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sábado, 17 de abril de 2021

A Experiência da Justiça Pela Fé

Ellen White


 "Veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho." Mar. 1:14 e 15.

O arrependimento associa-se à fé, e o evangelho insta em que é necessário para a salvação. Paulo pregou o arrependimento. Diz ele: "Nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos 20:20 e 21. Sem arrependimento não há salvação. Nenhum pecador impenitente pode crer com o coração para a justiça. Rom. 10:10. O arrependimento é por Paulo descrito como uma piedosa tristeza pelo pecado, a qual "opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende". II Cor. 7:10. Este arrependimento não tem em si coisa alguma da natureza do mérito, mas prepara o coração para a aceitação de Cristo como único Salvador, única esperança do pecador perdido.

Ao considerar o pecador a lei, sua culpa se lhe torna clara, e lhe impressiona a consciência, e ele é condenado. Seu único conforto e esperança encontra-os em olhar à cruz do Calvário. Ao aventurar-se a crer nas promessas, tomando a Deus em Sua palavra, vêm-lhe à alma alívio e paz. Clama: "Senhor, Tu prometeste salvar a todos que se achegam a Ti em nome de Teu Filho. Sou uma pessoa perdida, desajudada e sem esperança. Senhor, salva-me, ou pereço!" Sua fé se apodera de Cristo, e ele é justificado diante de Deus.

Mas, embora Deus possa ser justo e ao mesmo tempo justificar o pecador, pelos méritos de Cristo, homem algum pode cobrir sua alma com as vestes da justiça de Cristo, enquanto comete pecados conhecidos, ou negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração, antes que possa ocorrer a justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma.

Tiago escreve acerca de Abraão e diz: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tia. 2:21-24. A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa.


Fé, Condição da Promessa

Sem a graça de Cristo acha-se o pecador em estado desesperador; coisa alguma pode ser feita em seu favor; mas pela graça divina é comunicado ao homem poder sobrenatural, que opera em seu espírito, coração e caráter. É pela comunicação da graça de Cristo que se discerne o pecado em sua natureza odiosa, sendo afinal expulso do templo da alma. É pela graça que somos levados em comunhão com Cristo, para com Ele sermos associados na obra da salvação. A fé é a condição sob a qual Deus houve por bem prometer perdão aos pecadores; não que exista na fé qualquer virtude pela qual se mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador. Quando o pecador crê que Cristo é seu Salvador pessoal, então, de acordo com as Suas promessas infalíveis, Deus lhe perdoa o pecado e o justifica livremente. A pessoa arrependida reconhece que sua justificação vem porque Cristo, como seu Substituto e Penhor, morreu por ele, e é sua expiação e justiça.

"Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." Rom. 4:3-5. justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça; e a pessoa perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior. Pode dizer, alegremente: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna." Tito 3:5-7.

Mais: Está escrito: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." João 1:12 e 13. Disse Jesus: "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. "Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5. Não é baixa a norma que nos é dada, pois devemos tornar-nos filhos de Deus. Devemos ser salvos como indivíduos; e no dia da prova seremos capazes de discernir entre aquele que serve a Deus e o que não O serve. Somos salvos como crentes individuais no Senhor Jesus Cristo.

Muitos estão a perder o caminho certo, por pensarem que têm de alçar-se ao Céu; que têm de fazer algo para merecer o favor de Deus. Procuram tornar-se melhores por seus próprios esforços, desajudados. Isso jamais conseguirão realizar. Cristo abriu caminho morrendo como nosso sacrifício, vivendo como nosso exemplo, tornando-Se nosso grande Sumo Sacerdote. Diz Ele: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." João 14:6. Se por qualquer esforço nosso pudéssemos subir um único degrau na escada, as palavras de Cristo não seriam verdadeiras. Mas quando aceitamos a Cristo, as boas obras aparecerão como frutífera prova de que nos achamos no caminho da vida, que Cristo é nosso caminho, e que estamos palmilhando a vereda certa, que conduz ao Céu.


Ele Se Torna Nossa Justiça

Cristo olha ao espírito com que fazemos as coisas, e quando nos vê levando nossa carga com fé, Sua santidade perfeita faz expiação por nossas faltas. Quando fazemos o melhor possível, Ele Se torna nossa justiça. Requer todo raio de luz que Deus nos envia, o tornar-nos a luz do mundo. (Carta 33, 1889.) Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 365-368.


Fé e Obras  Pags, 99 - 102

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Obediência e Santificação

Ellen White

 

"E andai em amor, como também Cristo vos amou e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." Efés. 5:2. Em toda a plenitude de Sua divindade, em toda a glória de sua imaculada humanidade, Cristo Se entregou a Si mesmo por nós, como sacrifício completo e amplo, e todo aquele que vai ter com Ele deve aceitá-Lo como se fosse o único indivíduo pelo qual foi pago o preço. Assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo; pois os obedientes serão ressuscitados para a imortalidade, e os transgressores ressurgirão dentre os mortos para sofrer a morte, a penalidade da lei que eles violaram.

Obediência à lei de Deus é santificação. Há muitos que têm idéias erradas a respeito dessa obra na vida, mas Jesus orou que Seus discípulos fossem santificados pela verdade, e acrescentou: "A Tua Palavra é a verdade." João 17:17. A santificação não é uma obra instantânea, mas progressiva, assim como a obediência é contínua. Enquanto Satanás nos importunar com suas tentações, a batalha pela vitória sobre o próprio eu terá de ser travada reiteradas vezes; mas pela obediência, a verdade santificará a alma. Os que são leais à verdade irão, pelos méritos de Cristo, vencer toda debilidade de caráter que tem feito com que sejam moldados por toda e multiforme circunstância da vida.


Engano e Cilada de Satanás

Muitos têm adotado o conceito de que não podem pecar porque estão santificados, mas isto é uma enganosa cilada do maligno. Há constante perigo de cair em pecado, pois Cristo nos admoestou a vigiar e orar para que não entremos em tentação. Se estivermos cientes da debilidade do próprio eu, não seremos presunçosos nem indiferentes ao perigo, mas sentiremos a necessidade de recorrer à Fonte de nossa força: Jesus, Justiça nossa. Iremos em arrependimento e contrição, com pungente senso de nossa própria fraqueza finita, e aprenderemos que precisamos apropriar-nos diariamente dos méritos do sangue de Cristo, a fim de que nos tornemos vasos preparados para uso do Mestre.

Confiando assim em Deus, não seremos achados a pelejar contra a verdade, mas sempre seremos habilitados a colocar-nos ao lado do que é direito. Devemos apegar-nos ao ensino da Bíblia e não seguir os costumes e tradições do mundo, as palavras e os atos de homens.

Quando surgem erros e são ensinados como verdade bíblica, os que têm ligação com Cristo não confiarão no que diz o pastor, mas, à semelhança dos nobres bereanos, examinarão as Escrituras todos os dias para ver se essas coisas são de fato assim. Quando eles descobrem qual é a recomendação do Senhor, colocam-se ao lado da verdade. Ouvem a voz do verdadeiro Pastor dizendo: "Este é o caminho; andai nele." Isa. 30:21. Assim sereis ensinados a fazer da Bíblia o vosso conselheiro, e não ouvireis nem seguireis a voz do estranho.


