Seguidores

Mostrando postagens com marcador Salvação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Salvação. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

O Privilégio do Cristão

 

                     O Privilégio do Cristão


Sa - Pag. 89 

Muitos dos que estão buscando santidade de coração e pureza de vida, parecem perplexos e desanimados. Estão constantemente olhando para si mesmos, e lamentando sua falta de fé; e porque não têm fé, julgam que não podem buscar a bênção de Deus. Essas pessoas pensam que o sentimento seja fé. Olham por cima da simplicidade da verdadeira fé, e assim trazem grandes trevas sobre sua vida. Deveriam volver a mente de si mesmas para repousá-la na misericórdia e bondade de Deus e recordar Suas promessas, e então simplesmente crer que Ele cumprirá Sua palavra. Não é em nossa fé que devemos confiar, porém nas promessas de Deus. Quando nos arrependemos de nossas transgressões passadas, contra Sua lei, e resolvemos prestar obediência no futuro, devemos crer que Deus, por amor de Cristo nos aceita e perdoa nossos pecados.

As trevas e o desânimo virão, às vezes, à alma e ameaçarão vencer-nos; mas não devemos rejeitar nossa confiança. Precisamos conservar os olhos fixos em Jesus, sentindo ou não. Devemos procurar cumprir fielmente cada dever conhecido e então, calmamente, descansar nas promessas de Deus.

A Vida da Fé

Por vezes, um profundo sentimento de nossa indignidade enche o coração, num estremecimento de terror; mas isto não é evidência de que Deus tenha mudado para conosco, ou nós em relação para com Ele. Nenhum esforço deveria ser feito quanto a dirigir a mente a certa intensidade de emoção. Podemos não sentir hoje a paz e a alegria que sentíamos ontem; mas devemos, pela fé, agarrar a mão de Cristo e confiar nEle tão completamente nas trevas como à luz.

Satanás poderá segredar: "Sois demasiadamente grandes pecadores para que Cristo vos salve". Conquanto reconheçais que sois realmente pecadores e indignos, podeis enfrentar o tentador com esta declaração: "Pela virtude da expiação, eu reclamo Cristo como meu Salvador. Não confio em meus próprios méritos, mas no precioso sangue de Jesus, o qual me limpa. Neste momento eu lanço sobre Cristo meu desalentado coração." A vida cristã deve ser de constante, viva fé. Uma confiança que não se renda, firme fé em Cristo, trarão paz e certeza à alma.

Resistir à Tentação

Não vos desanimeis porque vosso coração parece duro. Cada obstáculo, cada inimigo interior, apenas aumenta vossa necessidade de Cristo. Ele veio para tirar o coração de pedra e dar-vos outro, de carne. Olhai para Ele em busca de graça especial para vencer vossas faltas peculiares. Quando assaltados pela tentação, resisti firmemente às más tendências; dizei a vosso coração: "Como posso eu desonrar ao meu Redentor? Entreguei-me a Cristo; não posso fazer as obras de Satanás". Clamai ao amado Salvador em busca de auxílio para sacrificar todo ídolo e lançar fora todo pecado acariciado. Que os olhos da fé vejam Jesus diante do trono do Pai, apresentando Suas mãos feridas, enquanto intercede por vós. Crede que vos virá força, por intermédio de vosso precioso Salvador.

Ver com os Olhos da Fé

Pela fé, olhai para as coroas destinadas aos que hão de vencer; atentai para o exultante canto dos remidos: Digno, digno é o Cordeiro, que foi morto e nos redimiu para Deus! Esforçai-vos por considerar estas cenas como reais. Estêvão, o primeiro mártir cristão, em seu terrível conflito com os principados, e as potestades, e as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Efés. 6:12), exclamou: "Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus." Atos 7:56. O Salvador do mundo foi-lhe revelado como olhando dos Céus para ele com o mais profundo interesse; e a gloriosa luz do semblante de Cristo brilhou sobre Estêvão com tal resplendor que mesmo os seus inimigos viram seu rosto brilhar como o rosto de um anjo.

Se permitíssemos que nossa mente se demorasse mais sobre Cristo e o mundo celestial, acharíamos um poderoso estímulo e amparo em guerrear as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor ao mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor, que tão logo será nosso lar. Diante da amabilidade de Cristo, todas as atrações terrenas parecerão de pouco valor.

Que ninguém pense que sem fervoroso esforço de sua parte poderá obter a certeza do amor de Deus. Quando por tão longo tempo se permitiu à mente repousar somente em coisas terrenas, é difícil mudar os hábitos do pensamento. Aquilo que os olhos vêem e os ouvidos escutam, demasiadas vezes atrai a atenção e absorve o interesse. Mas se quisermos entrar na cidade de Deus e olhar para Jesus e Sua glória, precisamos acostumar-nos, aqui, a contemplá-Lo com os olhos da fé. As palavras e o caráter de Cristo devem ser, freqüentemente, o assunto de nossos pensamentos e de nossa conversação; e, cada dia, algum tempo deve ser consagrado especialmente a devota meditação nestes temas sagrados.

Silenciando o Espírito

A santificação é uma obra diária. Ninguém se engane a si mesmo com a suposição de que Deus o perdoará e abençoará, enquanto está pisando um de Seus mandamentos. A prática voluntária de um pecado conhecido silencia a testemunhadora voz do Espírito e separa de Deus a alma. Quaisquer que sejam os êxtases do sentimento religioso, Jesus não pode habitar no coração que desrespeita a lei divina. Deus apenas honrará àqueles que O honram.

"Sois servos daquele a quem obedeceis." Se condescendemos com a ira, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou outro pecado qualquer, tornamo-nos servos do pecado. "Ninguém pode servir a dois senhores." Mat. 6:24. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as tendências do pecado, porque a carne cobiça contra o Espírito, mas o Espírito combate contra a carne, mantendo uma batalha constante. É aqui que o auxílio de Cristo se faz preciso.

A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo." I Cor. 15:57.

