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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

“E o Verbo se fez carne”

 

“E o Verbo se fez carne”

Jesus fez morada entre os homens para apresentar-lhes o caráter do Pai


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Como humano, o rei do universo nasceu em berço humilde, improvisado (Foto: Shutterstock)

Mais um Natal se aproxima. As reuniões em família, as ceias deliciosas e os abraços amigos, além de bem-vindos, são inesquecíveis. No entanto, como afirma Altares, “desde o império Romano, o Natal tem sido uma luta entre elementos religiosos e pagãos, entre a festa e a liturgia, que se prolonga até nossos shopping centers”.[1] Considerando que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo, os adventistas do sétimo dia buscam glorificar a Deus (1 Coríntios 10:31), evitando sabiamente certos elementos incorporados à festividade e utilizando a ocasião “para um bom propósito”[2], como, por exemplo, meditar na missão do Filho de Deus; apresentar a Deus ofertas de gratidão[3] e ajudar os necessitados.[4] Este artigo, focado na encarnação de Cristo, apresenta a grandeza da natividade, a fim de promover séria reflexão, que resulte em adequada resposta ao seu amor. O que é a encarnação?

  1. A encarnação é um mistério profundo e multifacetado. Como afirmou Geisler: “O cristianismo é singular entre as religiões mundiais; e a singularidade verdadeira de Cristo é o centro do cristianismo”.[5] A encarnação de Jesus Cristo desafia a ciência e a compreensão humana, pois “a história de Belém é inexaurível. Nela se acham ocultas “as profundidades das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus" (Romanos 11:33)”.[6] Como Deus tornou-se carne por um nascimento virginal sem intercurso sexual, e ainda manteve sua divindade plena? (Mateus 1:18, 23). Como pode alguém ser totalmente Deus e totalmente homem? Como aconteceu a união da natureza divina do Filho de Deus com sua perfeita natureza humana? A encarnação é realmente um santo, elevado, e profundo mistério!

  2. O mistério da encarnação exige uma atitude adequada de nossa parte. Alguns preferem combater o que não entendem, pois se sentem humilhados diante do incompreensível. Entretanto, a encarnação é mais uma evidência de que Deus é infinitamente sábio, onipotente, e pode realizar coisas muito acima da nossa compreensão. Portanto, é necessário humildade e reverência diante do Todo-Poderoso. “Devemos aproximar-nos deste estudo com a humildade de um discípulo, de coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará o pesquisador que cave fundo em busca de verdades ocultas”.[7] É preciso também fé, o que não significa um salto no escuro, mas confiança em Deus baseada nas múltiplas evidências do seu poder e amor amplamente disponíveis na Natureza criada e, de modo especial, em sua Revelação escrita (2 Timóteo 3:15; 2 Pedro 1:19-21). “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1:37).

  3. Deus revelou na Bíblia a encarnação de Jesus Cristo. É fundamental buscar compreensão sobre a encarnação de Cristo e outros assuntos na Palavra de Deus, pois: “As Escrituras Sagradas são a revelação infalível, suprema e repleta de autoridade de sua vontade. Constituem o padrão de caráter, a prova da experiência, o revelador definitivo de doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus na história (Salmos 119:105; Provérbios 30:5, 6; Isaías 8:20; João 17:17; 1 Tessalonicenses 2:13; 2 Timóteo 3:16, 17; Hebreus 4:12; 2 Pedro 1:20, 21)”.[8] As declarações da Bíblia inteira nos ajudam a entender não apenas a criação (Hebreus 11:3), a queda, mas também a receber melhor compreensão sobre o plano da redenção e a necessidade da encarnação do Filho de Deus. Neste ponto cabe uma séria advertência. Não devemos buscar conhecimento, e nem depositar fé em fontes não autorizadas por Deus.[9] O apóstolo Paulo advertiu: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gálatas 1:8). O apóstolo João também foi incisivo ao declarar: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo a respeito do qual tendes ouvido que vem, e presentemente, já está no mundo” (1 João 4:2, 3 

  4. A encarnação envolveu infinita humilhação do Filho de Deus. A encarnação faz parte do mistério eterno mais amplo do plano da redenção (Romanos 16:25), que envolveu abismal e necessária humilhação do Filho de Deus. Conforme profecias (Mateus 16:21; Lucas 24:44-47), Cristo se autolimitou, deixando sua elevada posição no trono do Universo, e como servo desceu em uma “cascata” de rebaixamento até a morte expiatória na cruz (Filipenses 2:5-9). Como substituto, morreu por nossos pecados (1 Coríntios 15:3, 4; 2 Coríntios 5:21) para ser nosso legítimo intercessor junto ao Pai (Hebreus 5:1-5, 7-10). Sua missão incluía revelar aos homens e ao Universo o caráter de Deus em meio a sofrimentos (Isaías 52:13-53:12), e reivindicar a Lei divina, pois no centro do grande conflito entre o bem e o mal está o caráter de Deus e a perpetuidade da sua Lei dos Dez Mandamentos (Apocalipse 11:19; 12:17; 14;12).

  5. Na encarnação, Cristo não perdeu sua divindade, e na ressurreição não perdeu sua humanidade. Jesus Cristo é o divino e eterno Verbo Criador que se fez carne e habitou entre nós (João 1:1-3, 14), “totalmente divino e totalmente humano. Deus e homem ao mesmo tempo”.[10] Ele “não era duas pessoas, mas tinha duas naturezas dentro de uma pessoa.”[11] O apóstolo Paulo apresenta o Cristo encarnado como segundo Adão e o legítimo representante da raça humana (1 Coríntios 15:45, 47). Conforme Romanos 5:14, “em seu papel como cabeça federal, Adão era um tipo (símbolo) daquele que devia vir - isto é, o Senhor Jesus Cristo”.[12] Assim como aconteceu primeiramente em relação a Adão, o segundo Adão também não poderia vir com propensão para o pecado. Jesus Cristo não foi corrompido pelo pecado à semelhança de Adão e cada ser humano, caso contrário, também precisaria oferecer sacrifício por seus próprios pecados (Hebreus 7:27) e não poderia ser nosso perfeito Salvador (Levítico 1:3, 10; Hebreus 7:16; 1Pedro 1:18, 19). “Sua natureza espiritual estava isenta de qualquer nódoa de pecado.”[13]Entretanto, limitações evidentes e inocentes demonstram que, embora a natureza humana de Jesus não tenha sido infectada, ela foi afetada pelo pecado.[14] Cristo encobriu sua divindade com uma natureza humana sem pecado, mas mais fraca daquela com que Adão fora dotado.  Jesus sentia fome (Mateus 4:2), cansaço e sede (João 4:6, 7); chorava (11:35), ficava perturbado (12:27; 13:21) e morreu (João 19:30). Neste aspecto, “a natureza humana de Cristo era semelhante à nossa”.[15] Contudo, após sua morte, Ele ressuscitou como vencedor e levou consigo para sempre a natureza humana glorificada (João 20:27-29; 1 Coríntios 15:21-23). “Agora, por Sua divindade, firma-Se ao trono do Céu, ao passo que, pela Sua humanidade, Se liga a nós”.[16]

