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terça-feira, 15 de maio de 2012

Um sentimento estranho


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Ana Paula Garcia






Eu não tinha conhecimento,
eu não sabia o que era.

Pude compreender aos poucos
a sensibilidade, de entender
o que era então...Esse ser, esse querer,
essa estrondosa e emocionante sensação, de liberdade.

Fui alimentando, na dimensão exagerada,
foi crescendo, parecia desconhecido
mas foi se tornando familiar,
era tremulo, era torcido, era realmente estranho,

Fez parte de mim.
Talvez já estivesse a muito tempo ali
mas não o reconheci
foi criando forma, foi aparecendo asas, reacendeu...
Esta ali, estava todo tempo ali
eu nunca o vi, mas estava tão perto de mim, tão dentro de mim.

Por vezes me enganava,
mudava, em agitação constante que revelava ser,
o que não parecia existir,
poucas vezes saiu. Acanhado, tímido, covarde; querendo ser valente,
foi algo diferente que resolveu me enfrentar,
mas continuava ainda estranho, errante...

Eu não conseguia entender o que queria dizer,
por diversas vezes eu ignorei, relutei
fiz confusão; criei situação pra sair da confusão,
dessa bola de neve tão leve, tão doce...

Era o céu... Era estranho, mas eu não me entregava a esse devaneio,
não ousava sonhar, acreditar.

Dificilmente dávamos certo,
sua loucura por papel, uma escrita infiel,
sua dor constante, minha vida num desgaste constante,
foi entorpecendo minhas entranhas
com a loucura insuportável da dor,
dilatava minha alma, corria meu ser,
vibrava no timbre mas agudo a estranha e frenética sensação...

Era estranho,
aos poucos foi fazendo parte do que eu não conseguia entender,
gritava miseravelmente, pela morte que lhe consumia,
que achava ser sua sorte
era incompreensível, doía muito, machucava, inflamava,
mas aos poucos queria viver

Entendia depois de uma mente ofuscada,
que o melhor seria viver,
seu choro ainda era suportado,
no silencio que lhe carcomia, no horizonte da aflição;
fazia renascer a tal da esperança,
como uma voz uníssona brotava a fé...

Não importava mais as barreiras,
a intransponível conformidade foi sumindo,
no além da dor que sentia,
foi mais e mais reacendendo a labareda,
daquele toque mutilado, agora renovado,
disposto a impor sobre o medo da rejeição.

A luz aproximou, ]
onde outrora era escuro, fez nascer ali, a emoção, a canção,
reconheceu um coração apaixonado.

A ciência que evolui e que destrói,
a certeza do amanhã, de um menininho
que sonha em ser herói,
reconheceu a importância de seu papel peculiar,
de fazer do lápis, sua admiradora,
de tratar com ternura a borracha que a fere,
para um refazer melhor, uma publicação mas justa.
uma digitação organizada, uma publicação mas clara.

Eu era assim,
perdida dentro de mim.
Estranhamente perdida,
mexia com meu interior,
era meu desabafo, escondido, minha alegria sem fim,

Eu era ela assim
tremula, esquisita, apaixonada, descontraída...

Era, e sou,
e sempre será a minha iludida escrita,

Poesia metida,
minha cínica critica percorrida num papel,
meu sorrir e meu chorar, que dentro de mim vai estar,
e ela, só ela, pode me dar essa momentânea sensação de voar.

A escrita, o escrever...
Ela só existe, para me fazer viver,
Me fazer sofrer,
Ela faz parte de mim, e de você.


Ana Paula Garcia é dona de casa, mora em Goiânia, e é poetisa nas horas vagas



A vida castiga, e a rapadura é dura


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Ana Paula Garcia











Quando foi a ultima vez que conversamos?, 
eu me recordo que já faz algum tempo, 
eu não me lembro ao certo, 
mas notei que muitas vezes estavas por perto. 

Já não sou aquela criança 
em que na infância, 
havia mas liberdade de expressão. 

Lembro-me ainda que, 
não era maldade, 
mas pura simplicidade, 
Eu dizia: 
quando eu crescer eu vou me casar com você; 
tudo era motivo de graça 
e a brincadeira era com meu pai. 

Bem eu não me lembro quando foi
 a ultima vez que tive uma conversa sincera 
sem receio e sem preconceito, 
sem acusações, sem interrupções, 
já faz algum tempinho 
uns 20 ou mais aninhos 
que falar o que se pensa 
ainda não era uma ofensa 
ou deixava uma magoa, 

Eu era uma criança.

