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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Ataques a Ellen White e sua Obra


Ellen White


Quando o homem critica seus semelhantes e expõe ao ridícuo aqueles a quem Deus escolheu a fim de trabalharem para Ele, não faríamos justiça aos acusadores ou àqueles que são desorientados por suas acusações se guardássemos silêncio, deixando que as pessoas pensassem que seus irmãos e irmãs, nos quais tinham confiança, não são mais dignos de seu amor e amizade. Essa obra, surgindo em nosso meio e assemelhando-se à obra de Coré, Datã e Abirã, é uma ofensa a Deus, e deve ser enfrentada. E cumpre requerer que os acusadores apresentem suas provas sobre cada ponto. Toda acusação deve ser cuidadosamente investigada; não convém deixá-la de modo incerto, e não se deve permitir que as pessoas pensem que pode ser assim, ou não. Os acusadores devem fazer tudo que estiver ao seu alcance para relevar todo indício desabonador que não possa ser confirmado.

Não Deixar que as Pessoas Creiam Numa Mentira

Isto deve ser feito no caso de toda igreja. E quando houver um servo de Deus, a quem Ele escolheu para realizar determinada obra e que durante meio século tem sido um obreiro consagrado, labutando pelas pessoas de nossa fé, e diante dos obreiros de Deus, como alguém ao qual o Senhor escolheu; quando, por alguma razão, um dos irmãos cair em tentação e, devido às mensagens de advertência que lhe foram dadas, fica ofendido, como aconteceu com os discípulos de Cristo, e não anda mais com Ele; quando começa a trabalhar contra a verdade e torna público o seu descontentamento, declarando ser falso aquilo que é verídico, essas coisas precisam ser enfrentadas. Não se deve deixar que as pessoas creiam numa mentira. Elas precisam ser desiludidas. As vestes sujas com que é coberto o servo de Deus precisam ser removidas.

Se os que têm feito essa obra se refugiarem na declaração de que são guiados pelo Espírito Santo, isso é como se Satanás se cobrisse das vestes de pureza celestial, conquanto ainda desenvolva seus próprios atributos. Carta 98a, 1897.

Pretensas Discrepâncias e Contradições nos Testemunhos

Os que resolveram seguir seu próprio caminho começaram a publicar as pretensas discrepâncias e contradições que alegam encontrar em conexão com os Testemunhos; e estão deturpando alguns assuntos pelo uso de suas próprias palavras em lugar das palavras que se encontram nos meus escritos. Essas acusações terão de ser enfrentadas, para que a verdade tome o lugar da falsidade. Carta 162, 1906.

Enfrentar e Corrigir Falsidades

Não estou em conflito com V. A missão de minha vida está diante do mundo. Não é minha obra. É a obra do Senhor. Não atribuo nenhum mérito a mim mesma; pois o Senhor me livrará da contenda das línguas. "Pelos seus frutos os conhecereis."

Teremos agora de enfrentar e corrigir as falsidades que têm sido divulgadas por V. e sua esposa, para que nossos irmãos saibam de onde elas procedem. Eu preciso saber o que ele acusa contra eles. Lançar em público uma injúria contra uma mulher não é um resultado da operação do Espírito Santo, mas uma inspiração do espírito do inimigo, ao qual não devemos dar guarida. Consentiremos que as almas absorvam a tentação devido a um desvirtuamento? Não, nunca; eu seria um mordomo infiel se fizesse isso. É necessário pôr agora uma declaração verdadeira diante das pessoas; e então minha obra estará feita. Não entro em argumentações, mas não posso permitir que a obra de Deus, a qual tem dado fruto que tem estado diante do povo durante quase toda a minha existência, seja removida como uma teia de aranha. Por quem? Por um ser humano, sujeito à tentação, a quem Satanás está agora peneirando como trigo. Carta 65, 1897.

A Revista da Igreja Deve Falar

Estive esperando para ver o que você iria fazer no sentido de colocar alguma coisa na revista que vindicasse o que é direito. Teve bastante tempo. ...

Por que não faz justiça ao nome e à reputação do meu marido, e por que se mantém completamente silencioso e deixa o dragão rugir?

Não me preocupo com minha própria pessoa; minha paz não está sendo perturbada, mas me preocupo com os vigias a quem Deus colocou sobre os muros de Sião e que deviam dar à trombeta o sonido certo. Você certamente devia fazer alguma coisa por sua própria causa, pela causa de Cristo e pela causa da verdade. Por que não faz com que apareça o que é direito? Por que permanece tão calado como os mortos? É essa a maneira pela qual defende a verdade? ...

A Sra. White, o Assunto de Todo Oponente

A verdade irá triunfar. Espero que haja investidas contra mim até que Cristo venha. Todo oponente de nossa fé faz da Sra. White o seu assunto. Eles começam a combater a verdade, e então fazem uma investida contra mim. Que tenho feito? Se o mal, que eles dêem testemunho do mal. ...

Bom, saíram os livros de Long e também de Green, essas produções tão débeis e desprezíveis. Esperei para que você e outros falassem sobre elas, pois se encontram na posição responsável de vigias sobre os muros de Sião, e deviam advertir o povo. ...

Por que Todo Esse Zelo Contra Mim?

As coisas mudam rapidamente, e ocorrem estranhos e surpreendentes desenvolvimentos em rápida sucessão. Aproximamo-nos do fim. Qual é a razão, pergunto, de todo esse zelo contra mim? Tenho cuidado do encargo que me foi dado por Deus. Não prejudiquei ninguém. Tenho falado aos que erram as palavras que Deus me deu. Naturalmente, eu não podia obrigá-los a ouvir. Os que tiveram o benefício dos préstimos de Cristo ficaram tão enfurecidos contra Ele como os inimigos contra mim.

