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segunda-feira, 2 de julho de 2018

O perdão de Deus alegra a alma e vai além das aparências



Adelâine Batista



O perdão de Deus  alegra a alma e vai além das aparências
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Em muitos momentos da nossa vida espiritual, quando enfraquecidos, ainda assim fugimos de pecados,  porque queremos estar em comunhão com Deus, porem, muitos evitam o pecado por medo de ter que confessar ao pastor, entregar os cargos na igreja e, o pior, suportar a cara de julgamentos  dos membros institucionais, afinal, quem não conhece de perto aqueles que apregoam o perdão mas não sabem perdoar? Esses tais somos nós, “os crentes”.
Mas chega um momento em nossa vida em que você desenvolve a síndrome do “cansei”, e aí você resolve descansar numa zona de conforto onde o inimigo de nossas almas passa ,o  vê totalmente adormecido e o derruba de seu  próprio aposento.
Assim, não vendo mais motivos de se preocupar com que os outros pensariam, você aceita o convite de satanás feito à sua carne adormecida, que se encontrava caída e sem qualquer proteção.
Após alimentar seu ego, suas próprias vontades e desacreditar da necessidade de guardar as portas do seu coração, acha até agradável embarcar numa aventura desconhecida só para espairecer a mente, afinal, agora você acredita ser o dono de si.
Você se entrega aos desejos pessoais, sem analisar perdas morais e espirituais, se esquecendo que de fato a maior idade espiritual é algo que não existe, pois, se você é filho e quer a tutoria do grande pai, você sempre será uma criança.
Mas por um equívoco e sem habilitação, você resolve dirigir a sua vida e se acidenta no primeiro passeio.
Essa pseuda maturidade também lhe trás a consciência da responsabilização, adquirida e agora você tem não só a liberdade sonhada, mas a responsabilidade obrigatória, você tem também as consequências de suas próprias escolhas.
Ai nesse momento você se recorda de alguns versos bíblicos que tanto já ouviu nos sermões dos pastores:
“Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se”. 
"Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez."
" Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.” (Apocalipse 22:11-13)
Depois vem às muitas reflexões sobre o Juízo de Deus. Segundo os escritos de Ellen White, quanto ao Juízo Investigativo em que situação você realmente se encontra?
Para Ellen White uma superabundância de referências escriturísticas apontam para o início da grade sessão de julgamento no céu — o juízo investigativo.  Após citar Daniel 7: 9, 10, ela escreve:
"Assim foi apresentado à visão do profeta o grande e solene dia em que o caráter e vida dos homens passariam em revista perante o Juiz de todo a Terra. […] Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo, e ali comparece a presença de Deus a fim de se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol de homem, — para realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da mesma." — O Grande Conflito 479, 480.
Outras passagens nos livros de Daniel e Apocalipse especificamente aplicadas ao começo do julgamento são: Daniel 8: 14; 7: 13, Apocalipse 14: 7, e 11: 19 (GC 425, 432). A vinda do Senhor para Seu templo como predita em Malaquias 3: 1 e, na parábola das dez virgens, a vinda do noivo para o casamento (Mateus 25: 10), foram também ambas entendidas como descrições do mesmo evento.
Depois que já fomos julgados, já não há mais perdão, não há mais o que fazer!
Vem aquela dúvida arrebatadora. - Será que o Santo Espírito ainda está sobre a terra? Será que o Santo Espírito ainda habita em mim? Será que ainda posso ser perdoado dos meus pecados? Será que Deus aceita o meu amor impuro e o meu clamor por Ele? Você chora e lamenta por tamanha ingratidão, pois a cada transgressão aos princípios sagrados, você rejeita o sacrifício de Jesus na cruz e O crucifica novamente, pois Ele sente a mesma dor da morte ao vê-lo trilhar por caminhos errados.
Nesta hora, surpreendentemente você se vê de fato em um arrependimento genuíno, onde você se preocupou em dar e ter o amor do Senhor Deus, não se lamentou pelo o que os outros iriam pensar, nem mesmo culpa outros por suas consequências danosas nesta terra, mas o seu lamento é, sim, por não ter a companhia eterna de Deus, por não viver eternamente ao lado de Deus.
Imediatamente você relembra dos Salmos 32 e novamente se reencontra com a graça salvadora:
1-Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. 2- Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. 3-Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. 4-Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.) 5- Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.) 6-Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão. 7-Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. (Selá.) 8- Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.
9- Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti. 10- O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no Senhor a misericórdia o cercará. 11Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração. (Salmos 32).
E você redescobre a alegria de um  perdão Divinal e não humano. Absoluto e não condicional.
Pois agora não mais importa o julgamento condenatório do homem mortal, se tens o amor e o perdão do DEUS todo poderoso, aquEle quem lhe deu a vida e só Ele tem o poder de tirá-la.
Só à Ele deves a sua vida!
Claro, não se exime da responsabilidade do “ai” daquele que por meio dele vier o escândalo (Lucas 17:10/ Mateus 18:7), mas não se turbe diante de seus fracassos morais ou espirituais, pois Deus é também o seu esconderijo na tribulação (Salmos 32:7).
Amemos ao Senhor! Sejamos realmente gratos a Ele! Que possamos desejar nos santificarmos e estarmos perto de Deus e, assim, o pecado se afastará de nós.
 Que possamos amar a companhia do Senhor e não apenas buscarmos a sua face para nos livrarmos de constrangimentos interpessoais, morais ou espirituais e consequências eternas, mas que possamos ter uma vida de gratidão e obediência aos seus ensinamentos que são perfeitos e agradáveis. Que não possamos reconhecer a cada dia a nossa dependência espiritual do Senhor, pois sem a sua presença, sem o seu amor e compaixão nada, nem qualquer outro alguém valerá a pena nesta ou em outra vida.
Que nossa reverência seja em absoluto ao Senhor Deus, porque somente o seu amor e perdão alegram a nossa alma e vai além das aparências.

Att.
Adelâine Batista
Advogada
Escritório na Quadra 104/Norte
Rua NE 01, lote 39, sala7
Palmas /TO
Telefones: 63-3213-1701/  63-9 8112-1848

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Mão ajudadora ao desalentado


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Mão ajudadora ao desalentado, 15 de Outubro


Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados. Tiago 5:19, 20. 

