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sábado, 8 de maio de 2021

Adventistas dando ouvidos a falsos ensinamentos

 Michelson Borges 

Adventistas dando ouvidos a falsos ensinamentos

O resultado é a ruína espiritual e um rastro de descrença e pecados justificados

lobo

A seu amigo Timóteo, o apóstolo Paulo escreveu: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, se rodearão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Timóteo 4:3, 4). Quando vemos cristãos dando ouvidos a “mestres” que colocam em dúvida a inspiração e infalibilidade das Escrituras, percebemos que Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, de fato, antecipou uma sombra que ameaçaria constantemente a igreja de Deus, especialmente nestes dias de dúvida e descrença em que estamos vivendo. Se duvida, saiba que há pessoas questionando a inspiração divina do apóstolo dos gentios, ainda que conheçam textos como estes:

“O Deus de nossos pais de antemão te [Paulo] designou para que conheças a Sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz de Sua boca. Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido” (Atos 22:14-16; grifos meus).

Eu apareci a você para constituí-lo ministro e testemunha, tanto das coisas em que você Me viu como daquelas pelas quais ainda lhe aparecerei. Vou livrar você do seu próprio povo e dos gentios, para os quais Eu o envio, para abrir os olhos deles e convertê-los das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus, a fim de que eles recebam remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (Atos 26:16-18; grifo meu).

Esse chamado especial e a inspiração de Paulo eram reconhecidos pela igreja cristã, tanto que o apóstolo Pedro escreveu: “E considerem a longanimidade do nosso Senhor como oportunidade de salvação, como também o nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar a respeito destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas cartas. Nelas há certas coisas difíceis de entender, que aqueles que não têm instrução e são instáveis deturparão, como também deturparão as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (2 Pedro 3:15, 16; grifo meu). Note, no trecho destacado em itálico, que Pedro iguala os escritos de Paulo às demais Escrituras.

Em seu livro Atos dos Apóstolos, falando sobre o chamado e a missão de Paulo, Ellen White escreveu: “Paulo declarava que sua mudança de fé não tinha sido gerada por impulso ou fanatismo, mas fora resultado de irresistível evidência. Em sua apresentação do evangelho, ele procurava tornar claras as profecias relativas à primeira vinda de Cristo. Mostrava irrefutavelmente que essas profecias se tinham cumprido literalmente em Jesus de Nazaré. O fundamento de sua fé era a segura palavra da profecia. […] A oposição tornou-se tão violenta que não foi permitido a Paulo continuar seus labores em Damasco. Um mensageiro do Céu ordenou-lhe retirar-se por algum tempo; e ele foi ‘para a Arábia’, onde encontrou um refúgio seguro (Gl 1:17).

“Ali, na solitude do deserto, Paulo teve ampla oportunidade para sossegado estudo e meditação. Recapitulou calmamente sua experiência passada, possuindo-se de genuíno arrependimento. Buscou a Deus de todo o coração, não descansando até que tivesse a certeza de que seu arrependimento fora aceito e seus pecados perdoados. Anelava a certeza de que Jesus estaria com ele em seu ministério futuro. Esvaziou a alma dos preconceitos e tradições que lhe haviam até então modelado a vida e recebeu instruções da fonte da verdade. Jesus comungou com ele e confirmou-o na fé, conferindo-lhe uma rica medida de sabedoria e graça” (grifos meus).

Resumindo: o apóstolo Paulo foi chamado e ensinado diretamente por Deus. Seus escritos são tão inspirados quanto o Antigo Testamento, os Evangelhos e as demais cartas do Novo Testamento. Isso é confirmado por autores igualmente inspirados como o profeta canônico Pedro e a profetisa não canônica Ellen White. A despeito disso, encontramos na internet declarações infelizes como esta abaixo:

“Para mim o único Verbo, a única Palavra de Deus é Jesus. O Velho Testamento é inspirado. O Novo Testamento é inspirado. Jesus é a encarnação da Verdade. Vocês pensam diferente de mim?! Quem está na heresia são vocês. […] A única encarnação da verdade absoluta de Deus é Jesus. Portanto, Paulo não conhecia essa verdade absoluta. Ele teria que viver muitos anos e anos e anos… e nunca conheceria essa verdade absoluta como eu que já sou mais velho do que Paulo, que já tenho mais tempo de fé do que Paulo teve. […] Nasci num tempo de Bíblia para ler. Ele não. Ele não tinha nem as cartas dele para corrigir (risos). […] A única Palavra de Deus é Cristo, cara. Quem disser outra coisa é herege. Herege! Se você disser que a Bíblia é a Palavra de Deus você é um herege” (Caio Fábio, “A única palavra de Deus é Cristo! Quem disser que é a Bíblia, é herege”, 26/8/2020, YouTube).

