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terça-feira, 13 de maio de 2014

Testemunhas de Jeová Estudo - N° 4 - Terceira parte


Azenilto G. Brito


V – QUERENDO “TAPAR O SOL COM A PENEIRA”


1. Há um importante achado arqueológico guardado no Museu de Berlim Oriental que merece análise cuidadosa e constitui a refutação das teses cronológicas da Torre de Vigia pela Astronomia:

A) O tablete chamado V.A.T. 4956, com texto cuneiforme do tempo de Babilônia, esboça as posições dos corpos celestes por doze meses, e inclui um eclipse, dados que podem ser facilmente cotejados com os calendários até cobrir nossa época.

B) Tal documento declara que foi no 37º ano de regência de Nabucodonosor que se deu o eclipse registrado.

Obs.: Diz um pesquisador sobre esse documento arqueológico da maior importância: “As posições dos corpos celestes naquele período de tempo podem ser identificadas precisamente sendo de abril de 568 a abril de 567 A.C. Os detalhes dados reocorreriam em apenas 40.000 anos”. E. B. Price, Our Friends: The Jehovah’s Witnesses, pág. 25.

C) Ao visitar o Museu de Berlim, E. B. Price fez questão de tirar uma foto segurando o precioso documento arqueológico, e diz em seguida no seu livro de refutação das doutrinas e cronologia das “testemunhas”: “A Torre de Vigia tem tentado desacreditar este tablete, mas autoridades destacadas declaram que ele oferece amplas informações para torná-lo completamente confiável” (Ibid.).

D) Outro autor, Carl Olof Jonsson, um sueco que foi ancião por vários anos entre as “testemunhas” em seu país, conta como se interessou pelo assunto da cronologia e logo descobriu as contradições e problemas da “Cronologia Bíblica” da Torre de Vigia. Ele apresentou à sede da organização os problemas e dúvidas que sua pesquisa suscitara, apenas para sofrer a “cassação” por ter desafiado os ensinos tradicionais de sua religião. Em resultado, fez publicar o livro The Gentile Times Reconsidered [Reavaliação dos Tempos dos Gentios] contendo o material que reunira como fruto de suas pesquisas no campo da Arqueologia e História.

E) No segundo capítulo dessa excelente e erudita obra, o autor trata com a cronologia do período neo-babilônico onde apresenta irrefutável material histórico e arqueológico. Ao mencionar as antigas inscrições reais babilônicas, cita a lâmina cuneiforme Adda Guppi que os “cronólogos bíblicos” da Torre de Vigia se empenham em desacreditar no livro Aid to Bible Understanding [atualmente intitulado Insight on the Scriptures] págs. 326, 327 (Verbete “Cronologia”, subtítulo “Cronologia Babilônica”). O argumento da Torre de Vigia é que tal documento está muito fragmentado e as informações não são completas. Contudo, havia duplicatas dessa lâmina e outras mais não fragmentadas que confirmam os dados históricos e cronológicos tais como admitidos por TODOS os historiadores de gabarito, negando as datas infundadas da Torre de Vigia.

Obs.: De duas, uma: ou os pesquisadores da Torre de Vigia estavam desinformados de tais duplicatas e outros documentos paralelos, ou preferiram ignorar tais fatos.

F) Jonsson também discute o tablete V.A.T. 4956 oferecendo excelente prova de sua autenticidade e refutando as objeções contra a validade de tal documento que em desespero de causa a Torre de Vigia levanta para sustentar sua falsa cronologia sobre que se apoia a “data fundamental” de 1914.

2. Torcendo a história mais uma vez, eis outro fato embaraçoso para os “cronologistas” da “Sociedade”:

A) No livro Babylon the Great Has Fallen [Caiu a Grande Babilônia], pág. 134, ocorre a seguinte declaração seguida de menção de uma obra de pesquisa: “Por esta razão Nabucodonosor veio contra Jerusalém pela segunda vez, para punir o rei rebelde. Isso foi em 618 A.C.”.–Ver Harper’s Bible Dictionary, por M.S. e J. L. Miller, edição de 1952, pág. 306, vb. ‘Jehoaikim’”.

B) Contudo, quem se der ao trabalho de examinar o Harper’s Bible Dictionary na edição e página indicadas não encontrará a data 618 A.C. com referência ao acontecimento sugerido no livro da “Sociedade”, e sim outra data com diferença de quase 20 anos, que se harmoniza com os dados históricos para a desolação de Jerusalém admitidos pelos mais abalizados historiadores e arqueólogos. Mais manipulação de dados!

C) O livro Aid to Bible Understanding [atual Insight on the Scriptures, ou Estudo Perspicaz das Escrituras, em português] reconhece que Nabucodonosor reinou “quarenta e três anos” (pág. 1212). A Bíblia informa que ele destruiu Jerusalém no 19º ano de sua regência (II Reis 25:8-10). Dizem historiadores indicados pela própria Sociedade Torre de Vigia (ex.: Harper’s Bible Dictionary) que isso vai até 562 A.E.C. Assim, seu 19º ano seria 587/586 A.E.C. infalivelmente.

D) Comparando-se Caiu Babilônia, a Grande, págs. 183 e 184, e Toda Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa, pág. 139–rodapé [ambos da edição em inglês], que falam das regências de Amel-Marduk (sucessor de Nabucodonosor), de “2 anos”, Neriglissar, de “4 anos”, Labashi-Marduk, de “9 meses” e Nabonido, de “17 anos”, com a do último findando na “data absoluta” de 539 A.C., é só fazer as contas para apanhar a “Sociedade” em incrível erro: A partir da data reconhecida pela Torre de Vigia, 539 A.C. (o fim da regência do “último monarca supremo do Império Babilônico”–Aid do Bible Understanding, pág. 1195), a soma das regências leva, não ao ano 581 A.C., como requer a “cronologia bíblica” da Torre de Vigia, mas a 562 A.C., data do fim da regência de Nabucodonosor aceita pelos historiadores de gabarito. Senão, vejamos:

Amel-Marduk............................. 2 anos

Neriglissar.................................. 4 anos

Labashi-Marduk......................... 9 meses

Nabonido.................................... 17 anos

TOTAL....................................... 23 anos e 9 meses

Obs: Anos A.C. (ou A.E.C.) são somados para indicar o recuo dos anos a partir da data básica, e subtraídos para cálculo inverso.