Muitos há que erram, e sentem sua vergonha e loucura. Olham para seus erros e faltas, a ponto de ser levados quase ao desespero. Estes não devemos negligenciar. Quando alguém tem de nadar contra a corrente, toda a força da mesma o quer fazer voltar. Seja-lhe então estendida uma mão ajudadora, como fez a mão do Irmão mais velho a Pedro, que se afundava. Dirigi-lhe palavras de esperança, palavras que estabeleçam confiança e despertem amor. Teu irmão, de espírito doentio, precisa de ti, assim como tu também necessitaste do amor de um irmão. Ele precisa da experiência de alguém que foi fraco como ele, alguém que simpatize com ele e o ajude. O conhecimento de nossa fraqueza deve ajudar-nos a ajudar algum outro em sua necessidade. 

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Nunca devemos passar de largo um coração sofredor sem procurar comunicar-lhe o conforto com o qual nós mesmos somos confortados por Deus. É a comunhão com Cristo, o contato pessoal com um Salvador vivo, que habilita o espírito, o coração e a alma a triunfar sobre a natureza mais baixa. Falai ao errante de uma Mão todo-poderosa que o há de suster, de uma infinita humanidade em Cristo, que dele tem piedade. Não lhe basta crer na lei e na força, coisas que não possuem compaixão, e nunca ouvir o chamado de auxílio. Ele precisa do cálido aperto de mão, precisa confiar num coração cheio de ternura. Conservai o seu espírito firmado no pensamento de uma Presença divina sempre ao seu lado, sempre atenta a ele, com compassivo amor. Dizei-lhe que pense num coração de Pai que sempre Se entristece com o pecado, numa mão paterna, estendida ainda, em uma voz paterna, a dizer: “Que se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Isaías 27:5. 
Ao vos empenhardes nesta obra, tereis companheiros invisíveis aos olhos humanos. Anjos do Céu estiveram ao lado do samaritano que cuidou do estrangeiro ferido. Anjos das cortes, celestiais estão ao lado de todos os que fazem o serviço de Deus, ministrando aos seus semelhantes. E tereis a cooperação do próprio Cristo. Ele é o restaurador, e ao trabalhardes sob a Sua supervisão, vereis grandes resultados. — Manuscrito 126, 1907.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 610

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Auxílio aos que erram,


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Auxílio aos que erram, 11 de Outubro


Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Gálatas 6:1. 

Deus é caridade, Deus é vida. É prerrogativa de Deus redimir, reconstruir e restaurar. Antes da fundação do mundo o Filho de Deus foi dado para morrer, e a redenção é o mistério que “desde tempos eternos esteve oculto”. Romanos 16:25. [“Guardado em silêncio,” diz a tradução Revista e Atualizada.] Entretanto o pecado é inexplicável, e não se pode encontrar razão para sua existência. Criatura alguma sabe o que é Deus, até que, à luz da cruz do Calvário, se veja pecador; quando, porém, em sua grande necessidade, ele invoca o Salvador que perdoa o pecado, Deus se lhe revela como gracioso e misericordioso, longânimo e abundante em bondade e verdade. 

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A obra de Cristo é redimir, restaurar, buscar e salvar o que se havia perdido. Se nos achamos unidos a Cristo, também nós seremos participantes da natureza divina, e devemos ser cooperadores de Deus. Devemos tratar a pessoa contundida e machucada, e se um irmão ou irmã errou, não devemos unir-nos ao inimigo em destruir e arruinar, mas trabalhar com Cristo para restaurá-la no espírito de mansidão. A base de nossa esperança em Cristo é o fato de nos reconhecermos a nós mesmos como pecadores em necessidade de restauração e redenção. É por sermos pecadores, que temos coragem de pretendê- Lo como nosso Salvador. Cuidemos, pois, para não tratarmos com os que erram de maneira que dêem aos outros a idéia de julgarmos não termos nós necessidade de redenção. Não denunciemos, nem condenemos ou destruamos, como se fôssemos sem defeito. É obra de Cristo consertar, curar, restaurar. Deus é amor, em Si mesmo, em Sua essência. Ele... não dá a Satanás nenhuma ocasião de triunfar fazendo aparecer aos nossos inimigos o que temos de pior, ou expondo-lhes nossas fraquezas. — The Review and Herald, 26 de Fevereiro de 1895. 
Cristo veio para colocar a salvação ao alcance de todos. ... Não foram passados por alto os mais errantes, os mais pecaminosos; Sua obra era especialmente em favor dos que mais necessitavam a salvação que Ele veio trazer. Quanto maior sua necessidade de reforma, tanto mais profundo Seu interesse, tanto maior Sua simpatia, e tanto mais fervorosos Seus esforços. Seu grande coração de amor comovia-se ate às profundezas por aqueles cujo estado era o mais desesperador e que mais careciam de Sua graça transformadora. — Testimonies for the Church 5:603.

Em harmonia com a regra áurea


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Em harmonia com a regra áurea, 10 de Outubro

Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Lucas 6:37. 


O dever de todo cristão está claramente delineado nas palavras: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lucas 6:37, 38. “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.” Lucas 6:31. 
Esses são os princípios que bem faremos em cultivar. Que aqueles que, eles mesmos, pecaram contra Deus, não recusem perdoar a um pecador arrependido. Justamente como tratam a um semelhante que em espírito ou em ação tenha feito o mal e depois se arrependido, assim tratará Deus com eles, por causa dos defeitos de seu caráter. 

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Quem não mostra misericórdia aos semelhantes, não pode esperar ser resguardado pela misericórdia de Deus. Ele mesmo é dependente da misericórdia que Deus lhe mandou exercer ao buscar restaurar toda criatura perdida que penetre a esfera de sua influência. Se se recusar a, cultivar esta graça divina, ele mesmo sofrerá o resultado de sua negligência. ... Devemos lembrar-nos de que todos cometem erros, mesmo os homens e mulheres que tiveram anos de experiência às vezes erram; Deus, porém, não os lança fora por causa de seus erros; a todo errante filho e filha de Adão dá Ele a oportunidade de outra prova. O verdadeiro seguidor de Jesus manifesta um espírito semelhante ao de Cristo para com o irmão que erra. Em vez de falar condenatoriamente, lembra-se das palavras: “Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.” Tiago 5:20. 
Na igreja militante, os homens estarão sempre em necessidade de restauração dos resultados do pecado. Aquele que, em alguns respeitos, é superior a alguém, é-lhe inferior em outros aspectos. Todo ser humano é sujeito à tentação, e tem necessidade do fraternal interesse e simpatia dos outros. O exercício da misericórdia em nossas relações mútuas diárias, é um dos meios mais eficazes de alcançar a perfeição do caráter; pois unicamente os que andam com Cristo podem ser na verdade misericordiosos. — The Signs of the Times, 21 de Maio de 1902. 

