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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Abra o Coração a Deus

 Ellen White       

             Abra o Coração a Deus

"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia." Prov. 28:13.

As condições para obter misericórdia de Deus são simples, justas e razoáveis. O Senhor não requer de nós atos penosos a fim de que alcancemos o perdão dos pecados. Não precisamos empreender longas e cansativas peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do Céu ou expiar nossas transgressões; mas o que confessa os seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia.

Diz o apóstolo: "Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis." Tia. 5:16. Confessai vossos pecados a Deus, que é o único que os pode perdoar, e vossas faltas uns aos outros. Se ofendestes a vosso amigo ou vizinho, deveis reconhecer vossa culpa, e é seu dever perdoar-vos plenamente. Deveis buscar então o perdão de Deus, porque o irmão a quem feristes é propriedade de Deus e, ofendendo-o, pecastes contra seu Criador e Redentor. O caso será levado perante o único Mediador verdadeiro, nosso grande Sumo Sacerdote, que "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado", e que Se compadece "das nossas fraquezas" (Heb. 4:15), sendo apto para purificar-nos de toda mancha de iniqüidade.

Os que não humilharam ainda a alma perante Deus, reconhecendo sua culpa, não cumpriram ainda a primeira condição de aceitabilidade. Se não experimentamos ainda aquele arrependimento do qual não há arrepender-se, e não confessamos os nossos pecados, com verdadeira humilhação de alma e contrição de espírito, aborrecendo nossa iniqüidade, nunca procuramos verdadeiramente o perdão dos pecados; e se nunca buscamos a paz de Deus, nunca a encontramos. A única razão por que não temos a remissão dos pecados passados, é não estarmos dispostos a humilhar o coração e cumprir as condições apresentadas pela Palavra da verdade. Acerca deste assunto são-nos dadas explícitas instruções. A confissão de pecados, quer pública quer privada, deve ser de coração, expressa francamente. Não deve ser obtida do pecador à força de insistência. Não deve ser feita de maneira negligente ou folgazã, nem extorquida dos que não reconhecem o abominável caráter do pecado. A confissão que é o desafogo do íntimo da alma, achará o caminho ao Deus de infinita piedade. Diz o salmista: "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito." Sal. 34:18.

A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e faz distinção de pecados. Estes podem ser de natureza que devam ser apresentados a Deus unicamente; podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, devendo então ser confessados com a mesma publicidade. Toda confissão, porém, deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais sois culpados.

Nos dias de Samuel os israelitas apartaram-se de Deus. Estavam sofrendo as conseqüências do pecado, pois haviam perdido a fé em Deus, deixado de reconhecer Seu poder e sabedoria para governar a nação, perdido a confiança em Sua capacidade de defender e reivindicar Sua causa. Volveram costas ao grande Rei do Universo, desejando ser governados como as nações ao seu redor. Para encontrar paz fizeram esta definida confissão: "A todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei." I Sam. 12:19. Importava que confessassem justamente o pecado do qual tinham sido convencidos. A ingratidão oprimia-lhes a alma, separando-os de Deus.

A confissão não será aceitável a Deus sem o sincero arrependimento e reforma. E preciso que haja decisivas mudanças na vida; tudo que seja ofensivo a Deus tem de ser renunciado. Este será o resultado da genuína tristeza pelo pecado. A obra que nos cumpre fazer de nossa parte, é-nos apresentada claramente: "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." Isa. 1:16 e 17. "Restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida e não praticando iniqüidade, certamente viverá, não morrerá." Ezeq. 33:15. Paulo diz, falando da obra do arrependimento: "Quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio." II Cor. 7:11.

 

Quando o pecado embota as percepções morais, o transgressor já não discerne os defeitos de seu caráter, nem reconhece a enormidade do mal que cometeu; e a menos que se renda ao poder persuasivo do Espírito Santo, permanece em parcial cegueira quanto aos seus pecados. Suas confissões não são sinceras e ferventes. A cada reconhecimento de seu pecado acrescenta uma desculpa em justificação de seu procedimento, declarando que se não fossem certas circunstâncias, não teria praticado este ou aquele ato, pelo qual está sendo reprovado.