E) Para chegar ao ano de ascensão de Nabucodonosor é simples: 539 + 23 = 562. Daí 562 + 43 = 605 (605 - 19 = 586).

Obs.: Detalhando a “fórmula matemática”–a partir do ano 539 (que a “Sociedade” aceita sem discussão para a queda de Babilônia, no que concorda com a história secular), somem-se os 23 anos e nove meses das regências dos últimos reis de Babilônia, após Nabucodonosor, até a queda do grande império, e se chega à data 562. A partir daí, somando-se os 43 anos de regência de Nabucodonosor, conclui-se que ele assumiu o trono em 605. Sendo que foi no seu 19º, como diz a Bíblia e confirma a Arqueologia, que ele desolou Jerusalém, isto nos leva a 586 A.C. Não há por onde escapar!

G) Mas o golpe mortal às teorias cronológica absurdas da Torre de Vigia vem de Raymond Franz, o próprio coordenador do verbete “Cronologia” do livro Aid to Bible Understanding, a obra de maior peso teológico da “Sociedade” (um dicionário bíblico enciclopédico, publicado em português sob o título, Estudo Perspicaz das Escrituras). Ele é nada menos do que o sobrinho do presidente mundial da seita de 1977 a 1992 e autor da tradução bíblica ‘Novo Mundo’, Frederick W. Franz (já falecido). Raymond Franz chegou a ser, durante nove anos, membro do Corpo Governante da Sociedade Torre de Vigia, organismo de máxima hierarquia daquela entidade, mas abandonou a organização e suas crenças desiludido, ao constatar a falta de fundamento bíblico e histórico de sua cronologia, e, consequentemente, de sua teologia. Eis como ele expõe o seu “drama de consciência” no livro que escreveu após deixar a “Sociedade”:

“Meses de pesquisa foram gastos sobre este assunto de ‘Cronologia’ que resultou no artigo mais longo da publicação ‘Aid’ [referência a Aid to Bible Understanding, atualmente Insight on the Scriptures, em português Estudo Perspicaz das Escrituras]. Muito do tempo foi gasto no esforço de encontrar alguma prova, algum respaldo na história, para a data tão crucial de 607 A.E.C. para nossos cálculos relacionados com 1914. Charles Ploeger, membro do staff da sede mundial, nesse tempo estava servindo como meu secretário e ele pesquisou nas bibliotecas da área de Nova Iorque qualquer coisa que pudesse substanciar aquela data historicamente.

“Não encontramos absolutamente nada em apoio a 607 A.E.C. Todos os historiadores apontavam para uma data vinte anos posterior. . . . Conquanto eu julgasse isso perturbador, desejava crer que nossa cronologia estava correta a despeito de toda a evidência em contrário. Assim, ao preparar o material para o livro ‘Aid’, muita parte do tempo e do espaço foi gasta em tentar diminuir a credibilidade da evidência arqueológica que tornaria errônea nossa data 607 A.E.C. e dava um ponto de partida diferente para nossos cálculos e, portanto, uma data de conclusão diferente de 1914. . . . Tal como um advogado que defronta evidência que não pode superar, meu esforço era desacreditar ou enfraquecer a confiança nos testemunhos da antiguidade que apresentavam tais evidências, a evidência de textos históricos relacionados com o Império Neobabilônico. Os argumentos que eu apresentei eram honestos, mas eu sei que a intenção deles era sustentar uma data para a qual não havia suporte histórico. (Raymond Franz, Crisis of Conscience [Crise de Consciência], págs. 25, 26). Ver entrevista com Raymond Franz com este autor no Apêndice X, pág. 97.

3. CONCLUSÃO:

A) Grandes homens do meio jeovaísta têm repudiado tais ensinos, como Ray Franz, Carl O. Jonsson e Max Hatton, agora pastor evangélico na Austrália, ex-Servo da Escola de Ministério de uma congregação australiana, que após estudar por três anos o tema da Cronologia também descobriu as falsidades da religião a que dedicara tanta fidelidade.

B) Essa cronologia defendida tenazmente pela Torre de Vigia é a mesma de suas origens e serviu para sustentar datas depois alteradas pela própria Torre de Vigia, como as da criação de Adão em 4.129, os seis mil anos da Criação completando-se em 1872, a “presença” de Cristo tendo-se iniciado em 1874, o início do milênio em 1975, etc.

APÊNDICE II

FASCISMO, COMUNISMO. . . MAIS PROFECIAS QUE FALHARAM

O livro Inimigos (de 1937), escrito por Joseph F. Rutherford, segundo presidente mundial da Torre de Vigia, sugere uma sombria maquinação política para dominar os Estados Unidos de parte da hierarquia católica romana, ao acentuar que o governo dos EUA “tem um católico como diretor dos correios . . . que de fato é um agente e representante do Vaticano” (pág. 178). Mais adiante, o mesmo livro antecipa que “Quando a hierarquia católica obtiver completo controle temporal sobre a terra” a “Liga das Nações” se tornaria de fato “uma liga de fascismo ou governos fascistas combinados, dominados pela hierarquia católica romana” (pág. 292).

O que se deu, porém, é que a Liga das Nações terminou se enfraquecendo com a eclosão da II Guerra Mundial, findando em 1946. Tampouco a hierarquia católica obteve controle sobre a terra, nem parcial, quanto mais “completo”.