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 600

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Você se sente uma pessoa perdoada por Deus?

Você se sente uma pessoa perdoada por Deus?

Gilson Medeiros
Leia esta situação futura, descrita no Espírito de Profecia:
 
"Logo vi os santos sofrendo grande angústia de espírito. Pareciam cercados pelos ímpios habitantes da Terra. Todas as aparências eram contra eles. Alguns começaram a recear que finalmente Deus os houvesse deixado a perecer nas mãos dos ímpios. (...) Foi uma hora de angústia assustadora, terrível, para os santos. Dia e noite clamavam a Deus, pedindo livramento. Quanto à aparência exterior, não havia possibilidade de escape. Os ímpios já tinham começado a triunfar, clamando: 'Por que vosso Deus não vos livra de nossas mãos? Por que não ascendeis ao Céu, e salvais a vossa vida?' Mas os santos não lhes prestavam atenção. Como Jacó, estavam lutando com Deus. Os anjos ansiavam libertá-los, mas deviam esperar um pouco mais; o povo de Deus devia beber o cálice e ser batizado com o batismo. Os anjos, fieis à sua incumbência, continuavam a vigiar. Deus não consentiria que Seu nome fosse vituperado entre os gentios. Quase chegara o tempo em que Ele deveria manifestar Seu grande poder, e gloriosamente libertar Seus santos. Pela glória de Seu nome, Ele desejava libertar cada um daqueles que O haviam esperado pacientemente, e cujos nomes estavam escritos no livro" - História da Redenção, pág. 407.

Uma experiência escatológica do povo de Deus será aquela conhecida como "angústia de Jacó" (cf. Jer. 30:7). Segundo a Bíblia, este patriarca de Israel, ao decidir retornar para a casa de sua parentela, deparou-se com o Anjo do Senhor, que travou uma luta com ele durante toda a noite.

Mas, qual era, de fato, a "angústia" de Jacó?

O relato bíblico diz que Jacó fugiu da casa de seus pais porque usou de artimanhas para conseguir a bênção da primogenitura, algo que somente o filho mais velho deveria ter o privilégio de receber (cf. Gên 25ss).

Como um enganador "nato" (desde o útero...), Jacó enrola o irmão e o próprio pai, saindo vitorioso na trapaça, e recebendo a almejada bênção.

Porém, ao longo de sua vida, esta culpa e remorso parecem persegui-lo.
Quando, vários anos depois, agora já casado e rico, Jacó resolve voltar para a casa de seus pais, o encontro com seu irmão Esaú enche-o de dúvidas e medo.

- Será que meu irmão me perdoou? E meu pai, será que também aceitará me receber?

Dúvidas cruéis... O famigerado: "Será?"

Você já observou como esta pequena expressão nos persegue? Muitos pregadores gostam de usá-la em seus sermões, especialmente naqueles conhecidos como "de chicote". Alguns exemplos:
- Será que Deus está satisfeito com este culto que estamos oferecendo a Ele?
- Será que este culto tão irreverente, com tantas crianças chorando e correndo de um lado para o outro, está mesmo sendo agradável aos olhos do Senhor?
- Será que é certo usar este tipo de instrumento na adoração a Deus?
- Será que você está mesmo sendo fiel nos dízimos e nas ofertas?
- Será que você está educando seu filho da melhor maneira?
- Será que seu casamento ainda tem solução?
- Será que você estaria salvo se Jesus voltasse hoje?
- Será que Deus já perdoou seu passado negro e obscuro?

Será? Será? Será? Será?

Já percebeu como muitos de nós vivem em função do "será?" ?
- Será que meus colegas da nova escola vão me aceitar?
- Será que não vão me chamar de "velha" ou de "beata" se eu deixar de usar maquiagem?
- Será que os irmãos da igreja vão perceber que este meu relógio, na verdade, é uma pulseira "disfarçada"?
- Será que meu namorado vai continuar gostando de mim se eu disser "não" a ele?
- Será que ela(e) não vai querer me trair se eu disser que prefiro deixar o sexo para depois do casamento?
- Será que eu não estou muito gorda(o)?
- Será que eu não estou muito magro(a)?
- Será que não seria melhor eu ir trabalhar neste sábado, somente neste, para não perder meu emprego?
- Será que eu vou encontrar algum rapaz Adventista que seja sincero, consagrado, romântico? Será que não seria melhor eu começar a namorar com o X? Ele não tem a mesma fé que eu tenho, mas será que eu não consigo convertê-lo?
- Acho que o melhor é eu deixar de ir à igreja. Tem muita gente falsa lá. Será que eu não posso continuar sendo fiel a Deus apenas em casa?


Será? Será? Será? Será?

É impressionante como esta palavrinha é usada para nos deixar em "dúvida" sobre algum ponto. Ela nos deixa apreensivos e inseguros.

Mas, vamos retornar à "angústia de Jacó" nos últimos dias...

Uma das últimas tentativas do inimigo de nossas almas será (aqui apenas para exprimir o futuro do verbo... rsrs) nos colocar em dúvidas sobre a nossa salvação. Enquanto o mundo todo estiver unido para exterminar o povo que guarda os mandamentos de Deus (cf. Apoc. 14:12; 12:17), a dúvida estará colocada: "Será que Deus realmente me perdoou? Será que eu não serei destruído pela fúria satânica? Será que não seria melhor desistir e me colocar do lado "mais forte"?

Isso mesmo! Satanás tentará nos deixar inseguros sobre nossa condição justificada diante de Deus. A maioria de nós será levada a exercitar seus mais angustiantes limites mentais e espirituais.

Somente se estivermos, DESDE JÁ, seguros de nossa condição de justiça diante do Trono de Deus, é que conseguiremos resistir à pressão que está à nossa frente.

Jesus é nosso Advogado, Sumo-Sacerdote... e Juiz. Ou seja, NÃO HÁ O QUE TEMER, se nos colocarmos inteiramente em Suas mãos, e confirmarmos em Sua misericórdia e em Sua justiça redentora.

Os "Jacós" de hoje, assim como o Jacó do passado, não precisam temer, pois seu perdão e sua salvação já estão garantidos!

"Se, porém, seus olhos se pudessem abrir, ver-se-iam rodeados dos anjos de Deus. Veio em seguida a multidão dos ímpios, cheios de ira, e, atrás, uma multidão de anjos maus, compelindo os primeiros a matar os santos. Antes que pudessem, porém, aproximar-se do povo de Deus, os ímpios deveriam passar primeiro por essa multidão de anjos poderosos e santos. Isso seria impossível. Os anjos de Deus os estavam fazendo recuar, e também fazendo com que os anjos maus que os cercavam de todos os lados caíssem para trás" - História da Redenção, pág. 407.