Depois de haverem Adão e Eva comido do fruto proibido, ficaram cheios de um sentimento de vergonha e terror. A princípio seu único pensamento era como desculpar seu pecado e escapar à temida sentença de morte. Quando o Senhor os interrogou acerca de seu pecado, Adão respondeu, lançando a culpa em parte sobre Deus e em parte sobre a companheira: "A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi." A mulher lançou a culpa sobre a serpente, dizendo: "A serpente me enganou, e eu comi." Gên. 3:12 e 13. Por que fizeste a serpente? Por que lhe permitiste entrar no jardim? Estas eram as perguntas que transpareciam das palavras com que procurava desculpar seu pecado, lançando, assim, sobre Deus a responsabilidade de sua queda. O espírito de justificação própria originou-se no pai da mentira, e tem sido manifestado por todos os filhos e filhas de Adão. Confissões desta ordem não são inspiradas pelo Espírito divino, e não são aceitáveis a Deus. O arrependimento verdadeiro levará o homem a suportar ele mesmo sua culpa e reconhecê-la sem engano nem hipocrisia. Como o pobre publicano, que nem ao menos os olhos ousava erguer ao céu, clamará: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (Luc. 18:13) e os que reconhecerem sua culpa serão justificados, pois Jesus apresenta Seu sangue em favor da alma arrependida.

Os exemplos que a Palavra de Deus nos apresenta de genuíno arrependimento e humilhação revelam um espírito de confissão em que não há escusa do pecado, nem tentativa de justificação própria. Paulo não procurava desculpar-se; pintava seus pecados nas cores mais negras, não procurando atenuar sua culpa. Diz ele: "Encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles. E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui." Atos 26:10 e 11. Não hesita em declarar que "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal". I Tim. 1:15.

O coração humilde e contrito, rendido pelo arrependimento genuíno, apreciará algo do amor de Deus e do preço do Calvário; e, como um filho confessa sua transgressão a um amante pai, assim trará o verdadeiro penitente todos os seus pecados perante Deus. E está escrito: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9.


Do livro Caminho a Cristo, Pags 39 - 41

sábado, 14 de junho de 2025

70 SEMANAS DE PROFECIAS NOS ROLOS DO MAR MORTO

 

70  SEMANAS  DE  PROFECIAS  NOS  ROLOS  DO  MAR  MORTO

 

INTRODUÇÃO 

 

1. As 70 semanas de profecias estão registradas no livro do profeta Daniel, o qual forma parte do cânon Bíblico.

a)     Foi escrito no século VII A.C.

b)    Entre os achados de Qumram, às margens do Mar Morto, foram encontradas cópias deste livro.

2. Sua autenticidade e antigüidade são confirmadas pelos Rolos do Mar Morto.

3. Antes de analisar a profecia em si, daremos uma rápida síntese de alguns dos aspectos mais interessantes acerca dos achados arqueológicos ocorridos às margens do Mar Morto. Depois discutiremos esta fascinante e significativa profecia.

(NOTA: Falar sobre os achadas de Qumram, poderá consumir muito do tempo quê você gostaria de dedicar ã profecia em si. De acordo ao tipo de público que estiver assistindo, você se decida se dará essa parte ou não.)

I. OS  ACHADOS  DE  QUMRAM

1. Em 1947.

- Por dois beduínos da tribo semi-nômade dos Ta'amira.

- Um deles, o Pastor Muhammad ad-Dib, referiu seu achado casual.

2. Em 1947 apareceram pela primeira vez sete manuscritos em Belém.

a)     Quatro deles vieram a ser propriedade do metropolitano sírio ortodoxo Mar Yesue Samuel.

b)    Este, em1948, apresentou-os à American School of Oriental Research.

c)     J. C. Trever e W. C. Brownlee (de Asor) reconheceram imediatamente seu valor.

d)    W. F. Albright realizou um exame de perícia.

e)     Em11/04/1948, M. Burrows, diretor de Asor, deu a informação dos manuscritos à imprensa.

3. Os manuscritos restantes da caverna I foram comprados em 1947 (em dezembro de 1947) por E. L. Sukenik para a Universidade Hebraica de Jerusalém.

4. Em 1954, Y. Yadin pôde adquirir para a Universidade Hebraica de Jerusalém os rolos dos sírios enviados provisoriamente a Asor.

5. No dia 12/02/1955 o governo israelita deu a conhecer a posse de todas os manuscritos do primeiro achado.

6. Até janeiro de 1956, o governa jordaniano através do Department of Antiquities com o apoio da Ecole Archeologique Francaise de Jerusalém:

a)     Comprou dos beduínos Ta'amira os rolos que ainda tinham.

b)    Realizou cinco campanhas de escavações.

c)     Resultado: resguardou restos de uns 600 manuscritos provenientes de 11 cavernas.