Hábitos Religiosos Corretos

Se quisermos desenvolver um caráter que Deus possa aceitar, precisamos formar hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão essencial ao crescimento na graça, e mesmo à própria vida espiritual, como o alimento temporal ao bem-estar físico. Devemos acostumar-nos a elevar muitas vezes os pensamentos a Deus em oração. Se a mente vagueia, devemos fazê-la retornar; mediante perseverante esforço, o hábito finalmente fará que isto seja fácil. Não podemos, por um momento, separar-nos de Cristo com segurança. Podemos contar com Sua presença para assistir-nos a cada passo, mas somente observando nós as condições que Ele mesmo estabeleceu.

A religião deve tornar-se o grande negócio da vida. Tudo mais deve ficar subordinado a ela. Todas as nossas faculdades morais, físicas e espirituais devem empenhar-se na batalha cristã. Devemos olhar para Cristo em busca de força e graça, e ganharemos a vitória tão certamente como Jesus morreu por nós.

O Valor da Alma

Devemos aproximar-nos da cruz de Cristo. O arrependimento junto à cruz é a primeira lição que temos de aprender. O amor de Jesus - quem o pode compreender? Infinitamente mais terno e abnegado que o amor de uma mãe! Se quisermos conhecer o valor de um ser humano, precisamos olhar, com fé viva, para a cruz e aí começar o estudo que será a ciência e o cântico dos remidos através de toda a eternidade. O valor de nosso tempo e de nossos talentos pode ser calculado somente pela grandeza do resgate pago por nossa redenção. Que ingratidão manifestamos para com Deus quando O roubamos, retendo dEle nossas afeições e nosso serviço. É demais dar-nos a Ele, que tudo sacrificou por nós? Podemos nós escolher a amizade do mundo diante das honras imortais que Cristo oferece - "que se assente comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono"? Apoc. 3:21.

Obra Progressiva

A santificação é uma obra progressiva. Os passos sucessivos são postos perante nós nas palavras de Pedro: "Reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." II Ped. 1:5-8. "Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." II Ped. 1:10 e 11.

Eis aqui um procedimento pelo qual podemos ter certeza de que jamais cairemos. Aqueles que estão assim trabalhando sobre o plano de adição em obter as graças cristãs, terão a certeza de que Deus operará de acordo com o plano de multiplicação, em assegurar-lhes os dons de Seu Espírito. Pedro assim se dirige àqueles que atingiram esta preciosa fé: "Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor." II Ped. 1:2. Pela graça divina todos aqueles que quiserem poderão galgar os brilhantes degraus da Terra ao Céu e, afinal, "com júbilo; e alegria eterna" (Isa. 35:10), passar através dos portais, para dentro da cidade de Deus.

Nosso Salvador requer para Si tudo que há em nós; pede nossos primeiros e mais puros pensamentos, nossa mais pura e mais intensa afeição. Se somos realmente participantes da natureza de Deus, Seu louvor estará continuamente em nosso coração e nossos lábios. Nossa única segurança está em entregar nosso tudo a Ele e em estar constantemente crescendo na graça e no conhecimento da verdade.

A Exclamação de Vitória de Paulo

O apóstolo Paulo fora altamente honrado por Deus, tendo sido arrebatado em visão ao terceiro Céu, onde contemplou cenas cujos esplendores não lhe foi permitido revelar. Contudo, isto não o levou ao orgulho ou confiança própria. Reconheceu a importância da constante vigilância e renúncia própria, e declara sinceramente: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." I Cor. 9:27.

Paulo sofreu por amor da verdade; e, contudo, não ouvimos nenhuma queixa de seus lábios. Ao rever sua vida de fadiga, e cuidado, e sacrifício, ele diz: "Para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." Rom. 8:18. Vem até nosso tempo a exclamação de vitória do fiel servo de Deus: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por Aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!" Rom. 8:35, 37-39.

Embora Paulo fosse afinal confinado a uma prisão romana - excluído da luz e ar do céu, isolado de sua obra ativa no evangelho, esperando a todo o momento ser condenado à morte - não se entregou à dúvida ou ao desespero. Daquela escura masmorra partiu seu testemunho antes da agonia, cheio de uma sublime fé e ânimo que têm inspirado o coração dos santos e mártires em todos os séculos subseqüentes. Suas palavras apropriadamente descrevem os resultados daquela santificação que temos desejado apresentar nestas páginas: "Eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amarem a Sua vinda." II Tim. 4:6-8.


Ellen White

Do livro Serviço Cristão - Pags 89 - 96

 

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O Plano da Salvação

 Ellen White         

              O Plano da Salvação

HR - Pag. 42 

O Céu encheu-se de tristeza quando se compreendeu que o homem estava perdido, que o mundo que Deus criara deveria encher-se de mortais condenados à miséria, enfermidade e morte, e não haveria um meio de livramento para o transgressor. A família inteira de Adão deveria morrer. Vi o adorável Jesus e contemplei uma expressão de simpatia e tristeza em Seu rosto. Logo eu O vi aproximar-Se da luz extraordinariamente brilhante que cercava o Pai. Disse meu anjo assistente: Ele está em conversa íntima com o Pai. A ansiedade dos anjos parecia ser intensa, enquanto Jesus Se comunicava com Seu Pai. Três vezes foi encerrado pela luz gloriosa que havia em redor do Pai; na terceira vez, Ele veio de Seu Pai, e podia ser visto. Seu semblante estava calmo, livre de toda perplexidade e inquietação, e resplandecia de benevolência e amabilidade, tais como não podem exprimir as palavras.

Fez então saber ao exército angelical que um meio de livramento fora estabelecido para o homem perdido. Dissera-lhes que estivera a pleitear com Seu Pai, oferecera-Se para dar Sua vida como resgate e tomar sobre Si a sentença de morte, a fim de que por meio dEle o homem pudesse encontrar perdão; que, pelos méritos de Seu sangue, e obediência à lei divina, ele poderia ter o favor de Deus, e ser trazido para o belo jardim e comer do fruto da árvore da vida.