Apenas tenho cumprido o meu dever. Tenho falado porque sou compelida a falar. Eles não rejeitaram a mim, mas Aquele que me enviou. Ele me deu o meu trabalho. ...

Sou vigiada, toda palavra que escrevo é criticada, todo movimento que faço é comentado. ...

Deixo minha obra e seus resultados até nos reunirmos em volta do grande trono branco. Você vê o Espírito de Cristo nessa vigilância, nessas suspeitas, nessas conjeturas, nessas suposições? Que direito têm eles de supor, de conjeturar, de interpretar mal minhas palavras, de me desfigurar como o fazem?

Há uma classe de pessoas que gosta exatamente dessa espécie de alimento. Eles são carniceiros que não olham imparcialmente para ver qual o bem que meus escritos e meus testemunhos têm feito; mas, como Satanás, o acusador dos irmãos, procuram ver qual o mal que podem achar, qual o dano que podem causar, qual a palavra que podem torcer, e dar-lhe sua nefanda interpretação, para fazer um falso profeta. ...

Vejo o espírito satânico mais claramente desenvolvido do que se manifestou nos últimos quarenta anos. Carta 3, 1883.

Comunicado Como Fermento

Se Satanás consegue incitar críticas entre alguém do professo povo do Senhor, então elas são comunicadas como fermento de um para o outro. Não deis acolhida ao espírito de crítica, pois é a ciência de Satanás. Aceitai-o, e inveja, ciúme e más suspeitas um do outro se seguirão.

Uni-vos é a ordem que ouço do Capitão de nossa salvação. Uni-vos. Onde há união há força. Todos os que estão ao lado do Senhor se unirão. Há necessidade de perfeita união e amor entre os crentes na verdade, e tudo que conduz à dissensão é do diabo. O Senhor quer que Seu povo seja um com Ele assim como os ramos são um com a videira. Então eles serão um uns com os outros. Carta 6, 1899.

Esperada uma Longa Lista de Falsas Declarações

Espero agora que seja apresentada ao mundo uma longa lista de falsas declarações e que mentira após mentira, afirmações errôneas após afirmações errôneas, que Satanás originou na mente dos indivíduos, sejam por alguns aceitas como verdade. Deixo, porém, o meu caso nas mãos de Deus, e aqueles que conhecem o trabalho de minha vida não aceitarão as mentiras que são proferidas. Carta 22, 1906.


ME3 Pag 348 - 352

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

A posição de Ellen White sobre o seu dom

 

A posição de Ellen White sobre o seu dom

Ellen White jamais assumiu o título de profetisa, mas não se opunha a que os outros assim a identificassem. Ela explicou:

Cedo em minha juventude foi-me perguntado muitas vezes: É você uma profetisa? Sempre tenho respondido: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado de profetisa, mas jamais reivindiquei esse título. ... Por que não reivindico ser chamada de profetisa? Porque nestes dias muitos que audaciosamente pretendem ser profetas, representam um opróbrio à causa de Cristo; e porque minha obra inclui muito mais do que o termo ‘profeta’ significa. ... Reivindicar ser profetisa é algo que jamais fiz. Se outros me chamam por esse nome, não discuto com eles. Mas a minha obra abrange tantos aspectos, que não posso chamar-me a mim mesma senão uma mensageira.[3]
— Ellen G. White


Ellen Gould White (Gorham, 26 de novembro de 1827 — Santa Helena, 16 de julho de 1915) foi uma escritora cristã norte-americana e uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela é considerada uma das escritoras mais significantes da literatura americana.[1][2] 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

I. Experiência e Visões de Ellen G. White

 Ellen White

 Experiência e Visões de Ellen G. White


Experiência e Visões

A pedido de queridos amigos concordei em fornecer um breve esboço de minhas experiências e visões, com a esperança de que animem e fortaleçam os humildes e confiantes filhos do Senhor.

Fui convertida com a idade de onze anos, e aos doze fui batizada, tendo-me unido à igreja metodista. Aos treze anos ouvi Guilherme Miller proferir sua segunda série de conferências em Portland, Maine. Senti então que eu não era santa e não estava pronta para ver a Jesus. E quando foi feito o convite aos membros da igreja e aos pecadores, para irem à frente para oração abracei a primeira oportunidade, pois eu sabia que precisava fazer grande obra por mim mesma a fim de habilitar-me para o Céu. Minha alma tinha sede de salvação plena e ampla, mas eu não sabia como obtê-la.

Em 1842, assisti constantemente às reuniões do segundo advento em Portland, Maine, e cri inteiramente que o Senhor estava prestes a vir. Eu tinha fome e sede de completa salvação, inteira conformidade com a vontade de Deus. Dia e noite lutava para alcançar o inapreciável tesouro que nem todas as riquezas da Terra poderiam comprar. Ao dobrar-me perante Deus em oração por esta bênção, foi-me apresentado o dever de ir orar numa reunião pública. Jamais eu havia orado em voz alta numa reunião, e esquivei-me ao dever, temendo que se tentasse orar ficaria frustrada. Cada vez que eu me punha perante o Senhor em oração secreta o dever não cumprido se me apresentava, até que deixei de orar e caí num estado de melancolia que redundou finalmente em profundo desespero.

