Seguidores

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Chuva de bênçãos é mais do que uma ideia

Encontrei a idéia que me faltava para descrever esse movimento, que acredito teve origem direta na atuação do Espírito Santo na mente de nossos líderes mundiais. Refiro-me a essa jornada de oração que teve início no dia quatro de janeiro deste ano. A ideia  me surgiu em um artigo do grande pastor e músico Jael Enéias, e, ao invés de tirar textos ou passagens do mesmo, publico-o aqui na íntegra.  Permita-me, Pr. Jael, publicar seu artigo em meu blog.


Durante dez dias, líderes mundiais convidam milhões de pessoas de todas as culturas e nações a formarem uma rede diária de oração. O projeto se inicia em 4 de janeiro com foco na intercessão, ação de graças, obediência, exame de consciência e testemunho apaixonado para servir. Será que reunir pessoas para orar não é mais uma novidade de início de ano? A resposta merece reflexões.


Primeiro, a oração une pessoas entre si e elas com Deus. É da natureza da oração favorecer a inclusão, aliás, o sentimento de pertencer é um dos valores mais requeridos em uma sociedade plural. Segundo, o hábito de orar predispõe a mente e provoca mudanças atitudinais. Além disso, é na conexão diária com Deus que novas prioridades de vida são estabelecidas.

Porém, há uma razão que se impõe sobre todas as dimensões enunciadas. Nenhum processo de reavivamento e reforma tem início sem mediação do Espírito Santo. Por isso, “Chuva de Bênçãos” é mais do que uma ideia. Trata-se de um aprendizado onde orar pelo “derramamento extraordinário do Espírito Santo” se torne na formação de um estilo de vida.  Em face da emergência dos dias em que se vive, não existe maior necessidade do que ter o Espírito para viver pelo Espírito.

A Igreja Remanescente está prestes a enfrentar terríveis ataques satânicos no tempo do fim que põem em risco sua missão. Por isso, é urgente adequado preparo espiritual com base na atitude de fé, envolvendo reforma e consequente reavivamento, status somente alcançado pela oração e determinado estudo da Palavra de Deus.

Ao se confrontarem com uma missão especial, os grandes personagens bíblicos do passado se prepararam através da oração. Daniel foi um notável exemplo. Ao aproximar-se do tempo profético predito por Jeremias sobre o fim do cativeiro dos setenta anos, Daniel se angustiava em oração, súplicas e jejum. De coração aberto, ele reconhecia que havia entre o povo pecado e rebeldia.  Não ignorava de que o afastamento dos mandamentos divinos trazia infâmia. E, nem tão pouco, desconhecia que o povo estava distante dos profetas e suas profecias.

Em oração intercessora, o homem de Deus orava pela bênção do Céu sobre seu povo, conforme relatado em Daniel 9: 18 e 19[1]

“Inclina, ó Deus meu, os Teus ouvidos e ouve; abre os Teus olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo Teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias. Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo se chamam pelo Teu nome”.

De forma extraordinária, Deus respondeu a oração. Ainda ajoelhado, o anjo Gabriel vem voando das cortes celestiais para lhe dizer que suas petições foram ouvidas e atendidas. Além disso, oferece-lhe recursos espirituais para que Daniel pudesse entender e compreender os mistérios dos séculos futuros. Esta experiência de fé se constitui em motivação hoje para a Igreja Remanescente.
Ao escrever sobre a iluminação recebida por Daniel diretamente do trono da graça (WHITE, 1986)[2]comenta:

“Em resposta a sua petição, Daniel recebeu não somente a luz e a verdade de que ele e seu povo mais precisavam, mas uma visão dos grandes eventos do futuro mesmo até o advento do Redentor do mundo. Aqueles que dizem estar santificados, ao passo que não têm nenhum desejo de examinar as Escrituras ou lutar com Deus em oração por uma compreensão mais clara da verdade bíblica, não sabem o que é a verdadeira santificação”.

A real percepção do tempo do fim e o consequente preparo espiritual somente acontecerão quando a oração for parte de um estilo de vida. Neste contexto, (FINLEY, 2011)[3] inclui o estudo da Bíblia como condição imperiosa ao processo de reforma e reavivamento.

“Leia a Palavra de Deus fervorosamente, permitindo que o Espírito Santo impressione sua mente. Deixe que ela se torne o assunto de suas orações. Se a oração é a respiração do reavivamento, o estudo da Bíblia é seu coração. Oração e estudo da Bíblia são os gêmeos siameses do reavivamento. Eles estão interconectados. Quanto mais você orar, mais faminto estará da Palavra de Deus, e, quando mais você estudar a Palavra, mais desejará orar”.

Toda caminhada tem início com o primeiro passo. Se você realmente deseja ter visão clara dos tempos em que se vive, tome a decisão de orar com propósito. Adicione a esta experiência de fé, o estudo da Bíblia também com propósito. Para cada dia, ore por uma necessidade. Convide seus amigos a molharem-se na “Chuva de Bênçãos” que seguramente cairá sem medida na família, na vida pessoal e na vida comunitária.


[1] A BÍBLIA SAGRADA. João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada. 2ª. Ed. Barueri: SBB, 1996
[2] WHITE, E. G. Santificação.  6ª. Ed. Tatuí, SP. Casa Publicadora Brasileira, 1986. p, 52.
[3] FINLEY, Mark. O Reavivamento Prometido.  Tatuí, SP. Casa Publicadora Brasileira, 2011. p,19.

Jael Eneas de Araújo é pastor e músico

Nenhum comentário:

Postagens de Destaque