A justiça divina se consumou na Cruz do Calvário... Para o pecador arrependido, só restou a GRAÇA LIBERTADORA.
 

Aleluia
Clique aqui e veja o que escrevi no blog sobre este tão importante tema da salvação.
 
Do Site - http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O perdão liberta

O perdão liberta

Apesar de doloroso, superar o ressentimento é possível e a única opção para quem experimentou a graça de Deus
A palavra grega para perdão significa algo como "jogar para longe", "libertar-se", "soltar". Créditos da imagem: Fotolia
A palavra grega para perdão significa algo como “jogar para longe”, “libertar-se”, “soltar”.
Créditos da imagem: Fotolia
 
 
Na manhã de 19 de abril de 1995, uma caminhonete estacionou com 2 mil quilos de explosivos na garagem de um edifício do governo federal norte-americano, em Oklahoma. Após alguns minutos, a terrível explosão derrubou metade do prédio, matou 168 pessoas e feriu mais de 700. Foi o segundo maior atentado terrorista da história dos Estados Unidos.
Dois dias depois, o suspeito do crime foi preso. Timothy McVeigh, 27 anos, filho de uma família de classe média, assumiu a responsabilidade pelo ataque. Ele afirmou que sua atitude era uma reação à repressão do governo contra grupos radicais de extrema direita.
McVeigh foi julgado e condenado à morte. Segundo a revista Veja de 9 de maio de 2001, uma pesquisa mostrou que 71% dos americanos queriam que ele morresse. Até seu pai, Bill McVeigh, admitiu: “Como perdoar alguém que matou 168 pessoas?” Os familiares das vítimas pensavam a mesma coisa, principalmente os pais das 19 crianças que morreram no atentado.
Lendo ou ouvindo a história de McVeigh, surge inevitavelmente a pergunta: seria justo perdoar alguém como ele? O perdão não é uma atitude natural ao coração humano. Temos imensa dificuldade em experimentá-lo e muitos são os que consideram o perdão algo injusto. O escritor romano Públio Siro, que viveu no 1º século antes de Cristo, afirmou: “Quem perdoa uma culpa encoraja a cometer muitas outras.” Para alguns, o ato de perdoar significa deixar a justiça de lado e ceder ao sentimentalismo.
O ponto é que, sem o perdão, um ciclo funesto de sofrimento é iniciado, separando casais, amigos e povos por anos ou décadas. Há algum tempo, assisti perplexo a uma entrevista num programa televisivo. A pauta era sobre um casal de idosos do Nordeste que não se falava havia 40 anos. E tudo começou logo após o casamento deles, quando alguém disse para o marido que a esposa poderia estar traindo-o com outro homem da cidade. Nada ficou provado, mas o orgulho ferido contabilizou quatro décadas de total silêncio em represália à esposa.
ORIENTAÇÃO BÍBLICA
A palavra grega para perdão (aphiêmi), por exemplo, significa algo como “jogar para longe”, “libertar-se”, “soltar”. Inúmeros personagens bíblicos lidaram com o dilema do perdão. Pedro foi um deles. Enfrentando possivelmente uma batalha interior para perdoar alguém, ele perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: ‘Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete’” (Mt 18:21 e 22, NVI). Pedro deve ter se surpreendido com a resposta de Jesus, mas o Mestre não lhe deu alternativa: perdoar era a única opção.
Talvez Pedro tenha entendido melhor as palavras de Cristo depois de ter ouvido o doce som do perdão, quando esperava ser repreendido pelo Mestre diante dos demais discípulos (Jo 21). A atitude de Jesus mostrou que Deus abriu mão de seu direito de vingança contra um mundo pecador e idólatra, para exercer a graça. E, para ser justo, Deus exigiu um alto custo de quem serviu de substituto da humanidade, recebendo em si a penalidade que cabia a todos (2Co 5:21). Por meio de seu sacrifício vicário, Cristo garantiu o direito de pedir: “Pai, perdoa-lhes” (Lc 23:34).
José também perdoou. Quando governou o Egito, o filho predileto de Jacó teve a oportunidade de se vingar de seus irmãos. O poder para fazer “justiça” estava nas mãos dele. Contudo, em meio a abundantes e solitárias lágrimas
(Gn 43:30), ele percebeu que seu coração desejava ardentemente algo mais. E, quando José cedeu a essa convicção, o som do perdão foi ouvido em todo o Egito (Gn 45:15).
Depois de assistir à execução de McVeigh, a mãe de uma das vítimas disse num canal de TV: “A morte dele não me trouxe alívio algum.” O perdão pode parecer por vezes doloroso e aparentemente injusto, mas, quando entendemos essa atitude a partir da postura de Deus em relação a nós (Mt 18:23-35), esse gesto se torna possível e libertador.
FERNANDO BEIER é pastor em Hortolândia (SP) e autor do livro Crise Espiritual (CPB)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Os sentimentos não são prova


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Os sentimentos não são prova, 29 de Abril

Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é O que prometeu. Hebreus 10:23. 

A religião de Cristo não é religião de meras emoções. Não podeis confiar em vossos sentimentos quanto a uma prova de aceitação para com Deus, pois os sentimentos são variáveis. Tendes de colocar os pés sobre as promessas da Palavra de Deus, deveis andar segundo o exemplo de Jesus, e aprender a viver pela fé. — The Review and Herald, 5 de Maio de 1891. 
Logo que alguém comece a dar atenção aos seus sentimentos, está ele em terreno perigoso. Se se sente alegre e feliz, fica muito confiante e tem emoções muito agradáveis. Mas vem a mudança. Ocorrem certas circunstâncias que trazem depressão e sentimentos tristes; então o espírito naturalmente começa a duvidar se o Senhor está com ele ou não. 
Ora, os sentimentos não devem ser feitos a prova do estado espiritual, sejam eles bons ou sejam desanimadores. A palavra de Deus deve ser nossa prova quanto a nossa verdadeira situação perante Ele. Muitos neste ponto se confundem. ... Se confessardes vossos pecados, crede que estão perdoados, pois a promessa é categórica. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 João 1:9. 
Por que, então, desonrar a Deus duvidando de Seu amor e perdão? Tendo confessado vossos pecados, crede que a palavra de Deus não faltará, mas que é fiel O que prometeu. Exatamente como é vosso dever confessar vossos pecados, é-o também de crer que Deus cumprirá Sua palavra e vos perdoará. Deveis exercer fé em Deus como Alguém que fará justamente o que disse que faria — perdoar todas as vossas transgressões. ... Oh, quantos e quantos andam se lamentando, pecando e arrependendo-se, mas sempre sob uma nuvem de condenação! Não crêem na palavra do Senhor. Não crêem que Ele fará justamente o que disse que faria. ... Feris o coração de Cristo pela dúvida, quando Ele nos deu tais provas de Seu amor, entregando a própria vida para nos salvar — para não perecermos mas termos vida eterna. Temos de confiar; temos de ensinar e educar nossa mente de modo a crer implicitamente na palavra de Deus. — Carta 10, 1893.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 260

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Confiança depois de cometer erros


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Confiança depois de cometer erros, 27 de Abril

Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dEle vem a minha esperança. Só Ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado. Salmos 62:5, 6. 