 

Neste estado de espírito permaneci por três semanas sem um raio de luz que penetrasse a espessa nuvem de trevas ao meu redor. Tive então dois sonhos que me trouxeram um débil raio de luz e esperança. Depois disto abri minha mente a minha devotada mãe. Ela me disse que eu não estava perdida e aconselhou-me a procurar o irmão Stockman, que pregava então para o povo do advento em Portland. Tive grande confiança nele, pois era um dedicado e amado servo de Cristo. Suas palavras impressionaram-me e deram-me esperança. Voltei ao lar e de novo apresentei-me perante o Senhor e prometi-Lhe que faria e sofreria qualquer coisa se me fosse dado ter os sorrisos de Jesus. O mesmo dever foi-me apresentado. Devia haver uma reunião de oração nessa noite, a que assisti, e quando os demais se ajoelharam para orar, com eles me ajoelhei, tremente, e depois que dois ou três haviam orado, abri minha boca em oração antes que disso me apercebesse, e as promessas de Deus me pareceram como pérolas preciosíssimas, que só deviam ser recebidas pelos que as suplicassem. Ao orar, o fardo e a agonia de alma que por tanto tempo eu havia experimentado deixaram-me, e as bênçãos de Deus vieram sobre mim como suave orvalho. Dei glória a Deus pelo que eu sentia, mas ansiava mais. Eu não estaria satisfeita até que estivesse repleta da plenitude de Deus. Inexprimível amor por Jesus encheu minha alma. Onda após onda de glória rolaram sobre mim, até que meu corpo se tornou rijo. Tudo desapareceu ao redor de mim, exceto Jesus e a glória, e eu nada sabia do que se passava em torno.

Por longo tempo fiquei neste estado de corpo e de mente, e quando percebi o que estava ao meu redor, tudo parecia mudado. Tudo parecia glorioso e novo, como se sorrindo e louvando a Deus. Tive desejo então de confessar a Jesus em todo lugar.


Do Livro Primeiros Escritos Pags, 11 e 12

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

A posição da Igreja Adventista sobre o dom de Ellen White

 A posição da Igreja Adventista sobre o dom de Ellen White

Fonte - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ellen_G._White


Manifestações proféticas foram descritas diversas vezes na Bíblia. Com base nos ensinamentos bíblicos de Joel 2 e Efésios 4, os adventistas do sétimo dia entendem que nos "últimos dias" (período que antecede a segunda vinda de Jesus) o "dom de profecia" seria novamente manifestado entre os cristãos para orientar a Igreja. Os adventistas se identificam como sendo o povo remanescente descrito em Apocalipse 12:17, o qual "guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus". Para os adventistas, o "testemunho de Jesus" (que é o dom da profecia segundo Apocalipse 19:10) também consiste nas mensagens de Ellen White.[3]

Baseados nos exemplos e ensinamentos bíblicos, os adventistas entendem que existem quatro características que distinguem um verdadeiro profeta de um falso profeta:[4][3]

  1. Sua mensagem deve estar em plena concordância com a Bíblia.
  2. Sua mensagem deve reconhecer a divindade e encarnação de Jesus Cristo.
  3. Deve produzir bons frutos em sua vida particular e sua mensagem deve impactar positivamente a vida daqueles que a aceitam.
  4. Suas predições devem cumprir-se.

Para os adventistas, Ellen White possui todas estas quatro características[3] e, portanto, eles a consideram uma profetisa contemporânea.[5] Os adventistas, entretanto, não colocam Ellen White na mesma categoria dos grandes profetas como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, cujos escritos formam parte das Escrituras Sagradas. Eles entendem que Ellen White entra na linha de profetas que foram chamados por Deus para dar ânimo, conselho e admoestação ao povo de Deus, mas cujos escritos não entram no cânon sagrado. Temos os seguintes exemplos de profetas desta linha: Natã, Gade, Enã, Semaías, Azarias, Eliézer, Aías, Ido e Obede no Antigo Testamento, e Simeão, João Batista, Ágabo e Silas no Novo. A linha também inclui mulheres como Miriã, Débora e Hulda, que foram denominadas profetisas, em tempos antigos, bem como Ana ao tempo de Cristo, e as quatro filhas de Filipe, "que profetizavam" segundo Atos 21:9.[6]

A posição de Ellen White sobre o seu dom

Ellen White jamais assumiu o título de profetisa, mas não se opunha a que os outros assim a identificassem. Ela explicou:

Cedo em minha juventude foi-me perguntado muitas vezes: É você uma profetisa? Sempre tenho respondido: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado de profetisa, mas jamais reivindiquei esse título. ... Por que não reivindico ser chamada de profetisa? Porque nestes dias muitos que audaciosamente pretendem ser profetas, representam um opróbrio à causa de Cristo; e porque minha obra inclui muito mais do que o termo ‘profeta’ significa. ... Reivindicar ser profetisa é algo que jamais fiz. Se outros me chamam por esse nome, não discuto com eles. Mas a minha obra abrange tantos aspectos, que não posso chamar-me a mim mesma senão uma mensageira.[3]
— Ellen G. White

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Como ler Ellen White no século 21

Como ler Ellen White no século 21

Como devemos encarar uma escritora que aconselha as mulheres a encurtar os vestidos em vinte centímetros, num mundo em que muitas já os usam curtos demais? Ou que recomenda que as escolas ensinem as meninas a arriar e montar cavalos, quando a maioria delas nunca precisará desse conhecimento? Parte do problema é que o mundo mudou radicalmente desde o tempo em que Ellen White viveu. Esse, porém, não é o único aspecto que os leitores do século 21 precisam levar em consideração quando leem e procuram aplicar os conselhos de um profeta que viveu em tempo e lugar diferentes. Abaixo estão dez orientações que ajudarão nossa leitura dos escritos de Ellen G. White a se tornar mais proveitosa e equilibrada.

