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domingo, 1 de setembro de 2013

Lição 10 - Reforma: vontade de crescer e mudar



31 de agosto a 7 de setembro






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Ez 11–13



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Antes, Ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:6, 7).



Leituras da Semana:

Antes do Pentecostes, os discípulos tinham significativas necessidades espirituais. Sua compreensão do plano de Deus era obscura. Eles não conseguiram compreender a missão de Jesus. Depois que foram tocados pela graça divina, o amor de Cristo quebrou seu coração e eles experimentaram reavivamento e reforma.

Reavivamento é simplesmente um despertar dos mais profundos anseios espirituais. É uma intensificação dos nossos desejos espirituais quando nosso coração é atraído para mais perto de Deus pela influência do Espírito Santo. Reavivamento não implica que não tivemos uma experiência anterior com Jesus, mas nos chama a uma experiência mais profunda e mais rica. A reforma nos chama para crescer e mudar. Ela nos apela a ir além do status quo [estado atual das coisas] espiritual. Convida-nos a reexaminar nossa vida à luz dos valores bíblicos e permitir que o Espírito Santo nos capacite a fazer as mudanças necessárias para viver em obediência à vontade de Deus.

Nesta semana, estudaremos a vida dos cristãos do Novo Testamento que experimentaram crescimento e mudança em sua experiência espiritual.






Domingo

Ano Bíblico: Ez 14–17



Graça para crescer


A vida dos discípulos mostra um constante crescimento espiritual enquanto eles caminhavam com Jesus. Quando Cristo chamou Seus discípulos, as atitudes e ações deles certamente não refletiam a beleza de Seu caráter.

1. Leia Lucas 9:51-56 e Mateus 20:20-28. Como essas passagens revelam o pensamento de Tiago e João?

Tiago e João tinham graves defeitos de caráter. Eles não estavam preparados para representar o amor de Cristo ao mundo. Não estavam qualificados para proclamar aos outros a mensagem de graça que ainda não havia mudado sua própria vida.
Apesar de seus graves defeitos de caráter, Tiago e João desejavam revelar mais plenamente o caráter de Jesus. Eles ansiavam por transformação e reforma em suas próprias atitudes. Crescimento e mudança são parte de nossa experiência cristã.

2. Leia 1 João 2:1-9. O que esses versos revelam sobre as grandes mudanças que ocorreram com João depois da morte de Jesus? O que eles nos ensinam sobre o que significa seguir a Jesus?

É muito fácil ficar desanimado com nosso próprio crescimento espiritual, especialmente quando desejamos realmente ter um reavivamento e reforma em nossa vida. Por que nunca devemos desistir, quando desencorajados, sentindo-nos fracassados espiritualmente e pensando que estamos perdidos? Que promessas podemos suplicar e por que, apesar de nossas falhas, podemos ter a certeza da salvação?






Segunda

Ano Bíblico: Ez 18–20



Poder de escolha


A mudança ocorre no momento da escolha. A reforma ocorre quando escolhemos nos submeter ao poder de convencimento do Espírito Santo e sujeitar nossa vontade à vontade de Deus. Ele nunca forçará nem manipulará nossa vontade. Ele respeita nossa liberdade. Seu Espírito impressiona nossa mente, convence-nos e nos leva a fazer o bem. Mas a escolha de responder aos apelos do Espírito Santo é, sempre e unicamente, nossa.

3. Leia Filipenses 2:12-14. Como essa passagem mostra a necessidade de cooperar com Deus em nosso crescimento na graça? O que Paulo quis dizer com as expressões “desenvolvei a vossa salvação” e “Deus é quem efetua em vós?”

Não podemos desenvolver aquilo que Deus já não tenha realizado em nós. Quando Ele atua em nós por meio do Seu poder sobrenatural, somos capazes de fazer as escolhas para “desenvolver” em nossa vida a graça e a força que Ele colocou em nós.
“Quando o homem finito e pecaminoso põe em ação a própria salvação com temor e tremor, Deus é quem efetua nele tanto o querer como o realizar, segundo Sua boa vontade. Deus não agirá, porém, sem a cooperação do homem. Este precisa exercitar ao máximo suas faculdades; deve colocar-se como apto e dócil aluno na escola de Cristo e, ao aceitar a graça que lhe é oferecida livremente, a presença de Cristo no pensamento e no coração lhe dará firmeza de propósito para desembaraçar-se de todo peso do pecado, a fim de que o coração seja tomado de toda a plenitude de Deus e Seu amor” (Ellen G. White, Fundamentos da
Educação Cristã, p. 134).

A reforma ocorre quando cooperamos com Deus, optando por entregar a Ele tudo o que o Espírito Santo aponta como não estando em harmonia com Sua vontade. A menos que façamos essas escolhas (às vezes muito dolorosas), as positivas mudanças espirituais não ocorrerão.

Deus não removerá pela força os pensamentos egoístas de nossa mente. Não arrebatará misteriosamente os hábitos prejudiciais ou prazeres secretos, mas nos convence do pecado e do que é certo. No entanto, temos que escolher. Então, Ele fortalece nossas escolhas.