A cada um de nós foi concedido o inestimável privilégio de ser filho de Deus. Por que, então, sermos infelizes? Todos somos pecadores, mas temos um Salvador capaz de tirar-nos os pecados, pois nEle não há pecado. Todos temos muitas dificuldades pela frente, muitos desconcertantes problemas para resolver. Temos, porém, um Todo-poderoso Auxiliador, que dará ouvido a nossas petições com a mesma boa vontade e prazer com que ouvia os pedidos daqueles que, quando Ele Se achava em pessoa na Terra, iam ter com Ele pedindo auxílio. Peço-vos que não tireis de Suas mãos a disposição de vossa vida. 
Cometeis erros? Não deixeis que isso vos desanime. O Senhor talvez permita que cometais erros pequenos para vos poupar de os cometerdes maiores. Ide a Jesus e pedi-Lhe que vos perdoe, e então crede que o fará. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 João 1:9. 
Quando o desânimo vos pressionar pesadamente, lede as passagens seguintes: “Um abismo chama outro abismo, ao ruído das Tuas catadupas; todas as Tuas ondas e vagas têm passado sobre mim. Contudo, o Senhor mandará de dia a Sua misericórdia, e de noite a Sua canção estará comigo: a oração ao Deus da minha vida. Direi a Deus, a minha Rocha: Por que Te esqueceste de mim? Por que ando angustiado por causa da opressão do inimigo? Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus.” Salmos 42:7-9, 11. “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos 46:1-3. “Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; Ele será nosso guia até à morte.” Salmos 48:14. — The Review and Herald, 7 de Abril de 1904.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 256

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Abundante misericórdia


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Abundante misericórdia, 22 de Abril

Em Ti confiarão os que conhecem o Teu nome; porque Tu, Senhor, nunca desamparaste os que Te buscam. Salmos 9:10. 

Uma pessoa a quem Deus tivesse rejeitado jamais se sentiria como te tens sentido e jamais amaria a verdade e a salvação como tu. Oh, se o Espírito de Deus deixa de contender com uma pessoa, esta é deixada num estado de indiferença, e sempre julga que bem lhe vai. Não deves agradar ao inimigo, no mínimo que seja, duvidando, e rejeitando tua confiança. Disse o anjo: “Deus não abandona Seus filhos, mesmo que errem. Não Se volve deles em ira, por qualquer coisa de pouca importância. Se pecam, têm um Advogado com o Pai, Jesus Cristo o justo.” O Advogado intercede pelos pecadores e o Pai aceita Sua oração. Não nega o pedido de Seu Filho amado. Aquele que de tal maneira te amou que por ti deu a própria vida, não te rejeitará nem abandonará, a menos que deliberada e resolutamente O deixes, para servires ao mundo e a Satanás. Jesus estima que vás ter com Ele justamente como estás, sem esperança e desamparada, e te lances sobre sua superabundante misericórdia, e creias que Ele te receberá tal qual estás. Demoras-te no lado escuro. Deves dar meia-volta à tua mente, e em vez de pensar todo o tempo na ira de Deus, pensa em Sua abundante misericórdia, Sua boa vontade para salvar pobres pecadores, e então crê que Ele te salva. Deves, em nome de Deus, quebrar esse encanto que te possui. Deves clamar: “Eu quero crer, eu creio!” Jesus retém teu nome sobre Seu peitoral e intercede por ti perante o Pai, e se teus olhos pudessem ser abertos, verias anjos celestiais te ajudando, voando em tua volta e afugentando os anjos maus, para que não te destruam. ... Deus te impele a creres. Atende a Sua voz. Deixa de falar na ira de Deus e fala de Sua compaixão e abundante misericórdia. Jesus [120] Se assenta como refinador e purificador de prata. Malaquias 3:3. 
A fornalha em que possas estar colocada talvez esteja muito aquecida, mas sairás como ouro purificado sete vezes, refletindo a imagem de Jesus. Tem ânimo! Olha para cima, crê, e verás a salvação de Deus. — Carta 17, 1862.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 246

domingo, 19 de abril de 2015

Dar crédito à palavra de Deus


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Dar crédito à palavra de Deus, 19 de Abril

Eu, Eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de Mim e dos teus pecados não Me lembro. Desperta-Me a memória; entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que possas justificar-te. Isaías 43:25, 26. 

Satanás se aproximará de vós, dizendo: Sois pecador. Não deixeis, porém, que ele vos encha a mente com a idéia, de que, por serdes pecador, Deus vos rejeitou. Dizei-lhe: Sim, sou pecador, e por esta razão preciso de um Salvador. Preciso de perdão e remissão, e Cristo diz que, se eu for a Ele, não perecerei. Em Sua carta para mim, leio: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” 1 João 1:9. Hei de crer na palavra que Ele me deixou. Obedecerei aos Seus mandamentos. Quando Satanás vos disser que estais perdidos, respondei: Sim; mas Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Quanto maior meu pecado, tanto maior minha necessidade de um Salvador. No instante em que, pela fé, lançardes mão às promessas de Deus, e disserdes: Eu sou a ovelha perdida que Jesus veio salvar, nova vida tomará posse de vós, e recebereis força para resistir ao tentador. 
Mas a fé necessária para lançar mão das promessas não vem por intermédio dos sentimentos. “A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus.” Romanos 10:17. Não deveis esperar que se efetue alguma grande mudança; não deveis esperar sentir maravilhosa emoção. O Espírito de Deus deve impressionar vossa mente. ... Dai crédito à palavra de Deus, dizendo: Ele me ama; deu a vida por mim; e Ele me salvará. ... Olhai para fora de vós mesmo, para Jesus. Abraçai-O como vosso Salvador. Cessai de lamentar vossa situação desamparada. 
Olhando para Jesus, autor e consumador de vossa fé, sereis inspirado pela esperança e vereis a salvação de Deus. Quando vos sentis tentado a lamentar-vos, forçai os lábios a proferir os louvores de Deus. “Regozijai-vos, sempre, no Senhor.” Filipenses 4:4. Não é Ele digno de louvor? Então ensinai vossos lábios a falar de Sua glória e a engrandecer o Seu nome. ... Hoje o Senhor vos diz: Não vos desanimeis, mas lançai sobre Mim vossos fardos. Não podeis carregar vossos pecados. Eu os tomarei todos. ... Se confiardes em Mim, nenhum bem vos faltará. ...  Jamais foi deixada a perecer uma pessoa que confia em Jesus. “Eu, Eu mesmo,” declara o Senhor, “sou o que apago as tuas transgressões por amor de Mim e dos teus pecados não Me lembro.” Isaías 43:25. — Carta 98b, 1896.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 240

