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segunda-feira, 30 de maio de 2016

CRISTO, A REVELAÇÃO DO DEUS TODO PODEROSO


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Salomão Sarmento

CRISTO, A REVELAÇÃO DO DEUS TODO PODEROSO


INTRODUÇÃO

Experiência: Em 1980, um grupo de pessoas estava em uma praia no município de Saubara, no Estado da Bahia. Era um dia ensolarado, daqueles que dá satisfação em tomar um banho de mar. De Saubara dava para ver os prédios de Salvador do outro lado oceano, uma visão inesquecível, obra do supremo criador. Jair fazia parte de um grupo que ali estava. Era um jovem que cresceu na fé adventista, mas no momento estava distante de Deus. Ele estava embriagado, sua mente estava confusa e obscura pelo pecado. Ele entrou no mar e começou a nadar. As pessoas que faziam parte do grupo de amigos de Jair estavam distraídas. Depois de algum tempo, olharam e viram que Jair estava muito distante da areia da praia, subia e descia numa luta pela sobrevivência em meio às ondas. Começaram a gritar desesperadamente, mas ele não conseguia ouvi-los por causa do barulho das ondas. O cunhado dele que fazia parte do grupo, ao ver aquela situação, foi salvá-lo e o trouxe em seus braços para a areia.
Jesus, sendo Deus, também está falando aos corações. Ele se revela a cada dia e muitas vezes o ruído nos impede de contemplá-Lo, de ouvir a Sua voz. Deus se revela aos seres humanos em todos os momentos. Às vezes não conseguimos vê-Lo ou ouvi-Lo, mas Ele fala conosco. Ele é o “Deus conosco” que não nos desampara e que está presente nos momentos em que mais precisamos. Deus falou muitas vezes aos seres humanos no decorrer da história. Ele fala de diversas maneiras, e algumas maneiras são estranhas à compreensão humana. Fala de forma “esquisita” a tal ponto de deixar-nos perplexos e atônitos, sem fôlego. É que Deus tenta despertar o homem do seu estado atual de incredulidade, desconfiança, apatia espiritual. Deus procura se revelar, a fim de que o ser humano desperte do “sono fatal” que por certo o levará ao caos profundo. Deus se revela através da voz suave e mansa; da quietude e silêncio quando queremos uma resposta e às vezes ela não vem; da tempestade repentina e devastadora; Se revela também através da natureza, obras das Suas mãos, mas a maior revelação de Deus e do Seu caráter está na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo que tendo sido morto pelos nossos pecados, vive e reina pelos séculos dos séculos. Ele é a expressão exata do Deus Infinito e Todo Poderoso; que É, que Era e que Há de ser e por Quem fala ao coração humano.
Contexto: Para quem foi escrita a carta de Paulo? No livro de Hebreus não há nenhuma referência ao paganismo. As referências ao Antigo Testamento, os rituais levíticos, seu conteúdo de forma geral confirma que foi escrita para judeus cristãos, hebreus da diáspora, ou seja, hebreus que viviam em Roma. Os hebreus cristãos estavam num estado de negligência e incredulidade e viviam alheios às coisas de Deus. Eram cristãos “mornos” espiritualmente. Podemos dizer que eram “múmias” ambulantes. Haviam se esquecido de Deus. Ele esteve há tão pouco tempo com eles e pareciam não ter se apercebido disso.

Texto: Hebreus 1: 1 – 6. Para maior proveito recomendo que os irmãos permaneçam com a Bíblia aberta nesta página até o final de nosso estudo.

Objetivos: (1) Ressaltar que Deus, sendo supremo, se revelou na forma humana (2) levá-los à consciência de que Cristo é o arquiteto, fundador e mantenedor de toda criação. (3) explicar que Cristo assumiu novas responsabilidades após a Sua ressurreição vitoriosa, e não quer que sejamos passivos.
Proposição: Deus, o Supremo, Criador e Mantenedor, revelou-se muitas vezes e de muitas maneiras nos tempos antigos aos pais pelos profetas e nos últimos dias revelou-se pelo Filho, que se tornou carne e ao morrer e ressuscitar assumiu novas responsabilidades. Mesmo sendo infinitamente Superior continua falando conosco e nos chama a assumir o compromisso de testemunhar. Por isso, continuamos ouvindo-O, vendo-O e falando sobre Seu altruísmo.