Ajude-me a crescer, 
e a entender o mundo por onde estou caminhando, 
O céu por onde eu passava, era mais azul, 
As borboletas ainda era uma revoada revoltante 
pra quem tinha pavor e medo, 
O segurar na minha mão me fez perder o medo, 
eu tinha mais equilíbrio pra andar.

Eu queria crescer e esquecer quem eu fui, 
pois estou amando. 
Quem eu sou?.. 
Não, lamentavelmente não posso dizer isso ainda, 
pois há um bombardeio que incendeia todo dia 
a imagem de quem eu sou; 
me mostrando em um corpo enorme 
o que precisa e não preciso. 

Quando meus pés já não querem caminhar, 
quando meus pensamentos já são todos misturados, 
onde tenho que fazer muitas escolhas... 
Sim escolhas, 
são elas as determinantes dessa vida 
que hoje vivo, na aflição avassaladora 
que atropela meus pensamentos singelos, 
pela mediocridade do meu crescimento, 
da maturidade ainda imatura, 
pois cresci, e tenho que andar, 
e agora sozinha devo seguir. 

E,... já faz muito tempo, 
e meu coração ainda se engana, 
na menininha pequena que não queria crescer, 
nas palavras incertas, 
onde havia risos e correções doces.

A vida castiga, e a rapadura é dura, 
E como dura... e não pode parar...

Eu queria congelar no tempo
 ou trazer para meu tempo, 
o apreço de amar e ser amada, 
de chorar e ser consolada, 
de cair e ser carregada, 
de sorrir e ter um olhar fixo dizendo-me. 
Você sorri tão gostoso! 

Gostaria de ter minhas grandes frustrações, 
como meu pirulito caído, 
meu sorvete derretido, 
ou o ovo de páscoa de numero 21, que não ganhei, 
pois queria um bem grandão.

Desde a ultima vez que conversei 
eu ia crescendo e não ia percebendo
que carregava comigo os traços de uma geração, 
o sabor amargo da independência, 
de saltar do meu lar, 
de não mas receber os aplausos familiar, 
e ter agora a tirania e a ditadura, 
das legislações já pré-concebidas 
da atualidade que eu já andava fazendo parte
que adentrava dentro do meu interior, 
que me fez trocar o pijama infantil, 
e que acima de tudo, eu compactuei com tudo isso, 
fui enganada, 
eu não vi, o tempo passar. 

A gente cresce.

Não é tarde ainda para sonhar, 
sermos cidadãos de respeito, 
receber e dar o que uma sociedade frustrante 
geme por atos despercebidos, 
por crescimentos maus compreendidos, 
o caiu a ficha ainda não caiu, 
crescemos e os mimos ainda queremos, 
e hoje vemos que a coisa esta mudando 
drasticamente, rapidamente, 

As crianças estão sendo torturadas lentamente 
pela megalomania das tecnologias 
e dos avanços estúpidos 
que não as deixam ter a infância 
que jamais queria sair.


Os atropelamentos modernos 
fazem bonsai infantis 
que são carinhosamente recebidas como inteligentes, 
ou avançados, adiantados, 
sabe tudo, ou estrela infantil. 

Uma mediocridade sem limites. 
O banho de rio ou mar no exterior 
estão marcados em “junhembro”, 
onde os junhos e os dezembros 
estão amontoados de pimpolhos desgovernados, 
claro, porque aquilo é fato raro 
para quem tem pais tão ocupados 
esperando as férias benditas. 

O choro lamentável dessa geração que carrego comigo. 
E, onde você esta meu amigo?... 
Sim, já há muito tempo que não conversamos livremente 
sem que alguém tente nos compreender, 
estou ha muito tempo marcando 
e sempre algo vem adiando 
e não sei o porque.

Talvez eu ainda me engane, 
ou fuja desse tormento de crescer, 
e ter que acompanhar as regras 
dessa sociedade que impõe sobre mim, 
minha casa, meu lar. 

Todo mundo tem uma criança dentro de si, mas cadê? 
Eu nunca vi, 
Eu só vejo pessoas com cara de paisagens, 
sorrindo, 
e quando perguntamos como vai, 
é onde o desabamento vem. 

Sim, a infância está ficando tão rara, 
pois os que nascem já querem logo crescer.

Sim já faz muito tempo, que não conversamos,
tenho obrigações, tenho planos, 
idéias, compromissos, 
uma correria infernal 
e ainda tenho que acompanhar as ultimas tendências da moda, 
pra não ser chamada de careta e sem graça. 
Pouco não?... 
Para quem não queria crescer...


