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terça-feira, 4 de abril de 2017

O DIA DA EXPIAÇÃO – UMA SOMBRA


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O DIA DA EXPIAÇÃO – UMA SOMBRA



RECAPITULANDO:







No estudo anterior, vimos  que a expiação era anual por tais  motivos.
1.  Os sacerdotes não podiam a todo tempo  entrar na presença de Deus. Levítico 16:2
2. O sangue de animais eram imperfeitos. Hebreus 10:2-3.

3. As repetições cerimonias apontavam sempre para um evento. Hebreus 9:26
4. Todo o ritual era uma pálida  sombra de bens futuros. Hebreus 10:1

Vimos também que a expiação no céu, ocorre em um tempo profético,  porquê:

1. Jesus está sempre na companhia do Pai. Hebreus 10: 12

2. O sangue de Cristo é eficaz  Hebreus 9:7,12

3. O período de 24 horas para a expiação, é símbolo de um tempo maior. Ex. Daniel 8:14. Salmo 90:4

4. Todo o ritual do Céu é realidade plena daquela sombra. Hebreus 9:11

Com tais razões apresentadas  ainda perguntamos: O povo de Deus deve observar o dia cerimonial da expiação como era observado no passado?



DEVEMOS OBSERVAR ESTE DIA?

Observe o texto a seguir:

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Colossenses 2:16-17

Observe que o Apóstolo não diz: “...que são ordenanças para o futuro. “  Mas: “sombras de coisas futuras”. Ele queria dizer que elas apontavam  acontecimentos proféticos e não que eram leis para o futuro. 
Se crêssemos assim, seríamos obrigados a prática de sacrifícios. Pois as comidas e as bebidas mencionadas no texto, eram a ingestão de animais e licores oferecidos no templo. Ver:   Hebreus 9:9-10. Números 28:7.

Quando cremos que a expressão: “sombra das coisas futuras”, representam acontecimentos proféticos,  ela se encaixa perfeitamente. Um exemplo disso é a Festa da Páscoa; que celebrada todos os anos,  apontava  para um único evento na história. Ver : Números 9:2. 1. Coríntios 5:7. 

Da mesma forma se cumprem as demais Festas.


A NATUREZA DA SOMBRA

1. Não Reflete Bem: Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Hebreus 10:1

A sombra não pode representar fielmente o objeto. A imagem projetada pela sombra  não reflete a realidade. Esta é  portanto, a penalidade da projeção: Quem seguí-la - sem compreender a sua fragilidade -  certamente vai errar. E  vai errar feio. 

2. É  FRACA E POBRE:  “Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós que haja eu trabalhado em vão para convosco.” Gálatas 4:9-11


3. SUA OBSERVÂNCIA SE TORNOU UM JUGO:  Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.” Atos 15:10-11


4.     NÃO É A VERDADE PRESENTE:

E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós”. Gálatas 2:4-5

Ele está dizendo que a verdade   do evangelho só era mantida se os discípulos se negassem  àquelas práticas cerimoniais; tais como: circuncisão,  sacrifícios,  festas, luas novas, sábados anuais e  expiações. Etc.

5.FOI ABOLIDA: tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz... portanto ninguém vos julgue...” Colossenses 2:14,16.

 Pelas razões apresentadas, concluímos que: A observância do  dia  da  expiação foi cancelada. Era uma sombra de uma realidade maior.  Representava um tempo profético.


REPETINDO:  A sombra não pode representar fielmente o objeto. A imagem projetada pela sombra  não reflete a realidade. Esta é  portanto, a penalidade da projeção: Quem seguí-la -  sem compreender a sua limitação - certamente vai errar. E vai errar feio. 


PARA REFLEXÃO:


“Conquanto a morte do Salvador pusesse termo à lei dos tipos e sombras não diminuiu no mínimo a obrigação imposta pela lei moral. Ao contrário, o próprio fato de que foi necessário Cristo morrer a fim de expiar a transgressão daquela lei, prova ser ela imutável”. PP 262.2

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Importância da Doutrina do Santuário para os Adventistas