Outro livro da mesma organização, o Seja Feita a Tua Vontade na Terra (de 1958), trazia um cenário do fim dos tempos destacando a luta entre “o rei do norte” e “o rei do sul”, segundo o livro de Daniel, cap. 11. O moderno ‘rei do sul’ era tido como uma combinação de Grã Bretanha/Estados Unidos na pág. 263 (edição em inglês), e o ‘rei do norte’ era, continua o livro, “a União Soviética, o poder comunista que desde que arrebatou o poder na Rússia em 1917 tem mantido como sua meta o domínio mundial até o presente” (pág. 278).

O Seja Feita continua predizendo: “Até o ‘tempo do fim’ durante o Armagedom haverá coexistência competitiva entre os ‘dois reis’” (pág. 297), ou seja, a União Soviética (URSS) e a combinação das potências Estados Unidos/Grã Bretanha. E declara mais, na pág. 300: “o anjo de Jeová predisse agressões adicionais pelo rei comunista do norte ANTES DE SEU FIM NO ARMAGEDOM” (destaque em maiúsculas acrescentado).

Em Watchtower (A Sentinela) de 1º de abril de 1984, pág. 20, há menção à referida obra, destacando que a União Soviética é uma nação atéia, materialista. Contudo, se isso a levaria ao Armagedom parece que de algum modo tal rumo foi perdido. O fato é que hoje a ‘guerra fria’ não só findou, como aquele antigo regime comunista e ateu não mais existe.

Por outro lado, é sabido e notório que a religião está em plena prosperidade nas terras da antiga URSS, atual Rússia e demais repúblicas ex-comunistas associadas. Isso revela mais um fracasso da Torre de Vigia em suas antecipações proféticas à luz de suas interpretações bíblicas.



O Desafio da Torre de Vigia Pags 40 - 43

domingo, 11 de maio de 2014

Testemunhas de Jeová - Estudo N° 4 - Segunda parte



Azenilto G. Brito
III–Uma Fraude Desmascarada

1. Numa tentativa de defender a data fictícia de 607 A.C. para a desolação de Jerusalém, negando o valor histórico de 586 A.C., eis o que afirma Despertai! de 8/11/72, págs. 27 e 28:

     “A data de 586 A.E.C. baseia-se primeiramente no que é conhecido como ‘Cânon de Ptolomeu’, que atribuiu um total de 87 anos à dinastia iniciada por Nabopolassar e terminada com Nabonide, com a queda de Babilônia em 539 A.E.C. . . . Em harmonia com o número de anos assim designados a cada regente, a desolação de Jerusalém no décimo oitavo ano de Nabucodonosor (décimo nono ano se contarmos de seu ‘ano de ascensão’) cairia em 586 A.E.C.–2 Reis 25:8; Jer. 52:29.
     “Mas quão fidedigno é o Cânon de Ptolomeu? Em seu livro, The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings (Os Misteriosos Números dos Reis Hebreus), o Professor E. R. Thiele escreve: ‘O Cânon de Ptolomeu foi preparado principalmente para fins astronômicos, e não históricos. Não pretendia fornecer uma lista completa de todos os regentes, quer de Babilônia, quer da Pérsia. . ., mas era um expediente que tornava possível a localização de certos dados astronômicos, então disponíveis, num amplo plano cronológico. Os reis cujos reinados tinham menos de um ano e não abrangiam o dia do Ano Novo não foram mencionados’. (O grifo é nosso.)
     “Assim, a própria finalidade do Cânon torna impossível por meio dele o datar absoluto. Não há meio de assegurar-se de que Ptolomeu estivesse correto ao atribuir certo número de anos a vários reis”.–Artigo, “Quando Foi Que Babilônia Desolou Jerusalém?”
     Obs.: Tal argumentação é também apresentada no Aid to Bible Understanding [livro que atualmente corresponde em português ao Estudo Perspicaz das Escrituras], pág. 327.
2. Contudo, vejamos primeiramente o que o Prof. S. H. Horn, arqueólogo, historiador e associado de Thiele explica sobre os objetivos do Cânon de Ptolomeu:

     “No Almagesto, Ptolomeu frequentemente oferece dados de observações para demonstrar suas teorias do movimento da lua e outros corpos celestes. Neste trabalho ele menciona dezenove eclipses lunares abrangendo nove séculos, datados quanto ao ano, mês, dia e hora, a maior parte em termos de ano de regência dos vários reis. Isso é de extremo valor para a cronologia porque habilita o astrônomo moderno a conferir os cálculos de Ptolomeu. Uma vez que os intervalos entre essas observações eram importantes à teoria de Ptolomeu quanto aos movimentos celestes, ele deu como uma espécie de apêndice para o Almagesto uma lista, ou Cânon, de reis, com a duração de cada regência para servir como uma escala para seus dados astronômicos”.–The Chronology of Ezra 7, S. H. Horn e L. H. Wood, Review and Herald Publ. Assn., pág. 41.
     Obs.: Fica assim explicado o verdadeiro motivo para a elaboração do Cânon de Ptolomeu. Embora não tendo específica finalidade histórica, é documento astronômico “de extremo valor para a Cronologia”.

3. Mas, que dizer das palavras do próprio Prof. E. R. Thiele em Os Misteriosos Números dos Reis Hebreus (Obra erudita em duas edições, a primeira impressa pela Universidade de Princeton)? Estaria ele negando o valor do Cânon de Ptolomeu como documento histórico que confirma a data 586 A.C. para a desolação de Jerusalém? É aqui que se percebe a grave fraude dos “historiadores” da Torre de Vigia: essa mesma obra, o Prof. E. R. Thiele não só atesta que a desolação de Jerusalém ocorreu em 586 A.C., como aponta o Cânon de Ptolomeu como documento do maior valor para o pesquisador dedicado, confirmado que é por outros cânones antigos (como o Cânon Epônimo dos assírios) e conferível por dados astronômicos inegáveis.

