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sábado, 19 de março de 2016

Livros da morte

Livros da morte 

FLÁVIO PEREIRA DA SILVA FILHO,

Como autores têm usado o poder da literatura para o mal enquanto outros levam vida e salvação por meio da página impressa

Ilustração: Eduardo Olszewski
Ilustração: Eduardo Olszewski
No contexto da literatura europeia e, mais especificamente, da literatura alemã, 2016 tem sido considerado o ano do livro Mein Kampf (Minha Luta). Inclusive, um raro exemplar da obra escrita por Adolf Hitler foi arrematada por 20.665 dólares em um leilão realizado nesta sexta-feira, 18 de março, nos Estados Unidos. A cópia leiloada foi encontrada por soldados americanos da 45º Divisão de Infantaria no apartamento do ditador alemão, em Munique, em maio de 1945, durante a tomada da capital pelas tropas aliadas. Segundo os responsáveis pela casa de leilões, provavelmente o exemplar tenha sido mantido por Hitler para seu próprio uso ou com o intuito de presentear algum admirador.
Setenta anos depois do suposto suicídio de Hitler, o livro entrou em domínio público no dia 1º de janeiro deste ano, e tem quebrado recordes de venda, figurando na lista dos best-sellers alemães desde o fim de fevereiro.
No entanto, Mein Kampf, a “bíblia do nazismo”, é caracterizada pela incitação ao ódio e ao racismo. Como consequência da aplicação prática de sua doutrina política, o livro autobiográfico e propagandístico de Hitler alimentou a ideologia que levou ao extermínio de seis milhões de judeus, bem como à perseguição a negros, ciganos, homossexuais e a outros grupos que não se enquadravam no ideal de uma suposta “raça pura”.
Outro livro da morte é O Manual Completo de Suicídio, de Wataru Tsurumi, publicado em 1993. Na obra, o autor ensina, de maneira sistemática, vários métodos de suicídio. Como desdobramento dessa terrível pedagogia, existem muitos registros de suicídio, nos quais o “manual” foi encontrado próximo ao corpo.
Com mais de um milhão de cópias vendidas, o livro de Wataru também se tornou um best-seller. No entanto, seis anos após seu lançamento, as autoridades japonesas cogitaram restringir a venda do livro, haja vista que em 1999, a taxa de suicídio entre os jovens de Tóquio aumentou 85% – e entre a população japonesa em geral houve um crescimento de 35%. “Nós temos recebido ligações de pessoas que seguiram as instruções do livro, mas falharam em se suicidar, estando sob grande dor”, afirmou na época Yukiko Nishihara, fundador de um serviço telefônico de emergência em Tóquio, em entrevista à BBC.
É pertinente lembrar que muito tempo antes, em 1774, a publicação do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther pelo escritor alemão J. W. Goethe já gerou uma onda de suicídios entre os jovens. Em boa parte dos casos, as vítimas imitavam as características da morte do protagonista do livro. Devido a esse incidente, ainda hoje, na literatura psiquiátrica, o tipo de morte em que o suicida imita algum personagem midiático recebe o nome técnico de “efeito de Werther”.
Em suma, tanto Mein Kampf quanto o Manual Completo do Suicídio e Os Sofrimentos do Jovem Werther, entre várias outras literaturas que fazem apologia à destruição da vida, ou à autodestruição, são pregadores silenciosos que agem como legítimos livros da morte.
Livros que salvam
Enquanto alguns escritores têm usado sua influência para o mal outros levam vida e salvação por meio da página impressa, ajudando a reerguer o ser humano. Falo por experiência própria, pois testemunhei o poder de transformação dos bons livros.
No início do ano 2000, com um histórico de consumo de cocaína, maconha e álcool, eu estava numa condição de debilidade física e mental. Um dia tive uma forte sensação de taquicardia que me levou ao estado de pânico. Naquele momento, com apenas 22 anos de idade, pensei que seria o fim da linha. Porém, sobrevivi. E dali em diante comecei a repensar meus hábitos de vida.
Foi um momento de desespero e de procura por respostas. Naquela ocasião, o Espírito de Deus me fez lembrar do livro Nutrição Orientada, de Durval Stocler de Lima (publicado pela CPB), que havia lido quando criança. Essa obra foi distribuída pelos colportores na década de 1980. “Como o braço direito da terceira mensagem angélica, os métodos de Deus para tratamento da doença abrirão portas para a entrada da verdade presente” (Evangelismo, p. 516). Pude experimentar na prática o significado desse texto da escritora norte-americana Ellen G. White.
Pastor guarda livro publicado pela CPB que o influenciou a mudar de vida. Créditos da imagem: arquivo pessoal
Pastor guarda livro publicado pela CPB que o influenciou a mudar de vida. Créditos da imagem: arquivo pessoal
Ao seguir as instruções do livro, comecei a sentir uma grande mudança na minha condição mental. Diminuí o consumo de cafeína, açúcar e carne na dieta alimentar. Depois de ter iniciado essa reforma de saúde, também abandonei o ateísmo e comecei a acreditar em Deus através da simples observação da natureza. Como afirma o apóstolo Paulo, “os seus atributos invisíveis, seu eterno poder e divindade, são vistos claramente desde a criação do mundo e percebidos mediante as coisas criadas, de modo que esses homens são indesculpáveis” (Rm 1:20).
Em meados daquele mesmo ano, ouvi mentalmente uma voz que me disse: “Você é tão preocupado em ajudar as pessoas, mas não tem ajudado aquelas que mais precisam de seu auxílio: sua esposa e sua filha”. Até aquela ocasião, meu casamento havia sido uma farsa. Eu vivia em uma cidade e minha esposa em outra, tendo que carregar sozinha o fardo das responsabilidades familiares.
Ao ouvir aquela voz, fui imediatamente até minha casa e arrumei as malas. Meu objetivo era resgatar minha família. O único livro que levei para ler durante a viagem foi uma edição antiga do Vida de Jesus, de Ellen G. White. Em ocasiões anteriores, quando alguém olhava para minha biblioteca e perguntava sobre esta obra, eu dizia que era uma literatura sem valor e que não desse importância para ela. Mas, a partir daquele dia, passei a ver esse livro com outros olhos.
Em 2001, Jorselins Barbosa, um professor de matemática, pregou o evangelho para mim, e me presenteou com o livro O Grande Conflito. No ano seguinte, tomei a decisão de me batizar.
Mais recentemente, seguindo os passos de meu avô, Francisco Lago Souza, que trabalhou como colportor durante as décadas de 1970 e 1980, tive a oportunidade de dedicar cerca de oito anos da minha vida para evangelizar por meio da literatura. Na minha história, os livros da vida venceram os livros da morte.