ARGUMENTAÇÃO

A SUPREMACIA DE CRISTO

(1) Cristo É A Expressão Exata De Deus. Jesus é absolutamente o resplendor da glória de Deus, a expressão exata da Divindade, consubstancial com Deus, o Filho eterno do Pai, Ele é o autor do planejamento e execução da criação e não somente autor, mas mantenedor. Convém observar que o fim foi visto desde o início, na construção da frase: a divina nomeação do Filho como herdeiro do Universo precede a criação do Universo. Em Hebreus o Deus que se fez homem, o todo iluminado, traz Deus aos homens. Em seu próprio ser, removeu os pecados da humanidade, conciliando o homem com Deus. E por fim foi entronizado, de volta ao trono que lhe pertencia. Ele teve uma posição que lhe é inerente, a estatura de Deus, uma posição muito acima de todos os outros.
(2) Cristo É O Resplendor Da Glória. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, “depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”. (Hebreus 1: 3). Cristo é o Filho Eterno como o Pai é o Pai Eterno. O Filho é no mais completo sentido, participante da mesma natureza do Pai. Possui os mesmos atributos, realiza as mesmas obras e reclama honra igual ao Pai. Aplicado a Jesus Cristo é o título que realça a sua divindade; enquanto o título “Filho do homem” realça a Sua humanidade.
(3) Cristo, Revelado Como Deus-homem. Jesus foi chamado por Deus como seu Filho, o que ocorreu por ocasião do Seu batismo e no Monte da Transfiguração. “Nos falou pelo Filho... herdeiro...” Deus nestas passagens sugere não somente o Messias, mas também o Senhor de II Coríntios 3: 7 e 4: 6 em cujas faces a glória de Deus brilhou, não temporariamente, como na face de Moisés, mas permanentemente “e agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de te, antes que houvesse mundo. (João 17:5). Portanto Jesus Já era herdeiro de todas as coisas de forma inerente. Quando Jesus estava para nascer, o anjo declara a verdadeira divindade de Jesus, todavia ele une aquela divindade à verdadeira humanidade. “O ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus.” Desta declaração se deduz que o anjo não deu o nome Filho de Deus para a natureza divina de Jesus, mas para a pessoa santa, que estava para nascer da virgem, pelo poder do Espírito Santo. A natureza divina não tem começo. Era Deus se manifestando em carne – I Timóteo 3: 16; era o “Logos” que estando desde a eternidade com Deus, fez-se carne e habitou entre nós – João 1: 14. O apóstolo Paulo afirma que o próprio Deus se manifestou em Cristo. (Colossenses 2: 9). Quando Jesus veio ao mundo, na verdade, Ele estava retornando ao Planeta Terra, como Deus-homem, porque Ele é o Criador do Universo.