4. Eis as palavras do ilustre erudito, em outros trechos do mesmo livro (citadas num contexto distorcido no artigo de Despertai! e no Aid to Bible Understanding):

A) Sobre a data 586 A.C.: “O último evento na atribulada história do reino do sul foi o cerco e destruição de Jerusalém por Nabucodonosor. . . . O rei fugiu . . . no nono dia do quarto  mês do décimo primeiro ano de Zedequias (II Reis 25: 2, 3; Jer. 39:2; 52:5-7), 19 de julho de 586. Era aquele o décimo nono ano de Nabucodonosor (II Reis 25:8; Jer. 52:12). . . .
     “A notícia da queda de Jerusalém chegou aos cativos em Babilônia no quinto dia do décimo mês do décimo segundo ano de seu cativeiro (Eze. 33:21), 8 de janeiro de 585. A regência de Zedequias, portanto, foi de 597 a 586”.–Op. Cit., págs. 163, 164.

B) Sobre a validade do Cânon de Ptolomeu: “Sendo que o Cânon de Ptolomeu fornece dados precisos e absolutamente dignos de confiança quanto à cronologia de um período iniciado em 747 A.C., e uma vez que o cânon epônimo dos assírios nos leva a 648 A.C., ver-se-á haver um século em que esses dois importantes guias cronológicos se correspondem, pelo que podem ser usados para conferir-se um pelo outro. . . .
     “Quando o estudante tem à sua disposição material cronológico tão digno de confiança como a lista epônima dos assírios e o Cânon de Ptolomeu, pode estar em completa segurança de que tem um sólido fundamento sobre que edificar. E, se, por outro lado, encontra um padrão cronológico para alguma outra nação que esteja em perfeita consonância com o de Babilônia e Assíria conforme se acha estabelecido pela evidência de Ptolomeu e das listas limu, ele pode ter certeza de que seu padrão é plenamente exato”.–Ibid., págs. 47, 48.

5. As citações do § acima não indicam absolutamente quaisquer dúvidas, da parte do Prof. E. Thiele, quanto à validade como documento histórico do Cânon de Ptolomeu ou da data 586 A.C. para a destruição de Jerusalém.
     Obs.: O Prof. Edwin R. Thiele é autoridade indiscutível no seu campo de estudos. Foi ele quem descobriu o princípio do “ano de ascensão” na cronologia dos reis antigos, resolvendo grandes problemas e dúvidas que desafiavam há anos os estudiosos de Cronologia Bíblica.
A) A citação em Despertai! é transcrição de uma nota de rodapé, em letras pequenas, numa das últimas páginas de seu livro. Mas o conteúdo das páginas 47 e 48, em letras grandes, acima citado, expõe a medida da falsidade dos historiadores da “Sociedade”.

B) ATENÇÃO: Tendo escrito ao Prof. E. R. Thiele solicitando esclarecimentos ante a forma abusiva pela qual Despertai! valeu-se de suas palavras, recebemos do ilustre mestre (já falecido) carta e artigo em que reafirma sua posição, conforme registrada em The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings. Em sua correspondência, E. R. Thiele protesta pela distorção que as “testemunhas de Jeová” praticaram com o seu escrito de modo aético. Ele até declara que tais pessoas lhe devem desculpas pela desonestidade de seu ato!
     Obs.: O artigo do Prof. Thiele com tal protesto apareceu, em português, na revista O Atalaia de agosto de 1975.

C) O contexto do trecho de E A Bíblia Tinha Razão . . ., citado em Certificai-vos, pág. 140, demonstra que o período de cativeiro não pode ser considerado a partir de 607 A.C.
     Obs.: Diz textualmente o aludido trecho: “É compreensível que cinquenta anos depois da deportação, nem todos aproveitassem a licença para voltar à terra de seus pais. Era uma empresa arrojada. . .” Op. Cit., W. Keller, pág. 264 (Grifos acrescentados para realçar o fato de que o retorno, em 537/6, dava-se 50, e não 70 anos após a desolação de Jerusalém. 586/7 – 50 = 537/6, o que está em harmonia com a tese do Prof. Thiele).

6. A explicação do Prof. Thiele  para se entender o tempo exato dos 70 anos de cativeiro:

A) A desolação do Templo não teve lugar numa simples e grande destruição. Igualmente, a sua restauração e o retorno dos judeus não se deram num único momento, mas transcorreram vários anos (a partir do decreto de Ciro em 537 A.C.).***

B) Jeremias profetizou por duas vezes um período de 70 anos de cativeiro.
     Obs.: a) Sua primeira predição ligava-se ao começo da regência de Nabucodonosor, em 605 A.C. (Jer. 25: 1, 11, 12).
     b) A segunda foi dada durante a regência de Zedequias, pouco antes da desolação de Jerusalém em 586, quando muitos já estavam cativos em Babilônia, deportados em 605 ou 597 A.C. (Jer. 29:1-10).

C) A oração de Daniel referia-se fundamentalmente ao Templo que jazia desolado desde 586 A.C. (Dan. 9:17).

D) Em 537 A.C., quando os judeus retornaram após o decreto de Ciro, os fundamentos do Templo não haviam sido lançados (Esd. 1:1-3, 7 a 11 e 3:6).
     Obs.: Só no 2º ano de seu retorno é que os judeus empreenderam a obra de restauração. Isto equivaleria a 535 A.C.

7. Interpretação judaica dos 70 anos de cativeiro:

A) “Enquanto os eventos que acabamos de descrever ocorriam na Judéia, os exilados levados por Nabucodonosor estabeleciam-se na Babilônia. Quando lá chegaram, já encontraram dois outros grupos de hebreus. Um era constituído de seus amigos íntimos e parentes: era o grupo de que os babilônios tinham levado para o exílio no ano 597 A.E.C., onze anos antes da destruição total de Jerusalém. . . .
     “No ano 516 o modesto Templo foi terminado. Tinham-se passado exatamente setenta anos desde que o Primeiro Templo fora destruído e cerca de vinte e um desde que o primeiro grupo de exilados retornara da Babilônia. Deve-se notar que os judeus continuam a contar setenta anos de Exílio babilônico, pois consideram a reedificação do Templo destruído, e não o Edito de Ciro, como o evento que determinou o fim do Exílio”.–História Geral dos Judeus (Biblioteca de Cultura Judaica), Solomon Grayzel, págs. 57 e 62.