A princípio, os anjos não puderam regozijar-se, pois seu Comandante nada escondeu deles, mas desvendou-lhes o plano da salvação. Jesus lhes disse que ficaria entre a ira de Seu Pai e o homem culpado, que Ele enfrentaria a iniqüidade e o escárnio, e que poucos, apenas, O receberiam como o Filho de Deus. Quase todos O odiariam e rejeitariam. Ele deixaria toda a Sua glória no Céu, apareceria na Terra como homem, humilhar-Se-ia como homem, familiarizar-Se-ia pela Sua própria experiência com as várias tentações com que o homem seria assediado, a fim de que pudesse saber como socorrer os que fossem tentados. Finalmente, depois de cumprida Sua missão como ensinador, seria entregue nas mãos dos homens, e suportaria quantas crueldades e sofrimentos Satanás e seus anjos pudessem inspirar ímpios homens a infligir. Ele morreria a mais cruel das mortes, suspenso entre o céu e a terra, como um pecador criminoso. Sofreria terríveis horas de agonia, as quais nem mesmo os anjos poderiam contemplar, mas esconderiam seu rosto dessa cena. Ele suportaria não apenas agonia física mas também mental, com que o sofrimento físico de nenhuma maneira se poderia comparar. O peso dos pecados do mundo inteiro estaria sobre Ele. Disse-lhes que morreria, e ressuscitaria no terceiro dia, e ascenderia a Seu Pai para interceder pelo homem perdido e culposo.

Um Meio de Salvação

Os anjos prostraram-se diante dEle. Ofereceram suas vidas. Jesus lhes disse que pela Sua morte salvaria a muitos; que a vida de um anjo não poderia pagar a dívida. Sua vida unicamente poderia ser aceita por Seu Pai como resgate pelo homem. Jesus também lhes disse que teriam uma parte a desempenhar - estar com Ele, e fortalecê-Lo em várias ocasiões. Que Ele tomaria a natureza decaída do homem, e Sua força não seria nem mesmo igual à deles. E seriam testemunhas de Sua humilhação e grandes sofrimentos. E, ao testemunharem Seus sofrimentos e o ódio dos homens para com Ele, agitar-se-iam pelas mais profundas emoções e, pelo seu amor para com Ele, desejariam livrá-Lo, libertá-Lo de Seus assassinos; mas que não deveriam intervir para impedir qualquer coisa que vissem; e que desempenhariam uma parte em Sua ressurreição; que o plano da salvação estava ideado, e Seu Pai aceitara esse plano.

Com santa tristeza Jesus consolou e animou os anjos, e os informou de que, dali em diante, aqueles que Ele remisse estariam com Ele, e com Ele sempre morariam; e que pela Sua morte resgataria a muitos, e destruiria aquele que tinha o poder da morte. E Seu Pai Lhe daria o reino e a grandeza do reino sob todo o Céu, e Ele o possuiria para todo o sempre. Satanás e os pecadores seriam destruídos para nunca mais perturbarem o Céu, ou a nova Terra purificada. Jesus ordenou que o exército celestial se conformasse com o plano que Seu Pai aceitara, e se regozijassem de que o homem decaído de novo pudesse ser exaltado mediante a Sua morte, a fim de obter o favor de Deus e desfrutar o Céu.

Então, a alegria, inexprimível alegria, encheu os Céus. E o exército celestial cantou um cântico de louvor e adoração. Tocaram harpas e cantaram em tom mais alto do que o tinham feito antes, pela grande misericórdia e condescendência de Deus, entregando o Seu mui amado para morrer por uma raça de rebeldes. Derramaram-se louvor e adoração pela abnegação e sacrifício de Jesus; por consentir Ele em deixar o seio de Seu Pai e optar por uma vida de sofrimento e angústia, e morrer uma morte ignominiosa a fim de dar Sua vida por outros.

Disse meu anjo assistente: Pensas que o Pai entregou Seu mui amado Filho sem esforço? Não, absolutamente. Foi mesmo uma luta, para o Deus do Céu, decidir se deixaria o homem culpado perecer, ou se daria Seu amado Filho para morrer por ele. Os anjos estavam tão interessados na salvação do homem que se podiam encontrar entre eles os que deixariam sua glória e dariam a vida pelo homem que ia perecer. Mas, disse o anjo, isto nada adiantaria. A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não pagaria a dívida. Nada, a não ser a morte e intercessão de Seu Filho, pagaria essa dívida, e salvaria o homem perdido da tristeza e miséria sem esperanças.

Mas foi aos anjos designada a obra de subirem e descerem com bálsamo fortalecedor, trazido da glória, a fim de mitigar ao Filho do homem os Seus sofrimentos, e ministrar-Lhe. Seria também sua obra proteger e guardar os súditos da graça contra os anjos maus e contra as trevas que constantemente Satanás arremessa em redor deles. Vi que era impossível a Deus alterar ou mudar Sua lei, para salvar o homem perdido, e que ia perecer; portanto, Ele consentiu em que Seu amado Filho morresse pela transgressão do homem.

Satanás de novo regozijou-se com seus anjos de que, ocasionando a queda do homem, pudesse ele retirar o Filho de Deus de Sua exaltada posição. Disse a seus anjos que, quando Jesus tomasse a natureza do homem decaído, poderia derrotá-Lo, e impedir a realização do plano da salvação.

Foi-me então mostrado Satanás como havia sido: um anjo feliz e elevado. Em seguida, ele foi-me mostrado como se acha agora. Ainda tem formas régias. Suas feições ainda são nobres, pois é um anjo, ainda que decaído. Mas a expressão de seu rosto está cheia de ansiedade, cuidados, infelicidade, maldade, ódio, nocividade, engano e todo mal. Aquele semblante que fora tão nobre, notei-o particularmente. Sua fronte, logo acima dos olhos, começava a recuar. Vi que ele se havia degradado durante tanto tempo que toda boa qualidade se rebaixara, e todo mau traço se desenvolvera. Seu olhar era astuto e dissimulado, e mostrava grande penetração. Sua constituição era ampla; mas a carne lhe pendia frouxamente nas mãos e no rosto. Quando o vi, apoiava o queixo sobre a mão esquerda. Parecia estar em profundos pensamentos. Tinha um sorriso no rosto, o qual me fez tremer, tão cheio de maldade e dissimulação satânica era ele. Este sorriso é o que ele tem precisamente antes de segurar sua vítima; e, ao fixá-la em sua cilada, tal sorriso se torna horrível. Primeiros Escritos, págs. 150-153.