CRISTO, A PLENITUDAE DA CRIAÇÃO DE DEUS

(1) Cristo É O Fundador Do Universo. O título Filho, aplicado em Hebreus 1: 2: “falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo”, designa-o como o Cristo encarnado e leva-nos para os milagres pelos quais a criatura e o Criador estavam unidos na pessoa divina – humano. A divindade sendo identificada com a humanidade, a fim de que a humanidade pudesse se transferir de novo na imagem divina. Neste verso as Escrituras chamam Jesus Cristo de Filho, elas querem afirmar a verdadeira divindade de Cristo como Filho de Deus e Criador de todo o Universo.
(2) Cristo, Como Mantenedor De Todas As Coisas. Podemos ver que a palavra “Filho” se refere a Jesus, o Cristo. Alguns dizem que Deus é o relojoeiro que criou e abandonou sua criação, mas Deus está no controle de todas as coisas, Ele está mantendo as leis dos movimentos da terra. Estes movimentos em torno do sol nos dão a possibilidade de calcularmos o tempo, isto quer dizer que Jesus cria anualmente, através de Suas leis, o tempo necessário para nós pensarmos, sentirmos, andarmos, vermos, amarmos, sonharmos, existirmos, falarmos e “ouvirmos” a voz do Espírito Santo. Jesus, que teve poder para criar todas as coisas do nada, também “sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder”, por isso é de forma inerente, herdeiro de todas as coisas e assim também, por herança adquirida, somos suas criaturas e devemos estar atentos ao poder da sua palavra.
(3) Cristo, Como Arquiteto De Todas As Obras. Há quatro perguntas e afirmações básicas: Quem: o “Filho”; quando: “nestes últimos dias”; como: “herdeiro de todas as coisas”; por quê? Por meio dEle “também fez o Universo. Jesus é revelado como o Mestre de todo o planejamento e execução da criação. No primeiro dia criou a Luz; no segundo dia o firmamento e águas; no terceiro dia formou a terra seca e as plantas; no quarto dia estabeleceu os corpos celestes; no quinto dia fez as aves e os peixes; no sexto dia criou os animais terrestres e o homem; e no sétimo dia repousou de toda obra que fizera. Podemos citar algumas teorias sobre a doutrina da Criação: (1) Gep Teoria – teoria da Brecha. Gênesis 1:1 apresenta o relatório de uma criação original e perfeita. Satanás era o regente deste mundo, mas por causa da sua rebelião o pecado entrou no Universo (Isaias 14: 12-17), como conseqüência, Deus julgou necessário destruir o mundo e o deixou em estado caótico (Gênesis 1: 2), e mais tarde Deus recriou o mundo de acordo com Gênesis 1:3-31. Assim há uma brecha de tempo entre os versos 1 e 2 de duração desconhecida. Alguns defendem a seguinte tradução: “no começo Deus criou os céus e a terra, e a terra então se tornou...” O verbo “ser” pode significar tornar-se. Há objeções a essa teoria: não tem sido aceita pela maioria dos exegetas e não suporta o teste da análise gramatical. A LXX usa o verbo barah = nada. A terra era sem forma e vazia. (2) Teoria de Robert Brown. Deus pegou o material inorgânico e com Ele criou os céus e a terra. Objeção: A Bíblia não menciona uma criação antes da criação. (3) Teoria de Frank Marsh. O verso um é um sumário ou introdução que é seguida de informação. Objeção: se princípio (início) não é início então fim deixa de ser fim. (4) Deus criou em seis dias e no sétimo dia descansou. Quando? No princípio (Beresit). Quem? Deus. Como? Criando. O verbo criar é Barah (encontrado somente na língua hebraica) que significa criar do nada, portanto não havia matéria pré-existente. Apalavra yon = dia acompanhada de artigo significa um dia de 24 horas. O que? Céus e a Terra. A palavra usada é equivalente para o nosso cosmos. Jesus não criou todo o Universo nesses dias. Água e terra eram sem forma e vazia. “Em hebraico (Tohu e Bohu) “forma e vazia” como “trevas sobre o abismo”, e o vento e as águas” são imagens que, por seu caráter negativo, preparam a noção da criação a partir do nada. Não se trata de Deus sobre as águas, mas de seu papel e poder na criação. A palavra Espírito é a mesma palavra de Gênesis 2:7 “vento”. Deus quando quer fazer alguma coisa nascer “sopra o vento” como, por exemplo: nas narinas de Adão. Jesus mais uma vez soprou sobre os discípulos para lhes dar poder, assim como soprous sobre o nada para criar a terra e os céus com o sopro da Sua Palavra. Observe que Jesus soprou o Espírito Santo sobre os discípulos e quando Jesus voltar Ele destruirá o mal com o sopro de Sua boca.

