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domingo, 27 de outubro de 2013

Lição da Esc. Sabatina. 4° trimestres - Lição 5 - Expiação: oferta da purificação

Lição 5 - Expiação: oferta da purificação

26 de outubro a 2 de novembro






Sábado à tarde

Ano Bíblico: Lc 18–20



VERSO PARA MEMORIZAR:

"Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo" (1Pe 1:18, 19).



Leituras da Semana:


O sistema sacrifical provavelmente seja a parte mais conhecida do ritual do santuário, porque é a que aponta diretamente para o sacrifício de Cristo. O sangue do animal que morria pelo pecador se torna um símbolo do sangue de Cristo, que morreu por nós.
Nesta semana, estudaremos vários conceitos ligados à "oferta da purificação" (também chamada de "oferta pelo pecado"), que foi a forma designada por Deus para nos ajudar a entender melhor como Ele nos reconcilia consigo mesmo mediante o único e verdadeiro sacrifício: Jesus Cristo. Às vezes, esta lição usa o termo oferta da purificação em lugar de oferta pelo pecado, para evitar a impressão de que, por exemplo, dar à luz uma criança era considerado uma falha moral, uma vez que a mãe que acabava de dar à luz devia apresentar tal oferta (Lv 12:5-8). Esse sacrifício é mais bem compreendido como oferta de purificação por sua impureza ritual, e não como um sacrifício por causa do pecado.







Domingo

Ano Bíblico: Lc 21, 22



Pecado e misericórdia


Como os que conhecem o Senhor podem testemunhar, o pecado nos separa de Deus. A boa notícia é que o Senhor colocou em prática um sistema para acabar com a separação causada pelo pecado e nos levar de volta para Ele. Evidentemente, o sacrifício está no centro desse sistema.

Existem basicamente três tipos de pecado descritos no Antigo Testamento, cada um correspondendo ao nível de consciência do pecador quando ele cometeu a transgressão: pecado inadvertido ou involuntário, pecado deliberado ou intencional, e pecado de rebelião. As "ofertas de purificação" prescritas em Levítico 4:1–5:13 se aplicavam a casos de pecado não intencional, bem como a alguns casos de pecado deliberado (Lv 5:1). Enquanto havia uma oferta para essas duas primeiras categorias de pecado,
nenhuma oferta foi mencionada para o pecado de rebelião, o tipo mais hediondo. O pecado de rebelião era cometido "na face" de Deus, com mão levantada, e o rebelde não merecia nada menos do que ser eliminado (Nm 15:29-31). No entanto, parece que mesmo nesses casos, como ocorreu com Manassés, Deus oferecia perdão (2Cr 33:12, 13).

1. O que 2 Samuel 14:9 revela sobre misericórdia, justiça e culpa? Leia também Dt 25:1, 2; 2Sm 14:1-11

Deus é justo ao perdoar o pecador? Afinal, não é o pecador injusto e, portanto, digno de condenação (Dt 25:1)?
A história da mulher de Tecoa pode ilustrar a resposta. Fingindo ser uma viúva, conforme orientação de Joabe, ela foi ao rei Davi, buscando seu julgamento. Joabe inventou inventou uma história sobre seus dois filhos, na qual um havia matado o outro, e pediu que ela contasse a Davi. A lei israelita exigia a morte do assassino (Nm 35:31), mesmo que ele fosse o único homem que restasse na família. A mulher suplicou a Davi (que atuou como juiz) permissão para que o filho culpado ficasse livre.

Então, curiosamente, ela declarou: "A culpa, ó rei, meu senhor, caia sobre mim e sobre a casa de meu pai; o rei, porém, e o seu trono sejam inocentes" (2Sm 14:9). Tanto a mulher quanto Davi entendiam que, se o rei decidisse permitir que o assassino ficasse livre, o próprio rei assumiria a culpa do assassino, e o seu trono de justiça (isto é, sua reputação como juiz) estaria em perigo. O juiz era moralmente responsável pelo que decidia. Por isso, a mulher se ofereceu para assumir essa culpa.
Da mesma forma, Deus assumiu a culpa dos pecadores, a fim de declará-los justos. Para que fôssemos perdoados, o próprio Deus devia suportar nossa punição. Essa é a razão legal pela qual Cristo tinha que morrer para que fôssemos salvos.






Segunda

Ano Bíblico: Lc 23, 24



Imposição de mãos


2. Leia Levítico 4:27-31. Quais atividades eram realizadas juntamente com o sacrifício?


O objetivo da oferta era remover o pecado e a culpa do pecador, transferir a responsabilidade para o santuário, e permitir que o pecador saísse perdoado e purificado (em casos extremamente raros, a pessoa poderia trazer certa quantidade da melhor farinha como oferta de purificação. Embora essa oferta de purificação fosse sem derramamento de sangue, havia o entendimento de que "sem derramamento de sangue, não há remissão" [Hb 9:22]).

O ritual incluía a imposição das mãos, a morte do animal, a manipulação do sangue, a queima da gordura, e o consumo da carne do animal. O pecador que levava a oferta recebia o perdão, mas somente após o ritual do sangue.

Uma parte crucial desse processo envolvia a imposição das mãos (Lv 1:4; 4:4). A imposição das mãos transferia o pecado para o animal inocente.