  6. A encarnação nos convida a aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador, compartilhar seu amor e as boas novas da salvação. O escritor de Hebreus convidou seus leitores a considerar a Jesus (Hebreus 12:3). A palavra grega é ἀναλογίζομαι (analogizomaia), e significa analisar detalhadamente. Para Kistemaker e Hendriksen, “Ele literalmente lhes diz para comparar suas vidas com a de Jesus e tomar nota de tudo o que Jesus teve que suportar”.[17]

  7. Que neste Natal tomemos a Bíblia, e de coração aberto analisemos detidamente o infinito sacrifício do Filho de Deus para nos salvar. A encarnação nos convida a aceitar o sacrifício substitutivo de Cristo por nós na cruz, e recebê-lo como nosso único Senhor e Salvador. O convite é extensivo a compartilhar seu amor e esta tão grande salvação. Que resposta você lhe dará? Feliz Natal!


    Referências:

    [1]Guillermo Altares, “A origem do Natal: uma luta entre elementos religiosos e pagãos”, El País, https:// brasil. elpais.com/brasil/2017/12/08/cultura /1512736033 _713696 .html (Consultado em 10 de dezembro de 2017, às 21:31h).

    [2]Ellen G. White, O lar adventista, 14ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004), 478.

    [3]Ibíd., 482.

    [4]Ellen G. White, Manuscrito 13, 1896.

    [5]Norman Geisler, Enciclopédia de apologética (São Paulo: Editora Vida, 2001), 219, 220.

    [6]Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, 22ª ed. (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2013), 49. A seguir: White, O Desejado de todas as nações.

    [7]Ellen G. White, Mensagens escolhidas, 2ª ed. (Santo André, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1985), 1: 244.

    [8]Manual da Igreja 2015, 22ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016), 167.

    [9]Através de outro evangelho o espiritismo pretende ser um canal de luz para a humanidade, mas frontalmente nega verdades das Escrituras como a encarnação do Filho de Deus.

    [10]L. Palau, Comentario bı́blico del continente nuevo: San Juan I (Miami, FL: Editorial Unilit, 1991), 48.

    [11]Norman R. Gulley, Christ Our Substitute (Washington D.C.: Review and Herald, 1982).

    [12]W. MacDonald, & A. Farstad, Believer's Bible Commentary: Old and New Testaments (Nashville: Thomas Nelson, 1997, c1995), s. Romans 5:14.

    [13]Ellen G. White, Cristo triunfante: meditação matinal 18 de setembro de 2002 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), 267. A seguir: White.

    [14]Amin A. Rodor, O Incomparável Jesus Cristo (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2015), 30, 33.

    [15]White, Cristo triunfante, 267.

    [16]White, O Desejado de todas as nações, 312.

    [17]S. J. Kistemaker, & W. Hendriksen, New Testament commentary: Exposition of Hebrews. Accompanying biblical text is author's translation. (Grand Rapids: Baker Book House, 1953-2001), 15: 369.

     

    Cristo era divino ou humano? O que seu nascimento representa para a humanidade? Reflita em cada aspecto deste artigo e compartilhe.

Wilson Borba

Wilson Borba

Sola Scriptura

As doutrinas bíblicas explicadas de uma forma simples e prática para o viver cristão.

Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. Possui mestrado e doutorado na mesma área pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho, e pela Universidade Peruana Unión (UPeU). Ao longo de seu ministério foi pastor distrital, diretor de departamentos, professor e diretor de seminários de Teologia da Igreja Adventista na América do Sul. Atualmente serve como pastor distrital no interior de São Paulo.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Transcendente e Imanente

Transcendente e Imanente



POR Juliano Fabrício









Em todos os evangelhos Jesus está acima
(“no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”) 
e; abaixo (Ele experimenta a fadiga e a indecisão, tem Seu coração partido diante da morte de sua amigo Lázaro e realiza um milagre em Caná da Galiléia pelo simples prazer de fazê-lo, Ele bebe o vinho de seu povo, canta suas canções nos casamentos e é acusado de ser um beberrão e um glutão).

Esse Jesus que está assentado à direita do Pai é o mesmo Jesus que lava os pés dos seus discípulos. (As vestes usadas por ele e o trabalho realizado são os que caberiam a um escravo).

Esse Jesus que é o unigênito de Deus é o mesmo Jesus que chora sobre Jerusalém.

Esse que tinha tudo e se fez nada é o mesmo Jesus que habita em nós: 

“Estai em mim, e eu em vós” (Jo 15:4)

Esse Jesus mesmo sendo grande, gentil e conhecedor de que as pessoas estavam sem liderança nunca as diminuía, envergonhava ou ridicularizava.

Esse Jesus não passou um sermão na mulher surpreendida em adultério a respeito das consequências da infidelidade, ao contrário, Jesus viu sua dignidade sendo destruída pelos assim chamados “homens religiosos” (ele simplesmente colocou todo mundo no seu devido lugar).

Esse Jesus não promete mar tranquilo, mas ânimo nas adversidades.

Esse Jesus não “resolve” nossos problemas, como repetem os televangelistas, mas promete ser nosso companheiro na estrada da vida.

Ele é transcendente e imanente*, infinito e mais íntimo de nós do que nós mesmos somos.

*imanente - aquilo que não pode ser encontrado do lado de fora. Faz parte do ser. Diferentemente do que transcende. O que é imanente à ciência, transcende o verbo.

No site do AUTOR

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Jesus e Jeová

Jesus e Jeová 

Prof. Gilson Medeiros

Lembro de certa ocasião, há alguns anos, quando eu estava saindo de casa e fui abordado por um jovem (aparentava uns 15 anos de idade), que me entregou um folheto com o chamativo título: "Quem é Jeová?".

O jovem, e seu companheiro (de uns 10 anos de idade) - assim como o folheto - são membros de uma denominação religiosa conhecida como "Testemunhas de Jeová", que surgiu quase que paralelamente aos Adventistas do 7º Dia.

Uma das coisas que admiro nos "TJs" é esta disposição em fazerem um trabalho missionário persistente, de casa-em-casa e em duplas (nunca sozinhos). Já li alguns comentários de ex-integrantes desta denominação alegando que este "espírito missionário" dos TJs é fruto de uma intensa "lavagem cerebral" feita por parte dos dirigentes, para que os membros distribuam (vendam) as literaturas preparadas pela "Torre de Vigia" (editora da denominação).

Mas... isso não tira a minha admiração por vê-los tão ativos no esforço de fazerem a sua mensagem peculiar (e sectária, segundo alguns críticos) difundida na sociedade. Tenho amigos TJs, e sei que a grande maioria é de pessoas sinceras em sua fé, e que fazem o trabalho missionário com amor e dedicação.

Ao recordar este evento, decidi trazer este tema sobre a Pessoa de Jesus, que, na visão dos Testemunhas de Jeová, não é Divino da mesma forma como o "Pai".

