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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Salvos por Esperança

Ellen G. White 

                Salvos por Esperança


"Em esperança, somos salvos." Rom. 8:24. Os caídos devem ser levados a sentir que não é demasiado tarde para serem íntegros. Cristo honrou o homem com Sua confiança, deixando-o então sob a vigilância de sua própria honra. Mesmo aqueles que haviam caído mais baixo, Ele tratava com respeito. Era para Cristo uma contínua dor o contato com a inimizade, a depravação e a impureza; nunca, porém, soltou Ele uma expressão que mostrasse estarem as Suas sensibilidades chocadas ou ofendidos os Seus apurados gostos. Fossem quais fossem os maus hábitos, os fortes preconceitos ou as dominantes paixões das criaturas humanas, Ele as encarava a todas com piedosa ternura. Ao partilharmos de Seu Espírito, olharemos todos os homens como irmãos, com idênticas tentações, caindo muitas vezes e lutando por se erguer novamente, combatendo contra o desânimo e as dificuldades, sedentos de simpatia e auxílio. Então nos aproximaremos deles de modo a não desanimá-los nem repeli-los, mas a suscitar a esperança em seu coração. Ao serem assim animados, poderão dizer em

"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão." Rom. 14:12 e 13.

 

Confiança: "Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz." Ele julgará "a minha causa" e executará "o meu direito". Ele trazer-me-á "à luz, e eu verei a Sua justiça." Miq. 7:8 e 9.

Deus "da Sua morada contempla todos os moradores da Terra.

Ele é que forma o coração de todos eles". Sal. 33:14 e 15.

Ele nos manda, no trato com os tentados e errantes, olhar "por ti mesmo, para que não sejas também tentado". Gál. 6:1. Com um senso de nossas próprias enfermidades, teremos compaixão das enfermidades dos outros.

"Quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido?" I Cor. 4:7. "Um só é o vosso Mestre, ... e todos vós sois irmãos." Mat. 23:8. "Por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? ... Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão." Rom. 14:10 e 13.

É sempre humilhante ver seus próprios erros apontados. Ninguém deveria tornar a prova mais amarga por desnecessárias censuras. Ninguém já foi conquistado por meio de repreensão; mas muitos têm sido assim alienados, sendo levados a endurecer o coração contra as convicções. Um espírito brando, uma maneira suave e cativante, pode salvar o desviado, e encobrir uma multidão de pecados.

O apóstolo Paulo achou necessário reprovar o erro, mas quão cuidadosamente procurou ele mostrar que era um amigo para os extraviados! Quão ansiosamente lhes explicava o motivo de seu proceder! Fazia-os compreender que lhe doía o causar-lhes dor. Mostrava a simpatia e confiança que tinha para com os que estavam lutando por vencer.

"Em muita tribulação e angústia de coração, vos escrevi", disse ele, "com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho." II Cor. 2:4. "Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido; ... agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento. ... Porque, quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio. ... Por isso, fomos consolados." II Cor. 7:8, 9, 11 e 13.

"Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós." II Cor. 7:16. "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas, pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. Tendo por certo isto mesmo: que Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo. Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração." Filip. 1:3-7. "Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados." Filip. 4:1. "Porque, agora, vivemos, se estais firmes no Senhor." I Tess. 3:8.

Paulo escrevia a esses irmãos como a "santos em Cristo Jesus" (Filip. 4:21); mas não estava escrevendo a pessoas de caráter perfeito. Escrevia-lhes como a homens e mulheres que estavam lutando contra a tentação, e se achavam em perigo de cair. Apontava-lhes "o Deus de paz" que "tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, Grande pastor das ovelhas". Assegurava-lhes que, "pelo sangue do concerto eterno" Ele os aperfeiçoaria "em toda a boa obra, para fazerdes a Sua vontade, operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus". Heb. 13:20 e 21.

Quando uma pessoa em falta se torna consciente de seu erro, cuidai em não lhe destruir o respeito de si mesma. Não a desanimeis pela indiferença ou a desconfiança. Não digais: "Antes de lhe dar minha confiança, quero esperar para ver se ela persevera." Freqüentemente essa mesma desconfiança faz com que o tentado tropece.