7. Depois da "guerra dos seis dias" (de 5 a 10/6/67), todos os manuscritos do museu do governo jordano, passaram a ser propriedade de Israel. (Dados de Sacramentum Mundi, Enciclopédia Teológica, Edit. Herder, T.V, pp. 718,719)

8. Estes achados dão muita força às profecias bíblicas.

a)     Porque demonstram sua autenticidade.

b)    Porque demonstram sua antigüidade.


II. INTRODUÇÃO  À  PROFECIA  DAS  70  SEMANAS

1. Ao analisar as 70 semanas alguém pergunta a si mesmo:

- Por que Deus deu as profecias?

Entre outras razoes poderíamos mencionar:

a)     O prazer que Deus sente ao Se comunicar com Suas criaturas.

b)    A necessidade que temos de Sua orientação. Amós 3:7.

c)     Deus demonstra que Ele é o dono do futuro. Isaías 41:21-23.

d)    Não o faz par vaidade ou amor próprio.

(1)  Ele o faz por amor a nós.

(2)  Para ajudar-nos a crescer em nossa fé. S. João 14:29.

(3)  A maior expressão do amor de Deus para nós: A morte de Jesus. Romanos 5:6-8.

3. Esta profecia entrelaça ambas as coisas (dar-nos fé e permitir-nos receber a Jesus), pois nos permitirá captar com indiscutível nitidez que Jesus é o Messias.

a)     Deus havia traçado Seu plano redentor desde a eternidade.

I S. Pedro 1:18-20.

b)    Como faria para ajudar-nos a crer? S. João 14:29.

c)     Por isso o acúmulo grande e nítido de profecias messiânicas.

4. Em determinada época, demos uma conferência na qual assinalamos vários aspectos da vida de Jesus profetizados antes que ocorressem as fatos. Por exemplo:

a)     O lugar de Seu nascimento.

b)    O nascimento virginal.

c)     A obra que realizaria.

d)    A traição de Judas.

e)     O julgamento.

f)      A morte.

g)    A forma de sua morte.

h)    A sepultura.

i)       A ressurreição.

j)       Por meio da lei ritual foi-lhes dado algo assim como um plano da salvação para que entendessem como Cristo morreria.

(1)  É exatamente igual a nós.

Por meio da Santa ceia, para recordar Sua morte e anunciá-la até que Ele venha.

5. Agora descobriremos na profecia das 70 semanas, predições até para os estudiosos mais exigentes.

a)     Ali anuncia o ano de Seu batismo;

b)    O ano de Sua crucifixão;

c)     O momento no qual se encheria a taça da paciência do Senhor diante da rejeição por parte de Seu povo escolhido.

6. Tudo isso nas 70 semanas de profecias contidas nos rolos de Qumram, às margens do Mar Morto.

a)     Mas isso está escrito na santa Bíblia há uns 2.500 anos.

b)    O mais importante dos manuscritos do Mar Morto é que demonstram que o que lemos hoje na Bíblia é antigo e autêntico, como se há muito tempo havíamos aceitado por fé os cristãos.

 

III. A  PROFECIA  EM  SI

1. Estas 70 semanas não são literais, mas proféticas. Portanto, faremos bem em ver que valor tem na Bíblia um dia profético.

a) Por exemplo: Em um mapa lemos: E: 1 cm " 1km.

(1) A escala nos indicaria:

1 cm = 1 km

b) Qual é a escala bíblica? Por outras casos proféticos poderíamos dizer que é assim:

(1)  E: 1 dia profético = 1 ano.

(2)  Exemplo: Ezequiel 4:4-6

c)     Já Tomás Goodwing (1600-1680) apresentou este princípio de interpretação.

2. Portanto se trataria de 70 semanas de anos.

a)     70 semanas x 7 = 490 dias proféticos.

b)    490 dias proféticos = 490 anos reais.

3. Quando se começariam a contar? Daniel 9:23-27

a)     Desde a saída do decreto para restaurar e edificar Jerusalém.

b)    O decreto que se tornou efetivo nesta restauração foi o de Artaxerxes Longímano, do ano 457 A.C



7 Semanas, e se reconstituiria a praça e o muro

a)      Isto ocorreu no ano 408 A.C. Aos 49 anos (7 semanas proféticas x 7 = 49.)