B) “Desterro–(heb. gallut). Tomado em sentido mais nacional que individual, aplica-se, tal termo, ao exílio babilônico que durou desde a destruição do Estado da Judéia em 586 A.E.C. por Nabucodonosor, até 538, em que Ciro autorizou o regresso dos judeus a Jerusalém, e em segundo lugar ao exílio romano. . . .
     “A tradição judaica conta a emigração de Jacó e seus filhos ao Egito como o primeiro exílio e considera que o segundo, ou babilônio, durou de 586 a 516 A.E.C., ou seja, até a reconstrução do Templo.
     “A deportação babilônica realizou-se paulatinamente. O primeiro grupo de desterrados se compunha do infortunado rei Jeoaquim, sua família, sua corte, 7.000 soldados escolhidos e mil artesãos (597). Em consequência de certas desordens, também os sacerdotes foram levados da Babilônia. A destruição de Jerusalém em 586 foi seguida da deportação de 40.000”.–Enciclopédia Judaica Castellana, Vol. 3, págs. 463 e 464 (México City, 1948).
     Obs.: Portanto, o Templo, centro da vida religiosa judaica, definia o período de cativeiro. Enquanto desolado, representava a própria desolação nacional na interpretação dos próprios judeus.

8. CONCLUSÃO: a) Decorreram exatamente 70 anos desde o começo da desolação da terra de Judá por Nabucodonosor em 605 A.C. até o começo de sua restauração em 536/5 (Dan. 1:1; II Crôn. 36: 5-7, cf. Esd. 3:8-12).
    b) Também decorreram exatamente 70 anos desde a completa destruição do Templo em 586 A.C. até sua completa reedificação em 516 A.C. (II Reis 25:8-11, cf. Esd. 6:15).

IV–PASSAGENS SOBRE O CATIVEIRO EXPLICADAS

1. Jeremias 25:11 12.

A) O texto simplesmente diz que as nações serviriam por 70 anos ao rei de Babilônia. “Servir” não implica necessariamente uma deportação e desolação da terra durante 70 anos (ver Jer. 27:8 e 11).

B) Comparando-se Jer. 25:1 e 27:3 percebe-se que a recomendação do profeta no cap. 27 foi feita depois do que consta no cap. 25. As nações continuariam servindo ao rei de Babilônia sem serem afastadas de seus territórios.

C) Que Jerusalém não precisava estar em ruínas para que se cumprissem as profecias de servidão sob Babilônia vê-se por Jer. 27:16-22.
     Obs.: Quando Jeremias escreveu tais palavras, o Templo não havia sido desolado, mas o povo de Israel já estava, em parte, sofrendo as agruras do cativeiro.

D) Em II Reis 24:1, no tempo da primeira invasão de Nabucodonosor em 605 A.C., já o rei de Judá teve de servir ao rei de Babilônia. (Ver Jer. 25:1; Dan. 1:1, 2; II Crôn. 36:7).

2. Jeremias 29:10.

A) O capítulo começa informando (vs. 1 a 4) que o profeta enviou carta aos cativos já em Babilônia mencionando indivíduos levados para lá na primeira investida de Nabucodonosor; antes, pois, da destruição de Jerusalém em 586 A.C.

B) Ao que parece, alguns estavam querendo livrar-se logo do cativeiro (vs. 8 e 9), mas o profeta lhes escreve reassegurando a duração deste como sendo de 70 anos (v. 10). Deveriam ter paciência e esperar, conforme a Palavra do Senhor.

C) Decerto, a carta foi enviada como confirmação das profecias anteriores (caps. 25:11, 12) e a dedução lógica é que o período de 70 anos já havia começado quando do seu envio. Segundo o ex-ancião TJ Carl Olaf Jonsson, Jer. 29:10 está mal traduzido, ocorrendo em inúmeras versões “setenta anos PARA Babilônia”, e não “EM Babilônia”. São 70 anos de predomínio de Babilônia sobre as várias nações que subjugou.

D) Embora não esteja datada com precisão, a carta foi enviada quando Zedequias ainda ocupava o trono (v. 3), em período anterior, pois, à destruição de Jerusalém em 586 A.C.

3. Daniel 9:2.

A) É aos escritos de Jeremias, discutidos acima, que a referência a Daniel se aplica.

B) É significativo que Daniel (levado em cativeiro na 1ª invasão de Nabucodonosor, em 605 A.C.) se refira às “assolações”, usando, portanto, o plural. Isso só pode referir-se às múltiplas investidas contra a cidade (II Reis 24:1-3, 12-17; 25:8-10; Jer. 52:30).

C) A palavra “assolação” em hebraico refere-se “àquilo que foi destruído em guerra, ou negligenciado” (cf. Cyclopaedia of Biblical Literature, de Kitto, vb. “deserto”). Após progressivas desolações do território e da cidade pelas invasões de Nabucodonosor, na primeira metade de seu reinado, as “assolações” foram completadas por posterior abandono da região durante uns cinquenta anos.

D) Assim, os setenta anos cumpriram, ou completaram, “as assolações de Jerusalém”.

4. II Crônicas 36:21.

A) As palavras de Jeremias são, uma vez mais, a base para se ter perfeita compreensão do texto. Já vimos que Jeremias não confirma a tese de que os 70 anos seriam de completa desolação. O cronista não iria contradizer o profeta.

B) O texto na versão Almeida fala que a terra repousaria até que se agradasse dos seus sábados. Tenha-se em mente que a transgressão do sábado foi um dos fatores para o castigo do cativeiro (Jer. 17:19-27).

