O SENTIMENTO
PRODUTOR DE PAZ
INTERIOR
INTRODUÇÃO
1. O sistema de vida do homem contemporâneo tem
demonstrado ser o método mais eficaz para:
a) Ter elementos de conforto.
b) Ter mais cultura.
c) Possuir mais bens.
d) Perder a paz.
2. Entramos na
vertigem competitiva...
3. Buscamos a paz
mediante sedativos e tranqüilizantes.
4. Como se pode fazer
para ter paz num mundo convulsionado?
a) Provavelmente nos custe aceitar o melhor meio para
consegui-lo, porque não é:
(1)
O modo de vida
habitual, hoje.
(2)
Contrário aos
impulsos instintivos do não convertido.
b) Logicamente, para conseguir o que não temos, teríamos
que mudar.
5. Hoje falarei do
amor, como sentimento produtor de paz interior.
I. IMPORTÂNCIA
DO AMOR
1. O Dr. Perio Wright,
do centro módico inglês do Instituto de Diretores, acaba de destruir a
enraizada convicção de que as afecções cardíacas entre os executivos têm como
causa o excesso de trabalho. O motivo agora parece ser os protestos e os
resmungos das esposas pouco compreensivas. Pelo menos, isso é o que permite
supor o estudo praticado em 4.000 integrantes do citada instituto. Dos afetados
por desordens cardíacas mais ou menos sérias, 80% estavam casados com mulheres
de caráter alterado e gênio violento. Por ser a causa deste resultado, se ria
muita casualidade, não é verdade?
2. "Segundo
minhas investigações e as de um número sempre crescente de psiquiatras,
psicólogos e verdadeiros educadores, o fator do amor verdadeiro, falando em
geral, exerce em 80% das casos registrados seus efeitos benéficos sobre os
seres humanos normais e anormais."
(Dr. Pitirim A. Sorokin, autor de mais de 30 volumes
sobre sociologia, filosofia, psicologia, participando na obra "Incidentes
críticos em Psicoterapia" de Stanely e Corsini, p. 26.)
3. É significativamente importante o amor nas
crianças. Sua ausência poderia produzir transtornos tão sérios como o marasmo.
a) Pouco tempo depois da segunda guerra mundial, em
certo orfanato da Europa aconteceu o triste caso de um grupo de 97 criaturas,
cuja idade oscilava entre os três meses e os três anos, que – segundo o
informativo médico – adoeceram ou morreram por falta de amor. Foram vestidas e
alimentadas convenientemente e foi-lhes dada toda atenção médica necessária. Só
faltava um elemento. O pessoal da instituição era desesperadamente escasso, e
cada enfermeira devia cuidar de um grupo demasiado numeroso de orfãozinhos
desvalidos. Apenas podiam alimentar, vestir e banhar as criaturas. Não tinham
tempo para estar a seu lado, para consolá-las ou para demonstrar-lhes algum
tipo de afeto.
Depois de três semanas de internação apareceram
sintomas de sérias anormalidades. Ao final de cinco meses a condição das
crianças se havia agravado rapidamente. Alguns enlouqueceram por causa da
solidão e do temor, 27 morreram em seu primeiro ano de vida, e sete mais
morreram em seu segundo ano. Outros 21 que conseguiram sobreviver, ficaram tão
prejudicados por esta experiência que foram classificados como neuróticos
incuráveis. A falta de amor havia destruído a vida de mais da metade do grupo.
4. Lamentavelmente nosso século XX, embora pronuncia
muitas vezes a palavra amor, na prática o tem deixado de lado.
a) ILUSTRAÇÃO: É curioso, e até talvez significativo, o
descobrimento feito por um jornalista inglês que, ao estudar a Enciclopédia Britânica, constatou que na
primeira edição desta obra magna, do ano 1769, a palavra 'átomo' foi tratada em
quatro linhas, enquanto a palavra 'amor' se haviam dedicado cinco páginas. Na
última edição nem se menciona a palavra 'amor', mas o artigo 'átomo' compreende
cinco páginas. Um jornalista alemão sentiu-se muito afetado ao ler esta notícia
e tomando o Léxico Bockhaus do ano 1943, encontrou o mesmo. Havia muito
material sobre o átomo, mas a palavra "amor' faltava por completo. (A
edição de 1913 ainda tem um quarto de coluna sabre a palavra 'amor', enquanto o
artigo sobre o átomo cobre quatro páginas)" (El Predicador Evangélico, Janeiro/Março de 1959, p. 240).
5. Vendo as coisas
com objetividade, parece-nos que nesta época agimos baseados da filosofia do
"não te metas."
a) ILUSTRAÇÃO: Isto foi comprovado tempos atrás na
França, onde para estudar a disposição dos automobilistas de ajudar os
acidentados, colocou-se em uma das estradas um boneco simulando um homem
acidentado. A experiência foi altamente reveladora: 35 carros passaram pelo
lugar e desviaram-se para não se complicar com aquele homem presumivelmente
atropelado. Somente o carro n.º 36 parou para oferecer sua ajuda humanitária.
b)
Não sei se a
experiência teria sido melhor em nossa querida terra.
