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sábado, 15 de fevereiro de 2025

COMO OBTER FORÇAS PARA ENFRENTAR OS PROBLEMAS

 

COMO  OBTER  FORÇAS  PARA  ENFRENTAR  OS  PROBLEMAS

 

INTRODUÇÃO:

1. No jardim de Tullerias, em Paris, encontra-se a estátua de uma mulher, provavelmente uma bailarina, cujo rosto está coberto com uma máscara. Vista de frente a uma certa distância, deixa ver um sorriso, mas à medida que se aproxima e a olha de perto, principalmente de perfil, vê-se uma grande angústia originada por alguma dor escondida.

Esta mulher quer mostrar ao público um rosto sorridente, mas na realidade está consumida por uma profunda dor.

Tal é a condição de nossa humanidade que procura mostrar sua alegria apesar da profunda ferida causada pelo pecado, o qual a faz sofrer, e finalmente a arrasta precipitando-a à morte.

2. A passagem por esta vida está cheia de problemas. Eclesiastes 2:23.

3. Entre outras coisas a aflição das enfermidades. Salmos 58:3-9.

4. Alguns se deixam esmagar pelos problemas, outros recorrem a Cristo para receber forças e vencer.

5. Estão os cristãos livres de problemas? Que disse o Senhor? S. João 16:33.

I. NÃO  ESTAMOS  SOZINHOS  NA  HORA  DE  NOSSOS  PROBLEMAS 

1. S. Paulo é claro ao explicar que frente aos problemas da vida o cristão reage diferente, Porque não está só. 2 Coríntios 4:8,9.

2. Não estamos a sós, pois Deus é nosso refúgio. Salmos 46:1.

3. Ele é o pai de toda consolação. Por isso é que nós, cristãos, temos paz em meio das nossas tribulações. 2 Coríntios 1:3,4

II. COMO  COMUNICAR-NOS  COM  DEUS

1. A única coisa que nos pode recomendar diante de Deus, e o único mérito que podemos ter, é nossa própria necessidade. Quando humildes, re conhecendo nossa miséria, recorremos a Deus e clamamos em nosso desespero, Ele nos ouve. Não é necessário que cumpramos complicados protocolos. Encontramos um exemplo em Salmos 34:6.

a)     ILUSTRAÇÃO: Certa noite, um cavalheiro foi a uma farmácia que estava de plantão e pediu remédios para combater a gripe. O farmacêutico, cumprindo com certos requisitos legais, perguntou ao cliente:

- Trouxe sua receita?

- Não, disse o cliente, mas trouxe comigo a gripe.

b)    Não são nossas aparências que nos recomendarão diante de Deus, mas a tragédia de nossa necessidade. Esse é o maior argumento que podemos esboçar diante de Deus, o qual deseja derramar Sua graça para nos redimir.

2. Quando abrimos a Deus o nosso coração como a um amigo, estamos realizando um ato que na Bíblia se chama "oração". Deus sempre escuta e responde a oração sincera. Por exemplo: Salmos 102:17.

a)     ILUSTRAÇÃO: Um casal saiu para realizar certas atividades e deixou o filhinho, de apenas dois anos, com a avó. Ao regressar viram um quadro realmente comovedor: A criança chorava com angústia e desespero; as lágrimas corriam-lhe pelo rosto, pescoço e mais além ainda; a avó, angustiada, procurava entender a linguagem da criatura que apenas se expressava por meio de monossílabos.

Apenas a porta se abriu, a mãe viu a cena, correu em direção do filho e perguntou-lhe: - Que aconteceu, querido?

A criança respondeu com seu vocabulário de monossílabos, formado por tá, me, to, lo, etc., e a mãe, sorridente, imediatamente disse: - O que ele disse é isto, e isto...

A mãe compreendeu a linguagem do filho. Assim, Deus contemplando as nossas necessidades, entenderá nossa linguagem.

b)    Há pessoas que pensam que são demasiadamente insignificantes para que o Senhor as escute.

c)     ILUSTRAÇÃO: Perguntaram a uma menina: "Você crê que Deus cuida de você? Você é tão pequena! A menina respondeu assim:

- Meu irmão é menor que eu, e mamãe passa mais tempo cuidando dele do que de mim. Se sou pequena, mais motivo terá Deus para cuidar de mim.

Exatamente isso diz a Sagrada Escritura. Que o Senhor ouviu a oração do desvalido não menospreza seus rogos.

3. A oração do filho de Deus é poderosa. Tiago 5:16.

a)     Fulton Shin disse: "Hoje em dia há milhares de pacientes deitados de costas que se sentiriam muito melhor se em troca se colocassem de joelhos."

4. Há uma diferença entre oração e reza. Nosso Senhor Jesus Cristo ensinou que cultivemos a oração. Isto e mais que repetir textualmente certas frases. "Orar é o ato de abrir o coração a Deus como a um amigo", e contar-Lhe com nossa própria linguagem nossas tristezas, problemas, e também alegrias. S. Mateus 6:5-8.

III. COMO  ORAR

1.     Os discípulos sentiram necessidade de aprender a orar.

S. Lucas 11:1.

2. Algumas coisas que se deve ter em conta ao orar são as seguintes:

a)     Orar em nome de Jesus, que é nosso único Mediador.

S. João 14:13,14.

b)    Orar com . S. Marcos 11:22,23.

ILUSTRAÇÃO: Em uma oportunidade, em certo povoado, os habitantes decidiram concentrar-se em uma data definida com o propósito de orar a Deus, cada um de acordo com suas convicções, para que chovesse, pois a seca ameaçava consumir a todos na ruína. O dia e hora indicados, todos acorreram à praça do pequeno povoado.

Todos oraram com fervor e energia. Todas tinham confiança que Deus poderia responder à oração. Mas a única pessoa que levou guarda-chuva foi uma menina de oito anos.

Devemos orar, não com uma fé teórica como a daquele grupo, mas com a fé simples e genuína da criança que, como cria que Deus daria água, já foi diretamente com seu guarda-chuva.

c)     Teremos que estar dispostos a obedecer ao Senhor.

1 S. João 3:22.

d)    Peçamos que seja feita a vontade dEle, pois é mais sábia.

1. S. João 5:14.

e)     ILUSTRAÇÃO: Duas pequenas irmãs estavam em um aposento de sua casa. A maior cuidava da menor que estava empenhada em alcançar algo com uma mão, enquanto a maior procurava impedi-la. A criança começou a chorar. A mãe, ouvindo o choro do outro cômodo, perguntou:

- Por que ela chora, filhinha? Dá-lhe o que ela quer. - Poucos instantes depois, a menina sentiu uma grande dor.

- Que aconteceu agora?

- É que a alcançou com a mão, mamãe.

- Que coisa alcançou? - perguntou a mãe.

- Alcançou uma abelha. Isso é o que ela queria e a senhora disse que lhe desse.

Nem sempre o que as crianças querem é bom para elas, e em alguns casos, mesmo que seja bom, não é o melhor. Mesmo assim, convém que confiemos na sábia vontade de Deus.

É bom que oremos como diz nos diz o Pai Nosso: "Faça-se a Tua vontade..."

- Disse alguém: "O que freqüentemente pedimos a Deus não é que nos permita fazer Sua vontade, mas que aprove a nossa".