Duas Lições

Para que o ser humano seja purificado, enobrecido e habilitado para as cortes celestiais, há duas lições a serem aprendidas - abnegação e domínio-próprio. Alguns aprendem essas importantes lições com mais facilidade do que outros, porque são adestrados pela simples disciplina que o Senhor lhes aplica com brandura e amor. Outros requerem a morosa disciplina do sofrimento, para que o fogo purificador possa livrar-lhes o coração do orgulho e da confiança em si mesmo, da paixão terrena e do egoísmo, a fim de que apareça o verdadeiro ouro do caráter e eles se tornem vitoriosos pela graça de Cristo.

O amor de Deus fortalecerá o indivíduo, e em virtude dos méritos do sangue de Cristo podemos permanecer ilesos no meio do fogo da tentação e prova. Mas nenhuma outra ajuda poderá ser útil para salvar, senão Cristo, Justiça nossa, o qual se nos tornou sabedoria, santificação e redenção.

Verdadeira santificação não é nada mais nem menos do que amar a Deus de todo o coração e andar irrepreensivelmente em Seus mandamentos e preceitos. Santificação não é uma emoção, mas um princípio de origem celestial que coloca todas as paixões e desejos sob o domínio do Espírito de Deus; e essa obra é efetuada por meio de nosso Senhor e Salvador.

A falsa santificação não glorifica a Deus, mas leva os que dizem possuí-la a exaltar e glorificar a si mesmos. Tudo que surge em nossa experiência, quer de alegria ou de tristeza, que não reflete a Cristo nem aponta para Ele como seu autor, dando-Lhe glória e deixando o próprio eu fora de vista, não constitui verdadeira experiência cristã.

Quando a graça de Cristo é implantada na alma pelo Espírito Santo, seu possuidor tornar-se-á humilde de espírito e buscará a companhia daqueles cuja conversação é sobre as coisas celestiais. Então o Espírito tomará as coisas de Cristo e no-las revelará, e glorificará, não o recebedor, e, sim, o Doador. Se, portanto, tiverdes no coração a sagrada paz de Cristo, vossos lábios estarão cheios de louvor e ações de graça a Deus. Vossas orações, o desempenho de vosso dever, vossa benevolência, vossa abnegação, não serão o assunto de vosso pensamento ou conversação, mas engrandecereis Aquele que Se entregou a Si mesmo por vós quando ainda éreis pecadores. Direis: "Eu me entrego a Jesus. Achei Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas." Enaltecendo-o, tereis uma preciosa bênção, e todo o louvor e glória pelo que é efetuado por vosso intermédio será restituído a Deus.


Não Turbulento nem Indomável

A paz de Cristo não é um elemento turbulento nem indomável manifestado em altas vozes e exercícios corporais. A paz de Cristo é uma paz inteligente, e não faz com que os que a possuem se caracterizem pelo fanatismo e extravagância. Não é um impulso casual, mas procede de Deus.

Quando o Salvador comunica Sua paz à alma, o coração estará em perfeita harmonia com a Palavra de Deus, pois o Espírito e a Palavra estão de acordo. O Senhor honra Sua palavra em todas as Suas relações com os homens. Ela é Sua própria vontade, Sua própria voz, que é revelada aos homens, e Ele não tem outra vontade, nem outra verdade, à parte de Sua Palavra, para revelar a Seus filhos. Se tendes uma maravilhosa experiência que não está em harmonia com as explícitas instruções da Palavra de Deus, bem podeis pô-la em dúvida, pois sua origem não é do alto. A paz de Cristo advém do conhecimento de Jesus a quem a Bíblia revela.

Se a felicidade é extraída de fontes exteriores, e não da Fonte Divina, será tão variável como as multiformes circunstâncias podem torná-la; mas a paz de Cristo é uma paz constante e duradoura. Ela não depende de qualquer circunstância na vida, da quantidade de bens materiais, nem do número de amigos terrenos. Cristo é a fonte de águas vivas, e a paz e a felicidade extraídas dEle nunca se esgotarão, pois Ele é a origem da vida. Os que confiam nEle podem dizer: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. ... Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo." Sal. 46:1-4.

Temos motivo para incessante gratidão a Deus porque Cristo, por Sua perfeita obediência, reconquistou o paraíso que Adão perdeu pela desobediência. Adão pecou, e os filhos de Adão partilham de sua culpa e suas conseqüências; mas Jesus assumiu a culpa de Adão, e todos os filhos de Adão que correrem para Cristo, o segundo Adão, podem livrar-se da penalidade do homem suportando a prova a que Adão deixou de resistir; pois Ele obedeceu perfeitamente à lei, e todos os que têm correta compreensão do plano da redenção verão que não podem estar salvos enquanto continuam na transgressão dos santos preceitos de Deus. Precisam cessar de transgredir a lei e apegar-se às promessas de Deus que se acham à nossa disposição por meio dos méritos de Cristo.


Não Confiar em Pessoas

Nossa fé não deve apoiar-se na habilidade dos homens, e, sim, no poder de Deus. Há perigo em confiar em homens, mesmo que tenham sido usados como instrumentos de Deus para realizar grande e boa obra. Cristo deve ser nossa força e nosso refúgio. Os melhores homens podem cair de sua firmeza, e o melhor da religião, quando corrompido, é o que há de mais perigoso em sua influência sobre as mentes. A religião pura e viva se encontra na obediência a toda palavra que procede da boca de Deus. A justiça exalta as nações, e sua ausência degrada e arruina o homem.


"Crede, Tão-Somente Crede!"

Dos púlpitos modernos são proferidas as palavras: "Crede, tão-somente crede! Tende fé em Cristo; nada tendes que ver com a velha lei; tão-somente confiai em Cristo." Quão diferente é isso das palavras do apóstolo, o qual declara que a fé sem as obras é morta! Diz ele: "Sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos." Tia. 1:22. Precisamos ter aquela fé que opera pelo amor e purifica a alma. Muitos procuram substituir a retidão de vida por uma fé superficial, pensando obter deste modo a salvação.

O Senhor requer neste tempo o mesmo que Ele requereu de Adão no Éden - perfeita obediência à lei de Deus. Precisamos ter justiça sem um defeito, sem uma mancha. Deus deu o Seu Filho para morrer pelo mundo, mas Ele não morreu para revogar a lei que era santa e justa e boa. O sacrifício de Cristo no Calvário é um argumento irrefutável que mostra a imutabilidade da lei. Sua penalidade foi sentida pelo Filho de Deus em favor do homem culpado, para que por Seus méritos o pecador pudesse obter a virtude de Seu caráter imaculado pela fé em Seu nome.

