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sexta-feira, 8 de abril de 2011

O verdadeiro sentido da páscoa

O verdadeiro sentido da páscoa

    Nesta época do ano as prateleiras dos supermercados criam um novo colorido com as mais variadas marcas de chocolates. São cores, formatos, cheiros e sabores diferentes. Há chocolates, bombons, balas, doces e pirulitos para todos os gostos e poder aquisitivo.
    Comemora-se nesta época,  a Páscoa.
    A páscoa é uma época festiva que faz a alegria da garotada e de nós adultos também. Pois, quem é que não aprecia uma tenra barra de chocolate?...Principalmente se for amargo. Hummm... Uma delícia
    Mas o que é a páscoa?
    A páscoa não tem nada a ver com chocolate, coelhos, doces ou coisa que o valha.
    A páscoa, é a época do ano que lembra a festa que precedeu a morte de Jesus. Esta festa, simbolizava para os Judeus, o dia da independência
    Tudo começou quando o povo de Israel era escravo no Egito. Durante quatrocentos e cinqüenta anos, aproximadamente, os Judeus sofreram todo tipo de opressão naquele país estranho. “Então clamaram ao SENHOR na sua angústia, e ele os livrou das suas dificuldades." (Salmos 107 : 19)
    Deus, resolveu resgatar aquele povo, e enviou Moisés como mensageiro ao Faraó que governava o Egito de então. O Faraó, desdenhou de Deus, e ao contrário do que Moisés esperava, oprimiu mais ainda os prisioneiros, e os forçava a trabalho dobrado.
    Para convencer o Faraó a libertar os escravos, e para fazer os próprios escravos a confiar no seu poder, Deus operou milagres no país. E os milagres foi punição aos incrédulos, os egípcios, e principalmente a Faraó
    Houve todo tipo de pragas. Águas se tornaram sangue, houve mortandade nos animais, praga de moscas, sapos, gafanhotos, um eclipse que durou três dias, e por último, a morte dos primogênitos.
    Para que ninguém, fosse morto, Deus, apresentou um plano, um escape, uma saída. Cada família deveria matar um cordeiro, tirar o sangue, e com o mesmo, besuntar os portais da casa, e todos se refugiarem no interior da mesma.
    A meia noite, passaria por todo o país, o Anjo da morte. Esse Anjo entraria em todas as casas e mataria o filho mais velho de cada família, exceto, daquela família que havia se protegido sob o sangue do concerto. Que havia crido no plano divino e aceitado matar o cordeiro, espalhar o sangue na porta e salvar o seu primogênito.
    Naquela noite o Faraó, libertou os escravos.
    Daquele dia em diante, todos os anos, os judeus comemoravam o dia catorze do primeiro mês do ano, como dia sagrado, pois foi o dia da libertação deles.
    Esta comemoração eles a chamavam de páscoa. Pois a palavra páscoa, lembra o ato do anjo, passar por cima da casa e não entrar para matar o primogênito.
    Jesus era judeu, e como tal, comemorava a páscoa todos os anos, junto com Maria sua mãe, e seus irmãos.
    Mas tarde, em companhia de seus discípulos ordenou “ a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos”. Luc. 22: 8. Eles foram e a prepararam como lhes foi ordenado.
    No final do dia reuniram-se, ao por do sol, como mandava a tradição, e junto comeram a páscoa.
    A páscoa para os judeus simbolizava o livramento da morte, no entanto, ela apontava para o Cordeiro de Deus que um dia viria a esta terra morrer para nos livrar da morte eterna.
    Quando Jesus terminou de comer a páscoa, ele ali mesmo, usando os mesmos emblemas ali presentes, instituiu outra cerimônia. A Santa Ceia.
    “E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim”. Luc. 22: 19
     Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Verso 20
    A páscoa, para um Judeu, era uma ocasião de lembrança e apontava para o passado. Lembrava que mil anos antes, os judeus conquistaram a independência, e os primogênitos foram salvos.
    A Santa Ceia para os discípulos, tornou-se uma cerimônia de esperança e passou a apontar para o futuro. Para o dia do encontro com Jesus no céu, como ele prometeu. “Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus”. Lucas 22:16.
    Toda vez que os discípulos se reunião para tomar a ceia, eles faziam na esperança de outra vez se encontrarem com Jesus e juntos tomarem a ceia no céu
    Para os cristãos, a Santa Ceia, ou páscoa, aponta para o passado, por que há dois mil anos Jesus deu a sua vida para nos salvar. A páscoa também aponta para o futuro para o dia em que se cumprirá nossa BENDITA ESPERANÇA de nos encontrar céu para comer com Jesus a páscoa prometida. E deve mostrar o presente, a realidade que vivemos e nos despertar para ajudar os nossos semelhantes
    Para nós os cristãos, a páscoa só faz sentido, se ela nos levar a pensar no amor de Jesus demonstrado por nós na cruz do calvário.
    A páscoa também deve ser uma ocasião de repartimos o pão com o faminto. O pão material, pois muitos há, que sofrem por falta de um pedaço de pão. Mas também devemos repartir o amor e o conhecimento que temos do evangelho, que é o pão que alimenta a alma.
    Milhares estão morrendo espiritualmente à míngua, por falta de uma palavra amiga, por necessitar de alguém que lhe leve um pouco amor.
    Se alguém tivesse repartido um pouco de amor com aquele coitado do Realengo, com certeza ele não teria cometido aquela atrocidade em matar tantas crianças indefesas.
    O verdadeiro sentido da páscoa é ajudar os necessitados, é repartir o pão, repartir o amor, a solidariedade, a alegria. Páscoa é passar por cima das faltas e destacar as qualidades, perdoar os erros e demonstrar amor. Muito amor.
    Nada a ver com coelhos ou chocolates

Feliz páscoa!

Pr. Manoel Barbosa da Silva

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