Devemos esforçar-nos por compreender as fraquezas dos outros. Pouco sabemos nós das provas de coração daqueles que têm estado ligados em cadeias de trevas, a quem falta resolução e poder moral. Por demais lastimável é a condição daquele que sofre ao peso do remorso; é como uma pessoa aturdida, cambaleante, a afundar-se no pó. Não pode ver nada com clareza. A mente se acha obscurecida, não sabe que passo há de dar. Muita pobre alma é mal compreendida, mal apreciada, cheia de aflição e de angústia - uma ovelha desgarrada, perdida. Não pode encontrar a Deus, e experimenta todavia intenso anseio de perdão e de paz.

Oh, não deixeis escapar nenhuma palavra que vá causar dor mais profunda ainda! À alma cansada de uma vida de pecado, mas não sabendo onde encontrar alívio, apresentai o compassivo Salvador. Tomai-a pela mão, erguei-a, dirigi-lhe palavras de ânimo e esperança. Ajudai-a a segurar a mão do Salvador.

Desanimamos muito facilmente com os que não correspondem imediatamente aos nossos esforços. Nunca devemos deixar de trabalhar por uma pessoa enquanto houver um raio de esperança. Os seres humanos custaram a nosso Redentor demasiado caro para serem levianamente abandonados ao poder do tentador.

Necessitamos colocar-nos a nós mesmos no lugar dos tentados. Considerai o poder da hereditariedade, a influência das más companhias e do ambiente, a força dos maus hábitos. Podemos nós admirar-nos de que, sob tais influências, muitos se degradem? Podemos admirar que sejam tardios em corresponder aos nossos esforços pelo seu reerguimento?

Muitas vezes, quando conquistados para o evangelho, aqueles que se afiguravam vulgares e não promissores, achar-se-ão entre os mais leais de seus adeptos e defensores. Não estão inteiramente corrompidos. Sob um desagradável exterior, há impulsos bons que podem ser atraídos. Sem a mão ajudadora, muitos há que nunca se haveriam de restabelecer, mas mediante esforço paciente e perseverante, podem ser levantados. Essas pessoas requerem ternas palavras, bondosa consideração, auxílio real. Necessitam aquela espécie de conselho que não extinguirá o débil raio de ânimo na alma. Considerem isso os obreiros que se põem em contato com elas.

Serão encontrados alguns cuja mente foi por tão longo tempo desacreditada que nunca na vida se tornarão aquilo que poderiam ter sido sob mais favoráveis circunstâncias. Mas os brilhantes raios do Sol da Justiça podem resplandecer na alma. É seu privilégio possuir aquela vida que se estende paralela à vida de Deus. Implantai-lhes na mente pensamentos que elevem e enobreçam. Que vossa vida lhes patenteie a diferença entre o vício e a pureza, as trevas e a luz. Leiam eles em vosso exemplo o que significa ser cristão. Cristo é capaz de levantar os maiores pecadores, colocando-os no estado em que serão reconhecidos como filhos de Deus, herdeiros com Cristo da herança imortal.

Pelo milagre da divina graça, muitos podem tornar-se aptos para uma vida de utilidade. Desprezados e abandonados, perderam por completo o ânimo; talvez pareçam insensíveis e indiferentes. Sob o ministério do Espírito Santo, todavia, a estupidez que faz parecer impossível seu reerguimento desaparecerá. A mente pesada, obscurecida, despertará. O escravo do pecado será posto em liberdade. O vício desaparecerá, será vencida a ignorância. Mediante a fé que opera por amor, o coração será purificado e a mente, iluminada.


Do Livro A Ciencia Do Bom Viver  Pags.  165 - 169

Auxílio aos Tentados

 Ellen G White 

                           Auxílio aos Tentados

 

Não foi porque nós O amássemos primeiro que Cristo nos amou; mas, "sendo nós ainda pecadores" (Rom. 5:8), Ele morreu por nós. Não nos trata segundo os nossos merecimentos. Embora nossos pecados mereçam condenação, Ele não nos condena. Ano após ano, tem lidado com a nossa fraqueza e ignorância, com nossa ingratidão e extravios. Apesar desses desvios, nossa dureza de coração, nossa negligência de Sua santa Palavra, Sua mão ainda se acha estendida para nós.