terça-feira, 14 de abril de 2015

“Confia-te a Deus”




“Confia-te a Deus”, 14 de Abril

Mas fiel é o Senhor, que vos confortará e guardará do maligno. 2 Tessalonicenses 3:3. 

Quantos existem que atravessam a vida sob uma nuvem de sentimento de condenação! Não crêem na palavra de Deus. Não têm fé de que Ele fará o que disse. Muitos que almejam ver outros descansarem no amorável perdão de Cristo, nele não descansam, eles mesmos. Como, então, poderão levar outros a mostrar uma fé simples e infantil no Pai celestial, se medem o Seu amor pelos sentimentos que têm? Confiemos implicitamente na palavra de Deus, lembrados de que somos Seus filhos e filhas. Eduquemo-nos de modo a crer em Sua palavra. Ferimos o coração de Cristo pela dúvida, quando Ele deu tão grande prova de Seu amor. Ele depôs a vida para salvar-nos. Diznos: “Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei.” Mateus 11:28. Credes que Ele fará o que disse que faria? Então, depois de haverdes cumprido as condições, não leveis por mais tempo o peso de vossos pecados. Transferi-o para o Salvador. Confiai-vos a Ele. Não prometeu Ele dar-vos descanso? A muitos, porém, Ele é obrigado a dizer, com tristeza: “Não quereis vir a Mim para terdes vida.” João 5:40. Muitos forjam para si mesmos cargas penosas. Contemplai a Cristo. Demorai em Seu amor e misericórdia. Isso encherá o espírito de aborrecimento por tudo que é pecaminoso, e lhe inspirará um intenso desejo da justiça de Cristo. 
Quanto mais claro virmos o Salvador, tanto mais claro discerniremos nossos defeitos de caráter. Confessai vossos pecados a Cristo, e com verdadeiro arrependimento cooperai com Ele, removendo esses pecados. Crede que estão perdoados. É categórica a promessa: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” 1 João 1:9. Tende certeza de que a palavra de Deus não falhará. Fiel é O que prometeu. É tanto vosso dever crer que Deus cumprirá Sua palavra e vos perdoará, como o é confessar vossos pecados. ... Olhai constantemente para, Jesus. Contemplai-O, cheio de graça e verdade. Ele fará passar diante de vós a Sua bondade, enquanto vos esconde na fenda da rocha. Sereis habilitados a suportar a vista dAquele que é invisível, e pelo contemplar sereis transformados. — The Review and Herald, 28 de Fevereiro de 1907.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 230

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cura para a vergonha

 