Então, quem é Jeová?

O "nome" de Deus aparece pela primeira vez em Gên. 2:4, que diz:

"Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou".

A palavra que, em nossa língua, foi traduzida por "SENHOR", aparece no texto original hebraico da seguinte maneira (transliterado):

HWHY

Em português, seria YHWH (escrito da equerda para a direita). Um fato curioso a se observar é que o hebraico antigo (conforme foi escrito o livro de Gênesis) não possuía vogais, as quais foram colocadas séculos depois por um grupo de escribas chamados de "massoretas".

Mas, como se pronuncia uma palavra sem vogais? 

Tente pronunciar o "tetragrama" acima e você verá como é difícil. Devido a esta dificuldade, e com o temor de pronunciarem o nome do Senhor em vão e de forma errada (em obediência ao Mandamento), os hebreus não o pronunciavam. Quando eles liam o texto bíblico e se deparavam com o tetragrama (YHWH), eles pronunciavam outro nome de Deus: Adonai (cf. Prov. 30:10). Com o tempo, a pronúncia correta do nome de Deus (YHWH) se perdeu.

Posteriormente, quando os massoretas foram colocar as vogais no texto bíblico, eles colocaram no tetragrama as vogais de ADONAI, fazendo com que a pronúncia ficasse parecida com o que hoje conhecemos em português por JEOVÁ. Mas, a bem da verdade, não podemos "bater o martelo" e dizer que este é o verdadeiro nome de Deus, porque, como mencionei acima, não se sabe como este era pronunciado originalmente.

Portanto, uma crença que se apega a este nome "aportuguesado" (Jeová) para condenar as demais que não usam este título em sua identificação, não tem uma base muito sólida para sustentar suas declarações dogmáticas.

Jesus é "Jeová"?


Um outro ponto característico da doutrina dos TJs é o fato de que eles não creem que Jesus é Deus, ou seja, na teologia Jeovista, Jesus é um "deus" menor em relação ao Pai. Para ver isto, basta dar uma lida nos primeiros versos do Evangelho de João, na versão Novo Mundo, editada pela Torre de Vigia, onde a referência a Jesus aparece com um "d" minúsculo:


"No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus. Este estava no princípio com o Deus. Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele, e à parte dele nem mesmo uma só coisa veio à existência" (João 1:1-3).

Fonte: Site Oficial da Torre de Vigia

É uma interpretação estranha para um grupo que é radicalmente contra a Trindade (aliás, muitos dos argumentos dos antitrinitarianos são extraídos das publicações dos TJs), por alegar que esta é uma crença politeísta (mais um equívoco da parte deles). Dizer que Jesus é "um deus" menor que o Pai, isso sim, é politeísmo explícito... e herético!

A Bíblia é muito clara em dizer que Jesus é tanto Deus quanto o Pai e o Espírito. E o mais "curioso" é que a Bíblia coloca sobre Jesus o cumprimento das profecias e declarações veterotestamentárias sobre o próprio YHWH ("Jeová"). Vejamos...

O fato de Jesus ser mais do que humano é indicado ainda pelos títulos que Lhe foram atribuídos: "Senhor" (Atos 2:36); "Deus" (Jo. 20:28); “Eu Sou” (Jo. 8:58, conf. Êx. 3:14). Agrega-se a isso o fato de haver, na Bíblia, inúmeras referências à Sua preexistência (Jo. 8:58; Col. 1:16; Heb. 1:2; etc.), pressuposta pela própria realidade da encarnação. E, se Jesus não tivesse poder divino, jamais poderia ter dito “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo. 11:25); “Eu tenho autoridade para dar a minha vida, e a autoridade para tornar a tomá-la” (Jo. 10:18); ou, então, “Quem me vê, vê o Pai” (Jo. 14:9).

A divindade de Jesus pode ainda ser atestada nos seguintes aspectos:


• Sua autoridade - Mat. 7:28-29; Jo. 5:16-18;
• A adoração que recebeu - Mat. 26:16-20; Jo. 9:35-38;
• Seus requerimentos - Jo. 10:27; 11:25; 14:1;
• Sua unidade com o Pai - Jo. 10:30;
• Seu poder de ler o coração dos homens - Mar. 2:6; Jo. 2:23-25.

Outras Declarações Impressionantes:

Isa. 9:6 (O Messias seria o Deus Forte) - Jesus foi o Messias.
Jo 5:18 (Jesus assumia ser igual a Deus)
Jo 20:28 (Tomé reconhece Jesus como Senhor e Deus)
At 2:36 (Deus fez de Jesus, Senhor Cristo)
At 3:15 (Jesus é o Autor da vida) - E sabemos que Deus é este Autor.
Rm 9:1, 5 (Jesus é o Deus bendito)
Fp 2:5-7 (Jesus tinha a forma de Deus) - o termo usado é MORPHE - uma cópia "exata.
Col. 2:9 (toda a plenitude da Divindade estava com Ele)
Tt 2:13 (grande Deus e Salvador)
2Pe 1:1-2 (Pedro reconhece Jesus como Deus e Salvador)
1Jo 5:20 (Jesus é o verdadeiro Deus)

"Curiosidades"

1. A Bíblia diz que a "voz que clamava no deserto" viria preparar o caminho de "Jeová" (Is 40:3).
E o caminho de Quem João Batista preparou? (Mt 3:3)
Portanto, JEOVÁ = JESUS

Cristalino como a água da mais pura fonte!

2.As Escrituras dizem claramente que "Deus" seria vendido por 30 moedas (Zc 11:13).
E na vida de Quem isso se cumpriu? (Mt 26:15; 27:9)
Portanto, DEUS = JESUS

Conclusão

O título do folheto que recebi indagava: "Quem é Jeová?".
Pois bem, a resposta é uma só:
JESUS É JEOVÁ!

"Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1João 5:12).
Aproveite e leia os outros posts que coloquei sobre a Divindade de Jesus (e do Espírito Santo), procurando pelos termos "Cristologia" e "Trindade".
 