A graça é um atributo de Deus, exercido para com as indignas criaturas humanas. Não a buscamos, porém ela foi enviada a procurar-nos. Deus Se regozija de conceder-nos Sua graça, não porque somos dignos, mas porque somos tão completamente indignos. Nosso único direito a Sua misericórdia é nossa Grande necessidade.

O Senhor Deus, por intermédio de Jesus Cristo, estende o dia todo a mão num convite aos pecadores e caídos. A todos receberá. Dá as boas-vindas a todos. É Sua glória perdoar ao maior dos pecadores. Ele tomará a presa ao valente, libertará o cativo, tirará do fogo o tição. Baixará a áurea cadeia de Sua misericórdia às mais baixas profundezas da ruína humana, e erguerá a degradada alma, contaminada pelo pecado.

 

Toda criatura humana é objeto de amoroso interesse por parte dAquele que deu a vida a fim de reconduzir os homens a Deus. Almas culpadas e impotentes, sujeitas a ser destruídas pelos ardis e artes de Satanás, são cuidadas como a ovelha do rebanho o é pelo pastor.

O exemplo do Salvador deve ser a norma de nosso serviço pelo tentado e o errante. O mesmo interesse e ternura e longanimidade que Ele tem manifestado para conosco, nos cumpre mostrar para com os outros. "Como Eu vos amei a vós", diz Ele, "que também vós uns aos outros vos ameis". João 13:34. Se Cristo habita em nós, manifestaremos Seu abnegado amor para com todos com quem temos de tratar. Ao vermos homens e mulheres necessitados de simpatia e auxílio, não devemos indagar: "São eles dignos?", mas: "Como os poderei beneficiar?"

Ricos e pobres, elevados e humildes, livres e servos, todos são herança de Deus. Aquele que deu a vida para redimir os homens vê em toda criatura humana um valor que excede ao cálculo finito. Pelo mistério e glória da cruz, devemos discernir

 

Sua estimativa do preço de uma alma. Quando assim fizermos, sentiremos que a criatura humana, embora degradada, custou demasiado para ser tratada com frieza e desdém. Compreenderemos a importância de trabalhar por nossos semelhantes, para que sejam exaltados ao trono de Deus.

A moeda perdida da parábola do Salvador, conquanto se achasse na sujeira e lixo, era ainda um pedaço de prata. Sua possuidora buscou-a porque era de valor. Assim toda pessoa, ainda que desvalorizada pelo pecado, é aos olhos de Deus considerada preciosa. Como a moeda trazia a imagem e inscrição do poder dominante, assim apresentava o homem na sua criação a imagem e inscrição de Deus. Embora estejam ao presente manchadas e obscurecidas pela influência do pecado, os traços dessa inscrição permanecem em cada pessoa. Deus deseja readquiri-la para reimprimir sobre ela Sua própria imagem em justiça e santidade.

Quão pouco nos ligamos com Cristo em simpatia naquilo que devia ser o mais forte laço de união entre nós e Ele - a compaixão para com os depravados, culpados, sofredores, mortos em ofensas e pecados! A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado. Muitos pensam que estão representando a justiça de Deus, ao passo que deixam inteiramente de Lhe representar a ternura e o Grande amor. Muitas vezes aqueles a quem eles tratam com severidade e rispidez se acham sob o jugo da tentação. Satanás está lutando com essas pessoas, e palavras ásperas, destituídas de simpatia, desanimam-nas, fazendo-as cair presa do poder do tentador.

Delicada coisa é o trato com a mente dos homens. Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Podeis erguer-vos inflexivelmente, pensando: "Sou mais santo do que tu", e não importa quão correto seja o vosso raciocínio ou quão verdadeiras as vossas palavras, elas jamais tocarão corações. O amor de

 

Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria.

Necessitamos mais da simpatia natural de Cristo; não somente simpatia pelos que se nos apresentam irrepreensíveis, mas pelas pobres almas sofredoras, em luta, que são muitas vezes achadas em falta, pecando e se arrependendo, sendo tentadas e vencidas de desânimo. Devemos dirigir-nos a nossos semelhantes tocados - como nosso misericordioso Sumo Sacerdote - pelo sentimento de suas enfermidades.

