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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

O CREPÚSCULO DOS DEUSES

Tive o prazer, de quando cursava teologia, conhecer um dos homens mais cultos e inteligentes do nosso colégio, o antigo IAE, hoje UNASP. me refiro ao grande escritor, Francisco Alves de Pontes, carinhosamente chamado pelos seus amigos de "Chico Biblia", chamado assim, pelo fantástico conhecimento que eles tem das Escrituras Sagradas.

Hoje estou tendo o privilégio de publicar, em meu humilde Blog, um dos seus fantásticos textos, com a devida autorização do mesmo.

Obrigado Chico, por este privilégio de ter nas páginas do meu blog, textos produzidos por você

Manoel Barbosa da Silva 


 O CREPÚSCULO DOS DEUSES 

          Francisco Alves de Pontes 

Na Antiguidade, os deuses eram numerosos. O povo de Israel era considerado o único povo monoteísta. Se alguém saísse dos limites  de Israel, os  deuses eram outros. Na Mesopotâmia, na Grécia, na Ásia Menor, no Egito, nos povos que circundavam Israel, como os cananeus -- havia uma infinidade de deuses! 

O faraó egípcio Amenófis IV, que reinou durante 17 anos, de 1353 a 1336 a.C., tentou estabelecer em seu país o monoteísmo pagão.. Ele queria que o deus Aton, o disco solar, fosse o único deus a ser adorado. Por isso ele recebeu o nome de Akhenaton (aquele em quem o deus Aton se compraz) e construiu uma cidade que recebeu o nome de Akhetaton (horizonte do disco solar) Logo após a sua morte, sua cidade foi abandonada e o Egito voltou ao politeísmo. 

Na Grécia, igualmente, os deuses eram numerosos e a sua mitologia é repleta de curiosidades que o tempo e o espaço não me permitem abordar. O poeta grego Hesíodo escreveu a Teogonia, um tratado sobre a genealogia dos deuses. Outros poetas gregos também escreveram sobre o mesmo assunto.

Na Índia, desde tempos remotos, existiu uma infinidade de deuses, destacando-se a tríade bramânica: Brahma, Vishnu e Shiva.  

O tempo passou, mas os seres humanos continuaram adorando deuses dos mais variados matizes. Os cristãos acreditam que esses deuses ou são produto da imaginação humana ou constituem invenção do deus deste mundo (veja 2 Coríntios 4:4). 

Lembramo-nos dos poderosos ditadores que dominaram e oprimiram imensas multidões no século XX e que são tidos como deuses: Stálin, Hitler, Mao Tsé Tung, Pot Pot e outros. Esses deuses passaram, ficaram nas páginas da História. Atualmente, ocupam muito espaço na mídia os deuses supremos do olimpo de Brasília. Todos eles passam, porque os deuses-de-pés-de-barro não vivem para sempre, mas deixam atrás de si um rastro de ruína, opressão, destruição. O deus Hitler e seus asseclas foram derrotados, mas depois de causar a ruína de milhões de seres humanos. As vítimas dos deuses comunistas foram muito mais numerosas. 

Os cristãos acreditam que Cristo é o único deus verdadeiro e que a sua vinda trará um fim a todos os outros deuses. É atribuída a  Friedrich Nietzsche, filósofo alemão, a seguinte afirmativa: "Todos os deuses morreram de rir quando um deles afirmou que era o único deus." São palavras de Nietzsche. Não sou eu que estou afirmando! 

Todos, tanto os deuses quanto seus admiradores; todos, bons e maus, justos e injustos, ricos e pobres, doutos e iletrados, sim, todos, sem exceção, estão debaixo da inexorável sentença de Gênesis 3:19: "'Tu és pó, e ao pó voltarás." O inferno reina.

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