1. Concentre-se no tema central
É possível ler os escritos de Ellen White de pelo menos duas maneiras. Uma é buscando o tema central; a outra é procurando coisas que são novas e diferentes, que não são ensinadas na igreja. O primeiro modo nos leva a uma compreensão mais precisa, enquanto o segundo leva a distorções no sentido proposto pelo autor e geralmente leva a extremos, o que Ellen White detestava.

Ela mesma defendia o estudo da Bíblia com o objetivo de “ganhar conhecimento do tema central da Bíblia”. Para ela, esse tema era o plano da redenção e o grande conflito entre o bem e o mal. “Encarado à luz deste conceito”, o grande tema central da Bíblia, “cada tópico tem nova significação” (Educação, p. 190, 125). Em resumo, o conselho dela era ler para se compreender o todo. O quadro geral mostra o contexto para interpretar outros assuntos, tanto em termos de significado como de importância. Esse princípio, além dos escritos de Ellen White, aplica-se igualmente à Bíblia.

2. Enfatize o mais importante
No início do século 20, quando alguns líderes da igreja usavam os escritos de Ellen White para provar certos pontos proféticos que ela cria serem de menor importância, ela escreveu: 
 
"O inimigo de nossa obra se agrada quando um assunto de menor importância pode ser usado para desviar a mente de nossos irmãos das grandes questões que devem constituir a preocupação de nossa mensagem" (Mensagens Escolhidas, v.1, p. 164, 165).
 
3. Estude tudo sobre o assunto
O neto e biógrafo de Ellen White, Arthur White, destacou esse assunto quando escreveu:
 
"Muitos têm errado ao interpretar o significado dos testemunhos tomando declarações isoladas ou fora do contexto como base para crença. Alguns fazem isso, mesmo que existam outras citações que, se consideradas com cuidado, mostram que é insustentável tomar posições baseadas em declarações isoladas" (Ellen G. White: Messenger to the Remnant [Review and Herald, 1969], p. 88).
 
4. Evite interpretações extremistas
Por não seguirem as orientações de Ellen White, alguns recriam essas orientações de uma forma extremista, como eles próprios. Durante toda a sua vida, Ellen White enfatizou o equilíbrio, que, infelizmente, falta em alguns que afirmam seguir suas orientações. Por exemplo: alguns utilizam uma declaração em que Ellen White mostra desagrado com o jogo de bola para condenar todos os tipos de jogos, ao passo que ela mesma escreveu: 
 
“Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isso, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso” (O Lar Adventista, p. 499).
 
Como nas demais situações, Ellen White foi equilibrada, e não extremista.

5. Leve em conta tempo e lugar
Por causa das mudanças no tempo e no espaço, é importante compreender o contexto histórico de muitos dos conselhos de Ellen White. Só podemos considerar seu conselho de encurtar o vestido em vinte centímetros como algo apropriado para as mulheres do século 19. Nunca poderíamos usar essa citação como se ela tivesse escrito para o tempo da minissaia.

“Quanto aos testemunhos”, Ellen White escreveu, “coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 57). Muitas vezes ela deu esse conselho ao longo de seu ministério.

6. Leia o contexto literário
Com muita frequência, as pessoas baseiam sua compreensão dos ensinos de Ellen White no fragmento de um parágrafo ou numa afirmação isolada, totalmente fora do contexto. Falando sobre o mau uso que alguns fazem dos seus escritos, ela escreveu que "citam metade de uma frase, e omitem a outra metade, a qual, se fosse citada, mostraria que o raciocínio de quem assim procede é falso” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 82).

7. Reconheça a diferença entre o ideal e o real
Frequentemente, Ellen White dava conselhos sobre o mesmo assunto sob dois pontos de vista. O primeiro pode ser considerado como o ideal. Nesse ponto de vista, as declarações não permitem exceções. Um exemplo é o conselho sobre o ideal de que os pais deveriam ser os “únicos professores de seus filhos até alcançarem a idade de oito a dez anos” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 137). Por outro lado, quando ela trata com situações do cotidiano, frequentemente seu conselho é ajustar as necessidades reais do povo com suas reais limitações. Embora tenha moderado seu conselho para que os pais sejam os “únicos” professores, ela acrescentou que esse ideal deveria ser mantido “se” tanto o pai como a mãe desejassem fazer esse trabalho. Se não, as crianças deveriam ser enviadas à escola (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 215-217).

Ellen White nunca perdeu seu senso de ideal, mas estava pronta a adaptar seus conselhos para se adequar à realidade do mundo. Um dos aborrecimentos de sua vida foi com aqueles que selecionavam suas afirmações sobre o ideal e queriam impô-las a todos. Ela disse: 
 
"Vemos os que escolhem as expressões mais fortes dos testemunhos e sem fazer uma exposição ou um relato das circunstâncias em que são dados os avisos e advertências, querem impô-los em todos os casos. […] Escolhendo algumas coisas nos testemunhos, impõem-nas a todos, e, em vez de ganhar almas, repelem-nas" (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 285).
 
