres e subnutridos tenham com o que enfrentar as necessidades da vida.
Há muitos outros que são negligentes no pagar seus dízimos e dar suas ofertas para a promoção do reino de Deus. Se a escrituração comum das casas comerciais fosse tão descuidada e negligenciada como o é a que relaciona nossos débitos para com Deus, em poucos dias o comércio de nossas cidades abriria falência.
Há milhões de cristãos hoje que vivem descuidados e entorpecidos, de boca fechada, ao passo que o mundo, em desesperada necessidade, anseia pelo evangelho de Jesus Cristo. Pela boca do profeta, a Bíblia nos alerta, dizendo que "Os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; sonhadores preguiçosos, gostam de dormir." (Isaías 56:10). E o apóstolo Paulo, em Romanos 12:11, nos admoesta: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Há muitas maneiras de você servir a Cristo, sejam quais forem as circunstâncias.
O Novo Testamento de contínuo nos põe de sobreaviso para que não nos deixemos levar pelo pecado da preguiça: "Para que não vos torneis indolentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas" (Hebreus 6:12).
Martinho Lutero, num de seus sermões, disse que "o Diabo convocou um dia seus emissários para que apresentassem os resultados das tarefas a ele confiadas.
"Um deles foi dizendo que atiçara animais ferozes contra uma caravana de cristãos em pleno deserto, e que os ossos deles estavam agora alvejando sobre as areias do deserto.
"E o Diabo replicou: 'Ora, que vantagem! As almas deles foram salvas.'
"Um outro de seus asseclas disser 'Desencadeei o tempestuoso vento oriental contra um navio cheio de cristãos, e todos morreram afogados.'
"E o Diabo de novo disse: 'Ora! Grande vantagem! As almas deles se salvaram.' E um terceiro súdito de Satã relatou; 'Dez anos levei, tentando fazer com que certa pessoa descuidasse de sua alma, e por fim consegui isso; e ela agora é nossa.'
"Então o Diabo exultou e deu um grande grito, e as vedetas noturnas do inferno entoaram um salmo de alegria."
O pecado da preguiça e da criminosa negligência espiritual têm contribuído bastante para aumentar a população do inferno, tanto quanto o têm feito os outros pecados mortais. Ele parece tão inocente, tão indene, mas o seu veneno é mais mortífero ao espírito humano do que outros dos mais odiosos.
O maior mal que a preguiça ocasiona é o de roubar ou tirar do homem a finalidade espiritual – o poder de se decidir por Cristo. Essa espécie de embriaguez espiritual, levando o homem à indolência e à estupidez, tira dele a capacidade de escolher a Cristo. A negligência pode levar a criatura humana a se convencer da verdade, pode mesmo levá-la ao conhecimento das doutrinas redentoras do Evangelho de Cristo, mas pode torná-la incapaz fie se decidir positivamente a favor de Cristo. A estrada lhe é clara diante de seus olhos. O homem percebe qual o caminho em que deve andar, mas a preguiça amoleceu sua vontade e o tornou irresponsável, ou irresoluto. O pecado da preguiça deve ser confessado, do mesmo modo como os outros. O apóstolo Tiago, em sua Carta, cap. 4, Versículo 17, diz que "aquele, pois que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado."
Na multidão dos que se reuniram ao redor da cruz de Cristo havia muitos que estavam cometendo o pecado da preguiça. Quando Cristo morria pela humanidade, diz-nos Mateus 27:36: "E, sentados, ali, o guardavam." Quanta indiferença! Que triste e horrenda negligência!
Pouco antes de entregar Sua alma ao Pai, Jesus olhou para os pecadores ao pé de Sua cruz – ladrões, assassinos, jogadores, hipócritas, profanos, imorais, orgulhosos, invejosos, cobiçosos, glutões e preguiçosos, e disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34). Naquele momento, o Cordeiro de Deus (para todos aqueles que assim o crêem) tirou os pecados do mundo. Por meio desse ato redentor, cabal e perfeito, Jesus Cristo abriu o carrinho para o céu.
A vida eterna está ao alcance de cada um e de todos. O Salvador está tão perto quanto a sua vontade que a Ele deve ser entregue; e também Ele está tão longe quanto você O queira afastar. O seu espírito obstinado, negligente e preguiçoso é o único grande elemento que pode impedir que Jesus entre em seu coração e o salve por toda a eternidade.

domingo, 29 de dezembro de 2013

OS SETE PECADOS MORTAIS - N° 5 - GULA OU GLUTONARIA



BILLY GRAHAMA  

Conheço um homem que pesa aproximadamente 135 quilos. Come como ninguém. Certa vez almocei com ele e o vi comer uma torta de frango inteirinha. Quando lhe disse que seria bom que ele perdesse peso, deu uma estrondosa gargalhada e a seguir pôs mais uma rodela de manteiga sobre a sua fatia de pão torrado. Ele assim está cavando sua sepultura com a faca e o garfo. Esse homem está cometendo o pecado que a Bíblia chama de gula.