Proporcionou-se ao pecador uma segunda oportunidade para guardar a lei de Deus na força de seu divino Redentor. A cruz do Calvário condena para sempre a idéia de que Satanás colocou diante do mundo cristão, a saber: que a morte de Cristo aboliu não somente o sistema típico de sacrifícios e cerimônias, mas também a imutável lei de Deus, o fundamento de Seu trono, a transcrição de Seu caráter.

Por meio de todo artifício possível, Satanás tem procurado invalidar o sacrifício do Filho de Deus, tornar inútil Sua expiação e Sua missão um fracasso. Ele tem afirmado que a morte de Cristo tornou desnecessária a obediência à lei e possibilitou que o pecador caísse nas boas graças de um Deus santo sem abandonar o seu pecado. Ele tem declarado que a norma do Antigo Testamento foi rebaixada no evangelho e que os homens podem ir a Cristo, não para serem salvos de seus pecados, mas em seus pecados.

Quando, porém, João contemplou a Jesus, disse qual era Sua missão, declarando: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. A toda alma penitente, a mensagem é: "Vinde, então, e argüi-Me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Isa. 1:18


Fé e Obras 85 90.


sexta-feira, 2 de abril de 2021

Reação ao Sermão de Ottawa

 Ellen White 

 

Na reunião de Kansas foi minha oração no sentido de que fosse quebrantado o poder do inimigo, e de que o povo, que estivera em trevas, abrisse coração e mente à mensagem que Deus lhe enviasse, a fim de que vissem a verdade, nova para muitos espíritos, como verdade antiga em novos moldes. O entendimento do povo de Deus tem sido entenebrecido, pois Satanás tem representado erradamente o caráter de Deus. Nosso bom e gracioso Senhor tem sido apresentado perante o povo revestido dos atributos de Satanás, e homens e mulheres que têm estado à procura da verdade, por tanto tempo têm olhado a Deus através de um falso prisma, que é difícil espancar de seus olhos a nuvem que obscurece a Sua glória. Muitos têm vivido numa atmosfera de dúvida, e parece quase impossível lançarem mão da esperança que no evangelho de Cristo lhes é apresentada. ...

No sábado [11 de maio] foram apresentadas verdades que eram novas para a maioria da congregação. Coisas novas e velhas foram tiradas da casa do tesouro da Palavra de Deus. Foram reveladas verdades que o povo quase não conseguia compreender e alcançar. Brilhou sobre a Palavra de Deus, em relação à lei e ao evangelho, e em relação a ser Cristo nossa justiça, uma luz que às almas famintas da verdade se figurava preciosa demais para ser recebida.

Mas as reuniões do sábado não foram em vão. No domingo de manhã houve positiva evidência de que o Espírito de Deus estava operando grandes mudanças no estado moral e espiritual dos que ali estavam reunidos. Manifestou-se uma entrega de espírito e coração a Deus, e preciosos testemunhos foram dados pelos que por muito tempo tinham estado em trevas. Um irmão falou da luta que experimentara antes de poder receber as boas novas de que Cristo é nossa justiça. A luta foi árdua, mas o Senhor operava com ele, e teve o espírito mudado, e renovadas as forças. O Senhor apresentou perante ele a verdade com clareza, revelando o fato de que Cristo, unicamente, é a fonte de toda esperança e salvação. "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens." João 1:4. "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:14.

Um de nossos jovens irmãos participantes disse que fruíra mais da bênção e do amor de Deus durante aquela reunião do que em toda sua vida anterior. Outro afirmou que as provas, perplexidades e conflitos mentais que sofrera foram de natureza tal que se vira tentado a desistir de tudo. Julgara não haver mais esperança para ele, a menos que obtivesse mais da graça de Cristo; mas, por influência das reuniões, experimentara uma mudança de coração, e obtivera melhor conhecimento da salvação pela fé em Cristo. Viu que era privilégio seu ser justificado pela fé; tinha paz com Deus, e com lágrimas confessou que alívio e bênção lhe viera à alma. Em cada reunião, muitos testemunhos eram dados falando de paz, conforto e alegria que se haviam encontrado ao receber a luz.

Agradecemos ao Senhor, de todo o coração, termos preciosa luz para apresentar ao povo, e regozijamo-nos por ter, para este tempo, uma mensagem que é verdade presente. As novas de que Cristo é nossa justiça têm trazido alívio para muitas, muitas pessoas, e Deus diz ao Seu povo: "Avante!" A mensagem à igreja de Laodicéia é aplicável à nossa condição. Quão claramente é pintada a situação dos que julgam ter toda a verdade, que se orgulham no conhecimento da Palavra de Deus, ao passo que seu poder santificador não foi sentido em sua vida! Falta em seu coração o fervor do amor de Deus, mas é este mesmo fervor de amor que torna o povo de Deus a luz do mundo.


A Mensagem Laodiceana

Diz a Testemunha Verdadeira, de uma igreja fria, sem vida e sem Cristo: "Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apoc. 3:15 e 16. Notai as palavras seguintes: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apoc. 3:17. Aqui está representado um povo que se orgulha na posse de conhecimento e vantagens espirituais. Não corresponderam, porém, às imerecidas bênçãos que Deus lhes tem concedido. Têm estado possuídos de rebelião, ingratidão e esquecimento de Deus, e todavia Ele os tem tratado como um pai amoroso e perdoador trata um filho ingrato e corrompido. Resistiram à Sua graça, abusaram de Seus privilégios, desprezaram Suas oportunidades, e têm-se satisfeito com descansar contentes, em lamentável ingratidão, vazio formalismo e hipócrita insinceridade. Com farisaico orgulho têm-se gloriado até que deles foi dito: "Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta."

Porventura não enviou o Senhor Jesus mensagem após mensagem de repreensão, de advertência, de súplica a esses satisfeitos consigo mesmos? Não têm sido desprezados e rejeitados os Seus conselhos? Não têm sido os mensageiros por Ele enviados tratados com desprezo, e suas palavras recebidas como fábulas ociosas? Cristo vê aquilo que o homem não vê. Ele vê os pecados que, se não houver arrependimento, esgotarão a paciência de um Deus longânimo. Cristo não pode defender os nomes dos que estão satisfeitos em sua presunção. Não pode intervir em favor de um povo que não sente necessidade de Seu auxílio, que alega saber e possuir tudo.

O grande Redentor representa-Se como um mercador celeste, carregado de riquezas, indo de casa em casa, apresentando Seus inapreciáveis bens, e dizendo: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apoc. 3:18-20.

Consideremos a nossa condição perante Deus; levemos a sério o conselho da Testemunha Verdadeira. Que ninguém de nós se possua de preconceito, como fizeram os judeus, de modo que a luz não penetre em nosso coração. Que não seja necessário Cristo dizer de nós o que disse deles: "E não quereis vir a Mim para terdes vida." João 5:40.

Em todas as reuniões, desde a Assembléia Geral, pessoas têm ansiosamente aceito a preciosa mensagem da justiça de Cristo. Damos graças a Deus por existirem pessoas que reconhecem estar em necessidade de algo que não possuem: o ouro da fé e amor, as vestes brancas da justiça de Cristo, o colírio do discernimento espiritual. Se possuirdes estes dons preciosos, o templo da alma humana não será qual uma capela profanada. Irmãos e irmãs, convido-vos, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, a trabalhar onde Deus trabalha. Agora é o dia de graciosa oportunidade e privilégio. Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 355-358.