- Uma poesia inglesa fala de um soldado que pediu forças para mandar, e recebeu fraqueza para obedecer. Pediu saúde para fazer coisas maiores e recebeu enfermidade para fazer coisas melhores. Pediu riqueza para ser feliz e recebeu pobreza para ser sábio. Pediu força para receber a honra dos homens e recebeu fraqueza para sentir a necessidade de Deus. Pediu todas as coisas para gozar a vida e recebeu a vida para gozar das coisas. Não recebeu nada do que pediu. Mas recebeu tudo o que desejava. Sua oração foi respondida e ele foi mais feliz.

IV. QUANDO  ORAR

1.     Quando estamos tristes. Salmos 102:17.

2.     Em caso de enfermidade. Tiago 5: 13-17.

3.     Para dar graças a Deus. Salmos 103: 1-2.

4.     Para confessar nossos pecados a Deus. Daniel 9:4,5.

5.     Devemos orar sempre. 1 Tessalonicenses 5:17.

V. VALE  A  PENA? 

1. Sim. Ele prometeu responder. S. Mateus 7:7-11.

CONCLUSÃO:

 1. (Pode ilustrar este tema contando alguma experiência pessoal na qual apareça a resposta de Deus à oração.)

2. Formule um apelo para cultivar diariamente oração.

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Os Anos Silenciosos

                       Os Anos Silenciosos


Desde Seus primeiros anos, [Cristo] viveu uma vida de trabalho. A maior parte de Sua vida terrestre foi gasta em paciente trabalho na oficina de carpintaria de Nazaré. Sob a aparência de um operário comum, o Senhor da vida pisou as ruas da pequena cidade na qual vivia, indo e vindo de Seu humilde trabalho. Anjos ministradores O assistiam enquanto caminhava lado a lado com agricultores e operários, sem ser reconhecido nem honrado. Review and Herald, 3 de outubro de 1912.

Ao longo de Sua infância e juventude, manifestou Ele a perfeição de caráter que marcou Sua vida posterior. Cresceu em sabedoria e conhecimento. Enquanto testemunhava as ofertas sacrificais, o Espírito Santo mostrou-Lhe que Sua vida seria sacrificada para a vida do mundo. Cresceu como uma tenra planta, não em grande e ruidosa cidade, cheia de confusão e problemas, mas nos retirados vales entre montanhas. Desde os primeiros anos foi protegido por anjos celestes, mas ainda assim foi Sua vida uma longa batalha contra os poderes das trevas. Agentes satânicos combinaram-se com instrumentos humanos para encher Sua vida de tentações e provas. Por intermédio de agentes sobrenaturais, Suas palavras, que eram vida e salvação para todos os que as recebiam e praticavam, foram pervertidas e mal-interpretadas. Signs of the Times, 6 de agosto de 1896.

Por Seu exemplo Jesus santificou a humilde senda da vida humana. Durante trinta anos foi habitante de Nazaré. Sua vida foi marcada por diligente trabalho. Ele, a Majestade do Céu, andou pelas ruas revestido da aparência de um humilde trabalhador. Subiu e desceu os caminhos das montanhas para ir e vir de seu trabalho. Não foram enviados anjos para outorgar-Lhe forças sobrenaturais, que Lhe facilitassem o trabalho ou evitassem o cansaço. Entretanto, ao prosseguir em Seus esforços para contribuir com o sustento da família através das lides diárias, possuía Ele o mesmo poder revelado na realização do milagre da multiplicação dos pães para saciar a fome de milhares, nas praias da Galiléia. Review and Herald, 1º de outubro de 1876.


Ellen White


A verdade Sobre os Anjos  Pag. 166, 167

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Qual o significado do batismo nas águas?

Qual o significado do batismo nas águas?


I. Introdução

Estamos aqui numa ocasião especial, onde receberemos como membro desta igreja, através desta cerimónia de batismo, o irmão  ........... que se preparou há muito e hoje resolveu selar sua vida com Jesus.

É por causa deste momento, que desejo refletir sobre o significado do batismo para nós crentes.

Jesus ordenou que todos os que cressem n’Ele fossem batizados na água. Em Mateus 28:18,19 o texto diz: “Aí então Jesus veio a eles e lhes disse: Toda a autoridade no céu e na terra foi dada a Mim. "Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

Assim, este batismo, que consideramos cerimonial, é uma manifestação externa de uma graça de Deus que internamente recebemos de Cristo.

Ele representa o testemunho público da fé que a pessoa tem no Senhor Jesus Cristo.

O Batismo Cerimonial com água também simboliza o lavar regenerador e renovador produzido pelo Espírito Santo no pecador perdido no ato da conversão.

O Batismo Cerimonial é obrigatório porque é uma ordenança deixada por Jesus à Sua Igreja. Jesus diz:

 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28.19).

II. O batismo cerimonial nos revela tres verdades importantes para nossas vidas:

a. Jesus Morreu… Eu Morri Com Ele

"Pois sabemos que o nosso antigo ego foi crucificado com Ele, afim de que o corpo do pecado pudesse ser aniquilado para que não mais fôssemos escravos do pecado — porque qualquer pessoa que morreu já foi liberta do pecado " (Rm 6:6.7).

A Bíblia não esta falando aqui de nossa morte física, mas da morte do velho homem. O velho homem que representa a nossa natureza dominada pelo pecado, morre e passamos a ser dominados totalmente por Cristo. E assim, pelo fato de você já ter "morrido" em Cristo, você enterra a sua antiga vida, entendendo que agora nos submetemos ao domínio do Senhor, simbolicamente através do batismo nas águas.

b. Ele Foi Sepultado…Eu Fui Sepultado Com Ele

“Ou vocês não sabem que todos nós, os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em Sua morte? Fomos, portanto, sepultados com Ele através do batismo na morte” (Rm 6:3.4).

c. Ele Ressuscitou…Tenho Uma Nova Vida N’Ele

"… a fim de que, assim como Cristo ressuscitou dentre os mortos através da glória do Pai. nós também pudéssemos viver uma nova vida. Se nos unimos com Ele em Sua morte, certamente também nos uniremos com Ele em Sua ressurreição" (Rm 6:4,5).

Romanos 6:4,5 esta nos mostrando que agora somos uma nova criação em Cristo! E assim vivemos uma nova vida!

É assim que a palavra diz: "Ora, se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele. Pois sabemos que uma vez que Cristo ressuscitou dentre os mortos, Ele não pode morrer novamente. A morte não mais tem domínio sobre Ele. "Em Sua morte, Ele morreu para o pecado de uma vez por todas, mas a vida que Ele vive, Ele a vive para Deus. Semelhantemente, considerem-se mortos para o pecado, porém vivos para Deus em Cristo Jesus"(Rm 6:8-11).

No batismo da água estamos declarando cerimonialmente a todos os nossos amigos e conhecidos que não temos compromisso algum com o Reino das Trevas.

Somos uma Nova Criação em Cristo e pertencemos ao Reino de Deus!

“Portanto, se qualquer pessoa está em Cristo, ela é uma nova criação. As coisas velhas já passaram e as coisas novas já vieram" (2 Co 5:17).

O batismo nos lembra que a nossa antiga vida foi aniquilada na morte de Jesus, e agora graças a ressurreição passamos a ter uma nova vida totalmente nova para viver.

3. Conclusão

Precisamos compreender que o Batismo Cerimonial não salva nem complementa nada na salvação de alguém, isto quer dizer que ele não tem poder salvífico.

 A salvação é uma dádiva de Deus recebida unicamente pela fé em Jesus Cristo.