Em humilde e inexprimível tristeza, Adão e Eva deixaram o aprazível jardim onde tinham sido tão felizes antes de sua desobediência aos mandamentos de Deus. A atmosfera estava mudada. Não era mais invariável como antes da transgressão. Deus vestiu-os com roupas de pele para protegê-los da sensação de frio e calor a que estavam expostos.

A Imutável Lei de Deus

Todo o Céu pranteou como resultado da desobediência e queda de Adão e Eva, a qual trouxe a ira de Deus sobre a raça humana. Foram cortados da comunicação com Deus e precipitados em desesperadora miséria. A lei de Deus não podia ser mudada para atender às necessidades humanas, pois no planejamento divino ela jamais iria perder a sua força nem dispensar a mínima parte de seus reclamos.

Os anjos de Deus foram comissionados a visitar o decaído par e informá-los de que, embora não pudessem mais reter a posse de seu estado santo, seu lar edênico, por causa da transgressão da lei de Deus, seu caso não era, contudo, sem esperança. Foram então informados de que o Filho de Deus, que conversara com eles no Éden, fora tocado de piedade ao contemplar sua desesperada condição, e que voluntariamente tomara sobre Si a punição devida a eles, e morreria para que o homem pudesse viver, mediante a fé na expiação que Cristo propôs fazer por ele. Mediante Cristo, a porta da esperança estava aberta, para que o homem, não obstante seu grande pecado, não ficasse sob o absoluto controle de Satanás. A fé nos méritos do Filho de Deus elevaria o homem de tal maneira que ele poderia resistir aos enganos de Satanás. Um período de graça ser-lhe-ia concedido pelo qual, mediante uma vida de arrependimento e fé na expiação do Filho de Deus, ele pudesse ser redimido de sua transgressão da lei do Pai, e assim ser elevado a uma posição em que seus esforços para guardar Sua lei fossem aceitos.

Os anjos relataram-lhes a tristeza que sentiram no Céu, quando foi anunciado que eles tinham transgredido a lei de Deus, o que tornou necessário que Cristo fizesse o grande sacrifício de Sua própria preciosa vida.

Quando Adão e Eva compreenderam quão exaltada e sagrada era a lei de Deus, cuja transgressão fez necessário um dispendioso sacrifício para salvá-los e a sua posteridade da ruína total, pleitearam sua própria morte, ou que eles e sua posteridade fossem deixados a sofrer a punição de sua transgressão, de preferência a que o amado Filho de Deus fizesse este grande sacrifício. A angústia de Adão aumentou. Viu que seus pecados eram de tão grande magnitude que envolviam terríveis conseqüências. Seria possível que o honrado Comandante celestial, que tinha andado com ele e com ele conversado quando de sua santa inocência, a quem os anjos honravam e adoravam, seria possível que Ele tivesse de Se rebaixar de Sua exaltada posição para morrer por causa da transgressão dele?

Adão foi informado de que a vida de um anjo não podia pagar o seu débito. A lei de Jeová, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra, era tão sagrada como Ele próprio; e por esta razão a vida de um anjo não podia ser aceita por Deus como sacrifício por sua transgressão. Sua lei é mais importante a Seus olhos, do que os santos anjos ao redor de Seu trono. O Pai não podia abolir nem mudar um preceito de Sua lei para socorrer o homem em sua condição perdida. Mas o Filho de Deus, que em associação com o Pai criara o homem, podia fazer pelo homem uma expiação aceitável a Deus, dando Sua vida em sacrifício e enfrentando a ira de Seu Pai. Os anjos informaram a Adão que, assim como sua transgressão tinha produzido morte e infelicidade, vida e imortalidade seriam produzidas mediante o sacrifício de Jesus Cristo.

Uma Visão do Futuro

A Adão foram revelados importantes eventos futuros, de sua expulsão do Éden ao dilúvio, e progressivamente até o primeiro advento de Cristo sobre a Terra; Seu amor por Adão e sua posteridade levaria o Filho de Deus a condescender em tomar a natureza humana, e assim elevar, mediante Sua própria humilhação, todos aqueles que nEle cressem. Tal sacrifício era de suficiente valor para salvar o mundo inteiro; mas apenas uns poucos se beneficiariam da salvação a eles levada por tão maravilhoso sacrifício. Muitos não se satisfariam com as condições requeridas deles para serem participantes de Sua grande salvação. Eles prefeririam o pecado e transgressão da lei de Deus ao arrependimento e obediência, confiando pela fé nos méritos do sacrifício oferecido. Esse sacrifício era de tão infinito valor que tornava o homem que dele se prevalecesse, mais precioso do que o ouro fino, mais precioso mesmo que uma peça de ouro de Ofir.

Adão foi transportado através de sucessivas gerações e viu o incremento do crime, da culpa e degradação, porque o homem render-se-ia às sua fortes inclinações naturais para transgredir a santa lei de Deus. Foi-lhe mostrada a maldição de Deus caindo cada vez mais pesadamente sobre a raça humana, sobre os animais e sobre a Terra, por causa da contínua transgressão do homem. Viu que a iniqüidade e a violência aumentariam constantemente; contudo em meio a toda maré da miséria e infortúnio humanos, existiram sempre uns poucos que preservariam o conhecimento de Deus e permaneceriam imaculados em meio à degeneração moral prevalecente. Adão foi levado a compreender o que o pecado é: transgressão da lei. Foi-lhe mostrado que a degenerescência moral, mental e física seria para a raça o resultado da transgressão, até que o mundo se enchesse com de toda espécie de miséria humana.