Nos últimos dias nos Estados Unidos da América do Norte está se elevando o padrão de vida. A maioria dos norte-americanos está vivendo cada vez com maior folga e mais alimentos para comer do que qualquer outro povo do mundo. Nisso tem resultado um materialismo horripilante e o culto do conforto que passo a passo vão tomando conta da grande nação. O comunismo, há poucos anos considerado como o nosso maior inimigo, fica aquém dessa "filosofia de prosperidade e abundância", a qual muito bem pode ser tida e havida como o inimigo público número um. Tal filosofia advoga a comodidade e a luxúria, e prega que o homem pode viver só de pão. O apetite se tornou uma finalidade, ou alvo, que tem por altar o balcão da mercearia ou das feiras livres. O credo deles é a abundância, e o conforto é o céu para eles. Em épocas de prosperidade econômica, há um grande perigo a rondar o povo – é o pecado de gratificarmos demasiado os nossos apetites carnais, caindo em desordenados comes e bebes e orgias.
A gula é um dos sete pecados mortais e os pais da Igreja Cristã a colocaram lado a lado com o orgulho, a inveja e a impureza. É pecado cometido por muitos de nós, mas mencionado por poucos. Entre os cristãos é um dos mais comuns. Muito embora nossas constituições e códigos penais não a condenem, a Bíblia a condena abertamente.
Muita gente positivamente gulosa mui de pronto condena outros por seus pecados. Pode descobrir prontamente um argueiro de impureza noutras pessoas, mas se mostra cega à trave que traz em seus olhos. A uma pessoa que empanturra e abarrota o seu corpo com desnecessárias iguarias é muito fácil olhar para um homem que bebe demais e dizer a ele como disse o fariseu de antanho: "Ó, Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano" (Lucas 18:11). Ao homem que é escravo do seu estômago é fácil condenar o escravo das bebidas. Mas, aos olhos de Deus, pecado é sempre pecado.
A gula, o empanturramento e a indulgência própria são condenados com a mesma energia com que se detesta outros pecados mortais que infelicitam o homem. Em Filipenses 3:19, lemos: "Cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre; e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas." Aqui se identifica a gula com o materialismo, pois que "só cuidam das coisas terrenas".
A gula é pecado, primeiro: por ser a expressão física da filosofia materialista. Ela se ri da justa restrição, caçoa da temperança e da decência. Ela diz: "Comamos, bebamos e alegremo-nos, porque amanhã morreremos." Ela não dá lugar a Deus e desconsidera a eternidade. Vive para a hora que passa, e sua filosofia é esta: "Vivemos só uma vez, portanto, vivamos regaladamente."
Jesus nos deixou um exemplo clássico do homem que vive só para esta vida. Nos dias de sua prosperidade, tal homem dizia: "Derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens. E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te" (Lucas12:18, 19). A filosofia desse homem diferia muito pouco da filosofia materialista dos homens de nossos dias – Aumentar... descansar... beber mais... comer mais... gozar ainda mais esta vida.
Ouvimos a pregação dessa filosofia através de nossos rádios e televisores, e isso quase ininterruptamente dia e noite. Frisa-se muito o conforto, a comodidade e satisfação de nossos apetites. Vemos isso em nossas revistas. Por todos os lados somos aconselhados a uma vida mais folgada, mais cômoda, com melhores comes e bebes – salientando-se as coisas materiais deste mundo. Esquece-se facilmente a temperança, a restrição e a disciplina própria, nessa louca corrida em pós da abundância e da comodidade. A nossa presente geração, inclinada para a filosofia materialista, em vão está tentando abrir caminho para a felicidade, em vão quer gozar da paz e em vão corre atrás da prosperidade, em vão busca abrir caminho para o céu.
E, como é fácil encher nestes dias, a nossa mente com asneiras e tolices, nossos estômagos com entulhos e porcarias, e assim prejudicar nossas almas! No livro de Deuteronômio 8:3, Deus diz: "O homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem."
A gula é perversão ou desvirtuamento do apetite, que é dom natural provindo do próprio Deus. Devemos ter em mente que o pecado nem sempre é transgressão aberta e flagrante. Não raro, ele é uma perversão ou distorção de apetites e desejos naturais e normais. O amor não poucas vezes degenera em concupiscência. O respeito próprio muitas vezes se perverte e acaba em ambição pagã e ímpia. Quando a fome normal, que é dada por Deus, toca as raias da anormalidade, a ponto de prejudicar o corpo, embrutecer a mente e enlouquecer a alma, torna-se isso grave pecado.