8. Use o bom senso
As citações de Ellen White não resolvem todos os problemas. Às vezes, elas simplesmente não se encaixam na situação. Certa vez surgiram problemas porque algumas pessoas estavam mencionando suas declarações de que os pais deveriam ser os únicos professores de seus filhos até os 8 ou 10 anos de idade. Ellen White respondeu dizendo que “Deus deseja que lidemos sensatamente com esses problemas” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 215). E continuou: 
 
"Minha mente tem sido muito agitada quanto à ideia: 'Ora, a irmã White disse assim e assim, e a irmã White falou isto ou aquilo; e, portanto, procederemos exatamente de acordo com isso.' Deus quer que todos nós tenhamos bom senso, e deseja que raciocinemos movidos pelo senso comum. As circunstâncias alteram as condições. As circunstâncias modificam a relação das coisas." (p. 217)
 
Os leitores precisam usar bom senso, mesmo quando tem uma citação sobre o tema.

9. Identifique os princípios subjacentes
Na virada do século 19 para o 20, Ellen White escreveu que seria bom que “as moças pudessem aprender a arriar e cavalgar” (Educação, p. 216, 217). Aquela era uma prática em seus dias, mas hoje não é mais. Os princípios implícitos nesse conselho, entretanto, ainda são muito importantes. Ou seja, as mulheres devem ser autossuficientes ao locomover-se. Em nossos dias, poderíamos dizer que devem ser capazes de dirigir um carro e trocar um pneu. A especificação exata do conselho pode mudar, mas o princípio implícito tem valor permanente.

10. Tenha certeza de que a declaração foi dita por Ellen White
Muitas declarações atribuídas a Ellen White nunca foram feitas por ela. O único método seguro é usar declarações que podem ser encontradas em seus trabalhos publicados ou não publicados, mas validados pelo Patrimônio Literário de Ellen G. White. Muitos têm sido desviados por declarações que ela nunca fez, mas que são atribuídas a ela.

Os escritos de Ellen White têm sido uma bênção a leitores em todo o mundo. E serão muito mais eficazes se forem lidos tendo em conta as orientações acima.

George R. Knight (Adaptado de Adventist World - via Missão Pós-Moderna)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

O ESPÍRITO DE PROFECIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA - ELLEN WHITE

Por Cirilo Gonçalves

 
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O ESPÍRITO DE PROFECIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA - ELLEN WHITE

INTRODUÇÃO: Oséias 12:13.

 1. O profeta Oséias declara que "por meio de um profeta" e "por um profeta" Deus tirou. . . e guiou o Seu povo, (a) Não há dúvida que o texto fala de um tempo de crise na vida do povo de Deus, no qual o "Espírito de Profecia" desempenhou papel preponderante através dos profetas.
2. Como o salmista apresenta a certeza da bênção divina nos momentos difíceis? Salmos 32:8, (a) Deus não deixa a Sua igreja e o Seu povo sem dar-lhes a orientação e a direção que devem seguir em meio às crises e provações.
3. Que duas características especiais tem a igreja do povo de Deus? Apoc. 12:17; 19:10.

A. O DESAPONTAMENTO DE 1844 – Dan. 8:14; Apoc. 10:9.

1. Que maravilhosa profecia foi dada por Daniel com referência à "Purificação do Santuário", e o surgimento da Igreja Remanescente? Dan. 8:14; 9:24-27

2. Explicações:

1. Saída do decreto (457 A.C.), assinado por Artaxerxes – Dan. 9:25; Esdras 6:14; 7:12-26.
2. Fim da Reconstrução (Muros) (408 A.C.)
3. Batismo e unção de Jesus (27 AD) – Dan 9:25; Atos 10:38; S. Luc. 4:18; Mat. 3:16 -17 4.
4. Morte de Jesus na cruz (31 AD) e cessação do sistema de sacrifícios.
5. Apedrejamento de Estevão e rejeição do povo judeu como nação escolhida (34 AD).
6. Início da supremacia papal e do período do Tempo do Fim (538 AD).
7. Fim do período do Tempo do Fim. (1798).
8. Fim do período profético dos 2.300 anos e início do juízo (1844) investigativo no céu. Passagem de Jesus do Lugar Santo para o Santíssimo e surgimento da Igreja Adventista do 7º Dia.

Nota: Princípio "Dia-Ano" na profecia. Um dia, quer dizer Um Ano. Ezeq. 4:6; Núm. 14:34.

3. A chave e explicação das datas e acontecimentos:

1. "Desde a saída do decreto". Dan. 9:25, p.p. Esdras 6:14; 7:12-28, (457 AC. assinado por Artaxerxes para restaurar e reconstruir a cidade de Jerusalém).
2. "Até o Messias" 7 semanas (49 anos) para a reconstrução de Jerusalém que foi até "408 AC" e mais 62 semanas (434 anos) que foram até o ano 27 AD, época em que Jesus foi ungido (batizado). Dan. 9:25; Atos 10:38, Luc. 4:78; Mat. 3:16-17.
3. "Concerto por "uma semana" e a "metade da semana" (Dan. 9:26), que nos leva ao ano "31 AD", 3½ anos após o Seu batismo, quando foi crucificado, fazendo cessar o sistema de ofertas e sacrifícios de animais (Col. 2:14) e indo ao ano "34 AD" no apedrejamento de Estêvão, completando as "70 semanas" ou "490 anos" "determinadas ao povo" judeu como oportunidade para o arrependimento e aceitação do Messias. Nessa data deixaram de ser o povo peculiar de Deus, para ser uma simples nação.
4. Dos 2.300 anos restavam agora 1810, que incluindo os períodos da apostasia, Idade Média e Reforma, ou seja os "1260 anos" da "Supremacia Papal". Dan. 7 :25; Apoc. 12:6; 13:5; Chamado o "Tempo do Fim" iniciado em "538 AD e terminado em 1798".
5. "Até 2.300 tardes . . . o santuário será purificado". Dan. 8:14; Apoc. 14:8-13, que nos leva ao início do decreto de Artaxerxes, 457 AC à 1844 AD, ano que Cristo em vez de vir à terra como esperavam, passou do Santo para o Santíssimo, no Santuário Celestial, dando início ao "Juízo Investigativo" (Apoc. 14:7; 1 Ped. 4:17) e o surgimento da Igreja verdadeira que "guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus".