Fonte - http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/

segunda-feira, 30 de maio de 2016

CRISTO, A REVELAÇÃO DO DEUS TODO PODEROSO


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Salomão Sarmento

CRISTO, A REVELAÇÃO DO DEUS TODO PODEROSO


INTRODUÇÃO

Experiência: Em 1980, um grupo de pessoas estava em uma praia no município de Saubara, no Estado da Bahia. Era um dia ensolarado, daqueles que dá satisfação em tomar um banho de mar. De Saubara dava para ver os prédios de Salvador do outro lado oceano, uma visão inesquecível, obra do supremo criador. Jair fazia parte de um grupo que ali estava. Era um jovem que cresceu na fé adventista, mas no momento estava distante de Deus. Ele estava embriagado, sua mente estava confusa e obscura pelo pecado. Ele entrou no mar e começou a nadar. As pessoas que faziam parte do grupo de amigos de Jair estavam distraídas. Depois de algum tempo, olharam e viram que Jair estava muito distante da areia da praia, subia e descia numa luta pela sobrevivência em meio às ondas. Começaram a gritar desesperadamente, mas ele não conseguia ouvi-los por causa do barulho das ondas. O cunhado dele que fazia parte do grupo, ao ver aquela situação, foi salvá-lo e o trouxe em seus braços para a areia.
Jesus, sendo Deus, também está falando aos corações. Ele se revela a cada dia e muitas vezes o ruído nos impede de contemplá-Lo, de ouvir a Sua voz. Deus se revela aos seres humanos em todos os momentos. Às vezes não conseguimos vê-Lo ou ouvi-Lo, mas Ele fala conosco. Ele é o “Deus conosco” que não nos desampara e que está presente nos momentos em que mais precisamos. Deus falou muitas vezes aos seres humanos no decorrer da história. Ele fala de diversas maneiras, e algumas maneiras são estranhas à compreensão humana. Fala de forma “esquisita” a tal ponto de deixar-nos perplexos e atônitos, sem fôlego. É que Deus tenta despertar o homem do seu estado atual de incredulidade, desconfiança, apatia espiritual. Deus procura se revelar, a fim de que o ser humano desperte do “sono fatal” que por certo o levará ao caos profundo. Deus se revela através da voz suave e mansa; da quietude e silêncio quando queremos uma resposta e às vezes ela não vem; da tempestade repentina e devastadora; Se revela também através da natureza, obras das Suas mãos, mas a maior revelação de Deus e do Seu caráter está na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo que tendo sido morto pelos nossos pecados, vive e reina pelos séculos dos séculos. Ele é a expressão exata do Deus Infinito e Todo Poderoso; que É, que Era e que Há de ser e por Quem fala ao coração humano.
Contexto: Para quem foi escrita a carta de Paulo? No livro de Hebreus não há nenhuma referência ao paganismo. As referências ao Antigo Testamento, os rituais levíticos, seu conteúdo de forma geral confirma que foi escrita para judeus cristãos, hebreus da diáspora, ou seja, hebreus que viviam em Roma. Os hebreus cristãos estavam num estado de negligência e incredulidade e viviam alheios às coisas de Deus. Eram cristãos “mornos” espiritualmente. Podemos dizer que eram “múmias” ambulantes. Haviam se esquecido de Deus. Ele esteve há tão pouco tempo com eles e pareciam não ter se apercebido disso.

Texto: Hebreus 1: 1 – 6. Para maior proveito recomendo que os irmãos permaneçam com a Bíblia aberta nesta página até o final de nosso estudo.

Objetivos: (1) Ressaltar que Deus, sendo supremo, se revelou na forma humana (2) levá-los à consciência de que Cristo é o arquiteto, fundador e mantenedor de toda criação. (3) explicar que Cristo assumiu novas responsabilidades após a Sua ressurreição vitoriosa, e não quer que sejamos passivos.
Proposição: Deus, o Supremo, Criador e Mantenedor, revelou-se muitas vezes e de muitas maneiras nos tempos antigos aos pais pelos profetas e nos últimos dias revelou-se pelo Filho, que se tornou carne e ao morrer e ressuscitar assumiu novas responsabilidades. Mesmo sendo infinitamente Superior continua falando conosco e nos chama a assumir o compromisso de testemunhar. Por isso, continuamos ouvindo-O, vendo-O e falando sobre Seu altruísmo.

ARGUMENTAÇÃO

A SUPREMACIA DE CRISTO

(1) Cristo É A Expressão Exata De Deus. Jesus é absolutamente o resplendor da glória de Deus, a expressão exata da Divindade, consubstancial com Deus, o Filho eterno do Pai, Ele é o autor do planejamento e execução da criação e não somente autor, mas mantenedor. Convém observar que o fim foi visto desde o início, na construção da frase: a divina nomeação do Filho como herdeiro do Universo precede a criação do Universo. Em Hebreus o Deus que se fez homem, o todo iluminado, traz Deus aos homens. Em seu próprio ser, removeu os pecados da humanidade, conciliando o homem com Deus. E por fim foi entronizado, de volta ao trono que lhe pertencia. Ele teve uma posição que lhe é inerente, a estatura de Deus, uma posição muito acima de todos os outros.
(2) Cristo É O Resplendor Da Glória. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, “depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”. (Hebreus 1: 3). Cristo é o Filho Eterno como o Pai é o Pai Eterno. O Filho é no mais completo sentido, participante da mesma natureza do Pai. Possui os mesmos atributos, realiza as mesmas obras e reclama honra igual ao Pai. Aplicado a Jesus Cristo é o título que realça a sua divindade; enquanto o título “Filho do homem” realça a Sua humanidade.
(3) Cristo, Revelado Como Deus-homem. Jesus foi chamado por Deus como seu Filho, o que ocorreu por ocasião do Seu batismo e no Monte da Transfiguração. “Nos falou pelo Filho... herdeiro...” Deus nestas passagens sugere não somente o Messias, mas também o Senhor de II Coríntios 3: 7 e 4: 6 em cujas faces a glória de Deus brilhou, não temporariamente, como na face de Moisés, mas permanentemente “e agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de te, antes que houvesse mundo. (João 17:5). Portanto Jesus Já era herdeiro de todas as coisas de forma inerente. Quando Jesus estava para nascer, o anjo declara a verdadeira divindade de Jesus, todavia ele une aquela divindade à verdadeira humanidade. “O ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus.” Desta declaração se deduz que o anjo não deu o nome Filho de Deus para a natureza divina de Jesus, mas para a pessoa santa, que estava para nascer da virgem, pelo poder do Espírito Santo. A natureza divina não tem começo. Era Deus se manifestando em carne – I Timóteo 3: 16; era o “Logos” que estando desde a eternidade com Deus, fez-se carne e habitou entre nós – João 1: 14. O apóstolo Paulo afirma que o próprio Deus se manifestou em Cristo. (Colossenses 2: 9). Quando Jesus veio ao mundo, na verdade, Ele estava retornando ao Planeta Terra, como Deus-homem, porque Ele é o Criador do Universo.