Cura para a vergonha

“Vergonha. Toneladas de vergonha. Dia após dia. Mais do mesmo. Culpa. Por favor, tire isso daqui. Por favor, faça parar”. Essas palavras não são simplesmente a letra de uma famosa canção dos Avett Brothers, elas também são palavras que expressam o que muitos de nós vivemos. Viver nesse mundo é experimentar vergonha. Toneladas de vergonha.
Vergonha é uma palavra difícil de descrever. Todos nós já experimentamos em algum nível. É o sentimento que você tem quando, de repente, percebe que está mal vestido para uma festa. Quando você chega atrasado em uma reunião pensando que está sendo pontual. Ou quando seu cartão é rejeitado na hora de comprar um café na Starbucks para o seu consultor financeiro. Essa última é um pouco familiar demais para mim.
E existe a vergonha que nunca é mencionada. É daquele tipo que envolve coisas feitas em segredo. Comportamentos repulsivos. Lutas escondidas. A vergonha de estar sendo usado, de estar levando vantagem de uma maneira que tira um pouco da luz da nossa humanidade e da nossa esperança.
Talvez a melhor forma de descrever vergonha é pensar nela como um resíduo do pecado, tanto nossos como também de outros contra nós. Um autor descreve vergonha como “a experiência subjetiva de nossa culpa objetiva”. Tanto a culpa pelo que fizemos (ou deixamos de fazer), como a culpa pelo que os outros fizeram (ou deixaram de fazer) para nós. Nesse sentido, vergonha é como uma cebola. Existem tantas camadas que, quando você começa a cortar, ela se abre e é difícil de dizer onde é o começo de algumas e o fim de outras.
Vergonha é o que Pedro sentiu quando olhou nos olhos de Jesus logo depois de ter negado que até mesmo o conhecia. Foi o que Davi sentiu ao perceber sua própria cegueira perante Natã. Foi o que Isaías sentiu no templo quando se sentiu esmagadoramente sujo. Nós também não somos estranhos a isso.
R.A. Dickey é um dos melhores jogadores de beisebol dos últimos 20 anos.  Depois de jogar na liga universitária pelo Tennessee, foi jogar com os profissionais, mais recentemente com o Mets e o Blue Jays. Ele ganhou o prêmio Cy Young de 2012[i].
Naquele ano, ele também começou a se abrir em relação ao abuso sexual que sofreu quando era mais jovem. Ele havia se trancado em relação a isso por anos, tentou sozinho carregar o peso do que aconteceu, escondendo de todos, especialmente daqueles próximos a ele. O peso da vergonha que carregava quase o esmagou. Um dia, ele decidiu que não poderia mais carregar isso, então se lançou ao mar para se afogar. Enquanto estava se afogando, um barco apareceu e o resgatou. Foi aí que começou a se abrir em relação ao abuso que sofreu.
Ele falou sobre isso em uma entrevista à NRP: “Isso esteve trancado por 23 anos e infligiu grande dano à minha vida e aos relacionamentos que tive, não apenas com meus amigos, que realmente não eram amigos. Eu não confiava em ninguém… minha esposa não sabia das coisas mais obscuras sobre mim. Eu meio que quase a trapaceei para casar comigo. Essa é uma dura confissão. Eu a amava tão desesperadamente que projetei quem eu queria ser, mas nunca a deixaria se aproximar de quem sou por dentro, porque sempre temia que, se alguém conhecesse quem eu realmente sou, fugiriam de mim”.
Dickey está descrevendo o efeito poderoso que a vergonha pode exercer em nossas vidas. Nós sentimos que até aquelas pessoas mais próximas não seriam possivelmente capazes de aguentar a verdade sobre aquilo que fizemos, e sobre o que nos foi feito. Ambos estão tão conectados que talvez seja melhor dizer: o que fizemos com aquilo que foi feito a nós. A maneira que pecam contra nós sempre afeta a maneira que pecamos. A vergonha se desenvolve em ambos cenários.
Pense em Adão e Eva no jardim. Eles fizeram a única coisa que Deus mandou não fazer, comeram do fruto da única árvore dentre todas as outras que estavam cheias de frutos bons. Tudo até esse ponto era simplesmente bom, bom e bom. De repente, perceberam que havia algo errado entre eles. Eles estavam nus.
Ao invés de levar a sua vergonha perante Deus, eles se cobriram e se esconderam. Nós temos feito o mesmo desde então, desesperadamente tentamos cobrir nossa vergonha, para nos esconder uns dos outros. É por isso que a pesquisadora e escritora Brené Brown gosta de dizer que “a vergonha precisa apenas de três coisas para crescer exponencialmente em nossas vidas: sigilo, silêncio e julgamento”. Infelizmente, a igreja frequentemente segue a sociedade ao oferecer os três às pessoas carregadas de vergonha.
Todos nós temos estratégias diferentes para lidar com a vergonha. Alguns de nós a cobrimos com aprovação. Nós genuinamente acreditamos que se uma quantidade razoável de pessoas gostarem de nós, vamos nos sentir amados. O problema é que mesmo se obtivermos sucesso em conseguir que o mundo inteiro goste de nós, isso não atingirá nossa vergonha, porque nós mantemos aquelas pessoas que gostam de nós longe do conhecimento de quem realmente somos, tornando-os incapazes de oferecer o amor de que realmente precisamos.
Alguns de nós tentamos cobrir isso com trabalho. Se conseguirmos preencher o espaço com horas suficientes, escalarmos degraus suficientes, deixarmos um legado suficientemente bom, então talvez, apenas talvez, isso fará com que a carga de vergonha se torne mais leve. O problema é que o trabalho começa a se tornar um meio de escapar do dever de lidar com nós mesmos e com nossas feridas, um meio de nos esconder daquelas partes de nós mesmos com as quais precisamos que o Senhor graciosamente lide.
Existem outros ainda que cobrem a vergonha com vícios de todas as formas e tamanhos. Vícios sexuais nos seduzem com a falsa crença de que entregar-se ao desejo irá nos fazer sentir completos. Abuso de substâncias químicas nos promete que se pudermos apenas alterar nosso ânimo para nos sentirmos suficientemente bem, então não teremos que lidar com a dificuldades da vida. Ambas estratégias roubam nossa intimidade com Deus e um com o outro.
Nós não procuramos apenas cobertura para nossa vergonha com diferentes estratégias, as quais acabam todas por aprofundar nossa vergonha, mas também procuramos nos esconder uns dos outros. No jardim, Deus falou que não era bom que homem estivesse sozinho. Vergonha é a estratégia de Satanás para nos fazer sentir sozinhos. Vergonha nos aliena uns dos outros.
Há uma cena no livro Graça Infinita de David Foster Wallace na qual ele está contando a história do processo de evolução dos telefones, de apenas áudio para vídeo, dentro da cultura da suposta futura comunidade descrita no livro. Uma estranha autoconsciência foi se desenvolvendo à medida que as pessoas foram de a ouvir uns aos outros a verem uns aos outros, e especialmente verem sua própria face refletida nas videoconferências[ii]. Eles não gostavam da maneira como eram. Então começaram a criar máscaras para si mesmos.
David Foster Wallace escreve:
Numa progressão gradualmente pouco sutil, ao fim de mais alguns anos fiscais, a maioria dos consumidores usava máscaras tão inegavelmente mais atraentes nos videofones do que as suas próprias caras e transmitiam imagens de si mesmos tão horrorosamente distorcidas e realçadas que se produziu uma enorme tensão psicossocial, levando a crescentes números de usuários tornarem-se, de súbito, muito relutantes em deixarem suas casas e interagirem pessoalmente com as pessoas que, segundo receavam, estavam agora tão habituadas a ver a máscara muito mais fascinante de si mesmos ao telefone que certamente sofreriam, ao ver pessoas cara a cara, a mesma desilusão estética que, por exemplo, causam certas mulheres, que sempre andam maquiadas, quando são vistas pela primeira vez com a cara lavada.
A antecipação dele em relação à forma que usaríamos as mídias sociais para escondermo-nos é profeticamente notável. Por que acontece isso de compartilharmos online só as partes bonitas e bem sucedidas de nossas vidas? Porque não confiamos que alguém possa suportar a realidade sobre nossas vidas, com todas as lutas e imperfeições que estão presentes.
O que devemos fazer com a nossa vergonha? A dica está em Gênesis 3, onde o Senhor, ao invés de envergonhar Adão e Eva, cobre a vergonha deles. Ao invés de ridicularizar a nudez deles, Ele faz roupas de pele de animais para eles. Em toda a Escritura, essa é a primeira dica que a resposta para a nossa vergonha chegará por meio de um sacrifício de graça. Um dos primeiros lugares que antecipa a obra do nosso Senhor Jesus Cristo.
O próprio Jesus não era estranho à vergonha. Enquanto Ele ia para a cruz, era envergonhado por seus discípulos que, por meio de deserção e negação, não queriam ter absolutamente nada a ver com Cristo. Era envergonhado pelos líderes religiosos, coberto não apenas pela injustiça deles, mas também por seus cuspes. Foi envergonhado pelos soldados romanos, que tiraram sua roupa e abusaram fisicamente dele. Foi também envergonhado por aqueles que passavam por Ele na estrada e o insultavam enquanto estava pendurado naquela cruz.
A própria cruz é o símbolo supremo de vergonha, a morte medonha reservada para o pior tipo de homem. Na cruz, Jesus experimentou o tipo mais profundo de vergonha, a vergonha de ser rejeitado por Deus o Pai, de ser contado como impuro. Apesar de esse ter sido sempre o plano, isso partiu o coração do Pai até mesmo quando “ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar”. (Isaías 53.10)
É por isso que o autor de Hebreus escreveu sobre Jesus, que “pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha” (Hebreus 12.2). Em que sentido Ele desprezou a vergonha? Jesus suportou a própria vergonha para que Ele pudesse levar embora a nossa. Ele não veio para nos envergonhar por causa dos nossos pecados. Ele veio para levar sobre si a vergonha dos nossos pecados para que não mais estivéssemos no estado de condenação.
É por isso que nós cantamos, “Homem de dores, que nome! Pelo Filho de Deus que veio, Resgatar pecadores arruinados! Aleluia! Que Salvador! Suportando vergonha e rude zombaria, Em meu lugar de condenação Ele ficou; Selou meu perdão com Seu sangue; Aleluia! Que Salvador!”[iii]
Talvez você sinta que a sua vergonha é grande demais para Cristo. Que Ele é puro demais para suportar esse tipo de vergonha que você tem carregado por tanto tempo. Sinclair Ferguson coloca isso de uma forma interessante: “Em sua vergonha, como pode alguém como você vir a Jesus? Porque Ele veio para a sua vergonha, para trazer a você a alegria Dele”.
[i] N.T.: Prêmio anual para melhores jogadores da liga principal de beisebol dos EUA (MLB)
[ii] A antecipação do futuro aqui é notável, devido ao fato de que David Foster Wallace estava escrevendo isso em 1996, aproximadamente 15 anos antes da Apple começar a desenvolver o FaceTime.
[iii] N.T.: Em português, esse é o hino HCC 117 – Homem de Tristeza e Dor, porém, a ênfase desejada pelo autor do texto não foi contemplada nessa tradução do Hinário para o Culto Cristão, portanto preferiu-se não usar a versão já traduzida.
Traduzido por Fernanda Vilela | Reforma21.org | Original aqui