O que significa cooperar com Deus no desenvolvimento da nossa salvação? O que não significa? Qual foi a última vez que você se sentiu profundamente convencido de algo e, pela graça de Deus, superou o problema, mesmo tendo que enfrentar uma luta difícil?





Terça

Ano Bíblico: Ez 21–23



Confiança e dúvida


4. O que estava errado com a atitude de Pedro antes da crucifixão de Cristo? Mt 26:31-35

Pedro não foi capaz de enfrentar as ciladas do maligno. Ele tentou enfrentar as tentações de Satanás em sua própria força. Com um presunçoso senso de confiança, tinha pouca ideia da crise que estava por vir. Sozinho no pátio do sumo sacerdote e tremendo ao som do questionamento de uma criada, Pedro negou seu Senhor (Mt 26:69-75). Jesus o havia advertido anteriormente: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22:31, 32). A declaração de Jesus apresenta uma encantadora análise da condição espiritual de Pedro. Confiando em sua própria força, ele se afastou de seu Senhor. Por isso, Jesus usou a expressão “quando te converteres”. Pedro precisava de reavivamento espiritual, de mudança de atitude e de reforma.

5. Leia João 20:24-29. O que essa passagem revela sobre Tomé? Que lições podemos tirar desse texto?

Pedro e Tomé tinham uma notável característica em comum. Eles abordavam a fé a partir de uma perspectiva humana. Pedro confiava no que ele podia fazer; e Tomé, no que podia ver. Eles dependiam de seu imperfeito julgamento humano. Mas o Pentecostes fez a diferença. O Pedro transformado pregou destemidamente e três mil pessoas foram batizadas (At 2:41). Pedro percebeu que ele certamente não tinha força para curar o coxo, mas Jesus tem esse poder e o milagre aconteceu (At 3:2-9).
Quando as autoridades tentaram silenciá-lo, Pedro proclamou: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20). Pedro era um homem transformado. Tomé também foi transformado. Acredita-se que ele foi pregar o evangelho na Índia. Embora não muito mais seja dito sobre ele, podemos ter certeza de que também se tornou um novo homem depois do Pentecostes.


Com quem você se parece mais em temperamento: Pedro ou Tomé? O que você pode aprender com a experiência deles, para não cometer erros semelhantes?







Quarta

Ano Bíblico: Ez 24–26




A decisão de voltar


6. Leia Lucas 15:11-21. O que impeliu o filho pródigo a voltar para casa? Que princípios de reavivamento e reforma descobrimos nessa passagem?

Reavivamento pode ser definido de maneiras diferentes. Seja qual for a definição, um aspecto não deve ser esquecido: reavivamento significa voltar para casa. É uma fome intensa de conhecer profundamente o amor do Pai. Reforma é a decisão de responder à orientação do Espírito Santo para mudança e crescimento. É a escolha de desistir de tudo o que impede o relacionamento mais íntimo com Deus. O filho pródigo não poderia ter ao mesmo tempo o chiqueiro dos porcos e o banquete do pai.

Simplificando, o jovem sentiu tanto a falta do seu lar que não podia permanecer onde estava. Em seu coração, havia a ansiedade para retornar. É essa ânsia pela presença de Deus que nos leva a desejar o reavivamento e a reforma. É esse clamor do coração pelo caloroso abraço do Pai que nos motiva também a fazer as mudanças necessárias em nossa vida.

Quando o jovem se preparou para voltar ao lar, planejou seu pedido de desculpas. Ele deve tê-lo ensaiado muitas vezes.

7. Leia o discurso do filho em Lucas 15:18, 19 e a interrupção feita pelo pai nos versos 20-24. O que essa interrupção revela sobre a atitude do pai para com o filho e sobre a atitude de Deus para conosco?

Embora o filho estivesse longe dos olhos, não estava longe do coração do pai. A cada dia, os olhos do pai o procuravam no horizonte. A maior motivação para fazer mudanças em nossa vida é o desejo de não mais entristecer o coração dAquele que nos ama tanto. Enquanto o rapaz estava chafurdando na lama com os porcos, o pai sofria mais do que o próprio filho. Reavivamento ocorre quando o amor de Deus quebranta nosso coração. Reforma ocorre quando decidimos responder a um amor que não desiste de nós, quando escolhemos desistir de atitudes, hábitos, pensamentos e sentimentos que nos separam dEle.


A declaração do pai, de que o seu “filho estava morto e reviveu” não é uma definição esclarecedora do verdadeiro reavivamento? O que significa estar morto e reviver?





Quinta

Ano Bíblico: Ez 27–29



Fé para agir


Jesus revelou a compaixão e o amor do Pai através dos milagres que realizou. Ele curou corpos paralisados, a fim revelar uma capacidade ainda maior de curar almas paralisadas. Restaurou braços e pernas desfigurados para demonstrar Seu desejo ainda maior de restaurar corações e mentes deformados. Os milagres de Jesus nos ensinam algo sobre o exercício da fé, ensinam lições valiosas sobre crescimento e mudança.