CRISTO, A PLENITUDAE DA CRIAÇÃO DE DEUS

(1) Cristo É O Fundador Do Universo. O título Filho, aplicado em Hebreus 1: 2: “falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo”, designa-o como o Cristo encarnado e leva-nos para os milagres pelos quais a criatura e o Criador estavam unidos na pessoa divina – humano. A divindade sendo identificada com a humanidade, a fim de que a humanidade pudesse se transferir de novo na imagem divina. Neste verso as Escrituras chamam Jesus Cristo de Filho, elas querem afirmar a verdadeira divindade de Cristo como Filho de Deus e Criador de todo o Universo.
(2) Cristo, Como Mantenedor De Todas As Coisas. Podemos ver que a palavra “Filho” se refere a Jesus, o Cristo. Alguns dizem que Deus é o relojoeiro que criou e abandonou sua criação, mas Deus está no controle de todas as coisas, Ele está mantendo as leis dos movimentos da terra. Estes movimentos em torno do sol nos dão a possibilidade de calcularmos o tempo, isto quer dizer que Jesus cria anualmente, através de Suas leis, o tempo necessário para nós pensarmos, sentirmos, andarmos, vermos, amarmos, sonharmos, existirmos, falarmos e “ouvirmos” a voz do Espírito Santo. Jesus, que teve poder para criar todas as coisas do nada, também “sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder”, por isso é de forma inerente, herdeiro de todas as coisas e assim também, por herança adquirida, somos suas criaturas e devemos estar atentos ao poder da sua palavra.
(3) Cristo, Como Arquiteto De Todas As Obras. Há quatro perguntas e afirmações básicas: Quem: o “Filho”; quando: “nestes últimos dias”; como: “herdeiro de todas as coisas”; por quê? Por meio dEle “também fez o Universo. Jesus é revelado como o Mestre de todo o planejamento e execução da criação. No primeiro dia criou a Luz; no segundo dia o firmamento e águas; no terceiro dia formou a terra seca e as plantas; no quarto dia estabeleceu os corpos celestes; no quinto dia fez as aves e os peixes; no sexto dia criou os animais terrestres e o homem; e no sétimo dia repousou de toda obra que fizera. Podemos citar algumas teorias sobre a doutrina da Criação: (1) Gep Teoria – teoria da Brecha. Gênesis 1:1 apresenta o relatório de uma criação original e perfeita. Satanás era o regente deste mundo, mas por causa da sua rebelião o pecado entrou no Universo (Isaias 14: 12-17), como conseqüência, Deus julgou necessário destruir o mundo e o deixou em estado caótico (Gênesis 1: 2), e mais tarde Deus recriou o mundo de acordo com Gênesis 1:3-31. Assim há uma brecha de tempo entre os versos 1 e 2 de duração desconhecida. Alguns defendem a seguinte tradução: “no começo Deus criou os céus e a terra, e a terra então se tornou...” O verbo “ser” pode significar tornar-se. Há objeções a essa teoria: não tem sido aceita pela maioria dos exegetas e não suporta o teste da análise gramatical. A LXX usa o verbo barah = nada. A terra era sem forma e vazia. (2) Teoria de Robert Brown. Deus pegou o material inorgânico e com Ele criou os céus e a terra. Objeção: A Bíblia não menciona uma criação antes da criação. (3) Teoria de Frank Marsh. O verso um é um sumário ou introdução que é seguida de informação. Objeção: se princípio (início) não é início então fim deixa de ser fim. (4) Deus criou em seis dias e no sétimo dia descansou. Quando? No princípio (Beresit). Quem? Deus. Como? Criando. O verbo criar é Barah (encontrado somente na língua hebraica) que significa criar do nada, portanto não havia matéria pré-existente. Apalavra yon = dia acompanhada de artigo significa um dia de 24 horas. O que? Céus e a Terra. A palavra usada é equivalente para o nosso cosmos. Jesus não criou todo o Universo nesses dias. Água e terra eram sem forma e vazia. “Em hebraico (Tohu e Bohu) “forma e vazia” como “trevas sobre o abismo”, e o vento e as águas” são imagens que, por seu caráter negativo, preparam a noção da criação a partir do nada. Não se trata de Deus sobre as águas, mas de seu papel e poder na criação. A palavra Espírito é a mesma palavra de Gênesis 2:7 “vento”. Deus quando quer fazer alguma coisa nascer “sopra o vento” como, por exemplo: nas narinas de Adão. Jesus mais uma vez soprou sobre os discípulos para lhes dar poder, assim como soprous sobre o nada para criar a terra e os céus com o sopro da Sua Palavra. Observe que Jesus soprou o Espírito Santo sobre os discípulos e quando Jesus voltar Ele destruirá o mal com o sopro de Sua boca.

