Fonte - http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino
O exército de um homem só. Ou: Por que Jair Bolsonaro deve ser defendido
Terceira Lei de Newton: a toda ação 
sempre se opõe uma reação. Em meu mundo ideal, haveria debates 
civilizados entre a social-democracia, os liberais e os conservadores. 
Comunistas, socialistas, nacional-socialistas e fascistas seriam 
simplesmente ignorados. E militares com viés autoritário também.
Em meu mundo ideal, todo o PT seria visto
 como um bando de radicais golpistas, dispostos a quaisquer meios para 
seus fins. O PSOL seria visto como o PT de ontem, nada mais. E do lado 
direito, o deputado Jair Bolsonaro seria apenas uma voz estridente sem 
muito eco, pois desnecessária.
Mas não vivemos no mundo ideal. Vivemos 
num mundo em que os petistas não só estão no poder, como seus velhos 
trotskistas insistem em seus planos golpistas de rescrever a história, 
controlar a imprensa e conquistar poderes absolutos.
É justamente esse avanço de uma esquerda 
radical que produz a reação de uma direita mais reacionária. A 
existência política de Jean Wyllys produz um Marco Feliciano. A 
existência política de um Franklin Martins ou um José Dirceu produz Jair
 Bolsonaro.
Enquanto aqueles existirem politicamente,
 e pior!, estiverem no poder, a reação de um Bolsonaro será mais que 
inevitável ou desejável; será necessária. Trata-se de um exército de um 
homem só, combatendo isolado no Congresso os socialistas e comunistas 
que ainda sonham com a revolução totalitária, com o regime cubano. Quem 
mais teve coragem de apontar o dedo para José Dirceu, quando este estava
 em alta ainda, e gritar: “terrorista”?
Digo tudo isso para protestar 
veementemente contra a censura que o deputado Jair Bolsonaro sofreu na 
Câmara essa semana, tendo sido impedido de realizar seu discurso. É essa
 a “democracia” que essa gente defende? Sabemos, no fundo, que os 
socialistas jamais defenderam a democracia, e é essa verdade que querem 
ocultar de todos.
Em artigo
 publicado hoje na Folha, Bolsonaro afirma exatamente isso, e mostra 
parte do que seria dito em seu discurso proibido. Seguem alguns trechos,
 pois, por mais que o leitor considere o deputado uma figura caricata e 
reacionária, não é possível negar que faz perguntas e acusações 
pertinentes:
Que pavor um
 só homem causa à esquerda brasileira a ponto de lhe cassar a palavra da
 tribuna da Câmara dos Deputados a não ser o temor à verdade?
O discurso 
que acabou proibido na terça-feira abordaria fatos como o ocorrido em 
março de 1963, na sede do Sindicato dos Operários Navais, em Niterói 
(RJ), por ocasião do Congresso Continental de Solidariedade a Cuba, 
patrocinado pelo Partido Comunista Brasileiro, onde Luís Carlos Prestes 
proferiu: “Gostaria que o Brasil fosse a primeira nação sul-americana a 
seguir o exemplo da pátria de Fidel Castro”.
[...]
A alegação 
de quase 400 mortos e desaparecidos –em sua maioria, sequestradores, 
terroristas, assaltantes de banco, ladrões de armas– seria um preço 
muito pequeno para que, hoje, nosso povo não vivesse nas condições dos 
cubanos. Não tivesse Fidel Castro treinado e financiado a luta armada no
 Brasil, certamente, no início dos anos 70, o poder teria sido passado 
aos civis.
[...]
Que moral 
tem um governo para falar em tortura quando esconde qualquer 
investigação sobre o sequestro, tortura e execução do prefeito Celso 
Daniel, justiçado pelos próprios companheiros; quando cria uma Comissão 
da Verdade cujos integrantes são indicados por alguém como a presidente,
 que, à frente de grupos terroristas como VPR, Colina e VAR-Palmares, 
sujou suas mãos de sangue de inocentes como o tenente Alberto Mendes 
Júnior, executado a pauladas nas matas do vale do Ribeira, e o recruta 
do Exército Mário Kozel Filho, morto por carro bomba no QG do então 
Segundo Exército. A esquerda continua posando de vítima na busca de 
compaixão, votos e poder.
[...]
Como Lênin 
disse que “compraria da burguesia a corda para enforcá-la”, afirmo que o
 PT vem comprando no Congresso os votos para fechá-lo e em grande parte 
da mídia matérias para silenciá-la.
Chegará o 
momento em que um novo 31 de março ou uma nova Operação Condor não serão
 suficientes para impedir o Brasil e a América Latina de serem lançados 
nos braços do comunismo. Que o diga o Foro de São Paulo congregado pelo 
PT, pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e pelo que 
há de pior na América Latina.
Como não ter algum respeito ou simpatia 
por quem escreve tais coisas na imprensa? Em condições normais de 
temperatura e pressão, eu mesmo seria um crítico de Jair Bolsonaro, cujo
 radicalismo não aprovo. Mas na situação atual brasileira, com os 
vermelhos tomando conta de tudo e levando o Brasil cada vez mais para 
perto do modelo venezuelano, prefiro aplaudir aquele que, sozinho, tem 
tido a coragem de mostrar certas verdades inconvenientes sobre esses 
golpistas travestidos de democratas.
Rodrigo Constantino 
 
 
 
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