Realmente infeliz essa declaração do ex-pastor presbiteriano Caio Fábio, um dos maiores popularizadores da ideia de Jesus como a “chave hemenêutica” da Bíblia, que acaba criando um cânon dentro do cânon e selecionando das Escrituras aquilo que convém ao leitor (tome algum tempo para assistir a este vídeo, pois o assunto é importante). Trata-se de um tremendo desrespeito para com um servo de Deus que deu a vida pela verdade e que amava profundamente o Cristo que o chamou para missão tão importante. Com todo respeito ao Caio Fábio, não posso concordar com isso, e obviamente fico com Paulo.

Mas sabe o que é ainda mais triste? Ver influenciadores adventistas não mais suportando “a sã doutrina; pelo contrário, se [rodeando] de mestres segundo as suas próprias cobiças”. Alguns desses, além de desprezar Paulo e tudo aquilo que, na ótica deles, não passa pela chave hermenêutica imaginária, desconsideram também Ellen White, tratando-a quase com o mesmo desprezo com que Caio Fábio trata o apóstolo.

Esse tipo de postura já estava prevista (confira aqui) e frequentemente leva à ruína espiritual, deixando pelo caminho um rastro de descrença e pecados justificados.

Concluo com mais duas advertências da serva do Senhor:

“Quando pessoas mencionarem a alta crítica e se arrogarem no direito de julgar a palavra de Deus, chamem a atenção delas para o fato de terem esquecido quem foi o primeiro e o mais sábio dos críticos. Aquele que tinha centenas de anos de experiência prática. É ele quem ensina os assim chamados altos críticos de hoje. Deus punirá todos quantos, a exemplo desses altos críticos, exaltam a si mesmos e criticam a santa Palavra de Deus” (Ellen White; Bible Echo, 1º/2/1897; citado no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 117).

“Nada há que [Satanás] mais deseje do que destruir a confiança em Deus e em Sua Palavra. […] Os que estão indispostos a obedecer-lhe aos preceitos, esforçam-se por subverter a sua autoridade” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 526).

Michelson Borges

Do Blog, https://michelsonborges.wordpress.com/

terça-feira, 10 de maio de 2016

Movimento da Igreja Emergente




Movimento da Igreja Emergente 
 Leandro Dalla

“Fique longe de matérias espirituais não-bíblicas ou métodos de formação espiritual que estão enraizados no misticismo, como a oração contemplativa, oração centrante e o movimento da igreja emergente, na qual elas são promovidas. Procure na Igreja Adventista do Sétimo Dia pastores humildes, evangelistas, acadêmicos bíblicos, líderes e departamentais que podem providenciar métodos evangelísticos e programas baseados em princípios sólidos da Bíblia e do tema do grande conflito.” (Pr. Ted Wilson em Adventist News)

Formação espiritual, oração contemplativa, oração centrante, movimento da igreja emergente são pilares do One Project. Trata-se de um “ministério” ligado ao Movimento Emergente que tem como objetivo disseminar suas ideias e práticas pelo mundo. Aqui no Brasil o trabalho deste Movimento ainda é muito sutil, mas nos EUA a igreja tem sido assediada de maneira direta, e muitas já cederam às práticas deste Movimento. É importante conhecer um pouco sobre isso para entender o alerta do Pr. Ted Wilson.