Ana Paula Garcia é dona de casa, mora em Goiania, e é poetisa nas horas vagas

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Incompreensão Moderna

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Por Ana Paula Garcia










A Incompreensão Moderna 



Eu queria entender, ver, sentir, 
Ou talvez sumir. 
Não sei qual opção é mais favorável 
Pra essa avalanche estúpida, chamada modernização. 

Tudo o que eu quero é o ser, é ter,  
Queria o dever. 
Eu queria compreender o incompreensível, 
Ver o invisível, 
Fazer o impossível, 
Ser a satisfação do seu sorriso. 

Ouvir o sonho ingênuo do sonhador, 
Sem correr o risco de sofrer uma desforra. 

A migalha que cai, 
Sufoca a garganta de quem canta, 
Deprime o vagabundo, 
Humilha o abastado. 

O Verbo transitório, 
O iludido, perdido, absurdo, 
Vaga na mente da gente, 
“De gente” 
Do executivo transigente, inteligente, 
Do medíocre ignorante ao valente. 

Tudo isso não fecha o buraco profundo 
Que invade a compreensão insana 
Do coração ferido, quebrado, remendado 
Do ser atordoado e magoado.  

Eu queria um momento de glória, 
Uma página nessa história, 
Do ser, ter, querer, do entender... 

A incompreensão não tem limites, 
É vendo e crendo. 
E ao discernir essa metamorfose da “encrenca”, 
Que é este outro ser; 
É ter uma ideia vaga, de que tudo é possível.

Vendo, sabe-se no que vai dar. 
E eu só queria entender...  
Se é que você me entende!

Lutar pra fazer sorrir ao que padece, 
Trazer o amor para quem não tem mais satisfação,  
Tocar na alma do iludido; 
E fazer ver; ao transitório e ignorante, 
A mediocridade que assola as elites, 
Os “barriga verde” 
Os cheios de “autoestima alta” 
Que juram que sabem mais. 

Oh sim, como eu queria o ser e o ter, 
Para entender, essa nossa trajetória de vida. 
Essa “bagunça organizada”, 
Valores  perdidos, na mala,  
Mudou para Somália, acredito, 
E lá morreu de vez.

A compreensão humana resolveu ir junto 
Com os valores e a decência moral. 
O carinho o amor fraternal, ágape, eros... 
Está uma decadência. 

A classe dos magnatas, 
Dos doutores, da elite, 
Dos eruditos, do que é, e não é, 
Do ser ou não ser, idem.

Dói. 
Dói ver a competitividade, 
A desigualdade, 
A corrida pela sobrevivência, 
O luxo desmedido dos imprudentes, 
Incompetentes, corruptos, 
Ante ao escasso pão e água 
Do laborioso homem sofredor.

Dói  sentir a dor da perda, 
Dos amores que não voltam mais. 
Medito na “gentileza”, camuflada no sorriso, 
Pelo olhar, da elegância transvestida de “humildade”, “Generosidade”, “honestidade", 

Medito na deselegância do erro, 
Mudando, florindo, 
Reconhecido e recebendo o perdão. 

Imagino o fingimento banido 
Pela áurea da sinceridade, 
Onde a desconfiança cai, 
E nasce a certeza, a segurança e a satisfação de um ser.

Ter, e querer ser, mais humano e justo; 
É mais justo e mais humano. 

Dói saber, que boas maneiras, 
Só ficam no papel. 
Modernização agora  é outro nível, é falcatrua. 
A decência e o resto foram para o beleléu.
Sinceramente fico aturdida, 
também perdida, 
Com a extinção prazerosa do ser, do ter e do querer, 
Do envolvimento afetivo correto, lindo de ver. 

Fico aturdida com a extinção, da solidariedade, 
Tão rara, da amizade tão cara, 
Valia a pena ter, segurar, ser, querer...  

Não há duvidas que tudo isso ainda exista, 
Estão todos  ali, sendo sufocados, esmagados, 
Mudados pela pressão 
Da “quebra dos paradigmas” 
Entrando a modernização, 
Que está vindo a todo vapor. 

Eles estão ali, escondidos 
Por um número insignificantes 
Dos chamados valores dignos e decididos, 
Que alguns insistem em chamá-los de caretas, 
Desqualificados e ultrapassados 
Por estes novos conceitos da atualidade. 
E a tensão emocional é intensa devido à pressão da sociedade.

Deixamos muitas vezes o ser, o ter, e o querer...
Para, nos
  entregar aos ditames dessa sociedade, 
Tão pouco igualitária, 
Que me enoja, e me faz chorar. 