CRISTO, GERADO PARA NOVAS RESPONSABILIDADES

(1) Cristo É Superior Aos Anjos. A Bíblia diz que Jesus é “superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”. (Hebreus 1: 4) As escrituras falam sobre a existência dos anjos. Eles são seres criados por Deus, valorosos em poder. (Salmos 103: 20-21). Deus designou os anjos para protegerem os seres humanos. (Salmos 34:7). Também mostram as Escrituras que os anjos falam com os homens, como falou com Gideão. (Juízes 6: 11-18). Os anjos serão indispensáveis na volta de Cristo, quando estarão ativamente envolvidos na tarefa de anunciar que Jesus estará voltando, assim como recolher os escolhidos dos quatro cantos da Terra. Os próprios anjos estarão com Ele em Sua volta. (Mateus 25: 31). Cristo é superior aos anjos, pois o verso quatro afirma que “Ele tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles”. Convém reafirmar que a herança de Jesus é inerente. Ele é o Criador do Universo, do qual os anjos fazem parte. O Filho de Deus é superior aos anjos. Deus jamais disse aos anjos: Tu és meu filho, eu hoje te gerei. É verdade que os anjos são filhos de Deus (Jó 1:6; 2: 1; 38: 7), mas não no sentido que foi aplicado a Jesus. São filhos porque são criaturas suas e este não é o sentido aplicado a Jesus. Hebreus 1:5, está contestando a declaração de algumas pessoas que afirmam ser Cristo um anjo elevado a sua mais alta posição. F. F. Bruce em The Book of The Acts, (O Livro de Atos) pág. 276, comenta: o dia da unção do rei, no antigo Israel, tornava-se o dia em que ele como representante do povo nascia para uma nova filiação com Deus. O Filho é superior aos anjos por causa do que Ele é: Eterno e por causa do que Ele se tornou: Deus-homem. O Filho é superior porque só Ele ouviu dos lábios de Deus o que nenhum anjo pode ouvir: “Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei”. Mas em que momento da história Jesus ouviu esta frase? Deus jamais disse a um anjo Tu és meu Filho, eu hoje te gerei, é o que afirmam as Escrituras. A frase de Hebreus 1: 5 também aparece em Salmos 2: 7. O segundo Salmo mostra-nos exatamente o seu significado. Sabemos que nos tempos antigos era sempre difícil ao ser entronizado um rei. O conhecimento histórico do tempo indica que as nações estavam conspirando contra o ungido do Senhor. As nações vizinhas queriam libertar-se da submissão de Israel (Salmos 2: 1-3), então o dirigente supremo se ri das tentativas desses povos, porque Ele toma conta da situação. (versos 4-6). Deus se dirige ao novo rei (versos 7-9). O todo poderoso aconselha aos reis destas nações a serem prudentes, e para o seu bem, aceitarem a orientação divina (versos 10-12). Ao ser entronizado o novo rei, inicia-se uma nova fase, para esta, Deus declara que o tinha gerado naquele dia. No dia da coroação o rei entrava num novo relacionamento com Deus. Que disse Deus? “Eu, porém constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.” Na Septuaginta os versos 6 e 7 foram assim traduzidos: “Mas tenho sido feito rei por Ele sobre Sião, Seu Santo Monte, declarando a ordenação do Senhor: o Senhor disse para Mim: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei.” O salmo 2 tem sido chamado o canto da unção do Senhor porque há nele referência a unção de Davi como rei de Israel, e o propósito de Deus de exaltar a Cristo como Rei de todas as coisas. Para os escritores judeus: hoje eu tenho gerado significa: hoje tu tens sido ungido rei, que significa: neste dia eu declaro e manifesto que és meu filho, por investir-te com dignidade real e colocar-te sobre o trono. O comentarista judeu, Salomão B. Freehof declara o seguinte sobre o salmo 2: 7: “Eu hoje te gerei” quer dizer “neste dia fostes ungido Rei”. Portanto “Eu hoje te gerei deve ser interpretado como em sentido figurado. No dia de sua entronização, o Rei foi gerado por Deus como seu servo para dirigir os destinos de seu povo.
(2) Cristo Prepara-se Para Assumir Novas Responsabilidades. Quando o trono foi prometido a Salomão, Deus fez a declaração: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por filho (II Samuel 7: 14). A Bíblia usa esta expressão figurada querendo significar: no dia da entronização do rei, ele era gerado por Deus. Esta frase se refere à coroação do rei. Esta mesma afirmativa é aplicada pelo profeta Natã à entronização do rei Salomão sobre Israel. No que se refere ao Messias esta expressão tem sido debatida através dos séculos. Alguns têm insistido que se refere à encarnação de Cristo. Isto está intimamente relacionado com o verso seguinte a Hebreus 1: 5: “Ao introduzir o Primogênito no mundo”. (Hebreus 1: 6). Este verso sugere que se refere à encarnação. Também é mencionado pelos escritos de Ellen White. (Ver Testemonies, Volume 2, pág. 426). Alguns sugerem que a expressão é aplicada ao batismo de Cristo. Em Lucas 3: 22, a voz do Céu proclamou que Jesus é o Filho Messiânico: “Tu és Meu Filho amado, em ti me comprazo”. A Bíblia de Jerusalém, na Revised Standard Version, inglesa, conquanto esta expressão apareça no texto, a nota ao pé da página dá outra tradução: “Eu hoje Te gerei”. Há também a aplicação à Sua ressurreição. A ressurreição ocupa um lugar relevante na mente dos escritores do Novo Testamento. A referência a Salmos 2: 7 constituía para eles uma profecia da ressurreição de Cristo. Pode-se ver isso no discurso de Paulo, relatado em Atos 13: “Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: ‘Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei’. Também podemos ver na palavra de Deus: Com respeito a seu filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi, e foi poderosamente demonstrado Filho de Deus, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos. (Romanos 1: 3-4). Ellen White também confirma esta aplicação em Atos dos Apóstolos, p. 172 e em O Desejado de Todas as Nações, p. 580 e 581. E quando Jesus ascendeu ao Céu, após Sua gloriosa ressurreição; ‘Deus o exaltou sobremaneira’ (Filipenses 2: 9) foi exaltado ‘acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro’ (Efésios 1: 21) com efeito foi ‘coroado de glória e de honra’ (hebreus 2: 9). Ellen White ratifica em o Desejado de Todas as Nações, p. 621.