Fé e Obras,  Pags 81 - 84

quinta-feira, 25 de março de 2021

Como Saber se Deus Está Guiando

Ellen white 


Deparareis, como eu, com pessoas que professam ser santificadas e santas. Ora, essa doutrina encerra uma influência sedutora. Elas vos relatarão maravilhosos exercícios mentais para mostrar-vos que o Senhor as está guiando e ensinando. Como, então, podeis saber se o Senhor as está guiando? Bem, há uma prova: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta Palavra, nunca verão a alva." Isa. 8:20.

Se é suscitada a hostilidade do coração humano quando é mencionado o Senhor, o grande Jeová, podeis saber que a pessoa não tem ligação com Deus. As pessoas podem alegar que têm grande fé em Jesus e que não se pode fazer coisa alguma que não seja efetuada por Cristo. Pois bem, quando Cristo despertar os mortos, dependerá inteiramente de vosso procedimento se tereis uma ressurreição para a vida eterna ou uma ressurreição para a condenação eterna. Assim, eles misturam todas estas verdades com o erro, e não podem dizer o que é verdade; e se forem convidados a sentar-se e examinar as Escrituras convosco, para ver o que diz o Senhor, eu nunca soube de um caso em que a resposta não fosse que eles não tinham necessidade de examinar as Escrituras, pois o Senhor lhes dizia o que deviam fazer.

A voz de Deus nos está falando por meio de Sua Palavra, e há muitas vozes que serão ouvidas por nós; mas Cristo afirmou que devemos acautelar-nos dos que dirão: "Eis aqui o Cristo, ou: Ei-Lo ali." Mar. 13:21. Por conseqüência, como saberemos que eles não têm a verdade, a não ser que levemos tudo às Escrituras? Cristo recomendou que nos acautelemos dos falsos profetas que se nos apresentam em Seu nome, dizendo que eles são o Cristo. Ora, se adotásseis o ponto de vista de que não é importante compreenderdes as Escrituras por vós mesmos, estaríeis em perigo de ser desencaminhados por essas doutrinas. Cristo disse que haverá um grupo de pessoas que dirá no dia do juízo executivo: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas?" Mat. 7:22. Mas Cristo replicará: "Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." Mat. 7:23.

Pois bem, precisamos compreender o que é o pecado - a saber, que ele é a transgressão da lei de Deus. Essa é a única definição dada nas Escrituras. Vemos, portanto, que os que pretendem ser guiados por Deus, mas se afastam dEle e de Sua lei, não examinam as Escrituras. O Senhor, porém, guiará a Seu povo; pois Ele diz que Suas ovelhas O seguirão se ouvirem Sua voz, mas não seguirão o estranho. Portanto, compete-nos compreender profundamente as Escrituras. E não precisaremos indagar se os outros têm a verdade, pois isto será visto em seu caráter.


Satanás Operará Milagres

Aproxima-se o tempo em que Satanás operará milagres bem à vossa vista, alegando ser o Cristo; e se os vossos pés não estiverem firmemente estabelecidos na verdade de Deus, sereis então desviados de vosso fundamento. A única segurança para vós está em buscar a verdade como a tesouros escondidos. Cavai em busca da verdade como o faríeis por tesouros na Terra, e apresentai a Palavra de Deus, a Bíblia, perante vosso Pai celestial, dizendo: "Ilumina-me; ensina-me o que é verdade."

E quando Seu Santo Espírito entrar em vosso coração, para inculcar a verdade em vossa alma, não a deixareis sair com facilidade. Tendes obtido tal experiência em examinar as Escrituras que todo ponto é estabelecido. E é importante que examineis as Escrituras continuamente. Deveis abastecer a mente com a Palavra de Deus; pois podeis ser separados e colocados onde não tereis o privilégio de reunir-vos com os filhos de Deus. Então precisareis dos tesouros da Palavra de Deus escondidos em vosso coração, e quando a oposição irromper ao vosso redor, tereis de levar tudo às Escrituras.


Do Livro Fé e Obras  Pags  55 - 57

sábado, 20 de março de 2021

Fé e Obras - Ellen G. White Elucida Vários Aspectos

Ellen White


 A pergunta a ser feita agora, é: Estão os professos seguidores de Cristo cumprindo as condições sob as quais é proferida a bênção? Estão eles se separando do mundo em espírito e prática? Como é difícil sair e separar-se de hábitos e costumes mundanos! Tenhamos, porém, bastante cuidado para que Satanás não nos seduza e engane por meio de falsas representações. Interesses eternos acham-se envolvidos aqui. As reivindicações de Deus devem vir em primeiro lugar; Suas exigências devem receber nossa principal atenção.

Todo filho do caído Adão deve, mediante a graça transformadora de Cristo, tornar-se obediente a todos os mandamentos de Deus. Muitos fecham os olhos aos mais claros ensinos de Sua Palavra porque a cruz se encontra diretamente no caminho. Se a erguerem, parecerão singulares aos olhos do mundo; e eles hesitam e duvidam, procurando algum pretexto para se esquivarem à cruz. Satanás sempre está pronto, e ele apresenta razões plausíveis por que não seria melhor obedecer exatamente ao que diz a Palavra de Deus. Assim, pessoas são enganadas fatalmente.


Um Engano Bem-Sucedido

Um dos mais bem-sucedidos enganos de Satanás é induzir os homens a pretenderem estar santificados, ao mesmo tempo que estão vivendo em desobediência aos mandamentos de Deus. Esses são descritos por Jesus como os que hão de dizer: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas?" Mat. 7:22.

 

Sim, os que pretendem estar santificados têm muito que dizer a respeito de ser salvo pelo sangue de Jesus, mas a sua santificação não se dá por meio da verdade como ela é em Jesus. Conquanto pretendam crer nEle e aparentemente realizem obras maravilhosas em Seu nome, desprezam a lei de Seu Pai e atuam como instrumentos do grande adversário das pessoas para levar avante a obra que ele iniciou no Éden, a saber: apresentar desculpas plausíveis para não obedecer irrestritamente a Deus. Sua obra de levar os homens a desonrarem a Deus por desprezarem Sua lei será um dia desdobrada diante deles com seus verdadeiros resultados.

As condições da vida eterna são tão claras na Palavra de Deus que ninguém precisa errar, a não ser que escolha o erro em lugar da verdade porque sua alma não santificada ama mais as trevas do que a luz.

O intérprete da lei que se aproximou de Cristo com a pergunta: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" tencionava enredar a Cristo, mas Jesus lançou o fardo de volta sobre ele. "Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás." Luc. 10:25-28. Essas palavras se aplicam aos casos individuais de todos. Estamos dispostos a cumprir as condições? Obedeceremos a Deus e guardaremos Seus mandamentos? Seremos praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes? A lei de Deus é tão imutável e inalterável como o Seu caráter. Tudo que os homens digam ou façam para anulá-la não altera as suas exigências, nem os isenta de sua obrigação de obedecer.