Fonte - http://adventismoemfoco.wordpress.com


O povo de Deus é peculiar, especialmente quanto às suas crenças e práticas. O que foi dito por Hamã ao rei Assuero sobre o cativo povo de Deus na Pérsia aplica-se, com muita propriedade, à igreja remanescente dos últimos dias: “Existe [...] um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos” (Et 3:8).
De fato, o povo do advento tem práticas e crenças muito peculiares. Como demonstração disso, consideremos os seguintes exemplos: cremos em toda a Bíblia; harmonizamos a lei com a graça; fazemos distinção de leis; guardamos o sábado; sustentamos a imortalidade condicional da alma; consideramos o inferno uma realidade futura e de duração passageira; somos pré-milenaristas; sustentamos os princípios de saúde revelados por Deus; temos uma origem profética; reinvidicamos a posse do dom profético; cumprimos uma missão profética; temos uma escatologia pertinente; e ensinamos a verdade do santuário.
Ataques às colunas da fé – Algumas dessas crenças distintivas têm sido atacadas em várias partes do mundo por pessoas e movimentos, tanto de dentro como de fora da igreja. Faz poucas décadas, o teólogo Desmond Ford agitou nossos arraiais ao se desviar da interpretação histórica adventista sobre o santuário. Por um lado, isso causou muito sofrimento à igreja; por outro, esses movimentos contestatórios de verdades fundamentais trouxeram relevante benefício espiritual a muitas pessoas, especialmente os pastores de nossa igreja, que sentiram a necessidade de fazer um exame crítico da doutrina, resultando disso uma fé provada. No entanto, o reconhecimento desse fato não deve ser encarado como insinuação de que se deve desejar o surgimento de novos focos de contestação doutrinária.
O aparecimento de movimentos contestatórios, heréticos e dissidentes é previsto nos escritos bíblicos e nos de Ellen G. White, como veremos a seguir. Eis algumas predições bíblicas:
1. Nos últimos dias, alguns se desviariam da fé verdadeira, dando ouvidos a “espíritos enganadores e a doutrina de demônios” (1Tm 4:1).
2. Até os escolhidos seriam colocados à prova pelos terríveis sinais e prodígios de engano, operados por “falsos cristos e falsos profetas” (Mt 24:24).
3. Heresias destruidoras, introduzidas dissimuladamente por falsos mestres e profetas, infamariam “o caminho da verdade” (2Pe 2:1, 2).
4. Paulo, em suas epístolas, fala da “sabedoria carnal” (2Co 1:12, RC) dos sábios deste século; “da operação do erro” (2Ts 2:11) nos que “não acolheram o amor da verdade” (2Ts 2:10, RC); fala daqueles que “não suportarão a sã doutrina” (2Tm 4:3); dos “lobos devoradores” do rebanho; das oposições da falsa ciência, e das “filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens e segundo os rudimentos deste mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2:8, RC).
Assim, mediante as citações e expressões bíblicas neotestamentárias mencionadas, Deus predisse a obra e influência daqueles que, nos últimos dias, iriam negar, combater e tentar remover os pilares da verdade.
O Espírito de Profecia, por sua vez, preconizou que uma “obra de apostasia” terá lugar; haverá “uma confusão de fé” (Ellen G. White, O Cuidado de Deus [MM 1995], p. 332); “será deturpada uma verdade após outra” (ibid.); “serão removidos [...] os marcos (da verdade)” (ibid.); e “far-se-á uma tentativa para demolir as colunas de nossa fé” (ibid.). Após uma visão, Ellen G. White afirmou: “Os fundamentos de nossa fé [...] estavam sendo retirados, pilar por pilar. Nossa fé nada teria sobre o que se apoiar – o santuário estava eliminado, a expiação descartada. [...] Teorias sedutoras estão sendo ensinadas de tal modo que não as reconheceremos a menos que tenhamos um claro discernimento espiritual” (Olhando Para o Alto [MM 1983], p. 146).
“Os homens tentarão introduzir novas teorias e tentarão provar que essas teorias são escriturísticas, conquanto sejam errôneas, as quais, se forem aceitas, comprometerão a fé na verdade. Não, não; não devemos desviar-nos da plataforma da verdade em que fomos estabelecidos” (ibid., p. 193).
“O inimigo introduzirá doutrinas falsas, tais como a de que não existe um santuário. Este é um dos pontos em que alguns se apartarão da fé” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 224).
Pilar essencial do adventismo – As declarações acima deixam subentendido o fato de que não se pode encarecer demasiadamente o caráter vital da doutrina do santuário para nossa fé. Embora seja um ensinamento exclusivo da Igreja Adventista e praticamente a única doutrina que não temos em comum com nenhum outro grupo religioso (exceto os reformistas), a verdade sobre o santuário não pode ser vista como um ensinamento estranho, desvirtuado e indefensável; tampouco um simples expediente para justificar o episódio do desapontamento de 1844, como pretendem alguns.