6. E contudo quanto
necessitamos de amor para manter nosso equilíbrio interior!
a) ILUSTRAÇÃO: Uma vez perguntaram ao famoso psiquiatra,
Carlos Menninger, o que deve fazer uma pessoa que está a ponto de
sofrer um colapso nervoso. Por estranha que pareça sua resposta, ele não disse
que era necessário consultar a um psiquiatra, mas aconselhou:
- Deve fechar sua casa com chave e ir em busca de alguém que se encontre necessitado, e fazer algo por ele.
II. AMAR É SINAL
DE MATURIDADE
1. O ser humano nasce
indefeso.
a) Receberá todo o necessário de fora.
b) "Aquele que não chora..." fica sem comer.
c) O egocentrismo é, em certa medida, necessário.
2. Cresce
fisicamente, ou é um atrofiado, um anão.
a) Cada vez se movimenta mais, começa a brincar.
b) Começa a trabalhar e amparar-se a si mesma.
c) Chega a tornar-se independente.
3. Cresce
intelectualmente.
a) Começa a conquistar a si mesmo e a conquistar a sua
mãe.
b) Depois conquista o restante do círculo familiar.
c) Conquista a vizinhança e as amizades.
d) O meio escolar.
e) A cidade, o país, etc. Vai crescendo.
4. Deve crescer
emocionalmente.
a) Mediante o pranto reclama que lhe dêem.
b) Começa a captar a idéia de posse: "MEU".
c) Deve começar a partilhar seus brinquedos, etc.
d) Começa a servir ao círculo onde vive.
e) Sair do eu, para entrar no nós. Ou será um anão, um
atrofiado emotivo.
5. O sair do eu e
mudar para o nós é um sinal de crescimento; de maturidade.
a) Significa que estamos começando a captar a vida em
suas realidades mais profundas.
b) Escreveu Juan Donne,
pregador e poeta do século XVII, acerca dos sinos que soavam para anunciar as
coisas importantes:
"Nenhum homem é uma ilha. Cada homem é um pedaço
do continente, uma parte do total. Se o mar arrasta um torrão, Europa perde
algo, como se houvesse desaparecido um promontório, como se houvesse sido o
terreno de seu amigo ou o seu própria. A morte de cada homem me diminui, porque
formo parte da humanidade, e portanto, nunca mande perguntar por quem dobram os
sinos. Dobram por você."
III. QUE É
AMAR?
1. Milhares acham que
amam; é mentira, não amam!
a) A crônica policial mostra-nos cada dia pessoas que
diziam "amar apaixonadamente." Lamentavelmente terminaram matando o
objeto de seu amor.
2. Amor é mais que
dar.
a) Existe a generosidade neurótica, que não é amor.
b) Por outro lado o caráter mercantil desta época só dá
se em troca receber. S. Mateus 5:46-48.
3. É mais que
amabilidade.
ILUSTRAÇÃO: Três escoteiros vieram ao seu chefe para
informar-lhe que haviam realizado o bem que lhes correspondia para esse dia.
- Que fizeram? - perguntou o chefe.
- Ajudamos a uma senhora anciã a cruzar a rua.
- Os três ajudaram a mesma senhora?
- Sim.
- Mas eram necessários os três para fazer isso?
- Bom, sim. Porque ela não queria cruzar a rua.
4. É mais que
sentimentalismo.
a) Não consiste em ser amado mas em amar.
b) Não depende do objeto, mas é uma faculdade do sujeito.
5. O amor não é um
sentimentalismo, mas um princípio ativo, reitor da vida.
a) Disse E. G. White:
b) "O amor é um precioso dom que recebemos de Deus.
É carinho puro e não um sentimentalismo, mas um princípio ativo, heróico e
capaz de ações sacrificadas e ternas."
c) Segundo Erich Fromm:
"O amor é uma atividade, não um afeto passivo; é um estar contínuo, não um
súbito arranque. No sentido mais geral, pode descrever o caráter ativo da amor
afirmando que amar é fundamentalmente dar, não receber."
d) Por isso gosto do que disse alguém: "O amor é
para o homem o que a lei da gravidade é para o Universo. Sem ele só há
caos."
6. Talvez a definição
mais equilibrada e bonita que encontrei seja a que S. Paulo descreveu na Santa
Bíblia. I Coríntios 13:1-8 pp.
IV. COMO
FAZER PARA AMAR
1. O coração natural,
o do homem pecador não convertido, não pode experimentar o perfeito amor.
2. E. G. White tem a
solução: "O que é necessário é o amor de Cristo no coração. Quando a eu
está imerso em cristo, o amor brota espontaneamente". (Beneficência Social, pág. 82)
3. O amor aceso por
Cristo no coração produzirá paz interior.
4. Como e por que a
presença de Cristo atrai paz?
a) Deus é amor.
b) Ao permitir-Lhe tomar passe de nossa vida:
(1)
Muda nossa
natureza.
(2)
Dá-nos um novo
coração.
(3)
Enxerta em nós o
coração espiritual de Jesus.
c) A vida de Cristo em nós chega a ser uma vida de
amor.
CONCLUSÃO:
1. Permitamos que o Senhor entre em nossa vida.
2. Ele a encherá de amor.
3. Então será muito fácil amar.
4. E o resultado será a paz interior. Filipenses 4:7.
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