FLÁVIO PEREIRA DA SILVA FILHO, mestre em Teologia Bíblica, é pastor e jornalista

Fonte - http://www.revistaadventista.com.br/blog/2016/03/18/livros-da-morte/

VEJA TAMBÉM: Pastor conta sobre sua transformação de vida no programa 180 graus

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A igreja em tempos de crise



Artigo imperdível, do pastor Flavio Filho. O pastor Flavio é distrital na Missão Sul do Pará, da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Foi nosso colega de pastorado aqui na Missão do Tocantins. Homem simples de uma humildade exemplar, porem de muito conhecimento. mestre em teologia e excelente escritor. 

Tomo a liberdade de publicar em meu blog, esse artigo do pastor Flavio, que foi publicado na revista Ministério, que é uma publicação destinada a pastores adventistas 

 

A igreja em tempos de crise

http://blogs.adventistas.org/pt/revistaministerio/a-igreja-em-tempos-de-crise/

Flávio Pereira S. Filho - Pastor na Associação Sul do Pará
Flávio Pereira S. Filho – Pastor na Associação Sul do Pará
A experiência de guerra vivenciada por Guilherme Miller como tenente na batalha de Plattsburg, onde o exército do qual ele fazia parte obteve uma vitória praticamente impossível, ilustra de diversas maneiras a reação do cristão durante momentos de crise e, de certa forma, também apresenta alguns paralelos com a história da Igreja Adventista.
Para Miller, a batalha de Plattsburg, ocorrida em setembro de 1814, foi o ponto-chave para que o deísmo não mais fizesse parte de seu vernáculo de fé. A partir do resultado daquele conflito, que o impressionou com a verdade de que existe “um poder mais forte do que o homem”,1 ele começou a acreditar em um Deus que age na História.
Outro episódio crítico e modulador foi o desapontamento de 22 de outubro de 1844. Um evento decisivo para delinear a doutrina do santuário, um dos pilares doutrinários da Igreja Adventista, o qual revela “um completo sistema de verdades, conectado e harmonioso”.2
Ainda nesse sentido, enquadra-se a assembleia da Associação Geral de 1888, realizada em Mineápolis, “um dos mais tristes capítulos na história dos crentes na verdade presente”.3 No entanto, a partir desse incidente, a Igreja compreendeu com maior clareza a importante doutrina da justificação pela fé.
A previsão dos últimos capítulos da história da igreja também converge para o paradigma do conflito como fator determinante, sendo que, “o trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade terá que realizar sob terrível crise, em circunstâncias mais desanimadoras e difíceis”.4
O capítulo 13 do Apocalipse descreve o desfecho desse conflito, através de um mecanismo biunívoco (a besta que emerge do mar e a besta que emerge da Terra) engendrado pelo dragão (símbolo de Satanás) para coagir todos os habitantes da Terra (Ap 13:16). Aquele que não deseja receber a marca da besta terá que passar por uma experiência excruciante que envolve privação econômica, motejo público e ameaça de morte (Ap 13:7, 15, 17).
Nesse sentido, Apocalipse 13 se justapõe ao capítulo 3 de Daniel quanto à batalha que todo ser humano terá que enfrentar. A Bíblia não deixa dúvida de que a lei dos homens se afastará gradual e progressivamente da lei de Deus, e de que cada pessoa terá que decidir entre elas (At 5:29). Em suma, haverá um desfecho do grande conflito entre a verdade e o erro, um embate final relativo à lei de Deus, uma última batalha entre as leis dos homens e os mandamentos do Senhor, “entre a religião da Bíblia e a religião das fábulas e da tradição”.5
Ao longo da História, alguns adventistas se envolveram em episódios em pontos específicos do planeta, e esses eventos servem como microestruturas ilustrativas para entendermos, em parte, o desfecho do grande conflito. Em nível local, destacam-se a guerra civil americana (1861-1865), ocorrida nos Estados Unidos, e o genocídio de Ruanda (abril-junho de 1994). No âmbito global, as duas grandes guerras mundiais.
O objetivo deste artigo é apresentar alguns modelos históricos de fidelidade aos mandamentos de Deus (ainda que sob grande crise e oposição) na Igreja Adventista. É necessário observar que os exemplos negativos, em relação aos princípios pré-estabelecidos pela Igreja para situações beligerantes, não serão citados por não se enquadrarem no propósito do artigo.