CRISTO, GERADO PARA NOVAS RESPONSABILIDADES

(1) Cristo É Superior Aos Anjos. A Bíblia diz que Jesus é “superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”. (Hebreus 1: 4) As escrituras falam sobre a existência dos anjos. Eles são seres criados por Deus, valorosos em poder. (Salmos 103: 20-21). Deus designou os anjos para protegerem os seres humanos. (Salmos 34:7). Também mostram as Escrituras que os anjos falam com os homens, como falou com Gideão. (Juízes 6: 11-18). Os anjos serão indispensáveis na volta de Cristo, quando estarão ativamente envolvidos na tarefa de anunciar que Jesus estará voltando, assim como recolher os escolhidos dos quatro cantos da Terra. Os próprios anjos estarão com Ele em Sua volta. (Mateus 25: 31). Cristo é superior aos anjos, pois o verso quatro afirma que “Ele tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”. Convém reafirmar que a herança de Jesus é inerente. Ele é o Criador do Universo, do qual os anjos fazem parte. O Filho de Deus é superior aos anjos. Deus jamais disse aos anjos: Tu és meu filho, eu hoje te gerei. É verdade que os anjos são filhos de Deus (Jó 1:6; 2: 1; 38: 7), mas não no sentido que foi aplicado a Jesus. São filhos porque são criaturas suas e este não é o sentido aplicado a Jesus. Hebreus 1:5, está contestando a declaração de algumas pessoas que afirmam ser Cristo um anjo elevado a sua mais alta posição. F. F. Bruce em The Book of The Acts, (O Livro de Atos) pág. 276, comenta: o dia da unção do rei, no antigo Israel, tornava-se o dia em que ele como representante do povo nascia para uma nova filiação com Deus. O Filho é superior aos anjos por causa do que Ele é: Eterno e por causa do que Ele se tornou: Deus-homem. O Filho é superior porque só Ele ouviu dos lábios de Deus o que nenhum anjo pode ouvir: “Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei”. Mas em que momento da história Jesus ouviu esta frase? Deus jamais disse a um anjo Tu és meu Filho, eu hoje te gerei, é o que afirmam as Escrituras. A frase de Hebreus 1: 5 também aparece em Salmos 2: 7. O segundo Salmo mostra-nos exatamente o seu significado. Sabemos que nos tempos antigos era sempre difícil ao ser entronizado um rei. O conhecimento histórico do tempo indica que as nações estavam conspirando contra o ungido do Senhor. As nações vizinhas queriam libertar-se da submissão de Israel (Salmos 2: 1-3), então o dirigente supremo se ri das tentativas desses povos, porque Ele toma conta da situação. (versos 4-6). Deus se dirige ao novo rei (versos 7-9). O todo poderoso aconselha aos reis destas nações a serem prudentes, e para o seu bem, aceitarem a orientação divina (versos 10-12). Ao ser entronizado o novo rei, inicia-se uma nova fase, para esta, Deus declara que o tinha gerado naquele dia. No dia da coroação o rei entrava num novo relacionamento com Deus. Que disse Deus? “Eu, porém constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.” Na Septuaginta os versos 6 e 7 foram assim traduzidos: “Mas tenho sido feito rei por Ele sobre Sião, Seu Santo Monte, declarando a ordenação do Senhor: o Senhor disse para Mim: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei.” O salmo 2 tem sido chamado o canto da unção do Senhor porque há nele referência a unção de Davi como rei de Israel, e o propósito de Deus de exaltar a Cristo como Rei de todas as coisas. Para os escritores judeus: hoje eu tenho gerado significa: hoje tu tens sido ungido rei, que significa: neste dia eu declaro e manifesto que és meu filho, por investir-te com dignidade real e colocar-te sobre o trono. O comentarista judeu, Salomão B. Freehof declara o seguinte sobre o salmo 2: 7: “Eu hoje te gerei” quer dizer “neste dia fostes ungido Rei”. Portanto “Eu hoje te gerei deve ser interpretado como em sentido figurado. No dia de sua entronização, o Rei foi gerado por Deus como seu servo para dirigir os destinos de seu povo.
(2) Cristo Prepara-se Para Assumir Novas Responsabilidades. Quando o trono foi prometido a Salomão, Deus fez a declaração: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por filho (II Samuel 7: 14). A Bíblia usa esta expressão figurada querendo significar: no dia da entronização do rei, ele era gerado por Deus. Esta frase se refere à coroação do rei. Esta mesma afirmativa é aplicada pelo profeta Natã à entronização do rei Salomão sobre Israel. No que se refere ao Messias esta expressão tem sido debatida através dos séculos. Alguns têm insistido que se refere à encarnação de Cristo. Isto está intimamente relacionado com o verso seguinte a Hebreus 1: 5: “Ao introduzir o Primogênito no mundo”. (Hebreus 1: 6). Este verso sugere que se refere à encarnação. Também é mencionado pelos escritos de Ellen White. (Ver Testemonies, Volume 2, pág. 426). Alguns sugerem que a expressão é aplicada ao batismo de Cristo. Em Lucas 3: 22, a voz do Céu proclamou que Jesus é o Filho Messiânico: “Tu és Meu Filho amado, em ti me comprazo”. A Bíblia de Jerusalém, na Revised Standard Version, inglesa, conquanto esta expressão apareça no texto, a nota ao pé da página dá outra tradução: “Eu hoje Te gerei”. Há também a aplicação à Sua ressurreição. A ressurreição ocupa um lugar relevante na mente dos escritores do Novo Testamento. A referência a Salmos 2: 7 constituía para eles uma profecia da ressurreição de Cristo. Pode-se ver isso no discurso de Paulo, relatado em Atos 13: “Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: ‘Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei’. Também podemos ver na palavra de Deus: Com respeito a seu filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi, e foi poderosamente demonstrado Filho de Deus, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos. (Romanos 1: 3-4). Ellen White também confirma esta aplicação em Atos dos Apóstolos, p. 172 e em O Desejado de Todas as Nações, p. 580 e 581. E quando Jesus ascendeu ao Céu, após Sua gloriosa ressurreição; ‘Deus o exaltou sobremaneira’ (Filipenses 2: 9) foi exaltado ‘acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro’ (Efésios 1: 21) com efeito foi ‘coroado de glória e de honra’ (hebreus 2: 9). Ellen White ratifica em o Desejado de Todas as Nações, p. 621.
(3) Cristo, Coroado Rei. Quando Jesus subiu ao Céu, a hoste dos anjos se prostrou perante Ele. Os anjos clamaram: ‘Digno é o cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força e honra e glória, e ações de graças’. Cristo não se glorificou para se tornar sumo Sacerdote, mas Aquele que lhe disse: Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (Hebreus 5: 5-6). Ellen White disse: ‘A ascensão de Cristo ao Céu foi, para seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida. Por ela deviam esperar antes de iniciarem a obra que lhes fora ordenada. Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do redentor havia sido feita. De conformidade com sua promessa, Jesus enviara do Céu o espírito santo sobre seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e rei, recebera todo poder no Céu e na Terra, tornando-se o Ungido sobre Seu povo. Quando no antigo Israel o rei era coroado, naquele dia ele não nascia fisicamente, o que seria um absurdo, mas nascia para um novo concerto com Deus, novos privilégios e responsabilidades. Tu és meu filho, eu hoje te gerei, eu te ponho hoje a capacidade de dominar, governar. Em Hebreus 1: 5, esta expressão se refere à entronização ou coroação de Cristo depois de Sua ressurreição. Depois de Seu nascimento miraculoso, Seu batismo, Sua vida sem pecado, Sua morte e ressurreição, a coroação de Cristo se deu por ocasião de Sua ascensão, quando Ele foi recebido pelo Pai, e Seu sacrifício foi aceito. Paulo está usando uma passagem do Velho Testamento, dando-lhe, porém um novo colorido, uma nova aplicação (Sensus Plenior). Após a ressurreição Cristo foi ao Pai para receber a certeza da aceitação do Seu sacrifício e ser ungido por Deus, como Rei e Senhor dos Senhores no grande evento da redenção. Cristo foi ungido como nosso Sumo Sacerdote, foi gerado por Deus para ser o nosso Advogado e grande Rei.
(4) Cristo, O Primogênito Introduzido No Mundo. A palavra grega para primogênito é prototokós que é derivada de Protos = Primeiro, melhor, mais preeminente, e Tókos = Nascido, criança. O sentido é de mais importante, mais preeminente. Temos como exemplo: Primeiro Ministro. E a Bíblia tem alguns exemplos de que o sentido não é apenas de nascimento, com referência ao tempo, mas também em relação à posição: Primogênito entre muitos irmãos (Romanos 8: 29); Primogênito de toda a Criação (Colossenses 1: 15): Primogênito entre os mortos (Colossenses 1: 18). Eis mais algumas referências bíblicas provando a preeminência de Jesus: Gênesis 41: 50 a 52 mostra que José possuía dois filhos, sendo Manassés o primogênito, mas Jeremias 31: 9 afirma: “Efraim é o meu primogênito; I Samuel 16: 10 a 12 fala que Davi sendo o mais jovem entre os irmãos foi ungido rei, e sem preeminência cronológica recebeu as prerrogativas do primogênito (Salmos 89: 20 e 27); em Êxodo 4: 22 Moisés devia dizer a Faraó: Israel é meu filho, meu primogênito. Esta afirmação indica os privilégios deste povo, que é chamado pela Bíblia de escolhido, santo, especial (Deuteronômio 7: 6 e 7). Ele é a luz que estava no mundo, em conflito com as trevas, a fonte da verdadeira vida do homem. O tornar-se carne, o sacrifício de Sua vida para o mundo foi à expressão do amor de Deus para com o homem. Temos aqui a identificação do Jesus histórico com o Verbo eterno que estava com o Pai. A idéia de o Primogênito ser Deus e Deus ser o Primogênito que não é anjo, mas manifesto em carne, era realmente alheio ao pensamento grego. As heresias gregas apareceram posteriormente e tiveram dois pontos básicos: Jesus verdadeiro Deus e homem e Jesus era uma e não duas pessoas. Surgiram duas escolas de pensamento: ênfase na humanidade. Ebionitas – Jesus era mero filho de José e Maria e se destacou pelas boas obras. Em seu batismo foi possuído pelo Espírito de Deus, portanto não devemos nos enveredar pelo “ebionismo” achando que o texto se refere a Jesus como o primeiro a ser criado e nem pelos Alogoi, inimigos do Logos: que viam a Jesus como mero homem, que teve um nascimento miraculoso e o Cristo veio sobre ele pelo batismo dotando-o de poderes miraculosos". A segunda escola atribuía ênfase à divindade: conhecidos como gnósticos, entre eles os docetistas. Ela rejeitava a encarnação de Deus: se a matéria que forma o corpo é má, não é produto da vontade divina, e não sendo um produto da vontade divina não pode servir de templo para Deus. O Espírito é bom e a matéria é má, então não podem coexistir ao mesmo tempo. Jesus tem apenas aparência corpórea. Era fantasmagórico. O arianismo, doutrina de Ário afirmou que Jesus teve um começo, embora fosse um ser pré-temporal, sobrenatural, era a 1ª criatura de Deus. O Concílio de Calcedônia esclareceu a questão: “Jesus Cristo é perfeito em divindade e humildade; verdadeiro Deus e verdadeiro homem, com razão e corpo; consubstancial com o Pai e conosco; semelhante a nós em tudo, porém sem pecado; em duas naturezas, sem confusão, sem mutação, sem divisão, sem separação, mantendo as propriedades de cada natureza”. Ele foi introduzido como primogênito no mundo sem perder seus atributos de Deus. João combateu as duas escolas de pensamento que já existiam desenvolvidas posteriormente como mencionamos. O verbo que estava com Deus, era Deus e se fez carne habitando entre nós (João 1: 1-14). Portanto Jesus é 100% Deus e 100% homem.