Em vez de ser um desvio da fé cristã histórica, o ensino do santuário é a conclusão lógica e a inevitável consumação dessa fé. É uma verdade presente, uma verdade para os últimos dias; mensagem oportuna, confiada ao povo do advento.
Nem a igreja cristã primitiva nem a Reforma ensinaram essa verdade. Pouco mais de quatrocentos anos depois é que o juízo teve início no Céu, na fase final da mediação de Cristo, e Deus então suscitou um movimento para proclamar aos habitantes da Terra a vital e solene mensagem do santuário. Como igreja remanescente da profecia, cabe-nos o privilégio e a responsabilidade de ensinar essa verdade presente, no contexto das três mensagens de Apocalipse 14.
Essência do adventismo – O que a doutrina do santuário significa para a Igreja Adventista do Sétimo Dia? Responde o grande estudioso e erudito denominacional Leroy Edwin Froom: “A verdade do santuário é a essência do adventismo e tudo abrange; qualquer enfraquecimento, negação ou supressão da verdade do santuário é questão séria, mesmo crucial. Qualquer desvio ou abandono dela fere o coração do adventismo, sendo um desafio à sua própria integridade” (Ministério Adventista, julho/agosto de 1971, p. 13).
A verdade do santuário é indubitavelmente o ponto cardial do sistema doutrinário adventista. Ellen G. White diz: “A luz proveniente do santuário iluminou o passado, o presente e o futuro” (O Grande Conflito, p. 423).
Passado. A compreensão da doutrina do santuário propiciou aos pioneiros a possibilidade de ver o evangelho e sua glória nos ritos e serviços do santuário mosaico – prefiguração do sacrifício e obra de Cristo – e os levou a compreender que o terrível e probante desapontamento que haviam experimentado (22 de outubro de 1884) havia sido predito e previsto por Deus mais de 1.700 anos antes, na visão do livrinho aberto comido simbolicamente por João (ver Ap 10:1-11). Mas, depois de esclarecido e solucionado o mistério da decepção, eles deviam, com novo ânimo, retomar e cumprir a inconfundível e peculiar missão profética que lhes estava reservada (“é necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” – Ap 10:11), ou seja, a missão de proclamar ao mundo inteiro a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:6-12, verdade presente de Deus para as últimas gerações da Terra.
Presente. O entendimento da doutrina do santuário foi a chave que esclareceu o mistério do desapontamento de 1844 e lançou luz sobre pontos básicos de nossa fé e verdades essenciais da Bíblia. Em outras palavras, o santuário “revelou um conjunto completo de verdades ligadas harmoniosamente entre si” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 423), como: distinção de leis, lei de Deus, sábado, expiação, mediação, justificação, santificação, segunda vinda de Cristo, recompensa dos justos e dos ímpios e completa destruição do mal.
No dia 3 de abril de 1847, Ellen G.White teve uma visão do Santíssimo,
no templo do Céu. Contemplou a arca aberta e, dentro dela, as tábuas da lei. Um halo especial de luz incidia sobre o quarto mandamento. A partir desse momento, ficou claro para os pioneiros que a aceitação da verdade do santuário envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus e a obrigatoriedade da guarda do sábado do quarto mandamento.
Após a descoberta do santuário, visões de Ellen G. White mostraram a dimensão escatológica do conflito que se desenvolveria em torno da questão do verdadeiro sábado, trazendo o entendimento da mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14:9-13. Até esse momento, o sábado não tinha sido visto sob esse ângulo.
Pelo que acabamos de ver, percebe-se facilmente que, sem a doutrina do santuário, perderíamos nossa identidade como povo peculiar. Além disso, careceríamos de base como movimento profético, ficaríamos destituídos do sentido de missão e, consequentemente, sem razão de existir, como bem observou Froom: “Se não existe santuário no Céu, e nele não há operado um grande Sumo Sacerdote, e se já não existe mensagem da hora do juízo a ser, por ordem divina, pregada atualmente, então não há lugar para nós no mundo religioso, nem missão e mensagem denominacionais distintas, nem desculpas para ficarmos como entidade eclesiástica separada” (Ministério Adventista, julho/agosto de 1971, p. 13).
Futuro. Quando o livro da profecia de Daniel foi aberto no início do tempo do fim (Dn 12:4, 9; Ap 10:1, 2; 22:10), houve um despertamento mundial de pessoas em torno de solenes eventos a ocorrer brevemente – o juízo, a vinda de Cristo e o estabelecimento do reino de Deus. Sincera, mas equivocadamente, Miller e seus companheiros nos Estados Unidos entenderam que “a purificação do santuário” (Dn 8:14), que se daria em 22 de outubro de 1844, segundo a explanação de Daniel 9:23-27, seria a volta de Cristo à Terra, trazendo juízo de fogo e com ele os tão ansiados novos Céus e nova Terra (2Pe 3:7, 10, 12, 13).