Necessitamos diariamente de iluminação divina; devemos orar como Davi: "Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei." Sal. 119:18. Deus terá um povo sobre a Terra que vindicará Sua honra dando valor a todos os Seus mandamentos; e Seus mandamentos não são penosos, nem um jugo de servidão. Davi orou em seus dias: "Já é tempo de operares, ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Sal. 119:126.

Nenhum de nós pode dar-se ao luxo de desonrar a Deus por viver na transgressão de Sua lei. Negligenciar a Bíblia e dedicar-nos à procura do tesouro terrestre é uma perda incalculável. Só a eternidade revelará o grande sacrifício feito por muitos para obter honras terrenas e vantagens mundanas, em detrimento da alma, em detrimento das riquezas eternas. Poderiam ter tido aquela vida que se compara com a vida de Deus; pois Jesus morreu para colocar as bênçãos e os tesouros do Céu ao seu alcance, para que não pudessem ser considerados pobres, infelizes e miseráveis na alta avaliação da eternidade.


Ninguém Entrará Como Transgressor

Ninguém que tenha tido a luz da verdade entrará na cidade de Deus como transgressor dos mandamentos. Sua lei constitui o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. Se eles, intencionalmente, espezinharam e desprezaram Sua lei na Terra, não serão levados ao Céu para realizar a mesma obra ali; não haverá modificação do caráter quando Cristo vier.

A edificação do caráter deve prosseguir durante o tempo da graça. Dia a dia suas ações são registradas nos livros do Céu, e no grande dia de Deus eles serão recompensados segundo as suas obras. Então será visto quem receberá a bênção. "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Apoc. 22:14, Almeida Antiga, margem.

Os que atacam a lei de Deus estão guerreando contra o próprio Deus; e muitos que estão cheios de grande amargura contra o povo de Deus que guarda os mandamentos fazem o maior alarde de terem uma vida santa e sem pecado. Isto só pode ser explicado deste modo: eles não possuem um espelho a que possam olhar para descobrir por si mesmos a deformidade de seu caráter. Nem José, nem Daniel, e nenhum dos apóstolos afirmou estar sem pecado. Os homens que viveram mais perto de Deus, os homens que sacrificariam a própria vida de preferência a pecar intencionalmente contra Ele, os homens a quem Deus honrou com divina luz e poder, reconheceram que eram pecadores e indignos de Seus grandes favores. Sentiram sua debilidade, e, pesarosos por seus pecados, procuraram imitar o modelo Jesus Cristo.


Apenas Duas Classes: Obedientes e Desobedientes

Há somente duas classes sobre a Terra: os obedientes filhos de Deus, e os desobedientes. Certa ocasião Cristo apresentou deste modo a obra do julgamento a Seus ouvintes: "Quando o Filho do homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos, com Ele, então, Se assentará no trono da Sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dEle, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à Sua direita, mas os bodes à esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me.

"Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome e Te demos de comer? Ou com sede e Te demos de beber? E, quando Te vimos estrangeiro e Te hospedamos? Ou nu e Te vestimos? E, quando Te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-Te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mat. 25:31-40.

Assim Cristo identifica Seu interesse com o da humanidade sofredora. Toda atenção prestada a Seus filhos Ele a considera como sendo prestada a Sua própria Pessoa. Os que se dizem possuidores de santificação moderna ter-se-iam adiantado orgulhosamente, dizendo: "Senhor, Senhor! Tu não nos conheces? Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres?" (Mat. 7:22.) As pessoas aqui descritas, que fazem essas alegações pretensiosas, aparentemente entretecendo a Jesus em todos os seus atos, representam apropriadamente os que pretendem possuir santificação moderna, mas se acham em guerra com a lei de Deus. Cristo diz que eles praticam a iniqüidade porque são enganadores, trajando as vestes da justiça para ocultar a deformidade de seu caráter, a maldade interior de seu coração pecaminoso.

Satanás desceu nestes últimos dias para operar com todo engano de injustiça aos que perecem. Sua majestade satânica opera milagres à vista de falsos profetas, à vista de homens, afirmando que Ele é realmente o próprio Cristo. Satanás concede seu poder aos que o ajudam em seus enganos; portanto, os que pretendem ter o grande poder de Deus só podem ser discernidos pelo grande detector, a lei de Jeová. O Senhor nos diz que, se possível, eles enganariam os próprios eleitos. As vestes de ovelha parecem ser tão reais, tão genuínas, que o lobo só pode ser discernido quando nos dirigimos ao grande padrão moral de Deus e descobrimos ali que eles são transgressores da lei de Jeová.


Agora, se já Houve um Tempo

Se já houve um tempo em que necessitamos de fé e iluminação espiritual, esse tempo é agora. Os que estão vigiando em oração e examinando diariamente as Escrituras com o ardente desejo de conhecer e fazer a vontade de Deus não serão desencaminhados por nenhum dos enganos de Satanás. Só eles discernirão o pretexto que homens astutos adotam para seduzir e enredar. Tanto tempo e atenção é dedicado ao mundo, ao vestuário e a comer e beber, que não sobra tempo para oração e para o estudo das Escrituras.

Precisamos da verdade em todos os pontos, e temos de buscá-la como a tesouros escondidos. Iguarias de fábulas nos são apresentadas em todos os lados, e os homens preferem crer no erro a crer na verdade, porque a aceitação desta última envolve uma cruz. O próprio eu precisa ser negado; o próprio eu precisa ser crucificado. Por isso Satanás lhes apresenta um caminho mais fácil, invalidando a lei de Deus. Quando Deus permite que o homem siga seu próprio caminho, esta é a hora mais sombria de sua vida. Pois deixar que um filho obstinado e desobediente faça o que bem entender e siga a inclinação de sua própria mente, acumulando sobre si as nuvens mais escuras do juízo de Deus, é algo terrível.

Satanás tem, porém, os seus agentes que são demasiado orgulhosos para arrepender-se e que se acham constantemente em atividade para derrubar a causa de Jeová e calcá-la aos pés. Que dia de tristeza e desespero quando eles depararem com sua obra acrescida de todo o seu fardo de resultados! Pessoas que poderiam ter sido salvas para Jesus Cristo se perderam por causa de seus ensinos e influência.

Cristo morreu por eles para que pudessem ter vida. Abriu diante deles o caminho por meio do qual pudessem, pelos Seus méritos, guardar a lei de Deus. Cristo diz: "Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar." Apoc. 3:8. Quanto os homens se esforçam para fechar essa porta; mas não conseguem fazê-lo! Eis o testemunho de João: "E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo." Apoc. 11:19. Sob o propiciatório, dentro da arca, estavam as duas tábuas de pedra, contendo a lei de Jeová. Os fiéis de Deus viram a luz procedente da lei que incidiu sobre eles, para que fosse dada ao mundo. E agora a intensa atividade de Satanás é fechar essa porta de luz; mas Jesus declara que ninguém pode fechá-la. Homens se desviarão da luz e irão denunciá-la e desprezá-la, mas ela ainda brilha em raios claros e distintos, para animar e abençoar a todos os que queiram vê-la.