CONCLUSÃO
1. Seria possível um Deus supremo, a revelação do Deus todo poderoso, resplendor da glória, a expressão exata do Pai, o Primogênito, Criador dos Céus e da terra, se importar com criaturas mortais? Sim. Deus se importa. Deus falou muitas vezes, de muitas maneiras e hoje quer falar conosco também, mas às vezes nós não queremos ouvir ou por algum motivo não conseguimos. Ouçamos a voz de Cristo. Não deixemos que “o barulho das ondas” nos distancie de Deus, impedindo-nos de ouvir a Sua voz.
2. Ouçamos o que Deus está falando. Ele quer se comunicar conosco, sussurrar em nossos ouvidos, falar ao nosso coração. Deus está sempre disposto a falar. E nos estamos disposto a falar por Deus? Ele está dizendo: filho, assim como Eu assumi novas responsabilidades, você também deve assumir. Devemos assumir a responsabilidade de testemunhar. Ele quer que falemos do Deus todo poderoso, que se fez carne. Deus quer que não nos calemos. Fale de Jesus, do Seu amor e de Sua salvação. Vamos ficar em silêncio e ouvir Sua voz, depois farei uma oração.

Autor: Salomão Sarmento
O Pastor Salomão Sarmento é teologo, presidente da Missão do Tocantins e diretor do Blog Palavras de Inspiração Veja o Blog do Pastor Salomão aqui


BIBLIOGRAFIA
Born, A. Van Den. Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Editora Vozes Ltda. São Paulo: Editora Vozes, 1987.
Champlin, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo. São Paulo: Editora Hagnos, 2005.
White, Ellen G. Atos dos Apóstolos. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1995.
White, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1995.
Apolinário, Pedro. As Testemunhas de Jeová e Sua Interpretação da Bíblia. São Paulo: Departamento Gráfico do IAE, 1986.
Schwantes, S. J. Hebreus – Cristo Nosso Sumo Sacerdote. São Paulo: Centro Adventista de Artes Gráficas. 2003.
Apolinário, Pedro. Estudos De Passagens Com Problemas De Interpretação. São Paulo: Departamento Gráfico do IAE. 1986.
Christianini, Arnaldo B. Radiografia do Jeovismo. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1975.
Shedd, Russell P. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Edições Vida Nova, 1987

sábado, 20 de dezembro de 2014

O Deus Altíssimo tornou-se um de nós


 

O Deus Altíssimo tornou-se um de nós




Por John Starke

Tenho certeza de que você já ouviu essa pergunta antes: qual é o pecado fundamental por trás de todo pecado? É uma questão que busca chegar ao centro de toda rebelião humana. As respostas comuns são orgulho ou idolatria. Ambas as respostas parecem convincentes. Eu já ouvi glutonaria, uma vez que o primeiro pecado envolveu comida. Isso pode ser uma extensão dele. Não importa como você o chame, a promessa da serpente – vocês serão como Deus (Gn 3.5) – parece ser decisivo para a decisão de Eva de comer o fruto.
A tentação da serpente significava mais que simplesmente ser divino. Adão e Eva já eram a coroa da criação, a imagem de Deus. Eles eram, por assim dizer, os governantes do mundo e co-regentes de Deus. A tentação era uma tentativa de embaçar a distinção Criador-criatura. Ia fundamentalmente contra como Deus descreve seu relacionamento com tudo mais: “Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus” (Is 45.5). Ela confunde quem Deus é e quem somos em relação a ele. A ilusão é mais significante que Pinóquio querendo ser Gepeto. Eva, a criatura, queria ser como Deus, o Criador e Incriado.
Essa distinção é profundamente clara nos governantes das nações durante a queda e exílio de Israel. Note a pretensão do rei da Babilônia em Isaías 14.14: “Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo”. Ele não reinava apenas sobre a Babilônia, mas havia conquistado o mundo e procurava ser algo mais:

Subirei aos céus;
erguerei o meu trono
acima das estrelas de Deus;
eu me assentarei no monte da assembleia,
no ponto mais elevado do monte santo.
Subirei mais alto que as mais altas nuvens;
serei como o Altíssimo”. (Is 14.13,14)

Ele não estava contente em ser o apenas o conquistador da nação. Ele queria reinar sobre céus e terra. Essa presunção pseudodivina é a mesma da tentação de Eva. Ambos perderam de vista a identidade singular de Deus e seus lugares como criaturas. Ambos são exemplos de alta traição. São figuras da rebelião humana.
Enquanto a rebelião humana é o anseio do homem de ser como Deus, é a gloriosa graça do Evangelho que Deus tenha se tornado homem. Deus Filho montou sua tenda conosco e se tornou como nós em todos os aspectos. Isso é a Encarnação, os tijolos da obra salvífica de Deus em Cristo: ele é tanto Senhor Todo-Poderoso quanto nosso Irmão. O Deus eterno tornou-se pequeno por aqueles que queriam subverter sua grandeza. Ele assumiu o lugar daqueles que queriam tomar o seu. O Bendito tornou-se uma maldição por nós. Ele aceitou o julgamento por pecados cometidos contra sua pópria glória. Mais ainda: nós, os orgulhosos, rebeldes, caçadores de glória pessoal, recebemos sua postura perfeita. Não somos apenas perdoados de nossas transgressões, mas as mesmas palavras ditas a Jesus no seu batismo pelo Pai: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Lc 3.22) agora são atribuídas a nós! Como uma flor que nasce de seu terreno fértil, assim o Evangelho de Jesus Cristo flui da verdade da encarnação do Filho de Deus.
A história do Natal tem algo a dizer àqueles que desejam ser grandes. Há Alguém que é gloriosamente maior que qualquer coisa nos céus ou na terra. Ele se tornou amaldiçoadamente pequeno, a fim de que em Cristo nos tornássemos maiores do que jamais pudemos imaginar. Não precisamos pecaminosamente desejar amor e adoração, porque fomos muito amados por Deus, cujo amor nos satisfaz mais que a admiração dos outros. Nisto está o amor: embora quiséssemos obstinadamente ser como Deus, Deus se humilhou e tornou-se como nós.