Porém, a data passou. As expectativas da segunda vinda de Jesus não se cumpriram; aquilo que na boca tinha sido doce como mel (a crença na iminente vinda de Cristo) se tornou amargo no estômago (Ap 10:8-10), e o movimento do advento se esfacelou. Uma parte dele, sentindo-se enganada, desiludida e revoltada, deixou completamente suas crenças religiosas, retornando à sua anterior maneira de viver, sem fé e sem esperança no mundo. Outra parte, deixando de lado o interesse pelas profecias, as inquietudes escatológicas e as verdades e pontos de fé diferenciais que haviam aprendido no movimento adventista, pediu readmissão e retornou às suas igrejas de origem. Um terceiro segmento dos decepcionados, não se conformando com o desapontamento, nem admitindo haver cometido qualquer erro de interpretação profética, continuou marcando novas datas para a vinda de Cristo e sofrendo novos e sucessivos reveses.
Por fim, um quarto grupo, o menor deles, composto por apenas 50 a 60 pessoas (entre eles José Bates, Tiago White, Hiram Edson e Ellen G. Harmon), assumiu uma atitude diferente, mais sábia e equilibrada que a dos demais: eles não voltaram para o mundo nem retornaram às suas igrejas de origem porque, desde que se associaram ao movimento milerita (que não visava a formar uma nova denominação, mas despertar e preparar as pessoas, em suas igrejas, para o encontro com o Senhor), experimentaram um crescimento na fé, na espiritualidade e
no conhecimento das verdades bíblicas e proféticas que não possuíam antes. Esse remanescente não cogitou também marcar novas datas para a vinda de Cristo.  Crendo fervorosamente que sua experiência provinha de Deus e que as Escrituras não mentem nem falham, decidiram continuar investigando mais profundamente as doutrinas bíblicas, para obter consolação e descobrir onde haviam errado. Tinham fé e acreditavam que Deus estava com eles e que finalmente lhes esclareceria o mistério do desapontamento.
Luz no santuário –  Um dia depois do desapontamento, Hiram Edson teve a famosa visão do campo de milho, na qual lhe foi dada uma espécie de intuição acerca do que realmente ocorrera no dia amargo. A partir daquele princípio, o médico F. B. Hann e o professor Owen Crosier começaram a realizar estudos com vistas ao desvendamento do mistério da desilusão experimentada. Ao estudar os livros de Levítico, Êxodo, Apocalipse e especialmente Hebreus, os pioneiros notaram a existência inequívoca de um santuário no Céu. Perceberam que esse santuário não é o próprio Céu, mas está no Céu, e foi o modelo dado por Deus a Moisés para a edificação do santuário terrestre (Êx 25:8, 9, 40; Hb 8:5).
Descoberta a relação entre os dois santuários – o celestial e o mosaico – estava estabelecido o princípio de correlação tipo/antítipo, sombra/objeto, figura/realidade. O santuário terrestre – realidade visível – apontava para o celestial, realidade invisível (Hb 8:9-5; 9:9, 23, 24).
O santuário do novo concerto era o grande original; o do antigo concerto, a cópia. O primeiro estava no Céu, e o segundo, na Terra. Esse foi construído pelo homem; aquele, por Deus. No terrestre, oficiavam sacerdotes da ordem levítica; no celestial, Jesus, ministro segundo a ordem de Melquisedeque, isto é, com base na excelência de Seu caráter, méritos e atribuições (Hb 7:11, 15-19).
Atentando para Hebreus 9:11, onde é dito que o santuário celestial é “maior e mais perfeito” do que o terrestre, os pioneiros compreenderam que “o esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o trono de Deus. A morada do Rei dos reis, em que milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão em pé diante dEle (Dn 7:10), sim, aquele templo, repleto da glória do eterno trono, onde serafins, seus resplandecentes guardas, velam a face em adoração – não poderia encontrar na estrutura mais magnificente que hajam erigido mãos humanas, senão pálido reflexo de sua imensidade e glória. Contudo, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali levada a efeito pela redenção do homem, foram ensinadas pelo santuário terrestre e seu culto” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 414).
Mais evidências – Os primeiros adventistas do sétimo dia encontraram abundantes e concretas evidências da realidade do santuário do Céu nas visões dadas a João a respeito do templo celestial. Ele viu que “diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus” (Ap 4:5, RC); viu que “veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono” (Ap 8:3); e, quando se “abriu no Céu o templo de Deus” (Ap 11:19) e João olhou para dentro do véu interior, ou lugar santíssimo, viu ali “a arca da Aliança”, representada pelo receptáculo onde se guardava a lei no santuário terrestre. Dessa forma, ficou estabelecido esse fundamental pilar do sistema da verdade de Deus, que é a gloriosa, multifacetada e bendita doutrina do santuário.
Texto de Deilson Storch de Almeida teólogo, historiador e escritor; publicado na RA de Set/2011.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Afirmada a Real Existência do Santuário Celestial


