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quinta-feira, 5 de junho de 2025

O SENTIMENTO PRODUTOR DE PAZ INTERIOR

 

O  SENTIMENTO  PRODUTOR  DE  PAZ  INTERIOR

 

INTRODUÇÃO

 

1. O sistema de vida do homem contemporâneo tem demonstrado ser o método mais eficaz para:

a) Ter elementos de conforto.

b)       Ter mais cultura.

c) Possuir mais bens.

d)       Perder a paz.

2. Entramos na vertigem competitiva...

3. Buscamos a paz mediante sedativos e tranqüilizantes.

4. Como se pode fazer para ter paz num mundo convulsionado?

a) Provavelmente nos custe aceitar o melhor meio para consegui-lo, porque não é:

(1)                O modo de vida habitual, hoje.

(2)                Contrário aos impulsos instintivos do não convertido.

b)       Logicamente, para conseguir o que não temos, teríamos que mudar.

5. Hoje falarei do amor, como sentimento produtor de paz interior.


I. IMPORTÂNCIA  DO  AMOR


1. O Dr. Perio Wright, do centro módico inglês do Instituto de Diretores, acaba de destruir a enraizada convicção de que as afecções cardíacas entre os executivos têm como causa o excesso de trabalho. O motivo agora parece ser os protestos e os resmungos das esposas pouco compreensivas. Pelo menos, isso é o que permite supor o estudo praticado em 4.000 integrantes do citada instituto. Dos afetados por desordens cardíacas mais ou menos sérias, 80% estavam casados com mulheres de caráter alterado e gênio violento. Por ser a causa deste resultado, se ria muita casualidade, não é verdade?

2. "Segundo minhas investigações e as de um número sempre crescente de psiquiatras, psicólogos e verdadeiros educadores, o fator do amor verdadeiro, falando em geral, exerce em 80% das casos registrados seus efeitos benéficos sobre os seres humanos normais e anormais."

(Dr. Pitirim A. Sorokin, autor de mais de 30 volumes sobre sociologia, filosofia, psicologia, participando na obra "Incidentes críticos em Psicoterapia" de Stanely e Corsini, p. 26.)

3. É significativamente importante o amor nas crianças. Sua ausência poderia produzir transtornos tão sérios como o marasmo.

a) Pouco tempo depois da segunda guerra mundial, em certo orfanato da Europa aconteceu o triste caso de um grupo de 97 criaturas, cuja idade oscilava entre os três meses e os três anos, que – segundo o informativo médico – adoeceram ou morreram por falta de amor. Foram vestidas e alimentadas convenientemente e foi-lhes dada toda atenção médica necessária. Só faltava um elemento. O pessoal da instituição era desesperadamente escasso, e cada enfermeira devia cuidar de um grupo demasiado numeroso de orfãozinhos desvalidos. Apenas podiam alimentar, vestir e banhar as criaturas. Não tinham tempo para estar a seu lado, para consolá-las ou para demonstrar-lhes algum tipo de afeto.

Depois de três semanas de internação apareceram sintomas de sérias anormalidades. Ao final de cinco meses a condição das crianças se havia agravado rapidamente. Alguns enlouqueceram por causa da solidão e do temor, 27 morreram em seu primeiro ano de vida, e sete mais morreram em seu segundo ano. Outros 21 que conseguiram sobreviver, ficaram tão prejudicados por esta experiência que foram classificados como neuróticos incuráveis. A falta de amor havia destruído a vida de mais da metade do grupo.

4. Lamentavelmente nosso século XX, embora pronuncia muitas vezes a palavra amor, na prática o tem deixado de lado. 

a)  ILUSTRAÇÃO: É curioso, e até talvez significativo, o descobrimento feito por um jornalista inglês que, ao estudar a Enciclopédia Britânica, constatou que na primeira edição desta obra magna, do ano 1769, a palavra 'átomo' foi tratada em quatro linhas, enquanto a palavra 'amor' se haviam dedicado cinco páginas. Na última edição nem se menciona a palavra 'amor', mas o artigo 'átomo' compreende cinco páginas. Um jornalista alemão sentiu-se muito afetado ao ler esta notícia e tomando o Léxico Bockhaus do ano 1943, encontrou o mesmo. Havia muito material sobre o átomo, mas a palavra "amor' faltava por completo. (A edição de 1913 ainda tem um quarto de coluna sabre a palavra 'amor', enquanto o artigo sobre o átomo cobre quatro páginas)" (El Predicador Evangélico, Janeiro/Março de 1959, p. 240).

5. Vendo as coisas com objetividade, parece-nos que nesta época agimos baseados da filosofia do "não te metas."

a) ILUSTRAÇÃO: Isto foi comprovado tempos atrás na França, onde para estudar a disposição dos automobilistas de ajudar os acidentados, colocou-se em uma das estradas um boneco simulando um homem acidentado. A experiência foi altamente reveladora: 35 carros passaram pelo lugar e desviaram-se para não se complicar com aquele homem presumivelmente atropelado. Somente o carro n.º 36 parou para oferecer sua ajuda humanitária.

b)                Não sei se a experiência teria sido melhor em nossa querida terra.