2.     Mais 62 semanas (7+62 = 69 semanas proféticas)

a)     Nesse momento seria ungido o Santo dos santos.

b)    O computador profético leva-nos até o ano 27 D.C. que coincide com o ano 780 da fundação de Roma e com o ano 15 de Tibério césar (ou seja 15 anos desde que Tibério filho de Augusto, era co-regente com este). (Três formas distintas de referir-se à mesma data.)

c)     Essa é a data do batismo de Jesus. S. Lucas 3:1-3, 21,22.

d)    A esse ato – o batismo de Jesus – S. Pedro chamou-o de ungimento do Senhor mediante o Espírito Santo. Atos 10:38.

e)     Em outras palavras: O Santo dos santos, Jesus, foi ungido pelo Espírito Santo por ocasião do batismo, isto é, exatamente às 7 + 62 semanas proféticas desde o decreto de Artaxerxes. Exatamente no ano profetizado 6 séculos antes!

6. Mas ainda há mais:

a)     Na semana restante (1.ª 70 antes) confirmaria o pacto a muitos. (Sem dúvida, o pacto da graça por meio do qual nos redimiria) (Dan. 9:27)

b)    Isto incluiria (Dan. 9:24)

(1)  Terminar a corrupção.

(2)  Pôr fim ao pecado.

(3)  Expiar a iniquidade.

(4)  Trazer a justiça perdurável.

c)     Fá-lo-ia por meio do Sacrifício do Messias. (Dan. 9:26,27)

(1)   O Messias não morreria de morte natural, tirar-Lhe-iam a vida.

d) O Messias seria morto. Quando?

(1)  Na última semana profética (Dan. 9:26).

(2)  Na metade dessa semana de anos. Ou seja aos 3 anos e meio do batismo.

(3)  E isso foi exatamente o que ocorreu!

Jesus foi morto aos 3 anos e meio (páscoa) depois de Seu batismo. No momento preciso que marcava a profecia!

 

CONCLUSÃO

 1.     I S. João 14:29.

2.     Podemos confiar na Santa Bíblia como Palavra de Deus, verdadeira e infalível.

3.     Podemos confiar em Jesus.

a)     Como o Messias.

b)    Como Senhor e Salvador.

c)     Como Mediador.

4.     Eu O aceitei como meu Senhor, meu único e suficiente Salvador, meu único e suficiente Mediador.

a)      Por isso, embora sendo um pecador, tenho esperança de perdão;

b)     Embora eu seja fraco, tenho confiança que Ele continuará mudando minha vida para o bem;

c)      Embora viva num mundo sem esperança, do qual sou parte, tenho esperança frente ao amanhã.

5.     Não gostaria você de aceitar hoje a Jesus como o único e suficiente Salvador; único e suficiente Mediador?

a)     Também há perdão para você.

b)    Também há vida para você.

6. Não gostaria de aceitar a Jesus como seu Senhor?

a)     Ele tomará sua vida e transformá-la-á.

b)    Tomará sua vida e guiá-la-á pelo caminho da vida eterna.

c)     (Apelo e oração).

 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

O SENTIMENTO PRODUTOR DE PAZ INTERIOR

 

O  SENTIMENTO  PRODUTOR  DE  PAZ  INTERIOR

 

INTRODUÇÃO

 

1. O sistema de vida do homem contemporâneo tem demonstrado ser o método mais eficaz para:

a) Ter elementos de conforto.

b)       Ter mais cultura.

c) Possuir mais bens.

d)       Perder a paz.

2. Entramos na vertigem competitiva...

3. Buscamos a paz mediante sedativos e tranqüilizantes.

4. Como se pode fazer para ter paz num mundo convulsionado?

a) Provavelmente nos custe aceitar o melhor meio para consegui-lo, porque não é:

(1)                O modo de vida habitual, hoje.

(2)                Contrário aos impulsos instintivos do não convertido.

b)       Logicamente, para conseguir o que não temos, teríamos que mudar.

5. Hoje falarei do amor, como sentimento produtor de paz interior.


I. IMPORTÂNCIA  DO  AMOR


1. O Dr. Perio Wright, do centro módico inglês do Instituto de Diretores, acaba de destruir a enraizada convicção de que as afecções cardíacas entre os executivos têm como causa o excesso de trabalho. O motivo agora parece ser os protestos e os resmungos das esposas pouco compreensivas. Pelo menos, isso é o que permite supor o estudo praticado em 4.000 integrantes do citada instituto. Dos afetados por desordens cardíacas mais ou menos sérias, 80% estavam casados com mulheres de caráter alterado e gênio violento. Por ser a causa deste resultado, se ria muita casualidade, não é verdade?