A lei de Deus e a guerra
Sob o contexto dos quatro conflitos citados, serão apresentadas combinações de circunstâncias em que a Igreja, corporativa ou local, teve que tomar decisões que confrontavam a ordem de prioridades da guerra, ou do conflito armado (como no caso de Ruanda), com o que a lei de Deus estabelece como princípio. Essas situações ocorreram porque, de maneira geral, a guerra pressupõe matar, transgredir o sábado e odiar os inimigos, sendo esses fundamentos diametralmente opostos ao quarto e ao sexto mandamentos do decálogo e, mais especificamente, à ordem de Cristo no sentido de amar os inimigos.
Guerra civil americana
Um exemplo patente da tensão entre a lei de Deus e os fundamentos da guerra está no pronunciamento da Associação Geral, publicado em maio de 1865, sendo aqueles os últimos dias da guerra civil americana. Ainda que admitindo a autoridade concedida por Deus ao poder civil, a Igreja afirmou a necessidade de “declinar a toda participação em atos de guerra e derramamento de sangue”.6
No contexto da guerra civil americana, a Igreja Adventista precisou lidar com a crise em seu período formativo como organização. Em 3 de agosto de 1864, obteve do governo o reconhecimento de seus princípios de não combatência.7 No entanto, uma crise maior em desdobramentos e consequência surgiria 50 anos depois.
Primeira guerra mundial
Uma sinopse da preocupação da Igreja no início da primeira guerra mundial está num artigo publicado naReview and Herald, em 20 de agosto de 1914: “Ao ler os relatos sobre mobilizações de vastos exércitos e de batalhas em andamento, cada adventista do sétimo dia tem se preocupado profundamente com os nossos irmãos nessas terras conturbadas. Qual será o efeito da guerra sobre eles? Qual será o efeito sobre nosso trabalho em geral? Seria irracional presumir que a Divisão Europeia, que abrange o território que agora é atormentado pela guerra e encharcado com sangue, permaneça incólume. Portanto, é com grande ansiedade que a Associação Geral tem buscado uma palavra direta de nossos irmãos europeus. Nenhuma notícia deles foi recebida desde que a guerra foi declarada até 14 de agosto, quando cartas escritas sob a data de 2 de agosto chegaram aos escritórios da Associação Geral.8
No Reino Unido, depois da Crise de Conscrição, em 1918, que tornou obrigatório o alistamento militar, um grupo de quatorze adventistas foi condenado a seis meses de trabalhos forçados em uma prisão militar. Eles foram espancados e torturados por terem se recusado a trabalhar no sábado.9
Na África do Sul, em julho de 1918, um recruta adventista se recusou a fazer exercício militar com rifle no sábado, e também foi preso. No entanto, sua fidelidade ao sétimo dia foi um incentivo para as autoridades militares daquele país. Elas mudaram o procedimento em relação aos adventistas, liberando-os para cumprir suas obrigações em outros dias da semana.10
Nos Estados Unidos, o ex-presidente Theodore Roosevelt chegou a propor que os objetores de consciência (soldados que se recusavam a pegar em armas ou trabalhar no sábado) fossem colocados na linha de frente das batalhas para que recebessem um tiro.11 Entretanto, um de nossos irmãos americanos, que trabalhou em uma unidade médica na linha de frente de Soissons, conseguiu, com um companheiro, resgatar um homem ferido, atravessando o campo de guerra sob fogo de artilharia e constantes disparos de metralhadora. Ele foi condecorado com a Cruz de Guerra francesa.12
Segunda guerra
Durante esse período, a Igreja mergulhou em um estado de conflito generalizado, sendo atingida em várias partes do mundo. Em 1939, o partido nazista obrigou 90% das igrejas adventistas da Romênia a fechar as portas. Três mil adventistas foram presos, alguns com sentenças de 25 anos.13
Na Iugoslávia, muitos membros da igreja morreram como mártires em função da fé que professavam.14 Na Coreia, Choi Tai Heun, ex-presidente da União Coreana, e o pastor Kim Nei Choon, foram presos, torturados e mortos, tornando-se os primeiros mártires adventistas daquele país.15 Em Bornéu, G. B. Youngberg, pioneiro adventista na União Malaia, morreu em um campo de concentração japonês.16 Marie Klingbeil, missionária na Indonésia durante 18 anos, também morreu em um campo de concentração.17