O Batismo também não fará o crente mais santificado, nem mais forte, nem mais abençoado.

Então, perguntaria alguém, por que batizar se o batismo não tem virtude salvadora nem santificadora?

A resposta a esta pergunta é simples: Batizamos as pessoas porque Jesus mandou que os que cressem nEle fossem batizados (Mt 28.18,20).

Lembro que numa determinada Igreja, o pastor perguntou a uma menina de 12 anos de idade, no momento do batismo: “Por que você quer ser batizada?” A menina respondeu: “Por que só agora sei que Jesus é quem me salva”.

O batismo deve ser administrado naquelas pessoas que crêem no Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador.

 Em atos 8:36 após ouvir a palavra o eunuco pergunta a filipe: “… Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?

E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus… e Filipe o batizou”. (At 8.36).

Assim, a grande condição para que alguém possa ser batizado é que este tenha confessado com honestidade de coração que Jesus Cristo é o seu Senhor e salvador pessoal.

Que Deus abençoe a todos em nome de Jesus. 

Apostasia no Jordão

Apostasia no Jordão

 

Durante o tempo de seu acampamento ao lado do Jordão, Moisés esteve fazendo preparativos para a ocupação de Canaã. Neste trabalho o grande chefe esteve inteiramente empenhado; mas para o povo, este tempo de trégua e expectação foi mais probante, e antes que se passassem muitas semanas sua história foi mareada pelos mais medonhos desvios da virtude e integridade.

A princípio pouca comunicação houve entre os israelitas e seus vizinhos gentios; mas, depois de algum tempo, mulheres midianitas começaram a entrar furtivamente no acampamento. Sua aparência não provocara alarma, e tão silenciosamente eram executados os seus planos que a atenção de Moisés não foi chamada para o caso. Era o objetivo dessas mulheres, em sua associação com os hebreus, seduzi-los a transgredir a lei de Deus, atrair sua atenção para os ritos e costumes pagãos, e levá-los à idolatria.

Tais intuitos eram cuidadosamente ocultos sob o aspecto de amizade, de modo que não houve suspeita dos mesmos, até para os guardas do povo....

Por sugestão de Balaão, foi pelo rei de Moabe designada uma grande festa em honra a seus deuses, e arranjou-se secretamente que Balaão induzisse os israelitas a assistirem à mesma. Ele era considerado por estes como um profeta de Deus, e por isso teve pouca dificuldade em realizar seu propósito. Grande número de pessoas uniram-se a ele, testemunhando as festas. Aventuraram-se a ir ao terreno proibido, e foram enredados na cilada de Satanás. Iludidos pela música e dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua fidelidade para com Jeová. 

Unindo-se-lhes nos folguedos e festins, a condescendência com o vinho enuviou-lhes os sentidos e derribou as barreiras do domínio próprio. A paixão teve pleno domínio; e, havendo contaminado a consciência pela depravação, foram persuadidos a curvar-se aos ídolos. Ofereceram sacrifícios sobre os altares gentílicos, e participaram dos mais degradantes ritos....

Não demorou muito tempo para que o veneno se espalhasse, como uma infecção mortal, pelo acampamento de Israel. Aqueles que teriam conquistado seus inimigos na batalha, foram vencidos pelos ardis das mulheres gentílicas. O povo parecia ter endoidecido. Os príncipes e principais homens estavam entre os primeiros a transgredir, e eram tantos os culpados dentre o povo, que a apostasia se tornou nacional. Juntou-se pois "Israel a Baal-Peor". Núm. 25:3.

Quando Moisés se apercebeu do mal, as tramas de seus inimigos tinham sido tão bem-sucedidas que não somente se achavam os israelitas a participar do culto licencioso do Monte Peor, mas os ritos pagãos estavam vindo a ser observados no acampamento de Israel. O idoso chefe encheu-se de indignação, e acendeu-se a ira de Deus.

As suas práticas iníquas fizeram para Israel aquilo que todos os encantamentos de Balaão não poderiam fazer - separaram-nos de Deus....

"Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." I Cor. 10:11 e 12. 

Satanás bem conhece o material com que tem a lidar no coração humano. Ele sabe - pois tem estudado com diabólica intensidade durante milhares de anos - quais os pontos que mais facilmente podem ser assaltados no caráter de cada um; e durante gerações sucessivas tem ele operado a fim de subverter os homens mais fortes, os príncipes de Israel, pelas mesmas tentações que tiveram tanto êxito em Baal-Peor.

Todos os períodos da História se acham repletos de caracteres que naufragaram de encontro aos recifes da condescendência sensual.

Aproximando-nos do final do tempo, ao achar-se o povo de Deus nas fronteiras da Canaã celestial, Satanás redobrará, como fez antigamente, os seus esforços para os impedir de entrar na boa terra. Arma as suas ciladas a toda a alma.

Não é simplesmente o ignorante ou sem letras que necessita de ser guardado; ele preparará suas tentações para os que se encontram nas mais elevadas posições, no mais santo mister; se ele os puder levar a poluir a alma, poderá por meio deles destruir a muitos. E ele agora emprega os mesmos fatores que empregou há três mil anos atrás. Por meio de amizades mundanas, pelos encantos da beleza, pela procura de prazeres, folguedos, festins ou bebidas, tenta ele à violação do sétimo mandamento.

Foi associando-se com os idólatras e unindo-se às suas festas que os hebreus foram levados a transgredir a lei de Deus, e trazer Seus juízos sobre a nação. Assim, agora, é levando os seguidores de Cristo a associar-se com os ímpios e unir-se às suas diversões que Satanás é mais bem-sucedido ao induzi-los ao pecado. "Saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo." II Cor. 6:17.

Deus requer hoje de Seu povo uma distinção tão grande do mundo, nos costumes, hábitos e princípios, como exigia de Israel antigamente. Se fielmente seguirem os ensinos de Sua Palavra, existirá esta distinção; não poderá ser de outra maneira. As advertências feitas aos hebreus contra o identificarem-se com os gentios, não eram mais diretas ou explícitas do que as que vedam aos cristãos adaptar-se ao espírito e costumes dos ímpios. Cristo nos fala: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." I João 2:15. "A amizade do mundo é inimizade contra Deus"; "portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tia. 4:4. O

Muitos dos divertimentos populares do mundo hoje, mesmo entre aqueles que pretendem ser cristãos, propendem para os mesmos fins que os dos gentios, outrora. Poucos há na verdade entre eles, que Satanás não torne responsáveis pela destruição de almas.

Por meio do teatro ele tem operado durante séculos para despertar a paixão e glorificar o vício. A ópera com sua fascinadora ostentação e música sedutora, o baile de máscaras, a dança, o jogo, Satanás emprega para derribar as barreiras do princípio e abrir a porta à satisfação sensual.

 Em todo ajuntamento onde é alimentado o orgulho e satisfeito o apetite, onde a pessoa é levada a esquecer-se de Deus e perder de vista os interesses eternos, está Satanás atando suas correntes em redor da alma.

"Guarda o teu coração", é o conselho do sábio, "porque dele procedem as saídas da vida." Prov. 4:23. Conforme o homem "imaginou na sua alma, assim é". Prov. 23:7. O coração deve ser renovado pela graça divina, ou será em vão procurar pureza de vida. Aquele que tenta edificar um caráter nobre, virtuoso, independente da graça de Cristo, está edificando sua casa sobre areia movediça. Nas cruéis tempestades da tentação certamente será ela derribada. A oração de Davi deve ser a petição de toda alma: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto." Sal. 51:10. E, tendo-nos tornado participantes do dom celestial, devemos prosseguir até à perfeição, sendo "mediante a fé" "guardados na virtude de Deus". I Ped. 1:5.