Seguem algumas características deste Movimento Emergente:
  1. O Movimento da Igreja Emergente começou como uma tentativa de ser “relevante” para a cultura pós-moderna. O termo “relevante” é muito utilizado na literatura emergente. O Movimento busca modificar a igreja para adaptá-la à sociedade atual, sendo uma oposição às raízes do cristianismo. A ideia de “emergente” se relaciona com o surgimento de uma igreja destinada a uma geração de pessoas com muito pouco apego à igreja. Ou seja, uma igreja para quem não tem interesse em igreja; uma religião para quem não tem interesse em religião. É uma igreja “adaptada ao usuário” ou “orientada para o consumidor”. Os emergentes são tolerantes com todos, menos com os conservadores contra os quais fazem duras críticas. 
  2. Este Movimento é eclético e diversificado, concentra-se menos no ensino bíblico distintivo e enfatiza a experiência espiritual (ou espiritualista?) do indivíduo. Não está preocupado com a interpretação correta da Bíblia, mas com a adaptação dela ao contexto pós-moderno. O Movimento é baseado em conceitos experimentais, sendo que uma das propostas fundamentais na comunicação emergente é a criação de um culto multissensorial, numa atmosfera construída com luzes, símbolos, mensagens multimídia, expressões artísticas, privilegiando sempre a experiência e o sentimento em contraposição à verdade bíblica. A intenção é experimentar Deus com os cinco sentidos. 
  3. A adoração da Igreja Emergente inclui elementos carismáticos. A liturgia tende a substituir hinos e corinhos por música de “louvor” e “adoração” no estilo pop. Substituem o órgão e o piano convencional por teclados eletrônicos, baterias e contrabaixos, utilizando também “ordens cultuais”, tais como “coloque-se de pé … levante as mãos … diga ao Senhor ‘eu te amo’ … cante mais alto … feche seus olhos”. Um dos líderes deste Movimento Emergente nos EUA afirmou que “queremos oferecer às pessoas um local onde elas possam se sentir parte antes mesmo de acreditar.” E se elas se sentirem confortáveis e acolhidas sem a necessidade de acreditarem e seguirem doutrinas, ou seguirem o mínimo necessário, para eles é ainda melhor. 
  4. O Movimento Emergente evita a “placa de igreja”, utilizando nomenclaturas genéricas com o suposto objetivo de atrair as pessoas que têm preconceitos em relação à denominação. A informalidade é buscada em todos os processos litúrgicos, pois a igreja tradicional não é vista com simpatia. O movimento nega a possibilidade de um único caminho, de regras fixas e de princípios que transcendam o tempo e a cultura. 
  5. A evangelização da Igreja Emergente procura atender às necessidades físicas, emocionais e materiais das pessoas sem nenhuma ênfase no aspecto espiritual e na santificação, enfatizando as bênçãos materiais que supostamente advirão da fidelidade. 
  6. Os emergentes são desiludidos com a igreja organizada e têm aversão ao conservadorismo, às regras, aos hinos sacros e à pregação da verdade presente. Não se preocupam com a conduta cristã e defendem a ideia de que Deus não se importa com o que faço ou deixo de fazer, desde que professe Seu nome e ame ao próximo. Dentro desse contexto, uma das críticas feitas à igreja tradicional é que ela insiste em que a pessoa pertença à igreja antes de poder tomar parte nas atividades do culto. Isto, segundo os emergentes, seria exclusivismo. Por isso, propõe que as pessoas passem imediatamente a participar de todas as atividades da igreja, inclusive nos púlpitos, antes mesmo de se tornarem membros efetivos. 
  7. A Bíblia não é considerada nem parâmetro inquestionável nem autoridade de fé e prática. Não se deve procurar o sentido que o autor pretendia para seus leitores, nem os princípios intrínsecos ou extrínsecos, mas sim procurar o sentido que se percebe nela hoje quando interpretada dentro da prática da sociedade moderna. Portanto, o sentido pode variar de acordo com a comunidade. A teologia não é bem vista. A doutrina não é importante e até desnecessária, pois é considerada causa de divisão da igreja. 
  8. O termo “igreja missional” é frequentemente usado na literatura dos líderes emergentes. Quase todas as descrições feitas deste Movimento também apontam para esta como uma de suas principais características. Esta expressão é usada para colocar a ética acima da doutrina, compreendendo a missão como mera compaixão social, concentrando-se nas relações interpessoais, dando muito valor às boas ações e ao ativismo social, e nenhuma ênfase ao comportamento cristão. Enfatiza a necessidade de viver como Jesus viveu, mas não condena o que Jesus condenou, pois resume o ministério de Cristo em “atender aos pobres e necessitados”. 

Existem outras características, muitas delas voltadas a práticas absorvidas do misticismo. Abaixo alguns vídeos sobre o assunto para conhecimento.

Leandro Dalla

Fonte: Música e Adoração

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