Uma das ilustrações mais poderosas de Jesus sobre o poder da fé é encontrada no milagre do enfermo junto ao tanque de Betesda. O pobre homem estava junto ao tanque por 38 anos, sem esperança de cura. Sua vida parecia condenada à pobreza, miséria e sofrimento, até que Jesus chegou.

8. Leia João 5:1-14. Por que Jesus perguntou: “queres ser curado?” (Jo 5:6). Não é bastante óbvio que qualquer enfermo por tanto tempo gostaria de ser curado? Qual foi a motivação de Jesus? Qual foi a resposta do homem? Jo 5:7

Jesus não levou em consideração a desculpa do homem. Ele não enfrentou a desculpa com um argumento. Simplesmente disse: “Levanta-te, toma o teu leito e anda” (Jo 5:8). A questão essencial era: Seria possível que esse pobre doente acreditasse na palavra de Cristo e agisse de acordo com ela, apesar do que ele estava sentindo? Assim que o homem resolveu agir de acordo com a palavra de Cristo, foi curado! O dom de cura estava em Sua palavra. A palavra de Cristo levava com ela o poder do Espírito Santo para realizar o que Cristo declarava.

“Se você crê na promessa – crê que está perdoado e purificado – Deus supre o fato: você é curado, exatamente como Cristo conferiu ao paralítico poder para caminhar quando o homem acreditou que estava curado. Assim é se você crer.

“Não espere até sentir que está curado, mas diga: “Creio-o; assim é, não porque eu o sinta, mas porque Deus o prometeu” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 51).

Por que é tão importante que acreditemos nas promessas de Deus acerca do perdão, especialmente quando nos sentimos condenados e culpados pelos nossos pecados? Por que o perdão deve preceder a reforma em nossa vida? Por que é importante acreditar que hoje também podemos vencer pelo poder de Cristo?




Sexta

Ano Bíblico: Ez 30–32



Estudo adicional


“Que nenhum homem apresente a ideia de que o ser humano tem pouco ou nada a fazer na grande obra de vencer, pois Deus não faz nada pelo homem sem sua cooperação. Não digam que, depois de terem feito tudo que puderem, Jesus irá ajudá-los. Cristo disse: ‘Sem Mim nada podeis fazer’ (Jo 15:5). Do princípio ao fim o ser humano deve cooperar com Deus. A menos que o Espírito Santo atue no coração humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços da pessoa por si sós não são nada, mas inutilidade. Por outro lado, a cooperação com Cristo significa vitória. [...] Nunca deixe na mente a impressão de que há pouco ou nada para fazer, por parte da humanidade, mas ensine as pessoas a cooperar com Deus, para que elas possam ser bem-sucedidas em vencer” (Ellen G. White, A New Life [Uma Nova Vida], p. 38, 39).

“Toda verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele de tal maneira Se identificará com nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. [...] Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 668).



Perguntas para reflexão

1. O crescimento na vida cristã ocorre quando reivindicamos pela fé as promessas de Deus. Quais são as promessas feitas para nós? (1Jo 1:7-9; Fp 4:13; Tg 1:5-8; Rm 8:31-39). Como você pode aprender a acreditar nelas por si mesmo?

2. O que significa desenvolver nossa salvação com “temor e tremor”? O que deve nos fazer temer e tremer?

3. Alguma vez você, como Pedro, fez uma promessa a Deus, mas falhou em cumpri-la, por mais sincero que você tenha sido? O que você aprendeu com esse erro? Quais princípios encontramos na Bíblia que nos permitirão obter as vitórias prometidas?


Respostas sugestivas: 1. Eles eram vingativos; desejaram destruir os samaritanos porque nãos os acolheram; desejaram os melhores lugares no reino de Deus, à direita e à esquerda de Jesus. 2. João se tornou humilde, amoroso, obediente e passou a confiar em Jesus. Anunciou que Jesus havia morrido para salvar pessoas de todo o mundo. Depois de andar com Jesus, João se tornou como Jesus. 3. A salvação começa com o perdão oferecido na cruz, mas continua na vida vitoriosa do cristão, na qual deve existir cooperação entre o poder de Deus que atua em nosso coração e nosso poder de decisão, que permite a atuação divina em nós e nos faz crescer espiritualmente. 4. Foi presunçoso e precipitado nas palavras. Deixou de confiar no poder de Deus. Não conhecia a si mesmo e não previa sua reação de covardia. 5. Ele foi incrédulo: queria ver para crer. Precisamos crer primeiro na Palavra de Deus e ter esperança. Então o Senhor fará maravilhas por nós. 6. A fome, a necessidade provocada pela miséria de sua vida; o fracasso em tentar resolver sozinho seus problemas; a humilhação e a vergonha de cuidar de porcos e não poder comer o que os porcos comiam; lembrança da riqueza e da bondade do pai; disposição para se humilhar. Somos os pródigos espirituais. Precisamos voltar para casa. 7. O pai teve compaixão do filho e o recebeu com amor e alegria, assim como Deus faz conosco. 8. Queria dar ao homem a oportunidade de demonstrar fé no Seu poder de cura. A esperança daquele havia sido frustrada muitas vezes, mas em Jesus ele encontrou a solução para seu problema. Ele aceitou e foi curado.

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