Temos todavia uma obra a fazer a fim de resistirmos à tentação. Aqueles que não querem ser presa dos ardis de Satanás devem bem guardar as entradas da alma; emdev evitar ler, ver, ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros. A mente não deve ser deixada a divagar ao acaso em todo o assunto que o adversário das almas possa sugerir. "Cingindo os lombos do vosso entendimento", diz o apóstolo Pedro, "sede sóbrios, ... não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." I Ped. 1:13-15. Diz Paulo: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filip. 4:8. Isto exigirá oração fervorosa e incessante vigiar. Devemos ser auxiliados pela influência permanente do Espírito Santo, que atrairá a mente para cima, e habituá-la-á a ocupar-se com coisas puras e santas. E devemos fazer estudo diligente da Palavra de Deus. "Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra. Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o salmista, "para eu não pecar contra Ti." Sal. 119:9 e 11.

 

Patriarcas e Profetas Pag. 454 – 462

 

Grifos e destaques acrescentados


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A Origem do Mal

 

                     A Origem do Mal 

 

A Origem do Mal é um Mistério

Os anjos haviam sido criados cheios de bondade e amor. Amavam uns aos outros sem parcialidade e supremamente a Deus. Movidos por este amor, deleitavam-se em realizar a Sua vontade. A lei de Deus não lhes era um pesado jugo, antes compraziam-se em obedecer a Seus mandamentos e em ouvir a voz de Sua Palavra. Porém, nesse estado de paz e pureza, o mal originou-se com aquele que havia sido perfeito em todos os seus caminhos. O profeta disse a seu respeito: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezeq. 28:17. O pecado é algo misterioso e inexplicável. Não havia razão para a sua existência; tentar explicá-lo é procurar uma razão para ele, e isto seria justificá-lo. O pecado apareceu num Universo perfeito, algo que se revelou inescusável. Signs of the Times, 28 de abril de 1890.

Deus possuía conhecimento dos eventos futuros, antes mesmo da criação do mundo. Ele não adaptou Seus propósitos para que estes se amoldassem às circunstâncias, mas permitiu que as coisas se desenvolvessem. Não agiu para que certas condições surgissem, mas sabia que elas ocorreriam.

O plano que se colocaria em ação no caso de se rebelar alguma das elevadas inteligências celestiais - este era o segredo, o mistério oculto desde as eras passadas. Um oferecimento foi preparado pelos eternos propósitos, para realizar o próprio trabalho que Deus empreendeu em favor da humanidade caída. Signs of the Times, 25 de março de 1897.

A entrada do pecado no Céu não pode ser explicada. Fosse isto possível, arranjar-se-ia alguma razão para o pecado. Mas não houve a menor escusa para ele, e sua origem permanecerá cercada de mistério. Review and Herald, 9 de março de 1886.

Deus não criou o mal. Ele fez apenas o bem, à Sua própria semelhança. ... O mal, o pecado e a morte... são o resultado da desobediência, originada em Satanás. Review and Herald, 4 de agosto de 1910.

Os Primeiros Sinais do Mal

Houve um tempo em que Satanás se encontrava em harmonia com Deus, quando era sua alegria executar os divinos mandamentos. Seu coração encontrava-se cheio de amor e regozijo em servir ao Criador, até que começou a imaginar que sua sabedoria não derivava de Deus, sendo antes inerente a ele próprio, e que ele era tão digno quanto Deus de receber honra e poder. Signs of the Times, 18 de setembro de 1893.

Embora Deus houvesse criado Lúcifer nobre e belo, e lhe houvesse atribuído grande honra entre os anjos, não o colocara, todavia, fora da possibilidade de fazer o mal. Se Satanás decidisse pelo caminho errado, poderia escolhê-lo e assim perverter seus dons. Poderia haver permanecido no favor de Deus, amado e honrado por toda a multidão angélica, presidindo em sua exaltada posição com generoso e abnegado cuidado, exercendo seus nobres poderes para abençoar outros e glorificar seu Autor. Contudo, pouco a pouco, começou ele a procurar sua própria honra, e a empregar suas faculdades para atrair atenção e obter louvor para si mesmo. Gradualmente também conduziu os anjos, sobre os quais presidia, a lhe prestarem serviço, em vez de devotarem todas as suas energias ao serviço do Criador. The Spirit of Prophecy, vol. 4, pág. 317.

Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. ... Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Patriarcas e Profetas, pág. 35.

Deus Apresenta a Verdadeira Posição de Cristo

Antes que se iniciasse a grande luta, todos deveriam ter uma apresentação clara a respeito da vontade dAquele [Deus] cuja sabedoria e bondade eram a fonte de toda a sua alegria.

O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. ... Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. Patriarcas e Profetas, pág. 36.

O grande Criador reuniu os seres celestiais para poder, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. Este estava sentado no trono com o Pai, com a multidão celestial de santos anjos reunida à volta. Então o Pai fez saber que Ele próprio ordenara que Cristo, Seu Filho, fosse igual a Ele, de modo que, onde o Filho estivesse, estaria a Sua própria presença. A palavra do Filho deveria ser obedecida tão prontamente quanto a do Pai. O Filho fora investido de autoridade para comandar o exército celestial. Deveria Ele agir especialmente em união com o Pai no projeto de criação da Terra. ...

Satanás estava com inveja e ciúmes de Jesus Cristo. Não obstante, quando todos os anjos se inclinaram diante dEle para reconhecer Sua supremacia, elevada autoridade e direito de governar, Satanás também se prostrou, ainda que seu coração estivesse cheio de inveja e ódio. Cristo formava parte do conselho especial de Deus para a consideração de Seus planos, ao passo que Satanás os desconhecia. Não conhecia, nem lhe era permitido conhecer os propósitos de Deus. Por outro lado, Cristo era reconhecido como Soberano do Céu com poder e autoridade iguais aos do próprio Deus.

Satanás acreditou que ele próprio era o favorito no Céu, entre os anjos. Havia sido grandemente exaltado, mas... aspirava alcançar a altura do próprio Deus. Glorificava-se em sua própria altivez. Sabia que os anjos o honravam. Tinha uma missão especial a cumprir. Estivera próximo ao grande Criador, e os incessantes raios de luz gloriosa que rodeavam o Deus eterno haviam resplandecido especialmente sobre ele. Pensou em como os anjos haviam obedecido a seu comando com prazenteira espontaneidade. Não eram as suas vestiduras brilhantes e formosas? Por que, então, deveria Cristo ser honrado acima dele? The Spirit of Prophecy, vol. 1, págs. 17 e 18.

Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e, prostrando-se diante dEle, extravasaram seu amor e adoração. Lúcifer curvou-se com eles; mas em seu coração havia um conflito estranho, violento. A verdade, a justiça e a lealdade estavam a lutar contra a inveja e o ciúme. A influência dos santos anjos pareceu por algum tempo levá-lo com eles. ... De novo, porém, achou-se repleto de orgulho por sua própria glória. Voltou-lhe o desejo de supremacia, e uma vez mais condescendeu com a inveja de Cristo. Patriarcas e Profetas, págs. 36 e 37.