Eram os rejeitados, os publicanos e pecadores, os desprezados pelos povos, que Cristo chamava, e por Sua amorável bondade os compelia a aproximar-se dEle. A classe que Ele nunca favorecia era a daqueles que ficavam à parte na própria estima, e olhavam os outros de alto para baixo.

"Sai pelos caminhos e atalhos, e força-os a entrar", ordena-nos Cristo, "para que a Minha casa se encha." Luc. 14:23. Em obediência a esta palavra, devemos ir aos não-convertidos que se acham perto de nós, e aos que estão distantes. Os "publicanos e as meretrizes" (Mat. 21:31) devem ouvir o convite do Salvador. Por meio da bondade e da longanimidade de Seus mensageiros, o convite se torna um poder para erguer os que se acham imersos nas maiores profundezas do pecado.

Os motivos cristãos exigem que trabalhemos com um firme desígnio, um infatigável interesse e crescente insistência, por essas almas a quem Satanás está procurando destruir. Coisa alguma nos deve esfriar a fervorosa, anelante energia pela salvação dos perdidos.

Notai como através de toda a Palavra de Deus se manifesta o espírito de insistência, de implorar a homens e mulheres que se cheguem a Cristo. Devemo-nos apoderar de toda oportunidade, tanto em particular como em público, apresentando todo argumento, insistindo com razões de peso infinito para atrair homens ao Salvador. Com todas as nossas forças nos cumpre insistir com eles para que olhem a Jesus, e aceitem

 

Sua vida de abnegação e sacrifício. Devemos mostrar que esperamos que eles dêem alegria ao coração de Cristo, usando todos os Seus dons para honra de seu nome.


Do Livro A Ciencia do Bom Viver -  Pags 161 - 165

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A Porta Santa


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INTRODUCÃO:

1. Aqueles que estiveram em Roma e no Vaticano em 1975, recordarão que esse foi o 26.º ano santo.

A  2. Entre as coisas mais interessantes que terão visitado, estão as 4 portas santas, as quais estão lacradas e só estão abertas à visitação pública nos anos chamados santos.

3. Sem dúvida, poderemos aprender coisas bem interessantes ao analisarmos o assunto das portas santas.

4. Comecemos com a história dos anos santos.

I. HISTÓRIA  DO  ANO  SANTO  E  O  SENTIDO  QUE  LHE  É  ATRIBUÍDO

1. Pelo Natal do ano 1299, começou a circular um rumor entre os peregrinos que chegavam a Roma:
a)     O papa, em virtude do Ano Novo, concederia um amplo e generoso perdão; e uma remissão de todas as culpas e pecados cometidos.
b)    Faziam alusão a uma ocorrência semelhante nos anos de 1200, 1100 e 1000.

2. O rumor chegou ao palácio papal.
a)     Bonifácio VIII, napolitano sagaz, reuniu seus cardeais e lhes pediu que investigassem a fundo os arquivos.
b)    Não encontraram nenhum documento que comprovasse a hipotética indulgência do ano 1200.

3. Bonifácio VIII, atento ao clamor popular, promulgou a Bula intitulada "Antiquera habet fido relatio", em 22 de fevereiro de 1300.
a)     Ofereceria uma indulgência plena àqueles que durante o ano 1300 e sucessivos anos centenários freqüentassem por 30 dias se eram residentes e por 15 dias, se se tratava de estrangeiros, continua ou alternadamente a duas basílicas: São Pedro no Vaticano e São Paulo, fora, localizada no caminho que vai para Ostia, confessando seus pecados e arrependendo-se sinceramente.

4. O segundo ano santo.
a)     Foi um êxito. Assistiram a ele e uns milhões de peregrinos.
b)    Foi em 1350.
c)     Os períodos foram encurtados. Clemente VI recebeu em Avignon o pedido de fazê-lo com mais freqüência.
d)    Foram incorporados S. João de Latrão e Santa Maria a Maior.

5. Períodos mais curtos.
a) Urbano VI, com 33 anos (idade de cristo).
Seria em1383. Morreu. Foi em1390.
b)    Bonifácio IX: ordena o seguinte para ele.
c)     Urbano VI: em 1423.
d)    Paulo II: em1450.
e)     Finalmente fica a tradição de fazê-lo cada 25 anos.