Os filhos de Deus terão um difícil conflito com Satanás, e este se tornará extremamente cruel ao nos aproximarmos de seu fim. Mas o Senhor ajudará os que defenderem Sua verdade.


Do Livro Fé e Obras Pags 41 - 46

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Obediência ou desobediência?.. sua felicidade depende disso

Obediência ou desobediência aos princípios sagrados produzem resultados pessoais na forma direta,  mas, indiretamente, suas consequências refletem positiva ou negativamente na sociedade.


Por mais que os princípios sagrados sejam  vistos como obsoletos por grande parte até mesmo dos que se dizem "cristãos", se verifica que na prática a quebra dos sagrados princípios ainda continua sendo o grande percentual ou a predominância das "desgraças" na terra, seja a desobediência do mais ínfimo conselho bíblico aos mais relevantes mandamentos, pois todos tem, de igual modo, uma especial necessidade ou dever de observância.

Os conselhos bíblicos não foram escritos por acaso. A orientação bíblica é proposital! Os mandamentos são fundamentais para uma vida íntegra, mas os conselhos bíblicos são bússolas reais para cada situação e circunstância em todos os tempos.

 Deus como pai e criador do homem, viu a necessidade de, além do perdão a ser concedido na Cruz, por todos pecados, nos conceder maiores respaldos na vida diária por meio de princípios ou conselhos. Além dos "Nãos e demais imperativos mandamentais" que são exclusivamente para o nosso bem, Deus por meio de suas escrituras sagradas, nos aconselhou desde o início da criação, como portar em todos os atos da vida para que possamos viver bem, seguir com sucesso, construir belas histórias sem riscos, sem máculas e sem manchas.

Mas, tendenciosos ao pecado que somos, SEMPRE ERRAMOS! Sofremos e causamos graves danos a obra prima do criador (a nós mesmos e aos nossos semelhantes). "Mordomos infiéis" nos tornamos quando erramos ou quando contribuímos para que alguém perpetre seu erro, pois a nossa vida é emprestada de Deus para nosso usufruto aqui na terra a qual nos será dada pela eternidade, se obedecermos às ordens da nova pátria com antecedência.

Fazendo conexão entre duas orientações bíblicas do Gêneses e alguns mandamentos Divinos descritos em Êxodo 20, notei a ligação direta entre estes:

 "Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gênesis 2:24-24).

"Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!” (Gêneses 3:19).

Agora vejamos Êxodo 20, versículos 13, 14, 15 e 17

"Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo".

Ao observarmos as orientações bíblica do início - o gênesis- vemos  que ato de "deixar", o homem, a seus pais e unir-se a sua mulher, denota que juntos e independentes formarão uma família e neste ciclo vicioso serão Pai e mãe responsáveis por uma nova família, terem, criarem e educarem a seus filhos. Pronto. Se esse único princípio fosse observado como deve ser, metade do mal na terra poderia ser eliminado, haja vista que uma família bem estruturada "com pai e mãe equilibrados" dentro do que julgamos correto, ético e moral, formarão o caráter de seus filhos no padrão espelhado. É claro que não há 100 % de garantia "perfeita" dessa formação, mas no mínimo 50 % de chance de formarem pessoas de bom caráter que levarão menos transtornos à sociedade.

Parece absurdo afirmar que "metade" do mal na terra seria eliminado se as famílias fossem bem estruturadas. Pois é, de fato não descrevo aqui com base científica, mas em mera percepção diária no mundo real e até mesmo forense. Razão de sobra eu teria para afirmar que 100% dos males da nossa sociedade é causa de desobediência a princípios bíblicos, especialmente ao que tange a formação familiar. Mas me tornaria um tanto fanática e totalmente incomplacente ou incoerente com as pessoas que vivem sós, como os órfãos e outros que também viveram isoladas do amor ou do cuidado de seus pais e que nunca possuíram famílias e, ainda, as pessoas que embora criadas em famílias desestruturadas, são pessoas do bem, que vivem sob boas práticas na vida diária, que são honestas, que trabalham e que mantém seus mais severos compromissos com a ética, a moral com total civilidade. Por isso, prefiro pensar e atribuir 50 % da responsabilidade  do bem estar social a estrutura das famílias, sem querer e nem entrar no âmbito administrativo político, o que não é o foco, nem fará sentido nesta visão.

Só para fortalecer um pouco mais a ideia acima descrita, pude observar nesses três últimos anos, em casos criminais comuns de algumas Comarcas, sem qualquer preconceito e sem qualquer dado  científico apontado, apenas com base nos dados reais das qualificações dos réus, observei que, geralmente, dos pequenos furtos aos mais avassaladores crimes que se estabelecem na nossa sociedade, estão firmados na falta de uma base estrutural da família. Sem medo de errar, geralmente os criminosos estão ligados à uma família monoparental ou à uma família  de pais ausentes. Esse "ausente" incluem os pais que são separados ou pais desconhecidos, filhos criados por terceiros e, ainda, a pais que, apesar de poder residir no mesmo teto que seus filhos não lhes prestam assistência paternal necessária. Obviamente sabemos que as razões são inúmeras para que os pais não dediquem a atenção necessária aos seus filhos, dentre as mais comuns estão, o trabalho, a situação econômica, os estudos ou mesmo a falta de base de sua própria criação ou formação.

Outro dado importante, e já antecipo, que apesar de o casamento civil ou religioso não ser base real do amor, da fidelidade e do respeito, ainda continua sendo um diferencial "do bem" nas condutas sociais. Grande número, senão, a maior parte, dos crimes de violência doméstica são entre casais "não casados", amasiados - união estável". Coincidência ou não, grande parte dos atos infracionais são de filhos de casais separados. Sem contar os estupros de vulneráveis, que em muitos (elevado número de casos) são praticados por padrastos ou por familiar e vizinhos próximos quando da ausência dos pais ou responsáveis reais.

Daí se verifica que uma família quando formada com toda preparação necessária evitaria pelo menos metade disso que chamamos de consequência ruim. O homem e a mulher maduros, "formados" em seu caráter e sua carreira profissional, com estabilidade física, emocional, financeira e espiritual, com certeza melhores condições se estabelecem na formação de uma família. Ao contrário, uma adolescente, por exemplo, sem estudos, sem emprego, sem base familiar, sem a devida e completa formação de seu caráter, que tenha filho de forma precoce, estará fadada ao fracasso na formação de uma  família. Terá que sair para trabalhar para trazer seu sustento e de seu filho e, com isso, terá que dar a outro o poder diário da criação de sua  prole. Certamente essa criança crescerá sob cuidados diversos, talvez sem parâmetro a seguir  para suas primeiras convicções.