Lúcifer Inicia a Campanha Contra Cristo

Satanás... iniciou a obra de rebelião entre os anjos que estavam sob seu comando, procurando difundir entre eles o espírito de descontentamento. Agiu de modo tão ardiloso que muitos dos anjos se comprometeram com ele antes que seus propósitos fossem plenamente conhecidos. Review and Herald, 28 de janeiro de 1909.

Satanás... ambicionava as mais elevadas honras que Deus concedera a Seu Filho. Tornou-se invejoso de Cristo e começou a semear entre os anjos que o honravam como querubim cobridor, o sentimento de que não recebera a honra que sua posição demandava. Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874.

Mediante sutis insinuações de que Cristo usurpara o lugar que pertencia a ele, Lúcifer lançou as sementes da dúvida na mente de muitos dos anjos. Educational Messenger, 11 de setembro de 1908.

Sua [de Lúcifer] obra de engano foi efetuada com tão grande sigilo que os anjos em posições menos elevadas supuseram que ele era o governante do Céu. Este Dia com Deus, pág. 254.

Os anjos leais e sinceros procuraram reconciliar este anjo poderoso e rebelde com a vontade do Criador. Justificaram o ato de Deus de conferir honra a Jesus Cristo, e com poderosos argumentos tentaram convencer Satanás de que ele próprio não possuía agora menor honra do que antes de o Pai proclamar a honra especial conferida ao Filho. Mostraram-lhe claramente que Jesus era o Filho de Deus, existindo com Ele antes que os anjos houvessem sido criados, e que sempre estivera à destra de Deus, sem que Sua terna e amorável autoridade jamais tivesse sido questionada; tampouco dera Ele qualquer ordem que os seres celestiais não houvessem cumprido alegremente. Argumentaram que o fato de haver Cristo recebido honras especiais por parte do Pai, na presença dos anjos, não diminuía a honra que ele [Satanás] recebera até então. The Spirit of Prophecy, vol. 1, pág. 19.

[Lúcifer] obteve a simpatia de alguns de seus companheiros ao sugerir pensamentos de crítica no tocante ao governo de Deus. A semente daninha foi espalhada de modo sedutor; e depois que ela brotou e desenvolveu raízes na mente de muitos, recolheu ele as idéias por ele mesmo implantadas na mente de outros, e as apresentou diante das mais elevadas ordens de anjos como sendo os pensamentos de outras mentes contra o governo de Deus. SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.143.

Lúcifer havia a princípio dirigido suas tentações de tal maneira que ele próprio não pareceu achar-se comprometido. Os anjos que ele não pôde trazer completamente para o seu lado, acusou-os de indiferença aos interesses dos seres celestiais. Da mesma obra que ele próprio estava a fazer, acusou os anjos fiéis. Consistia sua astúcia em perturbar com argumentos sutis, referentes aos propósitos de Deus. Tudo que era simples ele envolvia em mistério, e por meio de artificiosa perversão lançava a dúvida sobre as mais claras declarações de Jeová. E sua elevada posição, tão intimamente ligada com o governo divino, dava maior força a suas representações. Patriarcas e Profetas, pág. 41.

O primeiro esforço de Satanás para destruir a lei de Deus - esforço este feito entre os santos habitantes do Céu - pareceu por algum tempo ser coroado de êxito. Grande número de anjos foram seduzidos. Patriarcas e Profetas, pág. 331.

O governo de Deus incluía não apenas os habitantes do Céu, como ainda todos os mundos criados. Satanás pensou que, se fosse capaz de arrastar consigo à rebelião as inteligências celestiais, também dominaria os outros mundos. Review and Herald, 9 de março de 1886.

Aqui, por certo tempo, Satanás esteve em vantagem; exultou a este respeito, em sua arrogante superioridade, sobre os anjos do Céu e até mesmo sobre Deus. ... Ele [Lúcifer] se disfarçara num manto de falsidade, e durante algum tempo foi impossível remover a máscara, para que a deformidade abominável de seu caráter pudesse ser percebida. Foi necessário esperar que ele próprio revelasse suas obras cruéis, astutas e más. The Spirit of Prophecy, vol. 4, pág. 319.

Concede-se Tempo a Lúcifer Para Executar Seus Planos

Deus, em Sua sabedoria, não expulsou Satanás imediatamente do Céu. Tal ato não haveria modificado seus planos, antes o teria fortalecido na rebelião, pois haver-lhe-ia acrescentado simpatia, como alguém com quem se lidara injustamente; e um maior número de anjos teria sido arrastado em rebelião junto com ele. Deveria ele receber mais tempo para o pleno desenvolvimento de seus princípios. Review and Herald, 9 de março de 1886.

Satanás queixou-se dos supostos defeitos na administração das coisas celestiais, havendo procurado encher a mente dos anjos com sua insatisfação. Visto não ser ele supremo, lançou sementes de dúvida e descrença. Em virtude de não ser como Deus, esforçou-se para instilar na mente dos anjos sua própria inveja e descontentamento. Assim as sementes da alienação foram plantadas, para depois serem apresentadas diante das cortes celestiais como sendo originárias, não da mente de Satanás, e sim da dos anjos. Desta maneira o enganador poderia mostrar que os anjos pensavam como ele. ...

Aquilo que Satanás havia inculcado na mente dos anjos - uma palavra aqui, outra ali - abriu o caminho para uma longa lista de suposições. Em sua forma astuta, extraiu ele expressões de dúvida da parte deles. Assim, quando foi questionado, acusou os que ele próprio havia doutrinado.

Colocou toda a desafeição nos lábios daqueles que havia dirigido. Review and Herald, 7 de setembro de 1897.

[Lúcifer] começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem as leis ser necessárias para os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia suficiente. Patriarcas e Profetas, pág. 37.

Lúcifer... tentou abolir a lei de Deus. Pretendeu que as inteligências não caídas do santo Céu não necessitavam de lei, sendo antes capazes de governarem a si mesmas e de preservarem imaculada integridade. Signs of the Times, 28 de abril de 1890.

Nem mesmo os anjos fiéis reconheceram plenamente seu [de Lúcifer] caráter. Esta é a razão por que Deus não o destruiu imediatamente. Se o tivesse feito, os santos anjos não teriam percebido o amor e a justiça de Deus. Uma só dúvida quanto à bondade de Deus teria sido como má semente, que produziria o amargo fruto do pecado e da desgraça. Por isto foi poupado o autor do mal, para desenvolver plenamente seu caráter. Parábolas de Jesus, pág. 72.

 Os Anjos Debatem as Questões

Enquanto alguns dos anjos se uniam a Satanás em rebelião, outros procuravam dissuadi-lo de seus propósitos e defendiam a honra e sabedoria de Deus em conceder autoridade a Seu Filho. Contudo Satanás se perguntava, por que razão teria Cristo recebido poder ilimitado e posto de comando mais elevado que o dele! Spiritual Gifts, vol. 3, pág. 37.

Satanás recusou-se a ouvir. Apartou-se então dos anjos leais e sinceros, acusando-os de servilismo. Esses anjos, fiéis a Deus, assombraram-se ao ver o êxito de Satanás em promover a rebelião. Ele prometeu-lhes um novo governo, melhor do que aquele que até então haviam conhecido, no qual tudo seria liberdade. Um grande número dos anjos revelou sua disposição em aceitar Satanás como líder e comandante-chefe. Ao perceber ele que suas propostas alcançavam sucesso, gabou-se de que chegaria a ter a seu lado todos os anjos, tornando-se igual ao próprio Deus, e que sua voz de autoridade seria ouvida em comando a todo o exército do Céu.