II. ACERCA  DAS  PORTAS  SANTAS

1. Virtudes atribuídas ao passar pela "Porta Santa".
a)     Como são abertas ao público uma vez cada 25 anos (mais ou menos).
(1)  quem passa por elas tem indulgência plena.

2. A porta da basílica de São Pedro.
a)     Instituída por Bonifácio VIII em 22-2-1300 (Bula Antiquera habet fido relatio). Junto com a de São Paulo, fora dos muros de Roma.
b)    É a quinta porta, na extrema à direita.

3. O ritual na Porta de São Pedro.
Alexandre VI, no século XVI, revisou as cláusulas de seus predecessores, codificando a liturgia e introduzindo o cerimonial da Porta Santa.
a)     A porta que está tapada por uma parede de reboque liso, com uma cruz negra, permanece assim fechada por 1/4 de século.
b)    No começo do ano: Acompanhado por seu cortejo, entre hinos e salmos alusivos, majestosamente vestido, o Papa caminha até a porta.
(1)   Bate na porta 3 vezes com um martelo de prata e cabo de marfim enquanto pronuncia palavras rituais.
(2)   A parede que foi previamente secionada, é demolida por operários.
(3)   Com uma vela acesa na mão esquerda e uma cruz na direita, penetra na nave.
(4)   Há uma marcha em procissão até a capela mais próxima, onde se exibe a "Piedade" de Miguel Ângelo.
(5)   Dirige uma breve alocução e conclui o ato.
c)     Simultaneamente, cardeais incumbidos pelo Papa abrem as portas santas das outras três igrejas.
d)    No final do ano santo:
(1)  O último a sair é o Papa.
(2)  Com uma colher de prata coloca os primeiros três tijolos.
(3)  Os operários terminam a tarefa.
1.     A basílica de São Paulo fora dos muros
a)     Localizada no caminho para hóstia, fora do cinturão murado que protegia a cidade.
b)    Sua porta Santa foi instituída junto com a de S. Pedro, pelo Papa Bonifácio VIII.
(1)  (Bula Antiquera habet fido relatio)
(2)  (22-2-1300)

5. A basílica de São João de Latrão.
a)     Instituída ao ser estabelecido o 2.º ano santo que foi em 1350, por clemente VI.

6. A basílica de Santa Maria Maior.
a) Foi a quarta a ser estabelecida, no Esquilino.

III. É  BÍBLICO  TUDO  ISSO?

1. Qual é o método para obter perdão?
a)     Chegar a Roma?
b)    Cruzar a Porta Santa, no ano santo?
c)     Comprar indulgências?
(1) São Pedro não concordava. Atos 8:20-22.

2. Qual é a base desse sistema?
a)     Méritos humanas.
b)    Esforços humanos.
c)     Pagar o perdão.
(1)  Com dinheiro.
(2)  Com penitência.
(3)  Com sacrifícios próprios.

3. Lutero tentou fazer isso quando subia a "Escada de Pilatos".
a)     Por decreto Papal se prometia indulgência a todo aquele que subisse de joelhos a "escada de Pilatos".
(1)   Que havia sido levada milagrosamente de Jerusalém para Roma.
(2)   Essa foi a escada que Lutero subia, que rendo livrar a alma do seu tio do purgatório, quando veio à sua mente, Romanos 1:17.

4. Porque é inaceitável a idéia de "salvar os mortos".
a)     Romanos 14:12.
b)    Ezequiel 18:20.
c)     Hebreus 9:27.
d)    Estão inconscientes. Eclesiastes 9:5-6.

5. De acordo com o que Deus diz, como se salva o pecador?
a) Méritos humanos não servem.
(1) Não importa que métodos busquemos.
- Jeremias 2:22
- Jeremias 13:23.
Somos pecadores por natureza, e tudo que a natureza pecaminosa pode praticar são atos pecaminosos.
(3)   Aquilo que temos de melhor em nós não serve para resolver o problema do pecado. Isaías 64:6.
b)    Não há método humano que possa pagar a salvação.
c)     Deus só nos justifica pela graça. Romanos 3:24-26. 
d)    Não há sequer um só vestígio da justiça humana. Efésios 2:8,9.
e)     "o justo viverá pela fé." Romanos 1:17.