Os dias do homem foram encurtados por seu próprio curso de pecados na transgressão da justa lei de Deus. A raça foi afinal tão grandemente rebaixada que pareceu inferior e quase sem valor. Os homens foram em geral incapazes de apreciar o mistério do Calvário, os grandes e elevados fatos da expiação, e o plano da salvação, por causa da condescendência da mente carnal. Contudo, não obstante a debilidade e enfraquecimento do poder mental, moral e físico da raça humana, Cristo, fiel ao propósito pelo qual deixara o Céu, mantém o interesse pelos fracos, desvalidos e degenerados espécimes de humanidade, e convida-os a ocultar nEle suas fraquezas e grandes deficiências. Se vierem a Ele, Ele suprirá todas as suas necessidades.

A Oferta Sacrifical

Quando Adão, de acordo com as especiais determinações de Deus, fez uma oferta pelo pecado, isto foi para ele a mais penosa cerimônia. Sua mão devia levantar-se para tirar a vida, que somente Deus podia dar, e fazer uma oferta pelo pecado. Pela primeira vez teria de testemunhar a morte. Ao olhar para a vítima ensangüentada, contorcendo-se nas agonias da morte, ele devia contemplar pela fé o Filho de Deus, a quem a vítima prefigurava, e que devia morrer em sacrifício pelo homem.

Esta oferta cerimonial, ordenada por Deus, devia ser para Adão uma perpétua recordação de sua culpa, e também um penitente reconhecimento de seu pecado. Esse ato de tirar a vida deu a Adão um profundo e mais perfeito senso de sua transgressão, que nada menos que a morte do amado Filho de Deus podia expiar. Maravilhou-se ante a infinita bondade e incomparável amor que podia dar tal resgate para salvar o culpado. Ao matar Adão a inocente vítima, pareceu-lhe estar derramando o sangue do Filho de Deus por sua própria mão. Sabia que se tivesse permanecido firme em Deus e leal à Sua santa lei não teria existido a morte de animais nem de homens. Todavia, nas ofertas sacrificais, que apontavam para a grande e perfeita oferta do amado Filho de Deus, aparecia a estrela da esperança para iluminar o escuro e terrível futuro e aliviá-los desta completa desesperança e ruína.

No começo, o chefe de cada família era considerado governador e sacerdote de sua própria casa. Depois, ao multiplicar-se a raça sobre a Terra, homens divinamente apontados realizavam esse solene culto de sacrifício pelo povo. O sangue dos animais devia ser associado na mente dos pecadores com o sangue do Filho de Deus. A morte da vítima devia evidenciar a todos que o castigo do pecado era a morte. Pelo ato do sacrifício o pecador reconhecia sua culpa e manifestava sua fé, olhando para o grande e perfeito sacrifício do Filho de Deus, que as ofertas de animais prefiguravam. Sem a expiação do Filho de Deus não poderia haver comunicação de bênçãos ou salvação de Deus ao homem. Deus tinha zelo pela honra de Sua lei. A transgressão desta lei causou uma terrível separação entre Deus e o homem. A Adão em sua inocência fora assegurada comunhão, direta, livre e feliz, com seu Criador. Depois de sua transgressão, Deus Se comunicaria com o homem mediante Cristo e os anjos.


História da Redenção 42 - 51

quinta-feira, 19 de maio de 2022

NEGLIGENCIANDO A SALVAÇÃO

 

NEGLIGENCIANDO A SALVAÇÃO

                                                  HEBREUS 2:1-3

 

Deus é Todo-Poderoso, tudo vê, tudo conhece, sabe nosso nome, nosso andar, falar.

Conhece todas as questões, sabe todas as respostas, nada há escondido que Deus não saiba.

No entanto, há uma pergunta que Deus não pode responder.

Não pode responder não porque não saiba, mas porque iria contra a sua natureza, se ele a respondesse. A natureza de Deus é dar total liberdade ao homem e Deus não interfere na nossa liberdade.

Portanto, a pergunta que Deus não pode responder está no verso 3: “Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação? 

Esta é a pergunta que Deus não pode responder, porque somos nós que temos que responde-la.

Eu e você, mais cedo ou mais tarde, nos defrontaremos com esta pergunta na nossa vida e a nossa atitude em relação a ela determinada nossa resposta.

Como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação?

Precisamos avaliar o preço da nossa salvação, o tamanho exato do sacrifício de Cristo na cruz, depois olharmos aceitando ou negligenciando esta salvação.

Caso haja negligência da nossa parte, em relação a esta tão grande salvação, que foi paga para preço tão alto, fica a pergunta:

Como escaparemos?

Há duas maneiras diferentes de neglligenciarmos esta salvação:

1.    Procurando nos salvar por nós mesmos. Querendo fazer alguma coisa para pagarmos esta salvação que nos é oferecida de Graça.

Efésios 2:8 e 9

Muitos estão desprezando esta tão grande salvação, porque acreditam que são salvos porque são bons, porque fazem boas obras, são esmolas ou tratam bem seus parentes e cumprem seus negócios em dia. Nada disto compra a salvação. Ninguém será salvo poruqe é bom, mas porque Cristo nos oferece gratuitamente, seus méritos. Sua vida em meu lugar é o único meio de salvação. Achar que será salvo poque é caridoso e honesto, é despresar a salvação em Cristo.

E como escaparemos?

Peregrinações?

Esmolas?

Promessas?

Mortificações?

Nenhuma dessas coisas. Boas obras não tem nenhum valor para nossa salvação. 

Isaías 64:6 

Este é o valor da nossa justiça: nada. 

Ilustração

Querer pagar um carro com um real.

Isto é um acinte, uma afronta.

2.    A segunda maneira de desprezar a salvação é desprezando a santa lei de Deus.

Muitos dizem:

‘Somos salvos pela graça, não precisamos mais guardar as leis. Fomos isentos, estamos ‘livres’.

E esquecem de que quem despreza a Lei de Deus, está desprezando a salvação e “como escaparemos”?

Fomos salvos do pecado, e não para o pecado.

Quem despreza a lei de Deus, deseja viver em pecado e “negligenciar esta tão grande salvação”.