Uma vez mais os anjos leais admoestaram Satanás, assegurando-lhe de quais seriam as conseqüências se persistisse em rebelião; que Aquele que criara os anjos poderia, mediante Seu poder, subverter toda a autoridade deles e a terrível rebelião. E imaginar que um anjo pudesse resistir à lei de Deus, tão sagrada quanto Ele mesmo! Exortaram os rebeldes a fecharem os ouvidos aos enganadores raciocínios de Satanás e aconselharam Satanás e todos os que por ele haviam sido afetados, a ir a Deus confessando seu erro em haverem permitido até mesmo o pensamento de questionar a Sua autoridade. The Spirit of Prophecy, vol. 1, pág. 20.

Satanás foi astuto em apresentar o seu ponto de vista da questão. Tão logo percebia que determinada posição era vista em seu verdadeiro caráter, trocava-a por outra. Tal não ocorreu com Deus. Ele podia operar com apenas uma classe de armas - a verdade e a justiça. Satanás podia usar o que Deus não usaria: o engano e a fraude. Review and Herald, 9 de março de 1886.

  A ação subversiva [de Satanás] foi tão sutil que não apareceu diante dos seres celestiais do modo como em realidade era. ... Tal estado de coisas persistiu por longo tempo antes de Satanás ser desmascarado. SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.143.

Deus, em Sua grande misericórdia, suportou longamente a Satanás. Este não foi imediatamente degradado de sua posição elevada, quando a princípio condescendeu com o espírito de descontentamento, nem mesmo quando começou a apresentar suas falsas pretensões diante dos anjos fiéis. Muito tempo foi ele conservado no Céu. Reiteradas vezes lhe foi oferecido o perdão, sob a condição de que se arrependesse e submetesse. O Grande Conflito, págs. 495 e 496.

O espírito de descontentamento e desafeição nunca antes havia sido conhecido no Céu. Era um elemento novo, estranho, misterioso, inexplicável. O próprio Lúcifer não estivera a princípio ciente da natureza verdadeira de seus sentimentos; durante algum tempo receou exprimir a ação e imaginações de sua mente; todavia não as repeliu. Não via para onde se deixava levar. Entretanto, esforços que somente o amor e a sabedoria infinitos poderiam imaginar, foram feitos para convencê-lo de seu erro. Provou-se que sua desafeição era sem causa, e fez-se-lhe ver qual seria o resultado de persistir em revolta. Lúcifer estava convencido de que não tinha razão. Viu... que os estatutos divinos são justos, e que, como tais, ele os deveria reconhecer perante todo o Céu.

Houvesse ele feito isto, e poderia ter salvo a si mesmo e a muitos anjos. Ele não tinha naquele tempo repelido totalmente sua lealdade a Deus. Embora tivesse deixado sua posição como querubim cobridor, se contudo estivesse ele disposto a voltar para Deus, reconhecendo a sabedoria do Criador, e satisfeito por preencher o lugar a ele designado no grande plano de Deus, teria sido reintegrado em suas funções. Chegado era o tempo para um decisão final; deveria render-se completamente à soberania divina, ou colocar-se em franca rebelião. Quase chegou à decisão de voltar; mas o orgulho o impediu disto. Patriarcas e Profetas, pág. 39.

Deus Enfrenta o Desafio de Satanás

Nos concílios celestiais decidiu-se que, com base nos princípios pelos quais se atuaria, o poder de Satanás não fosse imediatamente destruído. O propósito de Deus era colocar todas as coisas sobre uma base de eterna segurança. Dever-se-ia conceder tempo para que Satanás desenvolvesse os princípios que constituiriam o fundamento de seu governo. O universo celestial deveria contemplar o resultado dos postulados que Satanás declarara serem superiores aos princípios de Deus. O sistema de Deus deveria ser contrastado com o sistema satânico. Os princípios corruptores do governo de Satanás deveriam ser revelados. Dever-se-ia demonstrar que os princípios de justiça expressos na lei de Deus são imutáveis, perfeitos e eternos. Review and Herald, 7 de setembro de 1897.

Os anjos leais apressaram-se em ir até o Filho de Deus e em informá-Lo do que estava ocorrendo entre os anjos. Encontraram o Pai em consulta com Seu amado Filho, determinando os meios pelos quais, em benefício dos anjos fiéis, a autoridade assumida por Satanás seria anulada para sempre. O grande Deus poderia haver expulsado imediatamente do Céu a este arquienganador; tal não era, porém, o Seu propósito. Daria ao rebelde uma chance justa de medir forças com Seu próprio Filho e os anjos leais. Nessa batalha cada anjo escolheria por si mesmo de que lado ficar, e manifestaria sua posição diante de todos os demais. The Spirit of Prophecy, vol. 1, pág. 21.

Lúcifer Torna-se Satanás

Satanás... determinou-se a se tornar um centro de influência. Uma vez que não podia ser a mais alta autoridade no Céu, tornar-se-ia a mais elevada autoridade em rebelião contra o governo do Céu. Seria cabeça, exerceria controle e não seria controlado. Review and Herald, 16 de abril de 1901.

Muitos dos simpatizantes de Satanás ficaram inclinados a atender ao conselho dos anjos leais, para se arrependerem de sua insatisfação e readquirirem a confiança do Pai e de Seu Filho amado. O grande revoltoso declarou então que estava familiarizado com a lei de Deus, e se ele se submetesse em obediência servil, sua honra lhe seria tirada. Não mais receberia o encargo de sua exaltada missão. Disse-lhes que tanto ele quanto os outros haviam ido longe demais para agora voltar, e que ele suportaria as conseqüências; que jamais se curvaria diante do Filho de Deus em adoração servil; que Deus não perdoaria, e que agora teriam de assegurar a liberdade deles e obter pela força a posição e autoridade que não se lhes havia sido concedida voluntariamente. The Spirit of Prophecy, vol. 1, págs. 20 e 21.

Tanto quanto dizia respeito ao próprio Satanás, era verdade que ele havia ido agora demasiado longe para que pudesse voltar. Mas não era assim com os que tinham sido iludidos pelos seus enganos. Para estes, os conselhos e rogos dos anjos fiéis abriram uma porta de esperança; e, se houvessem eles atendido a advertência, poderiam ter sido arrancados da cilada de Satanás. Mas ao orgulho, ao amor para com seu chefe, e ao desejo de uma liberdade sem restrições permitiu-se terem o domínio, e as instâncias do amor e misericórdia divinos foram finalmente rejeitadas. Patriarcas e Profetas, pág. 41.

Os Anjos Comparecem Diante do Pai

Toda a multidão angélica foi convocada a comparecer diante do Pai, para que cada caso fosse decidido. Satanás manifestou ousadamente sua insatisfação porque a Cristo fora dada preferência em relação a ele próprio. Ergueu-se orgulhosamente e sustentou que deveria ser igual a Deus, sendo convidado a participar com o Pai em Seus propósitos. Deus informou a Satanás que somente ao Filho revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, inclusive de Satanás, a mais implícita e inquestionável obediência; e que ele se demonstrara indigno de ocupar um lugar no Céu. Então Satanás apontou exultantemente a seus simpatizantes, que compreendiam quase metade dos anjos, e exclamou: "Esses estão comigo! Tu os expulsarás também, deixando um grande vazio no Céu?" Declarou então que se achava pronto a resistir à autoridade de Cristo, e a defender seu lugar no Céu pelo poder, força contra força. The Spirit Prophecy, vol. 1, pág. 22.