 
Repetidamente encontramos nos escritos de Ellen G. White afirmações sobre a realidade do santuário celestial, seu mobiliário, bem como seu ministério. Uma destas afirmações foi escrita na década de 1880, ao descrever ela a experiência dos crentes no advento após o desapontamento:
Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram "figuras das coisas que estão no Céu" (Heb. 9:9 e 23); Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é "ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem". Heb. 8:2. Patriarcas e Profetas, pág. 356.

O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma cópia. ...

O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o trono de Deus. O Grande Conflito, pág. 414.

Assim como o santuário na Terra tinha dois compartimentos: o santo e o santíssimo, assim há dois lugares santos no santuário no Céu.

E a arca contendo a lei de Deus, o altar de incenso e outros instrumentos de serviço encontrados no santuário terrestre têm seu equivalente no santuário lá do alto.

Em santa visão permitiu-se que o apóstolo João entrasse no Céu, e ele contemplou ali o candelabro e o altar de incenso, e, quando se abriu o templo de Deus, ele contemplou também "a arca do Seu concerto". Apoc. 11:19. Spirit of Prophecy, vol. 4, págs. 260 e 261.

Assim, os que estavam a estudar o assunto encontraram prova indiscutível da existência de um santuário no Céu. Moisés fez o santuário terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado. Paulo ensina que aquele modelo era o verdadeiro santuário que está no Céu. E João dá testemunho de que o viu no Céu. O Grande Conflito, pág. 415.

Antes ela havia escrito com ênfase sobre o mobiliário:

Foi-me também mostrado um santuário sobre a Terra, contendo dois compartimentos. Parecia-se com o do Céu, e foi-me dito que era uma figura do celestial. Os objetos do primeiro compartimento do santuário terrestre eram semelhantes aos do primeiro compartimento do celestial. O véu ergueu-se e eu olhei para o santo dos santos, e vi que a mobília era a mesma do lugar santíssimo do santuário celestial. Primeiros Escritos, págs. 252 e 253.



A Arca e a Lei no Santuário Celestial

Em diferentes ocasiões ela falou e escreveu sobre a arca no lugar santíssimo do santuário celestial. Uma dessas afirmações foi feita em um sermão pregado em Orebro, Suécia, em 1886.
Eu vos admoesto, não coloqueis vossa influência contra os mandamentos de Deus. A lei é tal como Jeová a escreveu no templo do Céu. O homem pode pisar sobre sua cópia aqui na Terra, mas o original está guardado na arca de Deus no Céu; e sobre a cobertura desta arca, logo abaixo da lei, está o propiciatório. Jesus permanece justo ali, perante a arca, para mediar em favor do homem. Ellen G. White, Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 1, pág. 1.109.
E em 1903 de novo ela escreveu sobre a real existência do santuário:
Muito eu poderia dizer sobre o santuário; a arca contém a lei de Deus; a cobertura da arca, que é o propiciatório; os anjos em ambas as extremidades da arca; e outras coisas relacionadas com o santuário celestial e com o grande dia da expiação. Eu poderia dizer muito sobre os mistérios do Céu, mas meus lábios estão fechados. Não tenho disposição para procurar descrevê-los. Carta 253, 1903.