Que é pecado?    I João 3:4

Desprezar a Lei de Deus, é colocar por terra todo o plano da salvação. É ir contra a própria igreja de Cristo. E desprezar todo o sistema da nossa salvação.

Suponhamos que a Lei foi abolida. Já não é mais necessária.

O que acontece?

Romanos 4:15 e 5:13

Se a lei foi abolida como alguns afirmam, já não há mais pecado (riscar o pecado), se o pecado não existe para que serve a graça? (riscar a graça). Sem graça pra que Jesus? (riscar o Jesus). Sem Jesus o evangelho perde o valor (riscar o evangelho), e o pregador fica sem ter o que fazer (riscar o pregador) e a igreja perde a função.

Desprezar a Lei é desprezar o próprio Cristo, e menosprezar todo o plano da salvação “e como escaparemos se negligenciamos esta tão grande salvação?”.

Só valorizamos a salvação que Cristo nos oferece, se aceitamos a Cristo e obedecemos seus mandamentos.

I João 2:3,4

Tiago 2:10

Romanos 7:12 e 3:31

Portanto para valorizarmos esta tão grande salvação precisamos:

1.    Confiar em Cristo como nosso salvador. Saber que nossa salvação não é resultado das nossas “boas obras”, mas o resultado da vida de Cristo em nosso lugar.

2.    E guardarmos a Lei de Deus não para nos salvar, mas porque fomos salvos. Nossa obediência será o resultado da nossa salvação.

Nosso respeito à lei de Deus é nosso reconhecimento de que fomos salvos. E quem despreza a Lei de Deus, despreza todo plano da salvação.

E que nunca nos aconteça isso pois “como escaparemos”?

domingo, 20 de junho de 2021

A Parábola da Grande Ceia

 Pr. Manoel Barbosa da Silva

         A PARÁBOLA DOS CONVIDADOS 

              Mateus 22: 1-14

 

Jesus tinha por característica a simplicidade. Seus ensinos eram desconcertantes, tanto pelo conteúdo, como pela clareza com que eram apresentados. Geralmente despertavam dois tipos de reações:

Ou o ouvinte aceitava com alegria, ou ficava furioso e os rejeitava.

Não dava para ficar neutro.

Por isto ele foi muito criticado e perseguido, porque dizia verdades tão claras e diretas, que todos compreendiam e aqueles que não queriam mudar de vida ficavam aborrecidos por não terem argumentos para o contestar.

E ainda é assim.

Muitos ao ouvirem e compreenderem os ensinos de Cristo, como não querem mudar de vida, ficam furiosos e os rejeita, enquanto outros, entendem e os aceitam com alegria.

O método preferido usado por cristo para ensinar era através de parábolas.

Porem ele usava ilustrações simples, coisas do dia a dia, símbolos da natureza, ou temas familiares aos ouvintes, para que todos pudessem entender com facilidade.

Nesta parábola ele conta a historia de um Rei, que no casamento do filho, resolveu dar um banquete. E convidou os nobres da corte.

Pelo que se dar para perceber era que o Rei era boa pessoa e tratava os seus súditos com liberdade e sem opressão. Caso contrario, eles não teriam rejeitado o convite, pois temeriam uma represália, mas como o rei não era de perseguir ninguém, eles se sentiram livres para rejeitar o convite.

Tinha outros compromissos, portanto não foram à festa do Rei.

Um comprou uma fazenda, foi recebe-la

Outro comprou 5 juntas de boa, foi experimentá-las

O outro casou e saiu em lua de mel

Como acontece hoje, se Deus derramasse um castigo em todos os que o rejeitam, as igrejas estariam todas lotadas, não por amor más por medo.

Como Deus trata a todos com amor, e não castiga ninguém, muitos se sentem à vontade para fazer como fez aqueles súditos da parábola.

Desprezam o convide do Rei do universo.

A desculpa é falta de tempo. “Sei que a igreja é certa, mas não tenho tempo de frequenta-la”, dizem.

Quando a festa estava pronta, muitos animais já haviam sido abatidos, muita comida preparada, o Rei enviou os criados chamar os convivas, porem eles não atenderam.

E aquele convite despertou dois tipos de reações:

Alguns rejeitaram, mas não ficaram aborrecidos. Foram cuidar dos seus compromissos particulares.

Um foi cuidar da roça, outro, cuidar dos bois e outro saiu em lua de mel.

E assim cada um arranjou uma desculpa.

Porém outros além de rejeitarem o convite, ficaram furiosos com os mensageiros e passaram a maltratá-los a ponto de matarem alguns deles e espancarem os demais.                                                       

Ainda é assim. Os que hoje ouvem o convite do evangelho, geralmente têm uma dessas duas reações:

Ou ficam indiferentes, ou desprezam a ponto de maltratar o mensageiro.

É comum ouvir pessoas criticando os pregadores, e professando ter ódio de quem prega a palavra de Deus. Dizem:

“Crente chato. Fica insistindo com essa história de aceitar Jesus”

Ao passo que outros ouvem com alegria e aceitam a Cristo.

Quando o rei ficou sabendo que seu convite foi rejeitado perdeu a paciência e tomou uma atitude drástica.

Mandou matar todos aqueles assassinos e incendiou suas casas. Mat. 22: 6,7

Porem não cancelou a festa. O convite agora foi estendido ao povo comum.

Mandou chamar a qualquer um que encontrasse. Maus e bons e sala do banquete ficou repleta.

Lucas 14:21 cegos, aleijados, pobres, coxos, maus, e bons

A Roupa

O Rei sabia que dando oportunidade ao povo comum, este não teria roupa adequada para ir ao banquete, por isto providenciou roupa de festa para todos.

Roupa de graça, assim como era de graça aquela festa.

Convidado do contra

Um dos convivas foi à festa, más resolveu ir do jeito dele.

O convite ele aceitou, mas não quis usar aquela roupa, afinal ele tinha sua própria roupa e não estava acostumado a usar roupa diferente da que era acostumado.

Talvez tenha posto um esporte fino, uma boa calça social de marca, uma camisa bonita, um bom par de sapatos desses de ultima geração, e foi a festa pensando que lá estaria arrasando, e demonstrando a todos que tinha personalidade, e que não era como os demais.