Traduzido por Josaías Jr | iPródigo | Original aqui


 
 
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Natal: o verbo tabernaculou entre os homens

 

Natal: o verbo tabernaculou entre os homens

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1.14)

Se lermos esse verso em nossa leitura diária da Bíblia, provavelmente iremos passar adiante sem muito rodeio. Lemos, simplesmente, que Jesus “habitou” entre nós. E quando pensamos na ideia de “habitação”, pensamos apenas em “passou por aqui”. Mas há muito mais acontecendo nisso que João descreve do que a leitura indica inicialmente. Ele usa uma palavra peculiar aqui. Há outras palavras mais comuns no grego para “habitar”, mas ele escolheu skēnoō. A palavra skēnē, no grego, significa “tenda”, e skēnoō é sua forma verbal. Então poderíamos entender como “erguer uma tenda”. João nos diz que o Verbo se tornou carne e ergueu sua tenda entre nós.
Essa é uma forma estranha de se falar, não? Especialmente porque não temos nenhum trecho da Escritura que diga que Jesus, de fato, ergueu alguma tenda literal durante seu período na Terra. Por que falar dessa forma? Ele tinha, pelo menos, duas outras palavras mais comuns que poderiam ser usadas aqui. Mas João usa essa palavra em particular porque ele deseja que seus leitores – que estariam familiarizados com a história de Israel – se lembrem do tabernáculo, a tenda da congregação, onde Deus se encontrava com os israelitas no Antigo Testamento.

O tabernáculo
O tabernáculo em si era coberto por uma grande tenda, que foi originalmente chamada de “tenda da congregação”. Ela tinha 4,5 metros de largura, 4,5 de altura e 13,5 de comprimento. A entrada era encoberta por uma cortina, ou um véu, feita de linho fino e pigmentos caros. Quando um sacerdote entrava no tabernáculo, ele entrava no santo lugar. Essa era uma sala de 4,5 x 4,5 x 9 metros que continha a mesa onde ficava o Pão da Proposição (Êxodo 25.23-30), o candelabro (Êxodo 25.31-40) e o altar do incenso (Êxodo 30.1-5; 37:25-29), tudo coberto de puro ouro. Depois dessa sala ficava o santo dos santos – um cubo de 4,5m contendo apenas a Arca da Aliança (Êxodo 25.10-25; 37:1-9).

Êxodo 29
Esse era o tabernáculo físico. Mas em Êxodo 29, aprendemos algo sobre seu significado. Ali, Deus está falando sobre o que o tabernáculo será para os filhos de Israel:
Êxodo 29.42 – Um lugar de congregação
Êxodo 29.42 – Um lugar de revelação
Êxodo 29.43 – Um lugar de consagração e santificação
Êxodo 29.44 – Um lugar de propiciação
E Êxodo 29.45,46 dá o significado de Deus habitando entre Seu povo. Ele diz que a razão de ter os tirado da terra do Egito era pra que Ele pudesse habitar entre eles. O tabernáculo é algo importante.

Êxodo 33
No capítulo 33, aprendemos um pouco mais. O verso 7 diz que todos que buscavam O SENHOR iam até o tabernáculo. Esse era o lugar onde Israel poderia ter comunhão com seu Deus. E o verso 8 diz que, quando Moisés entrava na tenda, todos o acompanhavam com o olhar. Eles paravam tudo que estivessem fazendo. “Moisés está entrando na tenda da congregação!”. Eles ficavam maravilhados.
E corretamente! O verso 9 explica que, sempre que ele entrava, uma coluna de nuvem descia (que coisa fantástica isso deveria ser!). Novamente vemos o tabernáculo como um lugar de condescendência. Mais adiante, o texto nos diz que O SENHOR falava com Moisés. Revelação novamente, Deus falando com Seu povo. O verso 10 nos diz que todo o povo adorava quando viam a glória dO SENHOR revelada na coluna de nuvem. Novamente vemos um lugar de adoração. E, finalmente, nos é dito que O SENHOR falava com Moisés face a face, assim como um homem fala com seu amigo. Aqui vemos um lugar de comunhão íntima.

Êxodo 40
Finalmente, em Êxodo 40, temos o clímax da história. Tudo que Israel ouvira até agora dizia respeito ao que o tabernáculo seria quando estivesse pronto. No capítulo 40, a construção foi terminada e, com todo Israel assistindo, a glória de Deus enche o tabernáculo:
Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo. (Êxodo 40.34-35).
Agora O SENHOR desce sobre Seu lugar de habitação, Seu tabernáculo. A glória desce de tal forma que nem mesmo Moisés, que já havia entrado na nuvem antes, que já tinha visto a glória dO SENHOR, poderia entrar na tenda! Que cena maravilhosa! Isso é Deus declarando: “Eu sou com Meu povo! Eu habito entre eles agora!”.
Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel caminhavam avante, em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se levantava. De dia, a nuvem do SENHOR repousava sobre o tabernáculo, e, de noite, havia fogo nela, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas. (Êxodo 40.36-38).
Natal: o Verbo ergue sua tenda entre nós
Assim, quando o Apóstolo João usa essa palavra peculiar, quando ele diz aos seus leitores que a Palavra encarnada habitou entre eles, ele está chamando a atenção aqui. João está nos dizendo que a forma com que O SENHOR desceu e habitou com Seu povo no tabernáculo – e se comunicou com eles em comunhão e se revelou na adoração – essa mesma coisa está acontecendo em Jesus Cristo. Em Jesus, a glória dO SENHOR está descendo e erguendo Sua tenda para habitar no meio do Seu povo!
Ao entrarmos na época do Natal, enquanto você prepara seu coração para louvar Deus pelo dom da encarnação, deixe que isso te leve a adorar. Seja movido à adoração pelo fato de que o Verbo – o próprio Deus Eterno, o agente da criação de todas as coisas, a vida e a Luz do mundo – esse Verbo se tornou carne e tabernaculou entre nós.
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui

Fonte - http://reforma21.org/artigos

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