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domingo, 17 de julho de 2011

Cura do endemoninhado

Cura do endemoninhado.

 Mat. 12:22-30

O fato se deu provavelmente na casa de Pedro na cidade de Cafarnaum (Mar. 3:20).

"...Um endemoninhado cego e mudo foi colocado diante de Jesus; e Ele o curou..."

Este acontecimento provocou um mal estar tremendo entre Jesus e os fariseus. Incomodados pela admiração do povo que ignorando a presença deles (fariseus) diziam "filho de Davi".(Mat.12:23) O povo acreditava que o Messias seria descendente de Davi. O N.T. menciona quinze vezes este tipo de aclamação "Filho de Davi".

Eles saíram no contra-ataque e "...disseram: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios."

Quem era belzebu?

No original ele era conhecido como Baalzebube, um deus de Edom. Baalzebube significa "deus das moscas". Acredita-se que em alguma ocasião ele livrou a região de Edom de uma peste de moscas. Portanto ele passou a ser adorado pelos edomitas.

Os Judeus conheciam esse deus e deu a ele o nome de "Baalzebul" que significa "senhor do esterco" ou "senhor da casa", isto é, casa de Satanás. Os fariseus identificaram Jesus com Satanás e afirmou que Ele era aliado de Satanás. Eles tinham ódio de Jesus.

A performance de Jesus incomodava os líderes judeus, seus ensinamentos, retórica, lógica e milagres incontestáveis tiravam o sossego desses homens. "...conhecendo-lhes os pensamentos..." (Mat.12:25)

Que poder maravilhoso! Isto é divino, ninguém ao não ser o criador poder perscrutar o pensamento humano e Ele o faz com intenção de ajudar o indivíduo, colocando diante dele opções certas para que ele possa viver em segurança e em paz.

Naquela ocasião Jesus antecipou qualquer manifestação dos fariseus contado-lhes o que eles estavam pensando a Seu respeito. "...todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá". (Mat.12:25)

Que pensamento absurdo pairava na mente daqueles homens. Quando Alexandre morreu aos 33 anos de idade em Babilônia em 323 A.C , seu poderoso reino foi dividido em quatro, desses quatros sobressaíram dois; os Ptlomeus (Egito) e Seleucidas (siria). Estes reinos confrontaram entre si enfraquecidos pelas constantes batalhas foram derrotados cedendo lugar ao império Romano.

Jesus disse: “... se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?” (Mat.12:26)

A expulsão de Satanás por Satanás seria o enfraquecimento do próprio Satanás e de seus objetivos quanto à terra. Ele ardilosamente, simula expulsar outro demônio quando isto lhe é conveniente, quando isto não traz prejuízos para o seu reino, ele usou, e ainda usa desse artifício para conquistar almas para o seu reino.

Nações podem cometer loucuras, cidades, igrejas, famílias e indivíduos; mas dificilmente poderíamos imaginar que um ser de tamanha inteligência quanto Satanás viesse cometer tal suicídio.

Se Jesus fosse aliado de Satanás como diziam os fariseus, Ele faria chegar o máximo possível de pessoas as mãos de Satanás; no entanto Ele fez justamente o contrário. Jesus se opôs veementemente a Satanás. Os seus milagres tinham como objetivo libertar os homens dos males físicos impostos pelo pecado. Os seus ensinamentos tinham como alvo libertar as pessoas do poder espiritual e moral de Satanás.

A pregação de Jesus sempre glorificou a Deus o Pai. “Se, Eu expulso os demônios por Belzebu, por que os expulsam os vossos filhos?” (Mat.12:27)

A expressão “filho de” era usada para indicar “discípulos”. No V.T. encontramos a expressão os “filhos” dos profetas. Portanto, os filhos dos fariseus eram seus discípulos.

Os fariseus praticavam o exorcismo, nas escolas dos fariseus era ensinada uma suposta alta mágica, pela qual os demônios eram expulsos, por meio do exorcismo e por meio de fórmulas mágicas, que se supunham derivadas do rei Salomão.

O historiador Josefo menciona que eles usavam fórmulas faladas (encantamentos, rezas), fórmulas de remédios e diversos ritos para obter a expulsão dos demônios.

Em Atos 19:13, temos confirmado a pratica do exorcismo pelos judeus mesmo depois do estabelecimento do cristianismo. Ao fazer esta colocação Jesus coloca os fariseus em situação nada confortável, como explicar os milagres que foram realizados por homens em ocasiões de confronto com o inimigo?.

Deus certamente ouviu as orações de alguns deles, por motivo de sua misericórdia, e por não querer ver ninguém sendo subjugado pelo inimigo.

Estes homens de fé dotados de espírito zeloso na adoração e no serviço do Senhor realmente expulsaram o inimigo da vida de pessoas possessas. Os fariseus homens que se apresentavam como zelosos pelas coisas de Deus por outro lado invocavam os deuses gentílicos ou o próprio Satanás na pratica do exorcismo.

Costumavam usar a seguinte fórmula.

“Pela autoridade do glorioso e formidável nome de Asmodeus, rei dos demônios, eu te adjuro, e a todos os teus companheiros, a que não maltrates, nem causes medo, nem perdures a esta pessoa, filho de...; mas, pelo contrário, ajuda tal pessoa, sustenta-a, livra-a de todos os problemas angustiantes e de todo mal e de todas as doenças que possam entrar nos duzentos e quarenta e oito membros do corpo...”

“...se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso os demônios, ”Jesus disse” logo é chegado a vós o reino de Deus.” (Mat.12:28)

O Espírito Santo era a fonte do poder de Jesus, (Is. 42:1). A comunhão com o Pai atestava que seu ministério em favor do pecado estava no caminho certo. Ele podia com certeza afirmar como o fez que o reino de Deus havia chegado através da sua pessoa.

A Bíblia apresenta um diabo literal e pessoal, personagem investida de grande poder, e que tem acesso ao mundo dos homens. “Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa.” (Mat.12:29)

Satanás é um ser bem armado, um valente defensor dos seu adeptos, ele tem ciumes dos seus seguidores.

Foi exatamente esse ser ardiloso, malvado que Jesus desafiou. Ele Jesus desceu dos céus invadiu casa do inimigo, o território que ele alegava ser dele (Belzebu: senhor da casa) o amarrou arrebatando das suas mãos almas sedentas da salvação.

Após e embate Jesus conclui dizendo: “Quem não é comigo é contra mim...”

(Mat.12:30)

Essas palavras eram um apelo aos incrédulos fariseus, convidando-os a refletirem sobre a posição que eles estavam adotando com respeito a Sua pessoa. Eles foram convidados por Deus para guardar e guiar as ovelhas (casa de Israel) a um bom pasto e águas tranqüilas. No entanto, com suas atitudes eles afastaram o povo do verdadeiro Deus.

Jesus ensinou que, na luta contra as trevas, não pode haver neutralidade. Estamos do lado do inimigo ou do lado de Deus.

Pesquisa feita por
Elton Hermes Oliveira

Elton Hermes de Oliveira é teólogo, formado pelo UNASP,
Lider de Jovens na igreja onde frequenta
e comerciante em São Paulo





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