Podia criar seu próprio estilo. Podia ser diferente, não queria ser “maria vai com as outras”, precisava quebrar aquele paradigma, modernizar aquela festa.

        Foi o alvo da atenção de todos. Apareceu.

E logo foi visto pelo dono da festa que o chamou e perguntou: amigo, como entrou aqui sem roupa de casamento?

Que atrevimento é este? Quer por acaso pôr regras em minha casa? 

  .... Então o Rei chamou os seguranças, e ordenou. Amarrai-o e lançai-o na escuridão e ali haverá choro e ranger de dentes. Mat. 22:13

Porque muitos são chamados e poucos escolhidos.

Aplicações

Esta parábola ainda permaneça atual. Deus continua chamando pessoas para a festa das bodas do seu filho.

Essa parábola é um convite de amor

- O noivo -  é Jesus

- A noiva -  a cidade Santa. Também sua igreja. Com. Bíblico Adventista Vol. 7

- Os convidados – Somos nós. A sua igreja

“Pela grande ceia, Cristo representa as bênçãos oferecidas pelo evangelho. A provisão é nada menos que o próprio Cristo” PJ. 222

- A festa é o dia que ele virá. O grande e esperado dia da volta de Jesus, para trazer o galardão aos que o aceitarem

Outra Lição

‘A parábola das bodas apresenta-nos uma lição da mais elevada importância. Pelas bodas é representada a união da humanidade com a divindade;

- A Veste Nupcial - simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno para as bodas’. PJ

A este convite só tem duas alternativas, aceitar ou rejeitar. Quem aceitar será bem tratado e receberá as roupas adequadas para entrar na festa quem rejeitar será morto e a casa destruída.

Judeus

A aplicação primeira, tem a ver com os judeus

Ellen White diz:

“Nesta parábola, como na da grande ceia, são ilustrados o convite do evangelho, sua rejeição pelo povo judeu e o convite da graça aos gentios. Esta parábola, porém, apresenta-nos maior ofensa da parte dos que rejeitam o convite, e juízo mais terrível.

 O chamado para o banquete é um convite real.

Procede de alguém que está investido de poder para ordenar.

Confere grande honra. Contudo esta é desapreciada.

A autoridade do rei é menosprezada. Ao passo que o convite do pai de família é considerado com indiferença, o do rei é recebido com insulto e morte.

Trataram seus criados com escárnio e desprezo e os mataram.

O pai de família, vendo repelido o seu convite, declarou que nenhum dos convidados provaria a ceia. “Contra os que ofenderam o rei foi decretada mais que a exclusão de sua presença e de sua mesa”. "Enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade. Mat. 22:7.

Diz mais:

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, as relações conjugais são empregadas para representar a terna e sagrada união que existe entre Cristo e Seu povo. Ao espírito de Jesus, a alegria das bodas apontava ao regozijo daquele dia em que levará Sua esposa para o lar do Pai, e os remidos juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro. Diz Ele: "Como o noivo se alegra da noiva, assim Se alegrará de ti o Teu Deus." "Nunca mais te chamarão desamparada,... mas chamar-te-ão: O Meu prazer está nela; ... porque o Senhor Se agrada de ti." Isa. 62:5 e 4. "Ele Se deleitará em ti com alegria; calar-Se-á por Seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo." Sof. 3:17. Ao ser concedida ao apóstolo João uma visão das coisas celestiais, escreveu ele: "E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia: pois já o Senhor Deus todo-poderoso reina. Regozijemos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua esposa se aprontou." "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." Apoc. 19:6, 7 e 9.

                                O Desejado de Todas as Nações Pag. 151

Para quem não compreende a palavra de Deus, ou para quem não quer viver os seus ensinos, dizer isto é motivo de desgosto, ou mesmo de reprovação.

Muitos não gostam de ouvir, que quem não aceitar a Jesus estar perdido, mais é a verdade.

Os “politicamente corretos” dizem:

“Você não pode dizer que quem não aceita Jesus estar perdido”

“Ninguém pode julgar”

Com esta parábola Jesus deixou bem claro que só há uma saída para viver. Aceitar o convite.

Os que rejeitaram o convite do rei ele enviou o exercito e matou a todos e pôs fogo nas casas deles.

Os que rejeitarem a Cristo da mesma forma serão destruídos, pois ele mesmo disse: ‘o reino dos céus é semelhante ao rei da parábola’.

E o dia da destruição esta perto. Breve este mundo deixara de existir, e todos os que rejeitaram o convite do evangelho serão destruídos.

Esta parábola também se refere a rejeição que os judeus fizeram de Cristo, e por isto receberam o devido castigo.

Quando Jesus contou esta parábola ele o fez, na esperança que os que lhe ouviam entendessem a mensagem e se convertessem, mas ao contrario eles fizeram pouco caso, não atentaram para a mensagem e pagaram muito caro por isto.

O convite para o banquete foi transmitido pelos discípulos de Cristo. Nosso Senhor enviou os doze, e depois os setentas, proclamando que era chegado o reino de Deus, e convidando os homens a arrependerem-se e crerem no evangelho. O convite não foi atendido, porém. Os convidados para irem à festa não compareceram. Mais tarde os servos foram enviados com a mensagem: "Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas." Mat. 22:4.

Esta foi a mensagem levada à nação judaica depois da crucifixão de Cristo; mas a nação, que se arrogava de ser o povo peculiar de Deus, rejeitou o evangelho a eles levado no poder do Espírito Santo. Muitos fizeram isso da maneira mais insolente.

Outros ficaram tão exasperados com o oferecimento da salvação, e perdão por terem rejeitado o Senhor da glória, que se voltaram contra os mensageiros.

Houve "uma grande perseguição". Atos 8:1.

Muitos homens e mulheres foram lançados na prisão, e alguns dos portadores da mensagem do Senhor, como Estevão e Tiago, foram mortos.

Assim o povo judeu selou sua rejeição da misericórdia de Deus. PJ

Outra lição

Outra lição da parábola é que não devemos levar a vida jeito que achamos melhor, mas da maneira que Deus ordena.