4. Qual a causa da decepção de 22 de outubro de 1844?

1. O erro estava sobre o acontecimento que teria lugar naquela data: A Volta de Jesus. O cálculo do tempo estava certo, mas o acontecimento estava errado. O ano de 1844 marcava o início do Juízo Investigativo no Céu, a passagem de Jesus do lugar Santo para o Santíssimo.
2. O grupo era chamado de "Adventistas" porque cria no "ADVENTO" iminente de Cristo, mas não do 7º dia, que só surgiu posteriormente.
3. Surgiram três grupos após a terrível decepção. (a) os mileritas, que foram se extinguindo com o tempo, (b) Igreja Cristã Adventista, observadores do domingo e cria na imortalidade da alma e (c) o grupo que deu origem aos Adventistas do 7º dia.

5. Quando e como descobriram a chave do mistério?

1. Após muita angústia, choro e oração, e estudo da Bíblia, Hirão Edson recebeu orientação divina no dia seguinte que o tempo estava certo, mas o acontecimento errado. Daí a aplicação de Apoc. 10:9.
2. Estava lançada a semente do início do movimento da Igreja Adventista do 7º Dia, que como torrentes de água deveria essa mensagem inundar o mundo. E assim foi.

B. ELLEN GOULD HARMON E O DOM PROFÉTICO

1. Que providência tomou Deus para consolar, orientar e dirigir o Seu povo noite tempo tão difícil? Isa. 58:11; Sal. 32:8; Oséias 12:13; Apoc. 12:17; 19:10.

(a) Escolhida dois meses após a decepção (Dez. 1844) quando os crentes adventistas mais necessitavam de orientação e certeza do céu, Deus deu uma visão a essa jovem de apenas 17 anos, por nome Ellen Gould Harmon.

(b) A visão apresentava o futuro da igreja desde 22 de outubro de 1844 até a entrada dos santos na Nova Jerusalém.

(c) Deus lhe mostrou que a vinda de Jesus não estava tão perto como haviam esperado.

(d) Viu o braço direito de Jesus levantado para animar e fortalecer os novos crentes no caminho estreito que deveriam palmilhar.

(e) Foi-lhe assegurado que se mantivessem os olhos fixos em Jesus, caminhariam seguros e que Ele os guiaria à cidade de Deus.

f) Quais os traços biográficos de Ellen Harmon White?

(g) Filha de Roberto e Eunice Gould Harmon.

(h) Nasceu no dia 26 de novembro de 1827, na cidade de Gorham no Estado do Maine, nos Estados Unidos. Tinha uma irmã gêmea chamada Elizabeth e mais seis irmãos.

(i) Foi criada na cidade de Portland (Maine) após seus pais terem fixado ali sua residência.

(j) Seus pais eram fiéis membros da Igreja Metodista e ela também, sendo recebida nessa igreja como membro através do batismo.

(l) Após lerem e ouvirem as mensagens da breve Volta de Jesus (1836) aceitaram esta mensagem, por isso foram ridicularizados e se separam da Igreja Metodista (1841) tornando-se adventistas.

(m) Aos nove 9 anos, a caminho da escola sofreu um acidente, quando uma menina de 13 anos lhe atirou uma pedra, atingindo-a no nariz. Ao cair desmaiada, foi socorrida e ficou 3 semanas em estado de torpor, e mais de 2 anos sem poder respirar pelo nariz.

(n) Era de família humilde e seu pai era chapeleiro e ela trabalhava fazendo copas de chapéu e meias e ganhava 1/4 de dólar por dia para ajudar seus pais.

(o) Aos 17 anos de idade recebeu o chamado divino e teve a sua primeira visão em dezembro de 1844, dois meses após a terrível decepção.

(p) Casou-se no dia 30 de agosto de 1846 com Tiago White, professor e grande pregador. Tornou-se por três vezes, presidente da Conferência Geral.

(q) Do casamento (26-8-1847) nasceram três filhos. Um deles morreu ainda no mesmo ano que nasceu e um outro morreu aos 17 anos de idade.

(r) Ficou viúva no ano de 1881, 35 anos de vida conjugal, quando reconsagrou a sua vida a Deus junto ao ataúde do esposo para terminar a obra que o Mestre lhe confiara.

(s) Viajou por toda a América do Norte, Europa, Austrália e outras partes do mundo.

(t) Escreveu cerca de cem mil páginas, abordando temas dos mais variados – Educação, Saúde, Família, Natureza, Alimentação, Vestuário, Profecias, História, Teologia, Cristologia, Medicina, orientações a todas as áreas da igreja, sobre organização, procedimento, etc. Só em português há mais de quarenta livros traduzidos e à disposição de quem desejar. (O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas, O Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos, etc.)