Em Provérbios 23:21 lemos: "Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência vestirá de trapos o homem." A gratificação de nossos apetites carnais não deve ocupar o primeiro lugar em nossa vida. Jesus recomendou: "Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? ... Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mateus 6:31, 33).
Muitos têm esquecido o conselho de Jesus, e têm posto em primeiro lugar seus apetites carnais. Gastam seus dias e sua vida correndo atrás de coisas materiais, e deixando Cristo de lado. Depois, nos últimos dias, apressados e intimidados, clamam: "Ò Deus, sê propício a mim." Agora, pergunto: "É proceder inteligente e limpo aguardar o último instante para resolver o problema mais urgente desta vida, que é o de pôr em ordem as nossas contas para com Deus?! É claro que isso é grave e perigoso erro, e duvido muito da genuinidade desses arrependimentos de última hora, em face da morte. Deus pode dar ao homem o dom do arrependimento, mesmo quando ele se acha no leito de morte, caso nunca ele tenha tido essa oportunidade, ou nunca tenha ouvido falar do Seu plano de salvação. Mas, quando se trata duma pessoa que deliberadamente tem rejeitado a Cristo e permanecido em seus pecados, há poucas esperanças de poder ela encontrar paz com Deus nas últimas horas. A Bíblia nos avisa que há um dia em que você procurará a Deus, mas não mais O encontrará, em que você clamará a Ele mas Ele não mais o ouvirá.
Muita gente não considera a gula como um pecado vicioso, mas sabemos que do início ao fim a Bíblia o detesta e condena. Quando nos pomos à mesa e agimos desbragadamente, sem nos conter, estamos, abrindo caminho não só para o túmulo, mas também para o inferno e a destruição. Por certo, a gula não consiste apenas em se comer demasiado. Pode ser o pecado de beber, de dissipar, de ficar até madrugada em prazeres e diversões, perdendo-se tempo sem necessidade para satisfazer ambições, cobiça e concupiscência. A gula pode também ser praticada e cultuada por casais que não se moderam, nem são temperantes em suas relações sexuais. Quando abusam, o resultado é certo: sofrem seus corpos, mentes e almas. A Bíblia nos recomenda que em tudo sejamos temperantes, comedidos e que nunca abusemos de qualquer privilégio ou dom, ou poder, que Deus nos tenha concedido.
A gula é a síntese ou o substrato do egoísmo humano. Ela deverá ser julgada como os demais pecados mortais. Em Amós 6:4, Deus diz : "Ai de vós. . . que dormis em camas de marfim, e vos estendeis sobre os vossos leitos, e comeis os cordeiros do rebanho, e os bezerros do meio da manada.., que bebeis vinho em taças, e vos ungis com o mais excelente óleo..."
Três quintos da humanidade vivem em sordidez, miséria e fome. Por muitos e muitos anos, um número pequeno de privilegiados têm ignorado e explorado milhões de semelhantes seus, que vivem subnutridos e subdesenvolvidos. E o nosso egoísmo nos escraviza, por fim, também a nós. Se não agirmos de pronto, se não repartirmos com os necessitados e não fizermos alguma coisa para socorrer esse grande exército de semelhantes nossos que geme na miséria e privação, Deus nos julgará.
O comunismo, com seus crescentes milhões de adeptos, promete ajudar os necessitados deste mundo. Se os cristãos não renunciarem a tempo o seu egoísmo e desinteresse pelos necessitados, e não correrem a ajudar os povos que, aos milhões, estão perecendo nas garras da fome, tais povos se voltarão para quem mais lhes prometa, isto é, para o comunismo.
Muito embora a nossa era seja de prosperidade, vemos por aí inúmeras e chocantes provas de egoísmo e cobiça desordenada. É certo que Deus nos permitiu toda essa prosperidade para que pudéssemos socorrer a tempo os necessitados e sofredores e para que, por esse meio, com nosso amor e compaixão por eles, também pudéssemos afastá-los do perigo comunista. Na sua Primeira Carta, que fala por si, o apóstolo João (I João 3:17) nos pergunta: "Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?"
Somos chamados a dar testemunho de Cristo não só com nossos lábios, mas também com nossas mãos – com mãos que alimentam o faminto, que vestem o nu e matam a sede ao sedento. I João 3:18, lemos isto: "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." Que vergonha, sim, que vergonha, quando, nesta hora em que milhões pendem entre o amor de Cristo e as garras do materialismo, nós, cristãos, estejamos entregues à gula, ao empanturramento e à bebedeira,! Que Deus nos desperte desse pecaminoso estupor antes que seja muito tarde!