Pontos Sustentados Apenas Pelo Uso Errado das Escrituras


Ellen White

Escrevendo particularmente a respeito do trabalho do "Pastor G" em minar a confiança na verdade do santuário, Ellen White pôs em destaque em 1905 o maléfico uso que ele fazia da evidência escriturística e da certeza de nossa compreensão da verdade do santuário. Eis o que ela disse:
Tenho estado a suplicar ao Senhor força e sabedoria para reproduzir os escritos das testemunhas que foram confirmadas na fé e na primitiva história da mensagem. Após a passagem do tempo em 1844, eles receberam a luz e andaram na luz, e quando os homens que pretendiam possuir novo esclarecimento vinham com suas maravilhosas mensagens acerca de vários pontos da Escritura, tínhamos, pela atuação do Espírito Santo, testemunhos bem definidos, que excluíam a influência de mensagens como as que o Pastor G tem devotado o tempo a apresentar. Esse pobre homem tem estado a trabalhar decididamente contra a verdade confirmada pelo Espírito Santo.
Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles são verdade, mas que não o são.
Deu-nos Deus a verdade para este tempo como um fundamento para nossa fé. Ele próprio nos ensinou o que é a verdade. Aparecerá um, e ainda outro, com nova iluminação, que contradiz aquela que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito. Vivem ainda alguns que passaram pela experiência obtida quando esta verdade foi firmada. Deus lhes tem benignamente poupado a vida para repetir e repetir até ao fim da existência a experiência por que passaram da mesma maneira que o fez o apóstolo João até ao termo de sua vida. E os porta-bandeiras que tombaram na morte devem falar mediante a reimpressão de seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este tempo.
Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em contradição com os pontos especiais de nossa fé.
Eles reúnem uma porção de passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isto tem sido repetidamente feito durante os cinquenta anos passados. E se bem que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, e devam ser respeitadas, sua aplicação, uma vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus estes cinquenta anos, constitui grande erro.
 Aquele que faz tal aplicação ignora a maravilhosa demonstração do Espírito Santo que deu poder e força às mensagens passadas, vindas ao povo de Deus.
As provas do Pastor G não são de confiar. Caso sejam recebidas, destruirão a fé do povo de Deus na verdade que fez de nós o que somos.
Importa que sejamos decididos quanto a esse assunto; pois os pontos que ele tem estado procurando provar pelas Escrituras não são seguros. Não provam que a experiência passada do povo de Deus fosse enganosa. Tínhamos a verdade; éramos dirigidos pelos anjos de Deus. Foi sob a direção do Espírito Santo que a apresentação do assunto do santuário foi proporcionada. É eloquência da parte de cada um manter-se em silêncio a respeito dos aspectos de nossa fé em que não desempenhou qualquer parte. Deus nunca Se contradiz. São mal aplicadas provas bíblicas, uma vez que sejam forçadas para testificar daquilo que não é verdadeiro. Outros e mais outros se levantarão e introduzirão pseudo grande esclarecimento, e farão suas afirmações. Nós, porém, permanecemos com os velhos marcos. (I João 1:1-10.) Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 160-162.




Teorias errôneas contra a Doutrina do Santuário. Cuidado


Ellen White

Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. O Grande Conflito, pág. 435.