(u) Viveu seus últimos 15 anos em Elmshaven, Santa Helena, Califórnia, (EUA) e morreu no dia 16 de julho de 1915. Setenta anos de serviço à igreja. Suas últimos palavras foram dirigidas a Seu filho, W. C. White: "Eu sei em quem tenho crido". (II Tim. l:12).

C. AUTENTICIDADE E PROVAS DO DOM PROFÉTICO DE ELLEN G. WHITE

1. Quais as provas que Ellen G. White foi realmente chamada e se tornou uma mensageira de Deus à Sua igreja?

A 1ª prova: ela falou de acordo com "A Lei e os Testemunhos". Isa. 8:20. Disse ela:
"Recomendo-vos a Palavra de Deus como a regra de vossa fé e de vossa vida". Primeiros Escritos, 278. "Presta-se pouca atenção à Bíblia e o Senhor deu uma luz menor para guiar os homens e as mulheres para a luz maior la Bíblia)". Idem.

A 2ª prova: "pelos seus frutos os conhecereis". Mat. 7:20.

1. Na vida da mensageira – um minucioso estudo de sua vida nos revela que ela foi uma cristã fervorosa: dedicou a vida ao serviço de Deus sem buscar posição, honra ou vantagens pessoais; dedicou sua vida à serviço da humanidade, no lar uma esposa fiel e dedicada; mãe zelosa e extremada; vida irrepreensível, dentro e fora da igreja.
2. Na vida dos seguidores pelos seus conselhos – mudança nos hábitos e costumes; transformação em melhores criaturas em todos os aspectos da vida (no lar, na igreja e na sociedade; alcançado normas de vida mais elevada; tem-se tornado pessoas de bem, dignas, honradas e de confiança na igreja e no mundo.
3. Cumprimento de suas predições. Em 1848 predisse que nossas publicações chegariam a ser como torrentes de luz que rodeariam o globo. Em 1849 surgiu a primeira impressor "A Verdade Presente". Hoje no mundo há 52 casas publicadoras, publicando milhares e milhares de livros, revistas e periódicos em mais de 200 línguas diferentes e quase um milhão de colportores à serviço da propagação dessa luz. Você pode ser um deles. Cumpriu-se sua predição com toda segurança, (a) Terremoto de São Francisco, em Oakland. Em 1902 predisse que "não muito depois destes dias . . . sofrerão sob os juízos de Deus" (Terremoto) Manuscrito 114 (1902). Evangelismo, 403, (b) Condições de guerra mundial preditas em 1890. "Perturbações, navios arremessados ao fundo do mar, esquadras afundarão, vidas sacrificadas aos milhões, incêndios, desastres, confusão e colisões, etc. (21/04/1890), pág. 242. O seu cumprimento está ainda vívido em nossas mentes, (c) As pancadas de Rochester tornar-se-iam um engano mundial. Contrafação do poder de Satanás para operar milagres em nome do poder do Espírito Santo. Primeiros Escritos, 43 (24/03/1849). Que isto se cumpriu é real em nossos dias. Dispensa qualquer comentário.

4. Que confesse que Jesus Cristo veio em carne. l S. João 4:1 e 2.    É só ler os livros O Desejado de Todas as Nações, O Maior Discurso de Cristo, que são obras-primas sobre a vida, ministério e ensinos de Cristo. O primeiro entre 10 mil volumes sobre a vida de Cristo em New York, tirou o 1º lugar. (DTN).

5. Suas mensagens ... tendem à mais fina moralidade. Desacoroçoam todo o vício, exortam à prática de toda a virtude.

6. "Elas (mensagens) nos conduzem à Bíblia. . . como regra de nossa fé e prática, como Palavra de Deus inspirada." (T.S. 3:237; 4:246 e 323).

7. "Elas nos conduzem a. Cristo... como único exemplo piedoso e com apelos irresistíveis para seguirmos seus passos". Vida e Ensinos, 255-257.

CONCLUSÃO

1. Devemos agradecer a Deus pela maneira com que Ele dirigiu o Seu povo no passado através dos Seus profetas.
2. Sua igreja remanescente surgiu de uma profecia num tempo certo, num lugar certo e com uma mensagem certa dada pelo profeta Daniel.
3. Na época de decepção, de crise e dificuldades, Deus suscitou uma mensageira para orientar e consolar o Seu povo, e a Sua igreja nascente.
4. Cristo é indicado por ela como cabeça – nosso único Salvador o e seus ensinos não são para substituírem a Bíblia, mas para ajudar a compreendê-la melhor.
5. Que as promessas de II Crôn. 20:20 (u.p.) sejam reais na vida de cada um de nós com referência ao assunto apresentado.

Adaptado de Doutrinas Bíblicas (CPB).

Por: Cirilo Gonçalves.
Evangelista da IASD - AP, SP.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Dez conselhos para interpretar os escritos de Ellen White