Nossas ideias não são melhores que as de Deus, nem nossos planos melhores que os seus.

A vida não é como eu acho, más como Ele deixou escrito. Não é com as nossas roupas que entraremos na festa, mais com as roupas que ele nos oferece.

Convite e regras, ou normas de conduta

Muitos deixarão de entrar no reino de Deus, porque aceitam o convite sem aceitar as regras, querem participar do banquete, mas do seu jeito, com suas próprias roupas, vem para a festa já com o intuito de revolucionar tudo.

Tem muita coisa errada, e tem que ser mudado. Dizem.   Chamam de “quebrar paradigmas”

Dizem mais ainda:

“Se não mudamos essas regras, o povo não se converte”.

“O tempo mudou. As regras devem ser mudadas também”.

“Se quisermos ganhar pessoas para Jesus, não devemos ser tão conservadores. Precisamos ser mais liberais”

“Se A porta for estreita assim, ninguém vai entrar por ela”

“Se apertarmos demais, o caminho, o povo volta, sai todos da igreja”

Mateus 7: 13, 14

Dizem mais,

“Essa história de porta estreita, era naquele tempo. Hoje, se não afrouxar um pouco, não fica ninguém”.

 É assim que muitos pensam. É assim que muitos estão fazendo

Querem uma igreja que seja do gosto deles. Do jeito deles

Vem para a igreja e questionam tudo.

Por que não pode usar batom?

Por que não pode usar joias?

Por que não posso usar o meu cabelo do jeito que eu quero?

Porque usar esta roupa, se pode usar outra diferente?

Por que agir assim e não de outra maneira?

Porque enviar os dízimos para a associação se há necessidade dele aqui?

Por que não posso usar essa música, ou esse instrumento?

Por que agir dessa forma, e não de forma diferente?

Por quê?  Por quê?  Por quê?

Esquecem que as normas da igreja foram estabelecidas por Deus, e só ele pode alterá-las.

Temos que seguir as normas do dono da festa, e essas normas estão na Bíblia e nos escritos do Espírito de Profecia


Justiça Própria

Outra lição que ainda aprendemos dessa parábola é que não entraremos no céu com a roupa da nossa justiça própria.

A roupa de festa representa a justiça de Cristo que ele nos oferece de graça.

As nossas roupas representam as nossas justiças e elas não tem poder para nos qualificar ao céu.

‘Porque pela graça sois salvos por meio da fé, e isto não vem de vós é dom de Deus, não vem das obras para que ninguém se glorie’. Efe. 2: 8,9.

Há ainda a lição dos servos que foram dar o recado.

O que teria acontecido se eles não houvessem cumprido a tarefa?

O que faria o senhor com eles, sendo que não hesitou em matar os convivas que o rejeitaram?

Isto nos lembra que Deus espera que cada um de nós cumpra nossa parte em dar a mensagem ao mundo.

Se deixarmos de cumprir nossa missão e alguém vir a perecer por negligencia nossa, se cumprirá em nós o que esta escrito em Ezequiel 3: 17-19.

Há mais uma lição a aprender.

Na festa do Rei há os maus e os bons.

Ele convidou a todos, a todos é dada a oportunidade, seja quem for que o aceitar será bem-vindo.

Portanto nunca devemos esperar encontrar na festa do Rei só os bons e honestos, por o Rei convidou a todos. Na festa há joio e trigo

Em conclusão fica as seguintes lições:

l. A parábola é demonstração do amor de Deus. Deus nos ama, Deseja nos salvar.

Enviou seu filho para morrer por nós, e mandará ele de volta para nos buscar

2. Para ser salvo tem que aceitar o convite. Quem não aceitar será morto, e nada ficara da sua propriedade.

É duro de acreditar, porem esta é a realidade. Ou aceita ou morre. Marcos 15: 15, 16

"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo, quem não crer, será condenado"

Desculpas de: não tenho tempo, meu emprego não permite, minha família não aceita, casei agora e minha esposa é contra, nada disse convence

Jesus disse: “Quem ama pai ou mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim. Mat. 10: 37

3. E quem aceitar o convite terá que aceitar as normas do dono da casa. Tem que vestir a roupa que ele oferece. Caráter puro.

          Quando alguém se rebela contra as normas da igreja, está demonstrando que o seu caráter esta manchado, manchado com o orgulho, ou vaidade, ou rebeldia, espírito de mundanismo, etc

4. A porta é estreita e o caminho apertado

Não podemos quebrar paredes, para deixar a porta mais larga, nem passar um trator no caminho, para deixa-lo mais largo.

5. Além da porta ser estreita e o caminho apertado, ainda temos que carregar uma cruz. Mat. 10: 38

6. Tem mais um detalhe para entrar nessa festa.

           Não deixar a lamparina apagar

Jesus em outra parábola, contou de cinco moças que dormiram enquanto esperavam a festa, e ficaram de fora

7. Cuidar dos pobres e desemparados que encontrar na estrada. Mat. 25: 31, 33 –

8. Se for preciso deixar pai e mãe, parentes e amigos. Se estes te atrapalham, deixa-os

Resumo

Para ser salvo é necessário:

a) Além da obrigação aceitar o convite, ou aceita ou morre,

b) Temos de seguir as normas do dono da festa, ou seja, vestir a roupa da casa. Ter um caráter puro.

c) passar por uma porta estreita

d) Andar por um caminho apertado

e) não deixar a lâmpada apagar

f) Cuidar  do pobres da estrada

Pensa que é fácil?

O que nos alegra é que é de graça o banquete, como também a roupa a ser usada no mesmo, é gratis, e a promessa é verdadeira.

 Logo Jesus voltará para nos levar com ele.

Quando estão dispostos a aceitar o convite?

Quem deseja entrar nessa festa e participar deste banquete? 

“E o espírito e a noiva dizem vem. E o que ouve diga vem. e quem tiver sede diga venha. E quem quiser receba de graça a água da vida”. Apo. 22: 17.

Postagens de Destaque