Essa criança, do exemplo acima,  poderá ter uma boa criação com terceiros, diversos de seus pais, mas a possibilidade é de igual ou maior percentual em ter uma péssima formação, subjugada a qualquer sorte e, na mais provável hipótese, a de sofrer maus tratos físicos e emocionais pela ausência dos cuidados necessários de seus pais. Os resultados futuros podem ser de revolta, de vingança, de fúria contra si, contra seus pais e contra a sociedade que, embora não sendo culpada diretamente, causou e sofrerá danos indiretamente pelas atitudes inconsequentes de uma pessoa que não teve base familiar.

Outro princípio importante é que o homem "deve viver de seu suor", ou seja, o homem deve trabalhar. O homem deve ter à medida de seus esforços, mas infelizmente o "homem" hoje, em sua grande maioria, quer viver do suor alheio.

E não vamos falar somente de uma criança ou adolescente que já pela razão de não ter base familiar, começa a praticar seus primeiros furtos para sustentar suas necessidades ou vaidades ou mesmo de um pai de família que perde seu trabalho ou, um jovem, que pela ganância e oportunidade resolveu entrar pelas vias criminosas, seja em qualquer delito, para se manter com o "lucro alheio". Isso é óbvio, muito comum em nossa  sociedade de famílias desestruturadas.

Mas outra relevante situação é quando pessoas com bases familiares sólidas, criadas com pai e mãe, estudadas, pessoas consideradas como de primeira classe ou classe "A", ricas, milionárias que optam por viver do suor alheio. Para isso, basta olhar os nossos grandes AGENTES POLÍTICOS ou servidores públicos, de todos os poderes, sem exceção. Sempre iremos encontrar grande número de pessoas lucrando altíssimos salários sem "FAZER NADA" no termo literal da palavra. Isso não é só coisa do passado, é coisa muito atual. Apesar de metas e cobranças da sociedade e entidades, ainda há àqueles que conseguem friamente faturar seus grandiosos vencimentos sem sequer dispor de 1 hora de trabalho real mensal.

Se esse  princípio  "de viver do seu próprio suor" fosse observado para efeito concreto, a outra metade dos problemas seria eliminada ou, muita gente "rica" morreria de fome. Claro, não imputo aqui aos ricos de bom caráter que de suas fortunas conquistadas se deleitam e não precisam mais trabalhar, desde que não estejam explorando injustamente suor alheio, não precisam mais "suar", mas pessoas que são pagas para trabalharem e não trabalham, são indignas dos seus salários e indignas de comerem ou de viverem sobre a terra, pois se tornam "peso inútil". Gosto do exemplo de Provérbios 6 quando o sábio Salomão orienta ao preguiçoso a olhar o exemplo das formigas,  que trabalham pelos seus sustentos.

Pois bem! Se o homem e a mulher formar bem uma família, certamente a probabilidade de seus filhos construírem uma família também nos princípios morais, legais e espirituais serão maiores e, assim, um ciclo vicioso de boas pessoas aumentarão. Os pais ensinarão a seus filhos os princípios básicos do amor, da união, da lealdade, do trabalho, da honestidade, do bom servir, da sinceridade de vida e até da fidelidade. O momento certo de os filhos deixarem o lar e formarem suas próprias famílias no caráter forjado sobre si serão também identificados e abençoados para assim procederem.

Preparados para a vida, nos princípios sagrados, as pessoas, certamente, de forma intrínseca viverão  socialmente melhores. Serão bons maridos, boas esposas, bons pais, criarão bons filhos e  serão, os casais, de fato uma só carne. Não adulterarão,  trabalharão e terão somente àquilo que lhes pertence, não viverão do suor alheio, não matarão, não roubarão, não dirão falsos testemunhos, não cobiçarão nada de seu próximo e quando qualquer desses sentimentos ou oportunidades contrárias aos princípios bíblicos lhe baterem às portas de seus corações, pensarão muito no aspecto aprendido antes de praticarem tais atrocidades que, embora, aparentemente não sejam tão ofensivas, seus resultados alcançarão muitas gerações de forma destruidora.

Quando se tem conhecimento referência ou vivência "realmente aprendida", terão mais forças para furtar-se de praticarem o mal. Princípios e mandamentos bíblicos devem ser continuadamente observados e a nação será de fato feliz. Princípios e mandamentos bíblicos nada mais são que bençãos, os quais começam a produzir frutos na família e suas consequências obedecidas ou não afetarão positiva ou negativamente toda uma sociedade.



Att.
Adelâine Batista
Advogada e colaboradora desse blog

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Seguidores do cordeiro,


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Seguidores do cordeiro, 18 de Outubro

Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus. Apocalipse 14:4, 5. 
O Senhor tem na Terra um povo que segue o Cordeiro aonde quer que vá. Tem Ele os Seus milhares que não inclinaram os joelhos a Baal. Esses estarão com Ele no Monte Sião. Mas aqui na Terra têm de eles estar cingidos de toda a armadura, prontos para empenhar-se na obra de salvar os que estão prestes a perecer. ... Não precisamos esperar até que sejamos trasladados, para então seguir a Cristo. 
O povo de Deus pode fazer isso cá em baixo. Só havemos de seguir o Cordeiro nos átrios celestiais, se O seguirmos aqui. ... Não devemos seguir a Cristo intermitente ou caprichosamente, apenas quando é para vantagem nossa. Devemos decidir segui-Lo. Na vida diária devemos seguir o Seu exemplo, como um rebanho segue, confiante, seu pastor. Devemos segui-Lo mesmo sofrendo por Sua causa, dizendo a todo passo: “Ainda que Ele me mate, nEle esperarei.” Jó 13:15. 
A prática de Sua vida deve ser a prática da nossa. E ao assim buscarmos ser semelhantes a Ele, e a pôr nossa vontade em conformidade com a Sua, havemos de revelá-Lo. Não habitamos uma terra de sonhos e de inatividade. Somos soldados de Cristo, alistados na obra de mostrar nossa lealdade Àquele que nos remiu. O que havemos de ser no lar celestial, uma vez salvos, eternamente salvos, será o reflexo do que somos agora, no caráter e em santo serviço. 

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Não deveremos mostrar nossa lealdade, guardando os mandamentos aqui, neste nosso vale de prova? ... Estamos seguindo a Cristo com inabalável lealdade, tendo sempre ante nós Sua vida de perfeita obediência, de pureza e sacrifício, de modo que, pelo contemplar, nos transformemos em Sua imagem? Esforçamo-nos por imitar Sua fidelidade? Se nos educarmos no sentido de poder dizer: Sê Tu o meu modelo; se, com os olhos da fé, O virmos como um Salvador vivo, então seremos fortalecidos para O seguirmos. Então, com os incontaminados, segui-Lo-emos na vida futura. Como testemunhas oculares e do coração, podemos dar testemunho de Sua majestade, pois pela fé estivemos com Ele no santo monte. — The Review and Herald, 12 de Abril de 1898.

Ellen White
Nos Lugares Celestiais pag. 616

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Guardar o Coração


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Guardar o coração, 4 de Junho

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida. Provérbios 4:23. 