Na Alemanha de Hitler não havia isenção militar para não combatentes. Isso significa que, durante a segunda guerra mundial, cada adventista que, segundo o estado, estivesse em condições de combater, era obrigado a portar armas e trabalhar no sábado. Nesse contexto, eles tiveram que enfrentar pessoalmente o problema, e a ajuda veio única e exclusivamente de Deus.18
Apesar disso, os adventistas da Alemanha nazista se tornaram notáveis na ajuda privada e individual dada aos judeus. Relatos históricos apresentam adventistas, quakers e testemunhas de Jeová arriscando a vida para salvar judeus, “embora não tenha havido reconhecimento público deste trabalho”.19
Entretanto, foi na batalha de Okinawa que um adventista se tornou um dos maiores heróis da segunda guerra mundial. Desmond T. Doss, médico missionário, salvou 75 soldados feridos, carregando-os um a um (sob o fogo da artilharia) e tratando-os em um local seguro. Quando a guerra terminou, Doss recebeu a Medalha de Honra, a maior condecoração militar nos Estados Unidos.20
Genocídio de Ruanda
As histórias de Carl Wilkens e Adele Kangabe Sefuku são exemplos do cumprimento da ordem de amar ao próximo sob situações extremamente difíceis.
Carl Wilkens foi o único americano que permaneceu em Ruanda na época do massacre. Ele era diretor da Adra e coordenava o orfanato de Gisimba. Temendo que fossem assassinadas as crianças de origem tutsi (grupo étnico perseguido na época do genocídio), decidiu continuar no país arriscando a vida. Ele também pleiteou com Jean Kambanda, um dos principais líderes do massacre, pela vida dos órfãos que estavam sob seus cuidados. Sua coragem salvou mais de 400 vidas.21
Em abril de 1994, no início do massacre, Adele Kangabe Sefuku testemunhou o assassinato do marido, pastor adventista, e do filho, que foram mortos a golpes de facão por extremistas hutus. Ela também foi golpeada com machetes. Seu crânio foi fraturado, a articulação de um dos punhos foi parcialmente mutilada e vários de seus dentes foram quebrados. Foi deixada agonizando no chão por cerca de quatro dias. Levada ao hospital, ficou em coma durante 21 dias. Mas, mesmo diante de tudo isso, Adele sobreviveu milagrosamente.
Três meses depois, o massacre de Ruanda resultou em aproximadamente um milhão de mortos. Quase todos os assassinos foram presos. Nesse contexto, e de maneira surpreendente, Adele decidiu fazer trabalho missionário em um presídio onde se encontravam alguns daqueles assassinos. Em uma de suas visitas, enquanto ela distribuía comida e roupa para os presidiários, subitamente, um rapaz se ajoelhou aos seus pés pedindo perdão. Era Luís, o assassino do marido de Adele e quem havia ferido profundamente o crânio dela com um machete, deixando uma grande cicatriz em sua cabeça.
Ela o perdoou e, algum tempo depois, quando o rapaz recebeu a liberdade condicional, ela o adotou como filho. O testemunho de Adele Kangabe Sefuku permanece como uma das mais fortes evidências de alguém que conseguiu cumprir a lei de Cristo, que exige amar ao próximo, diante das circunstâncias difíceis da vida.22
Vitória final
“O relógio do tempo está prestes a badalar a hora mais solene de toda a História.”23 “Uma grande crise aguarda o povo de Deus. Essa crise vai envolver o mundo. A mais terrível luta de todos os séculos está justamente à nossa frente.”24 Com essas palavras, em 26 de setembro de 1939, a comissão da União do Norte do Pacífico introduziu um apelo às igrejas de seu território, enfatizando a necessidade de ajudar os campos missionários dos países em guerra.25
Entretanto, o capítulo 12 de Daniel menciona que ainda “haverá um tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1), diante do qual os eventos da segunda guerra mundial e das outras grandes guerras são apenas uma versão miniaturizada. Mas para aqueles que permanecem fiéis a Deus, a promessa é: “Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro” (Ap 3:10). E, ao que tudo indica, podemos vislumbrar que esse tempo está bem próximo para o povo de Deus!26