2. "Segundo minhas investigações e as de um número sempre crescente de psiquiatras, psicólogos e verdadeiros educadores, o fator do amor verdadeiro, falando em geral, exerce em 80% das casos registrados seus efeitos benéficos sobre os seres humanos normais e anormais."

(Dr. Pitirim A. Sorokin, autor de mais de 30 volumes sobre sociologia, filosofia, psicologia, participando na obra "Incidentes críticos em Psicoterapia" de Stanely e Corsini, p. 26.)

3. É significativamente importante o amor nas crianças. Sua ausência poderia produzir transtornos tão sérios como o marasmo.

a) Pouco tempo depois da segunda guerra mundial, em certo orfanato da Europa aconteceu o triste caso de um grupo de 97 criaturas, cuja idade oscilava entre os três meses e os três anos, que – segundo o informativo médico – adoeceram ou morreram por falta de amor. Foram vestidas e alimentadas convenientemente e foi-lhes dada toda atenção médica necessária. Só faltava um elemento. O pessoal da instituição era desesperadamente escasso, e cada enfermeira devia cuidar de um grupo demasiado numeroso de orfãozinhos desvalidos. Apenas podiam alimentar, vestir e banhar as criaturas. Não tinham tempo para estar a seu lado, para consolá-las ou para demonstrar-lhes algum tipo de afeto.

Depois de três semanas de internação apareceram sintomas de sérias anormalidades. Ao final de cinco meses a condição das crianças se havia agravado rapidamente. Alguns enlouqueceram por causa da solidão e do temor, 27 morreram em seu primeiro ano de vida, e sete mais morreram em seu segundo ano. Outros 21 que conseguiram sobreviver, ficaram tão prejudicados por esta experiência que foram classificados como neuróticos incuráveis. A falta de amor havia destruído a vida de mais da metade do grupo.

4. Lamentavelmente nosso século XX, embora pronuncia muitas vezes a palavra amor, na prática o tem deixado de lado. 

a)  ILUSTRAÇÃO: É curioso, e até talvez significativo, o descobrimento feito por um jornalista inglês que, ao estudar a Enciclopédia Britânica, constatou que na primeira edição desta obra magna, do ano 1769, a palavra 'átomo' foi tratada em quatro linhas, enquanto a palavra 'amor' se haviam dedicado cinco páginas. Na última edição nem se menciona a palavra 'amor', mas o artigo 'átomo' compreende cinco páginas. Um jornalista alemão sentiu-se muito afetado ao ler esta notícia e tomando o Léxico Bockhaus do ano 1943, encontrou o mesmo. Havia muito material sobre o átomo, mas a palavra "amor' faltava por completo. (A edição de 1913 ainda tem um quarto de coluna sabre a palavra 'amor', enquanto o artigo sobre o átomo cobre quatro páginas)" (El Predicador Evangélico, Janeiro/Março de 1959, p. 240).

5. Vendo as coisas com objetividade, parece-nos que nesta época agimos baseados da filosofia do "não te metas."

a) ILUSTRAÇÃO: Isto foi comprovado tempos atrás na França, onde para estudar a disposição dos automobilistas de ajudar os acidentados, colocou-se em uma das estradas um boneco simulando um homem acidentado. A experiência foi altamente reveladora: 35 carros passaram pelo lugar e desviaram-se para não se complicar com aquele homem presumivelmente atropelado. Somente o carro n.º 36 parou para oferecer sua ajuda humanitária.

b)                Não sei se a experiência teria sido melhor em nossa querida terra.

6. E contudo quanto necessitamos de amor para manter nosso equilíbrio interior!

a) ILUSTRAÇÃO: Uma vez perguntaram ao famoso psiquiatra, Carlos Menninger, o que deve fazer uma pessoa que está a ponto de sofrer um colapso nervoso. Por estranha que pareça sua resposta, ele não disse que era necessário consultar a um psiquiatra, mas aconselhou:

- Deve fechar sua casa com chave e ir em busca de alguém que se encontre necessitado, e fazer algo por ele. 

II. AMAR  É  SINAL  DE  MATURIDADE


1. O ser humano nasce indefeso.

a) Receberá todo o necessário de fora.

b)       "Aquele que não chora..." fica sem comer.

c) O egocentrismo é, em certa medida, necessário.