Por que existem tantos... que são fracassos espirituais, que possuem caráter assimétrico? É porque, quando tiveram conhecimento da verdade, não começaram a pôr em prática a verdade tal qual é em Jesus, nem a praticam agora. Não Lhe permitem tirar-lhes os traços defeituosos de caráter. ... Aquele cuja conversão é verdadeira, introduzirá princípios verdadeiros em todas as práticas de sua vida. Só é bem fundamentado na fé aquele que vive por toda palavra que procede da boca de Deus. Muitos existem que todos os dias testificam: Não me transformei no caráter, mas apenas na teoria. ... Todos podem, mediante a fé, alcançar a coroa do vencedor, mas muitos não estão dispostos a empenhar-se em luta corpo-a-corpo com suas disposições imperfeitas. Retêm atributos que os tornam ofensivos a Deus. Todos os dias transgridem os princípios de Sua santa lei. Se todos tão-somente aprendessem a simples lição de que devem tomar e usar o jugo de Cristo, e aprender do Grande Mestre a Sua mansidão e humildade, melhor haveriam de cumprir seu concerto de amar a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmos. ... Devem começar mesmo [165] no princípio. Cristo diz: Tomai sobre vós Meu jugo de restrições e obediência, e aprendei de Mim. ... O coração então se tornará reto para com Deus, mediante o poder criador de Cristo. Participantes da natureza divina, são eles transformados. ... A obra renovadora e transformadora tem de começar no coração, do qual procedem as saídas da vida. Oh, como poderá então ser considerado suficiente o serviço de lábios?! Rogo-te, por amor de Cristo, não te detenhas em qualquer lugar no meio do caminho, mas marcha, marcha! Prossegue para o aperfeiçoamento das realizações cristãs. Não deixes coisa nenhuma na incerteza. Vigia sobre ti mesmo com toda a diligência. Lembra-te de que és responsável no sentido  de não representares falsamente a Cristo no caráter. Não se dê o caso de que nós, por nossos defeitos, levemos outros a praticar os mesmos pecados. ... A menos que os que possuem o conhecimento da verdade sejam por ela santificados, sua profissão de nada valerá. ... Os que alegam possuir esclarecimento avançado devem revelar a influência desse esclarecimento em suas palavras, seu comportamento, sua voz, seus atos, a todo tempo e em todos os lugares. — Carta 178, 1899

Ellen White
Nos Lugares Celestiais. Pag. 336

terça-feira, 2 de junho de 2015

A luta pela espiritualidade


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Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Romanos 8:6, 7. 

A mente carnal inclina-se para o prazer e a satisfação própria. É praxe de Satanás prover abundância disso. Procura ele encher o espírito dos homens do desejo de diversões mundanas, para que não tenham tempo de dirigir a si mesmos a pergunta: Como vai a minha alma? O amor dos prazeres é infeccioso. Entregue a eles, a mente se apressa de um ponto a outro, sempre em busca de alguma diversão. A obediência à lei de Deus combate essa inclinação e constrói barreiras contra a impiedade. ... A habilidade de desfrutar as riquezas da glória se desenvolverá em proporção ao desejo que temos dessas riquezas. Como se desenvolverá o apreço a Deus e às coisas celestiais a menos que o façamos nesta vida? Se permitirmos que as exigências e cuidados do mundo absorvam todo o nosso tempo e atenção, nossas faculdades espirituais se enfraquecerão e morrerão por falta de exercício. Na mente entregue inteiramente a coisas terrenas, fecha-se toda entrada pela qual pudesse penetrar luz do Céu. A transformadora graça de Deus não pode então ser sentida na mente ou no caráter. — The Review and Herald, 28 de Maio de 1901. 
Vivemos em meio dos perigos dos últimos dias, e devemos vigiar todas as entradas pelas quais Satanás possa se aproximar com suas tentações. ... O mero assentimento à verdade nunca salvará alguém da morte. Temos de ser santificados pela verdade: cada defeito de caráter tem de ser vencido, ou ele nos vencerá e se tornará um poder dominante para o mal. Começai, sem um momento de espera, a desarraigar todo joio pernicioso do jardim do coração; e, pela graça de Cristo, não permitais que ali floresçam plantas além das que tragam fruto para a vida eterna. 
Cultivai em vosso caráter tudo que esteja em harmonia com o caráter de Cristo. Buscai as coisas verdadeiras, honestas, justas, puras, amáveis e de boa fama; afastai, porém, tudo que seja diferente de nosso Redentor. ... Não há maneira em que possais ser salvos em pecado. Toda pessoa que alcance a vida eterna tem de ser semelhante a Cristo, “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores”. Hebreus 7:26.
 Os seguidores de Cristo devem resplandecer como luzes no meio de uma geração corrompida e perversa. — The Review and Herald, 3 de Junho de 1884.

sábado, 30 de maio de 2015

Parceria divino-humana,


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Parceria divino-humana, 30 de Maio

As Tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; dá-me inteligência para que aprenda os Teus mandamentos. Salmos 119:73. 

O organismo humano é obra das mãos de Deus. Por Ele foram feitos os órgãos, empregados nas diversas funções do corpo. O Senhor nos dá comida e bebida, para que sejam supridas as necessidades do corpo. Deu Ele à terra diferentes propriedades, adaptadas à produção de mantimento para Seus filhos. Dá Ele a luz do Sol e os aguaceiros, a chuva temporã e a serôdia. Forma as nuvens e envia o orvalho. Tudo são dons Seus. Tem-nos concedido liberalmente as Suas bênçãos. Mas todas essas bênçãos não restaurarão Sua imagem moral a menos que cooperemos com Ele, esforçando-nos para conhecer a nós mesmos, para compreender como cuidar da delicada máquina humana. 
O homem precisa, diligentemente, ajudar a manter-se em harmonia com as leis da natureza. Aquele que coopera com Deus na obra de conservar em ordem essa máquina maravilhosa, que consagra a Deus todas as faculdades, procurando obedecer inteligentemente às leis da natureza, apresenta-se na varonilidade concedida por Deus, e é registrado no Céu como homem. Deus concedeu ao homem terra para ser cultivada. Mas para que possa ser colhida a seara, tem de haver ação harmônica entre os instrumentos divinos e os humanos. O arado e outros implementos de trabalho têm de ser usados no tempo devido. A semente tem de ser lançada em sua estação própria. O homem não deve faltar em sua parte. Se é descuidado e negligente, sua infidelidade testifica contra ele. A colheita será proporcional à energia que ele despendeu. Assim se dá nas coisas espirituais. ... Tem de haver parceria, relação divina entre o Filho de Deus e o pecador arrependido. Somos feitos filhos e filhas de Deus. “A todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.” João 1:12. Cristo provê a misericórdia e a graça tão abundantemente dadas a todos os que nEle crêem. Cumpre Ele as condições das quais depende a salvação. Mas temos de fazer nossa parte, aceitando a bênção com fé. Deus realiza, e realiza o homem. 
A resistência à tentação tem de vir do homem, que tem de derivar de Deus o poder. Assim ele se torna um parceiro de Cristo. — The Signs of the Times, 27 de Fevereiro de 1901

Ellen White
Nos Lugares Celestiais Pag. 324

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