Não é muito de admirar que nos anos subsequentes, pessoas que se haviam separado da Igreja Adventista do Sétimo Dia tenham feito da verdade do santuário um ponto de oposição. Foi assim com os Pastores Snook e Brinkerhof, funcionários do escritório do campo em Iowa, e com D. M. Canright, influente ministro, que deixou a Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1887 para se tornar amargo inimigo e crítico. Nem é de estranhar que idéias panteístas por volta do século, defendidas e advogadas por médicos e obreiros ministeriais, ferisse diretamente essa doutrina fundamental. Foi nesse quadro que Ellen White, em palavras de advertência, escreveu em 20 de novembro de 1905:

Aos médicos missionários e ministros que têm estado a beber nos sofismas científicos e enfeitiçantes fábulas contra os quais tendes sido advertidos, eu gostaria de dizer: Vossa alma está em perigo. O mundo precisa saber qual a vossa posição e qual a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deus chama os que aceitaram esses enganos destruidores a que não mais mantenham duas posições. Se o Senhor é Deus, segui-O.
Satanás, com todo o seu exército, está no campo de batalha. Os soldados de Cristo devem agora se reunir em torno da bandeira ensanguentada de Emanuel. Em nome do Senhor, deixai a bandeira negra do príncipe das trevas, e assumi vossa posição com o Príncipe do Céu.
O que tem ouvidos para ouvir, ouça. Lede vossa Bíblia. De um terreno mais alto, sob a instrução que Deus me deu
Apresento estas coisas diante de vós. Está próximo o tempo em que os poderes enganadores de instrumentos satânicos serão amplamente desenvolvidos. De um lado está Cristo, a quem foi dado todo o poder no Céu e na Terra. Do outro está Satanás, exercendo continuamente seu poder para iludir, para iludir com fortes enganos espiritualistas, para remover o povo de Deus do lugar que deve ocupar na mente dos homens.
Satanás está continuamente se esforçando no sentido de introduzir fantasiosas suposições com relação ao santuário, rebaixando as maravilhosas representações de Deus e do ministério de Cristo para nossa salvação e coisas que satisfaçam a mente carnal. Ele remove do coração dos crentes o dominante poder desta verdade e supre o lugar com teorias fantásticas inventadas para tornar nulas as verdades da expiação, e destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido como sagradas desde que foi dada a mensagem do terceiro anjo.
Assim ele nos rouba em nossa fé na própria mensagem que nos tornou um povo separado, e deu caracterização e poder a nossa obra. Special Testimonies, Série B, nº 7, págs. 16 e 17.

Foi na moldura desta crise panteísta que Ellen White, presente à reunião da Associação Geral em 1905, declarou em palavras significativas para nós hoje:

No futuro, engano de toda espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme para nossos pés. Queremos colunas sólidas para a edificação. Nem um só alfinete deve ser removido daquilo que o Senhor estabeleceu. O inimigo introduzirá falsas teorias, tais como a doutrina de que não existe santuário. Esse é um dos pontos em relação ao qual haverá um desvio da fé. Onde encontraremos segurança senão nas verdades que o Senhor nos deu nos últimos cinquenta anos? Counsels to Writers and Editors, pág. 53.

Os pontos de vista panteístas, tão ardorosamente advogados por alguns, declarou Ellen White, "poriam a Deus fora" (Special Testimonies, Série B, nº 7, pág. 16), e invalidariam a verdade do santuário.
Cerca do mesmo tempo um de nossos pastores, a quem identificaremos como o "Pastor G", abraçou a idéia de que quando Cristo voltou para o Céu após Seu ministério na Terra, entrou à presença de Deus, e que onde Deus está, deve estar o lugar santíssimo, de modo que em 22 de outubro de 1844, não houve a entrada no lugar santíssimo do santuário celestial, como cremos e ensinamos. Esses dois conceitos, ambos os quais feriam a doutrina do santuário como a mantemos, levaram Ellen White a se referir várias vezes à solidez e integridade deste ponto de nossa fé. Em 1904 ela escreveu:

Eles [os filhos de Deus], quer por palavras quer por atos, não levarão ninguém a duvidar em relação à distinta personalidade de Deus, ou em relação ao santuário e seu ministério.
Todos precisamos conservar em mente o assunto do santuário. Deus nos livre de que o estardalhaço de palavras vindas de lábios humanos debilitem a crença de nosso povo na verdade de que existe um santuário no Céu, e que um santuário segundo este modelo foi uma vez construído na Terra. Deus deseja que Seu povo se familiarize com este modelo, tendo sempre em sua mente o santuário celestial, onde Deus é tudo em todos. Devemos ter nossa mente ancorada pela oração e o estudo da Palavra de Deus, para que possamos agarrar essas verdades. Carta 233, 1904.

Cristo em seu santuário, Pags. 15,16


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