C) A passagem diz que a terra repousou por ocasião da sua desolação. Isso, porém, não implica que tal desolação seja de 70 anos (ver. s/Jer. 25:11 e 12, nº 1. acima). A servidão (tributo, cativeiros, etc.) durou, sim, 70 anos, mas a desolação da terra, entre 586 a 537/6, esteve incluída nesse período.

D) O fim dos 70 anos de cativeiro seria assinalado pela desolação da própria Babilônia (ver Jer. 25:12 e 13). O que se deu, contudo, é que apenas ocorreu a sua invasão pelos persas em 539 A.C. sem ser literalmente destruída.

5. Uma passagem que as “testemunhas” não citam, e que lança grande luz sobre o problema dos 70 anos de cativeiro é Zacarias 1:12: “Então o anjo do Senhor respondeu, e disse: Ó Senhor dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado ESTES SETENTA ANOS?” (cf. capítulo 7, vs. 5).

A) Em Toda Escritura, pág. 162, é dito que “a profecia de Zacarias seria, sem dúvida, proferida e também registrada durante os anos 521-519 A.E.C.”

B) Logo, se ao tempo da escrita de Zacarias já os setenta anos se tinham praticamente contado, então “sem dúvida” a cronologia das “testemunhas” está absolutamente errada e não foi inspirada pelo “anjo do Senhor”.

C) Pela cronologia no livro Aid to Bible Understanding [Estudo Perspicaz das Escrituras, em português)] e outros, esses setenta anos se cumpririam em 537 A.C. No entanto, praticamente 20 anos mais tarde ainda se fala em “setenta anos” como em andamento, o que se harmoniza com a idéia de um período de 586 A.C. a 516 A.C. em que a desolação do Templo representava a desolação e cativeiro da nação, como é a interpretação dos historiadores da própria nação de Israel, que certamente conhecem melhor sua própria história e os sentimentos de seu povo do que os homens da Torre de Vigia (ver este Est. Subt. III, § 6).

6. O historiador judeu Flávio Josefo reconhecidamente não se preocupava muito com a transmissão dos fatos segundo princípios de exatidão científica, documentada, como o fazem os modernos historiadores. Era também o caso de Heródoto, o “Pai da História”, que costumava misturar fatos históricos com lendas. Mas Flávio Josefo é bastante citado pela “Sociedade”  quando lhe convém. Ele declara em sua conhecida obra Contra Apion, Livro I, § 21 (pág. 614 da edição em inglês):

     “Esses relatos [falando sobre a sucessão de reis após a morte de Nabucodonosor ‘quando havia reinado quarenta e três anos’] concordam com a verdadeira história em nossos livros; pois neles está escrito que Nabucodonosor, no décimo nono ano de seu reinado, deixou nosso Templo desolado, e assim tem estado neste estado obscuro por cinquenta anos”.
     Obs: O 19º ano de Nabucodonosor foi 587/586. O templo havia estado desolado “cinquenta anos”, e não setenta, quando eles haviam retornado e lançado os alicerces, o que está em harmonia com a história secular, em contraste com a história malcontada pela Torre de Vigia.

7. CONCLUSÃO: Primariamente, o período de cativeiro deve ser datado desde o 1º ano de Nabucodonosor (605), quando de sua primeira invasão a Judá, e não quando, em seu 19º ano, destruiu Jerusalém. Não obstante, a 2ª data (586) também é válida para uma consideração do cativeiro, em relação à desolação do Templo (de 586 A.C. a 516 A.C.) conforme o Prof. E. R. Thiele.

Do Livro Desafio da Torre de Vigia pag. 34 - 39

sábado, 10 de maio de 2014

História das Testemunhas de Jeová Estudo N° 4


Azenilto G. Brito

UMA CRONOLOGIA IRREAL

I – Historiadores Incompetentes

1. Vimos como “historiadores” da “Sociedade” se esquecem, amiúde, de certos pormenores de sua história.

A) A verdadeira intenção de marcar-se o ano de 1914 (ver Est. nº 3; Subt. I).

B) A omissão de indicação dos livros Milhões Agora e The Way (Est. nº 3, Subt. III, § 10).

C) A declaração falsa de que as “virgens discretas” foram acordadas em 1919 “e nunca mais se puseram a dormir” (Est. nº 3; Subt. II, § 1, F).

2. Mas tais “historiadores” também cometem gaffes significativas quanto à história secular. Exemplos:

A) “O papado costumava proibir a leitura da Bíblia por qualquer pessoa fora da classe clerical. . . . Em 1799 o poder bestial de Roma, onde predominava a influência papal, foi mortalmente ferido”.– Criação, pág. 300.

B) “No fim do século seguinte, em 1799, Napoleão aprisionou o papa”.– Paraíso Perdido, pág. 168, § 34.

Obs.: Segundo as boas enciclopédias e livros especializados, a data correta para a prisão do papa é fevereiro de 1798. Atesta-o a Enciclopédia Italiana, vb. “Pio VI”, o Dictionaire des Papes, de H. Kohner, págs. 219, 220 (ed. 1958), a Enciclopédia Britânica e outras.

C) “Algum tempo depois da destruição da antiga Jerusalém, em 606 A.C. . . .”. Inimigos, pág. 189.

Obs.: a) Qualquer livro atual da Torre de Vigia indica que a data correta para a destruição de Jerusalém é 607 A.C.

b) Em ambos os casos, a “Sociedade” errou por 1 ano, diferença não muito alta, realmente, mas comprometedora para quem tem pretensões tão elevadas de direção teocrática.

c) Como se verá no subtítulo seguinte, a verdade é que nem 606 nem 607 A.C. corresponde ao ano historicamente estabelecido para tal evento, segundo dados precisos da Arqueologia e Astronomia.