Até ao final da controvérsia no Céu, o grande usurpador continuou a justificar-se. Quando foi anunciado que, juntamente com todos os que com ele simpatizavam, deveria ser expulso das habitações de bem-aventurança, o líder rebelde confessou então ousadamente seu desdém pela lei do Criador. Reiterou sua pretensão de que os anjos não necessitam ser dirigidos, mas que deveriam ser deixados a seguir sua própria vontade, que sempre os conduziria corretamente. Denunciou os estatutos divinos como restrição à sua liberdade, declarando ser de seu intento conseguir a abolição da lei; que, livres desta restrição, os seres do Céu poderiam entrar em condições de existência mais elevada, mais gloriosa.

Concordemente, Satanás e seu exército lançaram a culpa de sua rebelião inteiramente sobre Cristo, declarando que se eles não houvessem sido acusados, não se teriam rebelado. O Grande Conflito, págs. 499 e 500.

O conhecimento possuído por Satanás e os que com ele caíram, quanto ao caráter de Deus, de Sua bondade, misericórdia, sabedoria e excelente glória, tornou imperdoável a culpa dos rebeldes. Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874. 

Ellen White

Do Livro A Verdade Sobre Os Anjos Pag. 30 - 54

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Ministério Atual dos Anjos

 Ellen White

                 Ministério Atual dos Anjos


Os Anjos nos Guardam

Um anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo. Estes vigias celestiais protegem aos justos do poder maligno. Isto, o próprio Satanás reconheceu, quando disse: "Porventura, teme Jó a Deus debalde? Porventura, não o cercaste Tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem?" Jó 1:9 e 10. O agente pelo qual Deus protege a Seu povo é apresentado nas palavras do salmista: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Sal. 34:7. Disse o Salvador, falando daqueles que nEle crêem: "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai." Mat. 18:10. Os anjos designados para ministrarem aos filhos de Deus têm em todo tempo acesso à Sua presença. O Grande Conflito, págs. 512 e 513.

Não sabemos que conseqüências terão um dia, uma hora ou um momento, e nunca devemos começar o dia sem encomendar nossos caminhos ao Pai celeste. Anjos Seus são comissionados para cuidarem de nós, e se nos colocarmos sob sua proteção, no tempo de perigo estarão ao nosso lado.

Quando inconscientemente estivermos em perigo de exercer influência má, os anjos estarão ao nosso lado, orientando-nos para um melhor procedimento, escolhendo-nos as palavras, e influenciando-nos as ações. Parábolas de Jesus, págs. 341 e 342.

Os anjos de Deus estão ao nosso redor. ... Oh, deveríamos saber essas coisas, temer e tremer, e assim pensar muito mais do que o havemos feito, no poder dos anjos de Deus que nos vigiam e guardam. ... Os anjos de Deus são comissionados pelo Céu a fim de guardar os filhos dos homens, e ainda assim estes se afastam da influência protetora daqueles, dirigindo-se para onde podem ter comunicação com os anjos maus. ... Oh, pudéssemos todos obedecer ao mandado do apóstolo! (II Cor. 6:17 e 18.) Manuscript Releases, vol. 5, pág. 125.

Anjos são enviados para ministrar aos filhos de Deus que são fisicamente cegos. Anjos guardam os seus passos e livram-nos de milhares de perigos que, desconhecidos a eles, juncam o seu caminho. Beneficência Social, pág. 240.

Eu iria escrever hoje sobre Cristo andando sobre o mar e acalmando a tempestade. Oh! como essa cena impressionou-me a mente! ... A majestade de Deus e Suas obras tomou posse de meus pensamentos. Ele segura os ventos em Suas mãos, Ele controla as águas. Seres finitos, simples pontinhos sobre as vastas e profundas águas do Pacífico, éramos nós à vista de Deus; contudo, anjos do Céu foram enviados de Sua excelente glória para proteger aquele pequeno barco à vela que estava singrando as águas. Este Dia com Deus, pág. 108.

Anjos Envolvem-se na Vida Familiar

O Senhor é servido pelo fiel obreiro doméstico tanto quanto, ou ainda mais, do que por aquele que prega a Palavra. Pais e mães deveriam compreender que são os educadores de seus filhos. Estes representam a herança do Senhor; e deveriam ser treinados e disciplinados de modo a formar caráter que o Senhor possa aprovar. Quando esse trabalho é feito cuidadosamente, com fidelidade e oração, anjos de Deus guardam a família, e a vida mais simples se torna sagrada. Australian Union Conference Recorder, 6 de setembro de 1909.

Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida; e o pai, ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. Vão com humildade, coração cheio de ternura, e com o senso das tentações e perigos que se acham diante de vocês e de seus filhos; pela fé, atem-nos ao altar, suplicando para eles o cuidado do Senhor. Anjos ministradores hão de guardar as crianças assim consagradas a Deus. Orientação da Criança, pág. 519.

Os anjos de Deus, milhares de milhares, ... nos guardam do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando destruir. Não temos nós motivos de ser a todo momento agradecidos, mesmo quando existem aparentes dificuldades em nosso caminho? A Ciência do Bom Viver, págs. 253 e 254.

Anjos de Deus vigiam sobre nós. Na Terra há milhares e dezenas de milhares de mensageiros celestes, enviados pelo Pai para impedir Satanás de obter qualquer vantagem sobre os que se recusam a andar no caminho do mal. E esses anjos, que guardam os filhos de Deus na Terra, estão em comunicação com o Pai, no Céu. Nos Lugares Celestiais, pág. 99.

Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a missão dos anjos. Convém lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais. Exércitos invisíveis, de luz e poder, auxiliam os mansos e humildes que crêem nas promessas de Deus e as invocam. Querubins, serafins e anjos magníficos em poder, estão à destra de Deus, sendo "todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". Heb. 1:14. Atos dos Apóstolos, pág. 154.

Anjos Iluminam Nossa Mente

Deus exorta Suas criaturas a que afastem a atenção da confusão e perplexidade que as rodeiam, e admirem a Sua obra. Os corpos celestes são dignos de contemplação. Deus os fez para benefício do homem e, ao estudarmos Suas obras, anjos de Deus estarão ao nosso lado para iluminar nossa mente e guardá-la do engano satânico. SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.145.

Anjos celestiais observam aqueles que buscam iluminação. Cooperam com os que procuram ganhar almas para Cristo. Bible Echo and Signs of the Times, 10 de dezembro de 1900.

Seu... [ministério aos] enfermos é um procedimento exaustivo, e vocês consumiriam gradualmente as fontes da vida caso não houvesse nenhuma mudança, nenhuma oportunidade para recreação, e se anjos de Deus os não guardassem e protegessem. Se pudessem ver os muitos perigos através dos quais vocês são guiados a salvo cada dia por esses mensageiros do Céu, a gratidão lhes brotaria do coração e encontraria expressão em seus lábios. Se fizerem de Deus a sua força, poderão, sob as circunstâncias mais desanimadoras, atingir uma altura e uma amplitude de perfeição cristã que dificilmente pensariam ser possível alcançar. Seus conceitos podem ser tão elevados, poderiam ter tão nobres aspirações, percepções claras da verdade e propósito de ação que vocês serão elevados acima de todos os motivos sórdidos. Conselhos Sobre Saúde, pág. 384.