Texto e contexto

Dez conselhos para interpretar os escritos de Ellen White
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Várias orientações sobre a melhor maneira de interpretar os escritos de Ellen White têm aparecido nos textos adventistas, uma vez que se trata de um tema de interesse permanente.
Há 60 anos, o professor T. Housel Jemison sugeriu três regras de interpretação simples e práticas no livroA Prophet Among You: (1) busque tudo o que o profeta disse sobre o tema em consideração antes de chegar a uma conclusão; (2) estude o contexto interno e externo no esforço para resolver qualquer aparente discrepância; (3) determine se o conselho do profeta é um princípio (aplicável a todos, em qualquer tempo e lugar) ou um padrão variável (que pode mudar com as circunstâncias).
Por sua vez, em How to Use and Interpret the Bible and the Writings of Ellen White, James Zackrison apresentou cinco categorias de princípios de interpretação dos escritos de Ellen White: (1) princípios sobre a autoridade; (2) princípios sobre a inspiração; (3) princípios que tenham que ver com o que se deve fazer; (4) princípios que tenham que ver com a interpretação; (5) princípios que tenham que ver com a aplicação universal.
Na seção VI de seu livro Mensageira do Senhor, Herbert E. Douglass fez uma exposição ampla de oito regras internas e de oito regras externas de in-
terpretação. Entre outras coisas, ele diz que é necessário entender a relação dos escritos de Ellen White para com a Bíblia e a maneira pela qual os livros dela foram preparados.
ORIENTAÇÕES DA AUTORA
A própria Ellen White deixou conselhos para a compreensão adequada de seus textos inspirados. É muito clara sua preocupação quanto à interpretação do que lhe foi transmitido. Em 1901, ela escreveu: “Sei que muitos homens tomam os testemunhos que o Senhor tem dado e os aplicam como lhes parece que devam ser aplicados, pegando uma sentença aqui e outra ali, tirando-as de sua devida ligação e aplicando-as segundo sua ideia” (Manuscrito 21, 1901, em Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 44). Será útil, então, recordar alguns de seus conselhos.
1. Reconheça a autoridade pastoral e doutrinária dos escritos de Ellen White. Sua autoridade provém da revelação divina: “O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que é a verdade e o que é erro” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 32).
2. Tenha em conta o contexto: o tempo, o lugar e as circunstâncias. Ellen White torna isso explícito: “Quanto aos testemunhos, coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 57). “Deus quer […] que raciocinemos movidos pelo senso comum. As circunstâncias alteram as condições. As circunstâncias modificam a relação das coisas” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 217).
3. Compreenda a natureza dinâmica da inspiração. Este texto é esclarecedor: “Se bem que eu dependa tanto do Espírito do Senhor para escrever minhas visões como para recebê-las, as palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas, a menos que sejam as que me foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 37).
4. Compare um texto com outro e permita que os testemunhos expliquem a si mesmos. Diz Ellen White: “Os próprios testemunhos serão a chave que explicará as mensagens dadas, como texto escriturístico é explicado por texto escriturístico” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 42).
5. Não adote o conceito de graus de inspiração. A autora viu perigo em tal postura: “Há alguns professos crentes que aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, enquanto rejeitam as que condenam suas inclinações favoritas. Tais pessoas estão trabalhando contra seu próprio bem-estar e contra o bem-estar da igreja. É essencial que andemos na luz enquanto a temos” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 154).
6. Aceite as ideias inspiradas, sem buscar apenas provar suas próprias opiniões. Ellen White viu que essa é a armadilha em que muitos caem: “Muitos estudam as Escrituras com a finalidade de provar que suas próprias ideias são corretas. Alteram o sentido da Palavra de Deus para que corresponda às suas próprias opiniões. E procedem também assim com os testemunhos enviados por ele. Citam metade de uma frase, e omitem a outra metade, a qual, se fosse citada, mostraria que seu raciocínio é falso. Deus tem uma controvérsia com os que torcem as Escrituras, fazendo com que elas se ajustem às suas ideias preconcebidas” (Manuscrito 22, 1890, em Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 82).
7. Não se deixe levar por rumores. O conselho de Ellen White é claro e simples: “Não deem crédito a relatos não autorizados sobre o que a irmã White fez, disse ou escreveu. Se desejam saber o que o Senhor revelou por meio dela, leiam suas publicações” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 696). Segundo Ellen White, não devemos espalhar rumores sobre o que ela disse.
8. Compreenda o valor permanente dos princípios revelados. A autora acreditava nos princípios permanentes que lhe haviam sido mostrados: “As instruções dadas nos primeiros tempos da mensagem devem ser conservadas como instruções dignas de confiança para se seguirem nesses seus dias finais” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 41). “O que era verdade então é verdade hoje” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 104).
9. Evite as interpretações extremistas. Em assuntos como a vestimenta se requer equilíbrio: “Existe uma posição intermediária nessas coisas. Oh, possamos todos encontrar sabiamente essa posição e conservá-la!” (Conselhos Sobre Saúde, p. 605). A autora apela para a moderação também no tema da alimentação: “Vocês não precisam entrar na água, nem no fogo, mas tomem o caminho mediano, evitando todos os extremos” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 211). “Temos visto em nossa experiência que, se Satanás não conseguir prender as pessoas no gelo da indiferença, ele procurará impeli-las para o fogo do fanatismo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 644). “Devemos guardar-nos de criar extremos, de animar os que tendem a estar ou no fogo, ou na água” (Testemunhos Para Ministros, p. 227).
10. Espere uma compreensão progressiva das coisas de Deus. Isso ocorria com os próprios profetas bíblicos: “Por sessenta anos tenho estado em comunicação com mensageiros celestiais, aprendendo constantemente algo a respeito das coisas divinas e da maneira pela qual Deus está constantemente atuando, a fim de conduzir pessoas do erro de seus caminhos para a luz” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 71).
Além dos benefícios advindos da aplicação dos bons princípios de hermenêutica, é de grande ajuda seguir os conselhos de Ellen White sobre a compreensão de seus escritos, que são uma bênção para os cristãos e toda a igreja.
DANIEL OSCAR PLENC é professor de teologia na Faculdade Adventista da Amazônia, no Pará
Fonte - http://www.revistaadventista.com.br/blog/2015/07/16/texto-e-contexto/

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