II – Autoridades em Confronto

1. Os esquemas cronológicos da Torre de Vigia partem de datas estabelecidas historicamente: 539 A.C. (queda de Babilônia) e 537 A.C. (decreto de Ciro autorizando o retorno dos judeus cativos a sua terra).

2. Com tais datas, chegam a 607 A.C., supostamente o ano da desolação de Jerusalém por Nabucodonosor. A partir dessa data (607) traçam um esquema que leva ao “ano marcado” de 1914.

Obs.: Sendo que 1914 é uma “data marcada” extremamente importante para todo o arcabouço de interpretação profética e doutrinária das “testemunhas”, basta provar que estão equivocadas quanto ao ano 607 A.C. como data da desolação de Jerusalém e início dos 70 anos de cativeiro babilônico para destruir os próprios fundamentos da pretensiosa seita. É, pois, importante compreender bem este tema e suas implicações.

3. Historiadores e obras citados em Certificai-vos, cap. “Cronologia”, como autoridades que atestam as datas 539 e 537 A.C.:

A) The Encyclopaedia Americana, Vol. III, pág. 9 (ed. 1956), sobre queda de Babilônia em 539 A.C.

B) Jack Finegan, Light From the Ancient Past (publicação da Princenton Univ.), págs. 227-229 (ed. 1959), sobre queda de Babilônia em 539 A.C.

C) James B. Pritchard, Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament (publicação da Princenton Univ.), pág. 306 (ed. de 1955), sobre queda de Babilônia em 539 A.C.

D) Werner Keller, E a Bíblia Tinha Razão . . ., págs. 264, 265 (S. Paulo, ed. 1958), sobre o retorno dos judeus em 537 A.C.

4. O raciocínio para estabelecer a data da desolação de Jerusalém pelos babilônios e início do cativeiro, supostamente 607 A.C., é o seguinte: “70 anos contados para trás, desde o retorno dos judeus à Judéia em 537 A.C., até o tempo da desolação completa do país após a destruição de Jerusalém em 607 A.E.C.”– Certificai-vos, pág. 140.

Obs.: Referências bíblicas citadas: Dan. 9:2; Jer. 25:11, 12; 29:10; II Crôn. 36:20, 21 e obras de Flávio Josefo.

5. Contudo, o testemunho unânime das mesmíssimas autoridades citadas em Certificai-vos para atestar as datas 539 A.C. e 537 A.C. indica o ano de 586 A.C. como a data correta para a desolação de Jerusalém, e não 607. Senão, vejamos:

A) The Encyclopaedia Americana, Vol. XVI, pág. 31, art. “Jerusalem”: “Senaqueribe, o sucessor de Sargão, que destruiu Samaria em 722 A.C. e enviou as dez tribos para o exílio, marchou contra Jerusalém em 701 A.C., mas ele não a conquistou. Mais de um século depois, quando o rei Jeoaquim de Judá se rebelou contra Nabucodonosor, o exército babilônico ‘transportou a toda a Jerusalém, como também a todos os príncipes e a todos os homens valorosos. . . . E o rei de Babilônia estabeleceu a Matanias, seu tio, rei em seu lugar, e lhe mudou o nome em Zedequias’ (II Reis 24: 14, 17). Zedequias, porém, rebelou-se igualmente, de modo que Nabucodonosor retornou, destruiu Jerusalém e o templo e levou os judeus para Babilônia em 586 A.C. Quando Ciro da Pérsia conquistou Babilônia em 539 A.C., permitiu aos judeus retornar a Jerusalém e reedificar o templo”.

B) Jack Finegan, Light From the Ancient Past págs. 114 e 115: “7. O Novo Império Babilônico, 612-539 A.C. O Novo Império Babilônico logo teve de enfrentar um desafio do Egito. Em 605 A.C. o Faraó Neco marchou até o Eufrates. Nabopolassar enviou o seu filho, Nabucodonosor II, para enfrentá-lo e a batalha decisiva foi deflagrada em Carquemis. Neco foi derrotado e Nabucodonosor II perseguiu-o através da Palestina e até a fronteira do Egito. (Cf. Jeremias 46). Ali chegou a Nabucodonosor a notícia da morte de seu pai e ele

apressou-se em voltar à pátria a fim de assumir o trono (605-562)”. Ver também pág. 188.

Obs.: a) De acordo com II Reis 25:8-22, foi no 19º ano de Nabucodonosor que ocorreu o ataque decisivo dos babilônios a Jerusalém. Uma vez que Nabucodonosor assumiu o trono em 605 A.C., isso nos leva a 586 A.C. (605 – 19 = 586) como o tempo da desolação de Jerusalém. Essa data, 586, é atestada pelos mais consagrados historiadores, como Jack Finegan, ao falar do início do reinado do herói babilônico em 605.

b) A verdade é que a “Sociedade” é incapaz de indicar qualquer historiador de gabarito que dê apoio à data 607 A.C. para a desolação de Jerusalém.

C) James B. Pritchard, The Ancient Near East, an Anthology of Texts and Pictures, (publicação da Princenton Univ., 1958), pág. 205: “Nabucodonosor II (605-562) “(1) Dos documentos administrativos encontrados em Babilônia pode-se coletar agora alguma informação concernente à sorte de Jeoaquim, rei de Judá. Esses tabletes cuneiformes alistam entregas de óleo para subsistência a indivíduos que eram prisioneiros de guerra ou

dependentes de outras espécies da casa real. São identificados pelo nome, profissão e/ou nacionalidade. II Reis 25:27-30”.

Obs.: Nessa obra ainda mais recente de Pritchard, com novos dados da Arqueologia, ele confirma que Nabucodonosor começou a reinar em 605 A.C. O contexto da passagem de II Reis 25, indicada em seu livro, (vs. 8, 9 e ss.) revela que foi no 19º ano de reinado que Nabucodonosor investiu contra Jerusalém destruindo a cidade e o Templo–portanto, em 586 A.C.