Foi-me mostrado o perigo em que você está [ela se dirige aqui a um médico], e também me foi mostrado que seu anjo da guarda o tem preservado vez após outra de naufragar na fé. Meu irmão, eleve suas normas, eleve-as, e não se entristeça nem se desanime. Testimonies, vol. 8, pág. 175.

Anjos nos Ajudam a Fazer o que é Correto

Aprendam a confiar em Deus. Aprendam a ir Àquele que é poderoso para salvar. ... Contem ao amoroso Salvador exatamente aquilo que necessitam. Aquele que disse: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais" (Luc. 18:16), não rejeitará as orações de vocês, antes enviará os Seus anjos para guardar e protegê-los dos anjos maus, e para facilitar-lhes a prática do bem. Assim será muito mais fácil do que se tentarem fazê-lo em suas próprias forças. O sentimento de vocês será então sempre este: "Pedirei a Deus que me ajude, e Ele o fará. Realizarei o que é correto em Sua força. Não entristecerei os queridos anjos que Deus enviou para me guardarem. Jamais seguirei uma conduta que os separe de mim." An Appeal to Youth, págs. 55 e 56.

Se vocês procurarem suprimir todo mau pensamento ao longo do dia, então os anjos de Deus virão e habitarão com vocês. Esses anjos são poderosos em força. Lembrem-se de como o anjo veio ao sepulcro e como, diante da glória de sua presença, os soldados romanos caíram como mortos. Se um só anjo pôde demonstrar tal poder, que teria acontecido se todos os anjos que estão conosco houvessem estado presentes? Os anjos estão conosco todos os dias, guardando-nos e protegendo-nos dos assaltos do inimigo.

Vocês não estão sozinhos na batalha contra o mal. Pudesse erguer-se a cortina, vocês observariam os anjos do Céu lutando do lado de vocês. Isso eles precisam fazer; é seu trabalho guardar a juventude. "Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" Heb. 1:14. Milhares e dezenas de milhares, milhões e milhões de anjos ministram em favor da juventude. The Youth"s Instructor, 1º de janeiro de 1903.

Estou muito agradecida por poder visitar sua escola [que é agora o Colégio Oakwood]. Durante anos tenho feito o que está ao meu alcance para ajudar as pessoas negras, e em nenhum outro lugar encontrei o trabalho tão bem iniciado quanto aqui, no presente momento. Em todas as suas experiências, lembrem-se de que os anjos de Deus estão ao lado de vocês. Sabem o que vocês fazem, e estão presentes para guardá-los. Não façam coisa alguma que desagrade os anjos. À medida que vocês trabalharem e os anjos também, esta escola se tornará um lugar consagrado. Desejo ouvir dos êxitos que vocês alcançarem. Todo o Céu está interessado na atuação de vocês. Façamos o que estiver ao nosso alcance para ajudarmos uns aos outros a obter a vitória. Vivamos de tal modo que a luz do Céu brilhe em nosso coração e mente, habilitando-nos a apossarmos dos tesouros celestiais. Southern Field Echo, 1º de junho de 1909.

Anjos Auxiliam nos Esforços em Favor dos Perdidos

Quando as inteligências celestes observam aqueles que professam ser filhos e filhas de Deus empreenderem esforços cristãos para ajudar os errantes, manifestando um espírito terno e compassivo para com os arrependidos e caídos, os anjos colocam-se ao lado daqueles, trazendo-lhes à memória as próprias palavras que suavizarão e erguerão a alma. ... Jesus ofereceu Sua preciosa vida e Sua atenção pessoal ao menor dos filhos de Deus; e os anjos excelentes em poder acampam-se ao redor dos que temem a Deus. Healthful Living, pág. 277.

Os anjos são enviados das cortes celestiais, não para destruir, senão para vigiar e guardar as almas em perigo, para salvar o perdido, para trazer de volta ao redil os extraviados. "Não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo" (João 12:47), declarou Cristo. Não terão vocês, então, palavras de consolo para os errantes? Deixarão vocês que eles pereçam, ou lhes estenderão a mão ajudadora? Exatamente ao redor de vocês acham-se almas em perigo de perecerem. Não as conduzirão vocês, com as cordas do amor, para junto do Salvador? Não deixarão vocês de proferir condenações, falando antes palavras que as inspirem com fé e coragem? Review and Herald, 10 de maio de 1906.

É privilégio de todos os que cumprem as condições, saber por si mesmos que o perdão é oferecido amplamente para todo pecado. Abandonem a suspeita de que as promessas de Deus não se referem a vocês. Elas são para todo transgressor arrependido. Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas pelos anjos ministradores a toda alma crente. Caminho a Cristo, págs. 52 e 53.

Aqueles que trabalham pelo bem dos outros, estão operando em união com os anjos celestiais. Contam sempre com a companhia destes, e com seu incessante ministério. Anjos de luz e poder sempre estão perto, a fim de proteger, confortar, curar, instruir e inspirar. A mais elevada educação, a mais genuína cultura e o mais exaltado serviço possíveis aos seres humanos neste mundo, pertencem-lhes. Review and Herald, 11 de julho de 1912.

Os anjos do Céu atuam sobre a mente humana, a fim de despertar a pesquisa dos temas da Bíblia. Será realizada uma obra muito mais ampla que aquela até agora alcançada, e nenhuma glória será atribuída aos homens, pois os anjos que ministram em favor dos que hão de herdar a salvação, estão trabalhando noite e dia. Counsels to Writers and Editors, pág. 140.

Deus poderia ter confiado aos anjos celestiais a mensagem do evangelho e toda a obra de amoroso ministério. Poderia ter empregado outros meios para realizar o Seu propósito. Mas em Seu infinito amor preferiu tornar-nos cooperadores Seus, de Cristo e dos anjos, a fim de que pudéssemos participar da bênção, da alegria e do reerguimento espiritual que resultam desse abnegado ministério. Caminho a Cristo, pág. 79.

Anjos Fortalecem Nossa Fé

"O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Sal. 34:7. Deus encarrega Seus anjos de salvar Seus escolhidos da calamidade, de guardá-los da "peste que se propaga nas trevas", e da "mortandade que assola ao meio-dia". Sal. 91:6. Repetidas vezes têm anjos falado com homens, do mesmo modo como um homem fala com seu amigo, e os têm levado para lugares livres de perigo. Uma e outra vez têm as encorajadoras palavras dos anjos renovado o ânimo prostrado dos fiéis, desviando-lhes o espírito das coisas da Terra, levando-os a contemplar pela fé as vestes brancas, as coroas, as palmas da vitória que os vencedores receberão junto ao grande trono branco. Atos dos Apóstolos, pág. 153.

Entre aqueles que nos rodeiam, estão os exércitos do inimigo, que tratam de dividir o povo de Deus, e também os exércitos celestiais, milhões de milhões de anjos, que vigiam e guardam o tentado povo de Deus, animando-o e fortalecendo-o. São estes os que estão à nossa volta. Deus diz àqueles que nEle crêem: "Vocês caminharão entre eles. Os poderes das trevas não triunfarão sobre vocês. Estarão em pé na Minha presença à vista dos santos anjos, que são enviados a ministrar em favor dos que herdarão a salvação." General Conference Bulletin, 2 de abril de 1901.


Livro A Verdade Sobre Os Anjos; Pag. 15 - 22 

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