(3) Cristo, Coroado Rei. Quando Jesus subiu ao Céu, a hoste dos anjos se prostrou perante Ele. Os anjos clamaram: ‘Digno é o cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força e honra e glória, e ações de graças’. Cristo não se glorificou para se tornar sumo Sacerdote, mas Aquele que lhe disse: Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (Hebreus 5: 5-6). Ellen White disse: ‘A ascensão de Cristo ao Céu foi, para seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida. Por ela deviam esperar antes de iniciarem a obra que lhes fora ordenada. Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do redentor havia sido feita. De conformidade com sua promessa, Jesus enviara do Céu o espírito santo sobre seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e rei, recebera todo poder no Céu e na Terra, tornando-se o Ungido sobre Seu povo. Quando no antigo Israel o rei era coroado, naquele dia ele não nascia fisicamente, o que seria um absurdo, mas nascia para um novo concerto com Deus, novos privilégios e responsabilidades. Tu és meu filho, eu hoje te gerei, eu te ponho hoje a capacidade de dominar, governar. Em Hebreus 1: 5, esta expressão se refere à entronização ou coroação de Cristo depois de Sua ressurreição. Depois de Seu nascimento miraculoso, Seu batismo, Sua vida sem pecado, Sua morte e ressurreição, a coroação de Cristo se deu por ocasião de Sua ascensão, quando Ele foi recebido pelo Pai, e Seu sacrifício foi aceito. Paulo está usando uma passagem do Velho Testamento, dando-lhe, porém um novo colorido, uma nova aplicação (Sensus Plenior). Após a ressurreição Cristo foi ao Pai para receber a certeza da aceitação do Seu sacrifício e ser ungido por Deus, como Rei e Senhor dos Senhores no grande evento da redenção. Cristo foi ungido como nosso Sumo Sacerdote, foi gerado por Deus para ser o nosso Advogado e grande Rei.
(4) Cristo, O Primogênito Introduzido No Mundo. A palavra grega para primogênito é prototokós que é derivada de Protos = Primeiro, melhor, mais preeminente, e Tókos = Nascido, criança. O sentido é de mais importante, mais preeminente. Temos como exemplo: Primeiro Ministro. E a Bíblia tem alguns exemplos de que o sentido não é apenas de nascimento, com referência ao tempo, mas também em relação à posição: Primogênito entre muitos irmãos (Romanos 8: 29); Primogênito de toda a Criação (Colossenses 1: 15): Primogênito entre os mortos (Colossenses 1: 18). Eis mais algumas referências bíblicas provando a preeminência de Jesus: Gênesis 41: 50 a 52 mostra que José possuía dois filhos, sendo Manassés o primogênito, mas Jeremias 31: 9 afirma: “Efraim é o meu primogênito; I Samuel 16: 10 a 12 fala que Davi sendo o mais jovem entre os irmãos foi ungido rei, e sem preeminência cronológica recebeu as prerrogativas do primogênito (Salmos 89: 20 e 27); em Êxodo 4: 22 Moisés devia dizer a Faraó: Israel é meu filho, meu primogênito. Esta afirmação indica os privilégios deste povo, que é chamado pela Bíblia de escolhido, santo, especial (Deuteronômio 7: 6 e 7). Ele é a luz que estava no mundo, em conflito com as trevas, a fonte da verdadeira vida do homem. O tornar-se carne, o sacrifício de Sua vida para o mundo foi à expressão do amor de Deus para com o homem. Temos aqui a identificação do Jesus histórico com o Verbo eterno que estava com o Pai. A idéia de o Primogênito ser Deus e Deus ser o Primogênito que não é anjo, mas manifesto em carne, era realmente alheio ao pensamento grego. As heresias gregas apareceram posteriormente e tiveram dois pontos básicos: Jesus verdadeiro Deus e homem e Jesus era uma e não duas pessoas. Surgiram duas escolas de pensamento: ênfase na humanidade. Ebionitas – Jesus era mero filho de José e Maria e se destacou pelas boas obras. Em seu batismo foi possuído pelo Espírito de Deus, portanto não devemos nos enveredar pelo “ebionismo” achando que o texto se refere a Jesus como o primeiro a ser criado e nem pelos Alogoi, inimigos do Logos: que viam a Jesus como mero homem, que teve um nascimento miraculoso e o Cristo veio sobre ele pelo batismo dotando-o de poderes miraculosos". A segunda escola atribuía ênfase à divindade: conhecidos como gnósticos, entre eles os docetistas. Ela rejeitava a encarnação de Deus: se a matéria que forma o corpo é má, não é produto da vontade divina, e não sendo um produto da vontade divina não pode servir de templo para Deus. O Espírito é bom e a matéria é má, então não podem coexistir ao mesmo tempo. Jesus tem apenas aparência corpórea. Era fantasmagórico. O arianismo, doutrina de Ário afirmou que Jesus teve um começo, embora fosse um ser pré-temporal, sobrenatural, era a 1ª criatura de Deus. O Concílio de Calcedônia esclareceu a questão: “Jesus Cristo é perfeito em divindade e humildade; verdadeiro Deus e verdadeiro homem, com razão e corpo; consubstancial com o Pai e conosco; semelhante a nós em tudo, porém sem pecado; em duas naturezas, sem confusão, sem mutação, sem divisão, sem separação, mantendo as propriedades de cada natureza”. Ele foi introduzido como primogênito no mundo sem perder seus atributos de Deus. João combateu as duas escolas de pensamento que já existiam desenvolvidas posteriormente como mencionamos. O verbo que estava com Deus, era Deus e se fez carne habitando entre nós (João 1: 1-14). Portanto Jesus é 100% Deus e 100% homem.