D) Werner Keller, E A Bíblia Tinha Razão. . ., págs. 245 a 248: “. . . os recibos de barro babilônios continham como data o 13º ano do rei Nabucodonosor, isto é, o ano 592 A.C.” (pág. 245).

Obs.: a) Se o 13º ano de Nabucodonosor corresponde a 592 A.C., seu 19º ano infalivelmente será 586 A.C.

b) Na pág. 242 desse livro há a confirmação de que Nabucodonosor ocupou o trono em 605 A.C.: “No ‘décimo mês’ (IV Reis 25-1) do mesmo ano de 588 A.C.–era ‘o nono ano’ do rei Sedecias–Nabucodonosor chegou de Babilônia com um exército poderoso. As forças punitivas avançaram com a rapidez do raio contra Judá rebelado. . .” (pág. 246).

“Durante dezoito meses Jerusalém foi sitiada e heroicamente defendida. ‘E a cidade ficou fechada e circunvalada até ao undécimo ano do rei Sedecias’ (IV Reis 25-2)” (pág. 248–grifos acrescentados).

c) Se o 9º ano de Sedecias (Zedequias) foi 588 A.C., o seu 11º será 586 A.C., quando a cidade foi desolada.

dependentes de outras espécies da casa real. São identificados pelo nome, profissão e/ou nacionalidade. II Reis 25:27-30”.

Obs.: Nessa obra ainda mais recente de Pritchard, com novos dados da Arqueologia, ele confirma que Nabucodonosor começou a reinar em 605 A.C. O contexto da passagem de II Reis 25, indicada em seu livro, (vs. 8, 9 e ss.) revela que foi no 19º ano de reinado que Nabucodonosor investiu contra Jerusalém destruindo a cidade e o Templo–portanto, em 586 A.C.

D) Werner Keller, E A Bíblia Tinha Razão. . ., págs. 245 a 248: “. . . os recibos de barro babilônios continham como data o 13º ano do rei Nabucodonosor, isto é, o ano 592 A.C.” (pág. 245).

Obs.: a) Se o 13º ano de Nabucodonosor corresponde a 592 A.C., seu 19º ano infalivelmente será 586 A.C.

b) Na pág. 242 desse livro há a confirmação de que Nabucodonosor ocupou o trono em 605 A.C.: “No ‘décimo mês’ (IV Reis 25-1) do mesmo ano de 588 A.C.–era ‘o nono ano’ do rei Sedecias–Nabucodonosor chegou de Babilônia com um exército poderoso. As forças punitivas avançaram com a rapidez do raio contra Judá rebelado. . .” (pág. 246).

“Durante dezoito meses Jerusalém foi sitiada e heroicamente defendida. ‘E a cidade ficou fechada e circunvalada até ao undécimo ano do rei Sedecias’ (IV Reis 25-2)” (pág. 248–grifos acrescentados).

c) Se o 9º ano de Sedecias (Zedequias) foi 588 A.C., o seu 11º será 586 A.C., quando a cidade foi desolada.

dependentes de outras espécies da casa real. São identificados pelo nome, profissão e/ou nacionalidade. II Reis 25:27-30”.

Obs.: Nessa obra ainda mais recente de Pritchard, com novos dados da Arqueologia, ele confirma que Nabucodonosor começou a reinar em 605 A.C. O contexto da passagem de II Reis 25, indicada em seu livro, (vs. 8, 9 e ss.) revela que foi no 19º ano de reinado que Nabucodonosor investiu contra Jerusalém destruindo a cidade e o Templo–portanto, em 586 A.C.

D) Werner Keller, E A Bíblia Tinha Razão. . ., págs. 245 a 248: “. . . os recibos de barro babilônios continham como data o 13º ano do rei Nabucodonosor, isto é, o ano 592 A.C.” (pág. 245).

Obs.: a) Se o 13º ano de Nabucodonosor corresponde a 592 A.C., seu 19º ano infalivelmente será 586 A.C.

b) Na pág. 242 desse livro há a confirmação de que Nabucodonosor ocupou o trono em 605 A.C.: “No ‘décimo mês’ (IV Reis 25-1) do mesmo ano de 588 A.C.–era ‘o nono ano’ do rei Sedecias–Nabucodonosor chegou de Babilônia com um exército poderoso. As forças punitivas avançaram com a rapidez do raio contra Judá rebelado. . .” (pág. 246).

“Durante dezoito meses Jerusalém foi sitiada e heroicamente defendida. ‘E a cidade ficou fechada e circunvalada até ao undécimo ano do rei Sedecias’ (IV Reis 25-2)” (pág. 248–grifos acrescentados).
   c) Se o 9º ano de Sedecias (Zedequias) foi 588 A.C., o seu 11º será 586 A.C., quando a cidade foi desolada.
6. Outras obras abalizadas (dentre as muitas que a “Sociedade” costuma citar em seus artigos de revista e livros) que confirmam a data 586 A.C. como a da desolação de Jerusalém pelos babilônios:



A) The Encyclopaedia Britannica, vb. “Jews”, Vol. 13, pág. 48.

B) The International Standard Bible Encyclopaedia, vb. “Temple”, Vol. V, pág. 2934.



C) Dictionary of the Bible, W. Smith, sobre Nabucodonosor e Zedequias, págs. 445 e 768 respectivamente.



D) The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, Vol. XII, sobre Zedequias, pág. 501.



E) Deuses, Túmulos e Sábios, C. W. Ceram, pág. 384.



F) Collier’s Enciclopedia, vb. Nabucodonosor, Vol. 17, pág. 270.



G) Ver também Harper’s Bible Dictionary, Dicionário da Bíblia, de John Davis e Cyclopaedia, de John M’Clintock e James Strong.
7. CONCLUSÃO: Por uma questão de coerência, se essas autoridades em História são citadas para confirmar certas datas admitidas pela Torre de Vigia, deveriam ser aceitas igualmente quando assinalam outras datas, sobretudo quando se relacionam com eventos tão próximos uns dos outros.
 



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