IV. HÁ  UMA  ÚNICA  PORTA  SANTA  QUE  SALVA

1. Não é nenhuma das quatro instituídas por Roma.
a)     Essas representam os méritos, as obras praticadas pelo ser humano.
b)    Oferecem uma salvação decretada por homens.

2. A única Porta Santa pela qual conseguimos perdão é Cristo.
S. João 10:7-10.

3. Como se entra através de Cristo?
a)     Crendo em Jesus. S. João 3:16.
(1)  Crendo em Seu amor.
(2)  Crendo que Ele morreu por nós.
(3)  Crendo que Seu sangue tem poder para lavar-nos do pecado. I S. João 1:7.
b)    Expressando toda essa confiança e fé em Cristo como único e suficiente Salvador, mediante o batismo. Atos 2:37-38.
c)     Que acontece se pecamos depois? I S. João 2:1 e 1:9.

CONCLUSÃO:

1.     Assim como Ele disse ser o único caminho para Deus, S. João 14:6, disse também "Eu sou a porta" S. João 10:7-10.

2.     Cada 25 anos? 2 Coríntios 6:2.


quarta-feira, 2 de abril de 2014

O escândalo de uma graça radical




Por Hermes C. Fernandes
A graça é um insulto ao nosso senso de justiça própria. Ela subverte completamente nossa lógica fundamentada na performance e no mérito. Como entender que o Deus santo e justo poderia se relacionar com gente de nossa laia sem impor qualquer condição? E como admitir Sua disposição em aceitar em Sua companhia gente que consideramos ainda pior do que nós?

Ultrajados em nossa presunção religiosa, estabelecemos condições sine qua non que devem ser preenchidas para que pecadores iguais ou piores do que nós sejam aceitos por Deus. Em nossa mentalidade medíocre Deus faria certa concessão aos pecadores "desde que..."

Ora, se houver qualquer condição preliminar, logo, a graça é invalidada. Todas as razões para que Deus nos acolha devem estar exclusivamente n'Ele, não em nós. Portanto, o conceito de graça e o conceito de condições preliminares são mutuamente excludentes.

A lógica paulina é implacável:
"Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra." Romanos 11:6 
O problema é que quando pensamos em obras, somos remetidos às exigências da Lei. Porém, o conceito encerrado no termo "obras" é muito mais abrangente.

Sutilmente, afirmamos a graça ao mesmo tempo em que dizemos que Deus salva o pecador desde que este creia, se arrependa e obedeça aos mandamentos. Tudo isso soa tão piedoso que não percebemos sua contradição lógica.

O que é o arrependimento, senão uma obra? O mesmo pode-se dizer tanto do crer, quanto do obedecer. Se estas são condições que devem ser cumpridas para que sejamos salvos, logo, a graça se torna inútil e teremos do que nos gloriar diante de Deus. Ao chegarmos à glória derradeira poderemos dizer: "Aqui cheguei graças a algo que fiz. Fui salvo porque cri, me arrependi e obedeci."

Então, tais coisas não são importantes? Sim, são importantes, porém, não são condições preliminares para que se alcance a salvação.

Paulo põe uma pá de cau sobre qualquer pretensão humana de fazer da salvação uma conquista meritória:
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas." Efésios 2:8-10
 Alguns dirão que a graça é parte que compete a Deus, porém, a fé é a parte que nos cabe. Porém, Paulo afirma que mesmo a fé mediante a qual temos acesso à graça nada mais é do que manifestação desta própria graça. "Isto não vem de vós", brada o apóstolo. É um dom que recebemos ao ouvirmos a Palavra. Em Filipenses 129-30, o mesmo apóstolo diz que o crer em Cristo é uma concessão celestial.
"Pois vos foi concedido, por amor de Cristo, não somente o crer nele, mas também o padecer por ele." 
Repare nisso: até mesmo o padecer por amor a Ele não nos serve como razão para nos gloriarmos, pois também é uma concessão da graça. Portanto, deveríamos crer piamente em nossa incapacidade de crer sem uma intervenção da graça.

 Então, não é necessário que nos arrependamos ou que renunciemos às paixões pecaminosas?