CONCLUSÃO
1. Seria possível um Deus supremo, a revelação do Deus todo poderoso, resplendor da glória, a expressão exata do Pai, o Primogênito, Criador dos Céus e da terra, se importar com criaturas mortais? Sim. Deus se importa. Deus falou muitas vezes, de muitas maneiras e hoje quer falar conosco também, mas às vezes nós não queremos ouvir ou por algum motivo não conseguimos. Ouçamos a voz de Cristo. Não deixemos que “o barulho das ondas” nos distancie de Deus, impedindo-nos de ouvir a Sua voz.
2. Ouçamos o que Deus está falando. Ele quer se comunicar conosco, sussurrar em nossos ouvidos, falar ao nosso coração. Deus está sempre disposto a falar. E nos estamos disposto a falar por Deus? Ele está dizendo: filho, assim como Eu assumi novas responsabilidades, você também deve assumir. Devemos assumir a responsabilidade de testemunhar. Ele quer que falemos do Deus todo poderoso, que se fez carne. Deus quer que não nos calemos. Fale de Jesus, do Seu amor e de Sua salvação. Vamos ficar em silêncio e ouvir Sua voz, depois farei uma oração.

Autor: Salomão Sarmento
O Pastor Salomão Sarmento é teologo, presidente da Missão do Tocantins e diretor do Blog Palavras de Inspiração Veja o Blog do Pastor Salomão aqui


BIBLIOGRAFIA
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