Referências:
1 Sylvester Bliss, Memoirs of William Miller (Boston, MA: J. V. Himes, 1853), p. 53.
2 Ellen G. White, The Last Call (Coldwater, MI: Remnant Publications, 2006), p. 423.
3 ____________, Manuscript Releases, v. 1, p. 142.
____________, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 463.
5 ____________, O Grande Conflito, p. 582.
6 ____________, The Advent Review and Sabbath Herald, 23/5/1865.
7 Francis M. Wilcox, Seventh-day Adventists in Time of War (Washington, DC: Review and Herald, 1936), p. 57-59.
8 Review and Herald, 20/8/1914, p. 24.
9 Francis M. Wilcox, Op. Cit., p. 289-293.
10 Ibid., p. 318-322.
11 “Roosevelt Assails Divided Allegiance”, The New Times, 5/7/1917.
12 Francis M. Wilcox, Op. Cit., p. 232.
13 R. W. Schwarz, Light Bearers to the Remnant (Mountain View, CA: Pacific Press, 1979), p. 437.
14 Review and Herald, 17/1/1946, p. 18.
15 Ibid., 24/1/1946, p. 17.
16 Ibid., 8/2/1945, p. 24.
17 Ibid., 24/7/1958, p. 7.
18 Arthur W. Spalding, Origin and History of Seventh-day Adventists (Washington, DC: Review and Herald, 1962), v. 4, p. 256, 257.
19 Christine E. King, The Nazi State and the New Religions (Nova York, NY: E. Mellen Pres, 1982), v. 4, p. 101, 102.
20 Review and Herald, 1/11/1945, p. 2.
21 M. Mohan, “Rwanda genocide”, BBC News Africa, 7/4/2011.
22 Adele K. Sefuku, “Through the shadow of death”, Shepherdess International Journal, out-dez 1995.
23 Nicholas M. Butyler, A World in Ferment (Nova York, NY: Charles Scribner’s Sons, 1918), p. 249.
24 Ellen G. White, Testemunhos Para a igreja, v. 5, p. 711.
25 North Pacific Union Gleaner, 26/9/1939 (Washington, DC), p. 1.
26 Roland G. Usher, Tne Challenge of the Future (Nova York, NY: Grosset & Dunlap Publishers, 1916), p. 7.

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