Sim. Mas não são condições, e sim, consequências da ação da graça em nós. Lembre-se que, apesar de não sermos salvos pelas obras, somos salvos para as boas obras, "as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas". 

Não se tratam de exigências para que sejamos salvos. Quem pensa assim não leva em conta o estado espiritual lastimável no qual nos encontrávamos. Paulo diz que estávamos mortos em nossos delitos e pecados.
"Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo {pela graça sois salvos}." Efésios 2:4-5
Como exigir que um morto creia, se arrependa, renuncie a si mesmo e obedeça? Quando Cristo faz tais exigências, estava revelando a inabilidade humana em cumpri-las à parte da graça. Ele exige de nós o que não podemos pagar para depois revelar Sua misericórdia ao quitar nossa dívida. Isso fica claro na parábola do credor incompassivo.

Precisamos nos arrepender de atribuir ao nosso arrependimento um poder salvífico que ele não tem. É a graça divina que nos conduz ao arrependimento:
"Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?" Romanos 2:4 
Devemos renunciar nossa pretensão em achar que somos salvos pelas renúncias que fizermos. Qualquer renúncia verdadeira é patrocinada pela graça:
"Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente." Tito 2:11-12
À luz disso tudo, podemos afirmar sem medo de errar que o "negar a si mesmo" exigido por Jesus a Seus discípulos nada mais é do que admitir nossa incompetência em atender quaisquer condições. Só nos resta apelar à graça, e aceitar que esta é a única maneira para que a glória se mantenha intacta e seja inteiramente atribuída a Deus. Simplesmente, não há no que nos gloriar diante de Deus.

Disputamos com Paulo o título de "Principal dos pecadores". Se a graça foi capaz de nos alcançar a despeito de nossa miserável condição, que outro pecador ela também não alcançaria? Considerar-se o "principal" não é condição para sermos salvos, mas, definitivamente, é condição para que olhemos os demais com compaixão.

Como sugerido pela parábola do credor incompassivo, uma vez perdoados, devemos estender este perdão aos demais sem impor-lhes qualquer condição.  Não imponhamos aos outros condições que não nos foram impostas. Creiamos que Aquele que em nós começou a boa obra, igualmente a começou nos demais, e a completará no prazo determinado pelo Pai (Fp.1:6).


Fonte - http://www.hermesfernandes.com

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O orgulho humano, versus a Graça Divina




Tudo o que a gente faz, buscando agradar aos homens, ainda que este homem seja eu mesmo, não tem valor nenhum na presença de Deus. Mas quando nos colocamos na presença de Deus e deixamos que ele conduza nossa vida do jeito Dele, aí tudo dará certo, e lhe é agradavel.
O orgulho humano, diz, faz, se não morrerás. A Graça Divina diz, eu fiz, aceita e viverás.
Seremos salvos não pelo bem que fazemos, mas pelo bem que Jesus fez. 
Nossas boas obras não somos nós que as fazemos, mas é Jesus quem as faz em nós.
"Vivo não mas eu, mas Cristo vive em mim, e este viver, vivo pela fé" Amém, Aleluia!
Não sou eu que sou obediente, é Jesus que me faz obediente.
Não sou eu que consigo a salvação é Jesus que me salva, gratuitamente, sabendo que em mim nada ha de bom que se aproveite.
A gente cansa de tentar ser perfeito, e nunca fica cansado de se deixar embalar nos braços de Jesus.
Andar tentando fazer a vontade de Deus, é cansativo, frustante, ou mesmo decepcionante.
Deixar Jesus conduzir nossa vida é maravilhoso, delicioso e cheio de surpresas agradavéis.
De repente nos descobrimos fazendo as boas coisas, as boas obras,  que nunca imaginaríamos fazer.
Até nossas fraquezas e deslizes não nos desanimam nem nos faz recuar do caminho, pois nos damos conta de quem nos conduz, não nos deixará na estrada, e se ele que está nos conduzindo permitiu que caíssemos não foi para nos acusar, nem para nos abandonar, mas nos ensinar lições para o futuro, entre elas, ser tolerantes com os mais fracos que nós.

Quando nos colocamos ne presença de Deus e deixamos que ele conduza nossa vida do jeito Dele, aí tudo dará certo, e lhe é agradavel.

Pr. Manoel Barbosa da Silva


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