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Fonte - http://reforma21.org

quinta-feira, 27 de março de 2014

Deus odeia pecadores?


Deus irado Por Hermes C. Fernandes

Desde que me entendo por gente, ouço a frase: Deus ama o pecador, mas odeia o pecado. Jamais ousei questionar isso, pois sempre fez muito sentido pra mim. Deus odeia o pecado por conta do mal que ele nos faz. Portanto, o ódio divino pelo pecado está diretamente ligado ao Seu amor por nós, pecadores.
Apesar disso, deparo-me com passagens bíblicas que afirmam que Deus não odeia apenas o pecado, mas também o pecador.
Tomemos como exemplo Provérbios 6:16-19, onde lemos:
“Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.”
Fica claro que Deus não odeia apenas a mentira, mas também que a profere. Assim como também odeia o que engendra pensamentos malignos, quem promove contendas entre irmãos, quem possui olhar arrogante, entre outros mais. O salmista é ainda mais abrangente ao declarar que Deus odeia “a todos os que praticam a maldade”  (Sl.5:5). Ele odeia ao “ímpio e ao que ama a violência” (Sl.11:5). Basicamente, estas são as passagens mais usadas para respaldar o ódio que Deus nutre pelos pecadores.
Para alguns, jamais deveríamos afirmar que Deus ama igualmente a todos os homens, posto que alguns seriam alvos exclusivamente de Sua ira. Deus não poderia amá-los e odiá-los ao mesmo tempo.
Em cima desta compreensão, a meu ver equivocada, manifestações têm sido promovidas por cristãos ultraconservadores, ostentando placas que trazem inscrições do tipo “Deus odeia os gays”, “Deus odeia Lady Gaga”, e pasmem, “Deus odeia o Brasil”.
Somente os eleitos seriam alvo do amor de Deus. O resto da criação estaria sob a Sua ira por toda a eternidade.
Será que é isso que encontramos nas Escrituras?

De acordo com Paulo, “todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef.2:3). Portanto, mesmo os eleitos já estiveram um dia sob a ira justa de Deus. Será que neste tempo, Deus deixou de amá-los? Claro que não!
Deus não passou a amar-nos quando fomos atraídos a Cristo. Pelo contrário, Ele nos amou mesmo quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Ele mesmo afirma: “…com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jer.31:3). Ele nos atraiu por nos amar desde a eternidade. Mesmo quando estávamos sob Sua ira, Ele não retirou de nós o Seu amor.
O próprio Jesus declara que “aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo.3:36). Ora, se sobre uns a ira de Deus permanece, é porque sobre outros ela é retirada.
O ponto que quero enfatizar é a possibilidade de Deus amar, mesmo enquanto odeia. Ele odeia aquilo em que nos tornamos, por causa do pecado, mas ama aquilo que Ele nos criou para ser. Apesar de odiosos, somos amados.
Mesmo os réprobos são alvo do amor de Deus. Repare no que diz o salmista: “Piedoso e benigno é o Senhor, tardio em irar-se e grande amor. O Senhor é bom para todos tem compaixão de todas as suas obras” (Sl.145:8-9). Ora, se é verdade que o Senhor fez todas as coisas, “até o ímpio” (Pv.16:4), logo, Deus também o ama. Caso o contrário, não poderíamos afirmar que Ele tem compaixão de todas as suas obras.
Um exemplo disso pode ser encontrado no episódio em que Jesus é abordado por um jovem rico. O texto diz que “Jesus, olhando para ele o amou” (Mc.10:21). Não obstante, ele recusou a oferta de Jesus, e saiu triste por não querer abrir mão de suas riquezas pela vida eterna. Portanto, sobre ele permaneceu a ira de Deus.
Quando um filho meu apronta, naquele instante sinto ódio dele, mas nem por isso perco o meu amor. A diferença é que a ira é momentânea, mas o amor é eterno. O salmista diz que a ira de Deus dura só um instante, mas no seu favor está a vida (Sl.30:5).
Até quando está irado, Deus não desiste de amar. É Seu amor teimoso a razão de sobrevivermos à Sua justa ira. O profeta Habacuque conclui que mesmo na ira, Deus lembra-se da misericórdia (Hc.3:2). Só por isso não somos consumidos. Enquanto Sua ira, além de tardar, dura um momento, Suas misericórdias se renovam a cada manhã.
A ira de Deus é a Sua reação ao pecado. Porém, o amor é aquilo de quê é constituído o Seu ser. Deus pode eventualmente irar-se, mas jamais deixa de ser amor. Deixar de amar seria aniquilar-se, deixar de ser Deus, negar Sua própria natureza. E a todos quanto ama, Ele os ama eternamente. 

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