A gula é pecaminosa porque conspurca o corpo que é o templo do Espírito Santo. Deus nos deu um corpo não para ser objeto de abuso e dissipação, mas para por ele glorificarmos a Deus, tornando-se ele a habitação do Seu Espírito. Em I Coríntios 6:19 e 20, diz a Bíblia: "Ou, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo." Qualquer pecado é pecado contra Deus, porque ele nos criou e somos obra de Suas mãos.
Os romanos, antes da queda de Roma, entregavam-se aos três maiores pecados: à gula, à bebedeira e à imoralidade. Cavaram suas sepulturas com seus próprios dentes, mataram-se com sua ilícita indulgência e se embalsamaram com suas libações alcoólicas. Diz-se que em seus suntuosos banquetes era comum verem-se comensais correr até às janelas para vomitar e regressarem à mesa para encher de novo o estômago! Nenhum indivíduo, ou nação, ou raça que se entregue à glutonaria, à embriaguez e à dissipação pode contar com o agrado e a bênção de Deus. O império romano desmoronou pelo fato de abarrotar e empanzinar seu corpo e matar à fome sua alma. Milhões de indivíduos de apetites descomedidos e de almas glutonas, como animais estúpidos em louca abundância, deixam de lado a razão e o comedimento e passam a comer até morrer. O apóstolo Paulo em I Timóteo 5:6, declara que "a que se entrega aos prazeres, mesmo viva, está morta." Uma vida descontrolada, uma vez que deixa a Deus fora de cena, inevitavelmente leva ao suicídio espiritual.
O fato de numa época grandemente próspera os nossos psiquiatras, conselheiros e pastores se atarefarem dia e noite por aliviar os padecentes de distúrbios mentais e espirituais prova à sociedade que atingimos apreciável prosperidade econômica, mas que estamos definhando espiritualmente. Indubitavelmente temos prosperado muito mais nas coisas materiais do que nas espirituais.
Dois aspectos de nossa natureza chamam energicamente a nossa atenção. O corpo exige alimento, água e ar e não é pecado satisfazer tais exigências. É pecado correr atrás dos apetites carnais, excluindo ou negligenciando as necessidades espirituais, e assim nos tornamos culpados do pecado de glutonaria.
O filho pródigo é exemplo clássico desse erro humano, assaz comum. Ele foi presa fácil do materialismo. O resultado final daquele materialismo pagão encontramos nestas palavras: "Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade." (Lucas 15:14). O materialismo suga-se a si mesmo – e assim também acontece com a gula, o orgulho e a impureza. Nunca se dão por satisfeitos, e jamais satisfazem, porque se inclinam unicamente para um setor de nossa natureza. A alma humana só em Deus acha sustento e descanso.
Os ladrões crucificados com Cristo no Calvário representavam tudo quanto há de pecaminoso e condenável na humanidade. Tinham vivido egoisticamente, de maneira condenável e reprovável. Um daqueles dois, porém, se arrependeu e confessou ao Senhor Jesus os seus erros e pecados, e, cheio de fé, voltou-se para Jesus, dizendo: "Jesus, lembra-Te de mim." Cristo, sempre pronto a salvar, mesmo em meio de Suas lancinantes dores, deu-lhe a certeza da salvação, respondendo ao ladrão contrito: "Hoje estarás comigo no Paraíso (Lucas 23:42 e 43).
Milhares e milhões de pessoas têm  vivido egoisticamente, sem Deus e sem fé, e estão fazendo ingentes esforços para apagar o passado e modificar o futuro curso de suas vidas. Podem, pelo arrependimento de seus pecados e pela fé, se chegar à cruz de Cristo e recebê-Lo como seu Senhor e Salvador. Jesus lhes perdoará o negro passado, e lhes dará o poder de autodisciplina, temperança e comedimento para o futuro.
Certa mulher que me telefonou durante uma de nossas cruzadas, disse: "Tenho um pecado que me aguilhoa dia e noite. Não posso obter vitória, conquanto haja tentado milhares de vezes. O meu pecado é a gula." Era a primeira vez que alguém me confessava o pecado da gula. Muitas e muitas pessoas, rindo-se, me haviam contado que estavam "superalientadas" ou estufadas de tanto comer e beber, mas poucos indivíduos consideram isso um pecado. Não obstante, a Bíblia é perfeitamente clara, positiva e específica, ao asseverar que a gula é um dos piores pecados, e a Igreja Cristã diz que ela é um dos sete pecados mortais.
Pois, aquela mulher se chegou à cruz de Cristo e achou perdão para os seus pecados do passado, e, com a graça de Cristo, venceu a glutonaria.

Você também, prezado leitor, pode receber a Cristo em sua vida, e Ele o transformará, e lhe dará aquele poder que você não tem, e o ajudará a vencer os pecados da intemperança, da gula, e do descomedimento. Jesus lhe pode conceder vitória completa e permanente.

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