6. E contudo quanto necessitamos de amor para manter nosso equilíbrio interior!

a) ILUSTRAÇÃO: Uma vez perguntaram ao famoso psiquiatra, Carlos Menninger, o que deve fazer uma pessoa que está a ponto de sofrer um colapso nervoso. Por estranha que pareça sua resposta, ele não disse que era necessário consultar a um psiquiatra, mas aconselhou:

- Deve fechar sua casa com chave e ir em busca de alguém que se encontre necessitado, e fazer algo por ele. 

II. AMAR  É  SINAL  DE  MATURIDADE


1. O ser humano nasce indefeso.

a) Receberá todo o necessário de fora.

b)       "Aquele que não chora..." fica sem comer.

c) O egocentrismo é, em certa medida, necessário.

2. Cresce fisicamente, ou é um atrofiado, um anão.

a) Cada vez se movimenta mais, começa a brincar.

b)       Começa a trabalhar e amparar-se a si mesma.

c) Chega a tornar-se independente.

3. Cresce intelectualmente.

a) Começa a conquistar a si mesmo e a conquistar a sua mãe.

b)       Depois conquista o restante do círculo familiar.

c) Conquista a vizinhança e as amizades.

d)       O meio escolar.

e) A cidade, o país, etc. Vai crescendo.

4. Deve crescer emocionalmente.

a) Mediante o pranto reclama que lhe dêem.

b)       Começa a captar a idéia de posse: "MEU".

c) Deve começar a partilhar seus brinquedos, etc.

d)       Começa a servir ao círculo onde vive.

e) Sair do eu, para entrar no nós. Ou será um anão, um atrofiado emotivo.

5. O sair do eu e mudar para o nós é um sinal de crescimento; de maturidade.

a) Significa que estamos começando a captar a vida em suas realidades mais profundas.

b)       Escreveu Juan Donne, pregador e poeta do século XVII, acerca dos sinos que soavam para anunciar as coisas importantes:

"Nenhum homem é uma ilha. Cada homem é um pedaço do continente, uma parte do total. Se o mar arrasta um torrão, Europa perde algo, como se houvesse desaparecido um promontório, como se houvesse sido o terreno de seu amigo ou o seu própria. A morte de cada homem me diminui, porque formo parte da humanidade, e portanto, nunca mande perguntar por quem dobram os sinos. Dobram por você."


III. QUE  É  AMAR?


1. Milhares acham que amam; é mentira, não amam!

a) A crônica policial mostra-nos cada dia pessoas que diziam "amar apaixonadamente." Lamentavelmente terminaram matando o objeto de seu amor.

2. Amor é mais que dar.

a) Existe a generosidade neurótica, que não é amor.

b)       Por outro lado o caráter mercantil desta época só dá se em troca receber. S. Mateus 5:46-48.

3. É mais que amabilidade.

ILUSTRAÇÃO: Três escoteiros vieram ao seu chefe para informar-lhe que haviam realizado o bem que lhes correspondia para esse dia.

- Que fizeram? - perguntou o chefe.

- Ajudamos a uma senhora anciã a cruzar a rua.

- Os três ajudaram a mesma senhora?

- Sim.

- Mas eram necessários os três para fazer isso?

- Bom, sim. Porque ela não queria cruzar a rua.

4. É mais que sentimentalismo.

a) Não consiste em ser amado mas em amar.

b)       Não depende do objeto, mas é uma faculdade do sujeito.

5. O amor não é um sentimentalismo, mas um princípio ativo, reitor da vida.

a) Disse E. G. White:

b)       "O amor é um precioso dom que recebemos de Deus. É carinho puro e não um sentimentalismo, mas um princípio ativo, heróico e capaz de ações sacrificadas e ternas."

c) Segundo Erich Fromm: "O amor é uma atividade, não um afeto passivo; é um estar contínuo, não um súbito arranque. No sentido mais geral, pode descrever o caráter ativo da amor afirmando que amar é fundamentalmente dar, não receber."

d)       Por isso gosto do que disse alguém: "O amor é para o homem o que a lei da gravidade é para o Universo. Sem ele só há caos."

6. Talvez a definição mais equilibrada e bonita que encontrei seja a que S. Paulo descreveu na Santa Bíblia. I Coríntios 13:1-8 pp.


IV. COMO  FAZER  PARA  AMAR


1. O coração natural, o do homem pecador não convertido, não pode experimentar o perfeito amor.

2. E. G. White tem a solução: "O que é necessário é o amor de Cristo no coração. Quando a eu está imerso em cristo, o amor brota espontaneamente". (Beneficência Social, pág. 82)

3. O amor aceso por Cristo no coração produzirá paz interior.

4. Como e por que a presença de Cristo atrai paz?

a) Deus é amor.

b)       Ao permitir-Lhe tomar passe de nossa vida:

(1)                Muda nossa natureza.

(2)                Dá-nos um novo coração.

(3)                Enxerta em nós o coração espiritual de Jesus.

c) A vida de Cristo em nós chega a ser uma vida de amor.


CONCLUSÃO:


1. Permitamos que o Senhor entre em nossa vida.

2. Ele a encherá de amor.

3. Então será muito fácil amar.

4. E o resultado será a paz interior. Filipenses 4:7.

 

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