Há uma luz bruxuleando no meu ser.
Sim, uma luz  tremula e solitária.
Ela quer entender e compreender esta devastação,
Causada pela falta do ser, do ter, do querer o amor,
De querer amar.
De acreditar que podemos muito mais.
Que o importante não é apenas  ter,
É ser, é querer, é amar.
É o amor.  
Ana Paula Garcia é poetisa, mora em Goiania, e é colaboradora deste blog.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vida Escondida


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Ana Paula Garcia

Com certeza, você já deve ter brincado de esconde – esconde, ou se não, pelo menos já ouviu ou viu alguém brincar. Bem, vamos endossar essa brincadeira com uma pitadinha do céu, vamos entrar nela e trazê-la para a Bíblia, vamos analisar o texto do apóstolo Paulo em sua carta aos Colossenses “Porque já estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Col. 3:3.
Vamos ressaltar esta brincadeira, esconde – esconde e fazer um paralelo simples trazendo-a para a nossa vida espiritual. A criança brinca de esconder atrás de um determinado objeto podendo ser árvores, casas, carros, muro, etc... Quando dentro de casa, pode ser debaixo da cama ou, em outros cômodos da casa. O interessante da brincadeira, é que ela deve estar escondida ela não deve aparecer antes do tempo previsto se não perde a brincadeira.
Pensando nisto, resolvi fazer um paralelo com a vida espiritual. A vida do Cristão devia ser assim, escondida em Cristo, como nos mostra o texto do Apóstolo Paulo. Se a criança se escondeu atrás de uma árvore, quem a procura, verá somente uma árvore ou o objeto no qual ela está escondida.
Se ela resolve sair, atirar-se à frente e disser: Estou aqui, Estou aqui, Se ela não correr para o seu ponto de segurança ela perde. Da mesma forma o cristão, se deixa o esconderijo do altíssimo, Jesus, também perde
Outro ponto interessante nesta brincadeira é que se a criança que estava escondida, se expõe, ela deve imediatamente correr.
A vida do Cristão que não está escondida com Cristo, em Deus, torna-se uma vida de muitos riscos, podendo ser na vida profissional, familiar, espiritual, e outros. Um fracasso, pois está escrito: “sem mim nada podes fazer”. João 15:5.
Há em nosso encalço “um leão que brama querendo nos devorar”. Devemos correr novamente para trás de os braços de Cristo que nos perdoa, purifica e nos salva.
Se não corremos, o inimigo de nossas almas nos alcançará e com suas vans sutilezas, com suas belas e formosas atrações deste mundo, e pode nos tragar.
Como na brincadeira, às vezes perdemos. Mas podemos recomeçar. Nosso Pai nos da uma nova oportunidade, uma folha em branco para escrevermos uma nova história, uma nova vida e pede pra que escondamo-nos atrás dele. “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos que Eu vos aliviarei” Ele, O nosso Deus, nos deu Jesus como intercessor, e o Espírito Santo para nos consolar, confortar, e nos fazer lembrar-se das promessas: 1. Que Ele é fiel e justo para nos purificar de toda a injustiça. 2. Ele nos ensina. 3. Que a vereda do justo e como a luz da aurora, que vai brilhando sempre mais até ser dia perfeito. 4. Ele é a sombra a nossa direita,
Ele quer que escondamos nossa vida nele, o filho. Nada nos atingira porque estamos olhando para o autor e consumador da nossa fé. Quando outros nos procurarem, não encontrarão a nós, mas O Cristo que vive em nós.

Ana Paula Garcia

Ana Paula Garcia é uma jovem estudante e colaboradora deste Blog. Escreveu o poema "Queria aquela amizade de volta", um dos mais lidos neste blog



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Refaz-me Senhor

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Refaz-me Senhor

Ana Paula Garcia

Andando aqui na Tua palavra posso,
Ver esse meu interior cheio de si...
Posso perceber como são tantos os meus pecados,
Me vem à vontade de desistir,
sinto medos, incertezas e uma luta atroz,
Então sinto em minha alma que não sou nada sem Ti.

Refaz-me Senhor quebra meu interior,
Refaz-me Senhor, dá-me um novo coração,
Refaz-me Senhor, tira toda minha culpa e dor,
Refaz-me Senhor, para o Teu louvor...

Falas comigo na Tua palavra
Que meu coração possa mudar
Essa é a certeza da minha vitória que ...
Através da fé posso vencer

Os Teus ouvidos estão atentos às minhas orações e por isso
Que te peço, refaz-me...
Refaz-me Senhor quebra meu interior...
E quando vejo que nada sou capaz de fazer,
Eu posso me entregar a Cristo que tudo Ele vê...


Refaz-me Senhor, quebra meu interior...
Transforma a minha vida, faz de mim um novo ser




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