2. Cresce fisicamente, ou é um atrofiado, um anão.

a) Cada vez se movimenta mais, começa a brincar.

b)       Começa a trabalhar e amparar-se a si mesma.

c) Chega a tornar-se independente.

3. Cresce intelectualmente.

a) Começa a conquistar a si mesmo e a conquistar a sua mãe.

b)       Depois conquista o restante do círculo familiar.

c) Conquista a vizinhança e as amizades.

d)       O meio escolar.

e) A cidade, o país, etc. Vai crescendo.

4. Deve crescer emocionalmente.

a) Mediante o pranto reclama que lhe dêem.

b)       Começa a captar a idéia de posse: "MEU".

c) Deve começar a partilhar seus brinquedos, etc.

d)       Começa a servir ao círculo onde vive.

e) Sair do eu, para entrar no nós. Ou será um anão, um atrofiado emotivo.

5. O sair do eu e mudar para o nós é um sinal de crescimento; de maturidade.

a) Significa que estamos começando a captar a vida em suas realidades mais profundas.

b)       Escreveu Juan Donne, pregador e poeta do século XVII, acerca dos sinos que soavam para anunciar as coisas importantes:

"Nenhum homem é uma ilha. Cada homem é um pedaço do continente, uma parte do total. Se o mar arrasta um torrão, Europa perde algo, como se houvesse desaparecido um promontório, como se houvesse sido o terreno de seu amigo ou o seu própria. A morte de cada homem me diminui, porque formo parte da humanidade, e portanto, nunca mande perguntar por quem dobram os sinos. Dobram por você."


III. QUE  É  AMAR?


1. Milhares acham que amam; é mentira, não amam!

a) A crônica policial mostra-nos cada dia pessoas que diziam "amar apaixonadamente." Lamentavelmente terminaram matando o objeto de seu amor.

2. Amor é mais que dar.

a) Existe a generosidade neurótica, que não é amor.

b)       Por outro lado o caráter mercantil desta época só dá se em troca receber. S. Mateus 5:46-48.

3. É mais que amabilidade.

ILUSTRAÇÃO: Três escoteiros vieram ao seu chefe para informar-lhe que haviam realizado o bem que lhes correspondia para esse dia.

- Que fizeram? - perguntou o chefe.

- Ajudamos a uma senhora anciã a cruzar a rua.

- Os três ajudaram a mesma senhora?

- Sim.

- Mas eram necessários os três para fazer isso?

- Bom, sim. Porque ela não queria cruzar a rua.

4. É mais que sentimentalismo.

a) Não consiste em ser amado mas em amar.

b)       Não depende do objeto, mas é uma faculdade do sujeito.

5. O amor não é um sentimentalismo, mas um princípio ativo, reitor da vida.

a) Disse E. G. White:

b)       "O amor é um precioso dom que recebemos de Deus. É carinho puro e não um sentimentalismo, mas um princípio ativo, heróico e capaz de ações sacrificadas e ternas."

c) Segundo Erich Fromm: "O amor é uma atividade, não um afeto passivo; é um estar contínuo, não um súbito arranque. No sentido mais geral, pode descrever o caráter ativo da amor afirmando que amar é fundamentalmente dar, não receber."

d)       Por isso gosto do que disse alguém: "O amor é para o homem o que a lei da gravidade é para o Universo. Sem ele só há caos."

6. Talvez a definição mais equilibrada e bonita que encontrei seja a que S. Paulo descreveu na Santa Bíblia. I Coríntios 13:1-8 pp.


IV. COMO  FAZER  PARA  AMAR


1. O coração natural, o do homem pecador não convertido, não pode experimentar o perfeito amor.

2. E. G. White tem a solução: "O que é necessário é o amor de Cristo no coração. Quando a eu está imerso em cristo, o amor brota espontaneamente". (Beneficência Social, pág. 82)

3. O amor aceso por Cristo no coração produzirá paz interior.

4. Como e por que a presença de Cristo atrai paz?

a) Deus é amor.

b)       Ao permitir-Lhe tomar passe de nossa vida:

(1)                Muda nossa natureza.

(2)                Dá-nos um novo coração.

(3)                Enxerta em nós o coração espiritual de Jesus.

c) A vida de Cristo em nós chega a ser uma vida de amor.


CONCLUSÃO:


1. Permitamos que o Senhor entre em nossa vida.

2. Ele a encherá de amor.

3. Então será muito fácil amar.

4. E o resultado será a paz interior. Filipenses 4:7.

 

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