Depois que o animal era morto, o sangue derramado era usado para fazer expiação sobre o altar: "Então, o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta pelo pecado e o porá sobre os chifres do altar do holocausto; e todo o restante do sangue derramará à base do altar do holocausto" (Lv 4:25). "Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv 17:11). Uma vez que os pecados eram transferidos para o animal pela imposição das mãos, devemos entender a morte do animal como substitutiva. O animal morria em lugar do pecador. Isso pode explicar por que o ato de matar o animal tinha que ser realizado pelo pecador culpado, e não pelo sacerdote.

Da próxima vez que você for tentado a pecar, imagine Jesus morrendo na cruz e veja você mesmo colocando as mãos sobre Sua cabeça e confessando seus pecados sobre Ele. Pensar nisso ajuda a entender o preço do perdão? Como essa ideia pode ajudá-lo a não cair em tentação?





Terça

Ano Bíblico: Jo 1–3



Transferência de pecado


"O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro e com diamante pontiagudo, gravado na tábua do seu coração e nas pontas dos seus altares" (Jr 17:1).

Após a imposição das mãos e a morte do animal, a atividade seguinte no ritual do sacrifício era a manipulação do sangue. O sacerdote aplicava o sangue sacrifical às pontas do altar. Como o sangue estava envolvido, essa parte do ritual estava relacionada à expiação (Lv 17:11). Se o pecado fosse cometido por uma pessoa comum ou um líder, o sangue era aplicado sobre o altar do holocausto (Lv 4:25, 30); se o pecado fosse cometido pelo sumo sacerdote ou por toda a congregação, o sangue era aplicado sobre o altar interior, o altar do incenso (Lv 4:7, 18).

3. Na transferência do pecado, do pecador para o santuário, o que significava colocar o sangue sobre as pontas do altar?

As pontas eram os pontos mais altos do altar e, como tais, poderiam significar a dimensão vertical da salvação. O sangue era levado à presença de Deus.

Jeremias 17:1 é de especial importância para entender o que acontecia: o pecado de Judá estava gravado "na tábua do seu coração e nas pontas dos seus altares". Embora o texto esteja se referindo a altares envolvidos na adoração idólatra, o princípio é o mesmo: o altar reflete a condição moral do povo. O sangue transferia a culpa do pecado. O sangue colocado nas pontas do altar transferia o pecado do pecador para o santuário, uma verdade fundamental para compreendermos o plano da salvação, revelado no ritual do santuário terrestre, que simboliza a obra de Cristo no Céu em nosso favor.

Uma vez que o sangue levava o pecado, ele também contaminava o santuário. Encontramos um exemplo dessa contaminação nos casos em que o sangue da oferta da purificação respingava acidentalmente em uma veste, que precisava ser limpa, não simplesmente em qualquer lugar, mas apenas "no lugar santo" (Lv 6:27).

Finalmente, a queima da gordura sobre o altar indicava que tudo em torno da oferta da purificação pertencia a Deus (Lv 3:16).
Graças à morte de Jesus, simbolizada por esses sacrifícios, nosso pecado foi tirado de nós, colocado sobre Ele e transferido para o santuário celestial. Isso é fundamental para o plano da salvação.

Como o ritual do santuário ajuda a entender nossa total dependência de Deus para o perdão dos pecados? Que conforto essa verdade traz a você? Que importantes responsabilidades vêm com essa mensagem? (leia 1Pe 1:22).






Quarta

Ano Bíblico: Jo 4–6




Levando o pecado


4. Leia Levítico 6:25, 26; 10:16-18. Que verdade fundamental é revelada nesses textos?

Ao comer a oferta em um lugar santo, o sacerdote oficiante "[levaria] a iniquidade" do ofensor. A carne dessa oferta não era apenas o pagamento pelos serviços dos sacerdotes (caso contrário, Moisés não teria ficado tão irado com os filhos de Arão por não comê-la), mas ela era uma parte fundamental da expiação.

De que modo o ato de comer do sacrifício contribuía para o processo de expiação? Só era exigido que se comesse das ofertas das quais o sangue não entrava no lugar santo, ou seja, as ofertas do líder e das pessoas comuns. A Bíblia diz explicitamente que, ao comer do sacrifício o sacerdote levaria a iniquidade, o que faria a expiação pelo pecador. O simbolismo de levar a culpa do pecador sugere que ele se tornava livre.

Em hebraico, Êxodo 34:7 diz que Deus "leva a iniquidade", as mesmas duas palavras hebraicas usadas em Levítico 10:16, onde está claro que o ato do sacerdote levar o pecado é o que traz perdão ao pecador. Caso contrário, sem essa transferência, o pecador teria que levar seu próprio pecado (Lv 5:1), e isso, naturalmente, levaria à morte (Rm 6:23).

A obra do sacerdote de levar o pecado de outra pessoa é exatamente o que Cristo fez por nós. Ele morreu em nosso lugar. Concluímos, então, que o trabalho sacerdotal no santuário terrestre tipifica a obra de Cristo por nós, porque Ele assumiu a culpa dos nossos pecados.

"A bênção vem por causa do perdão; o perdão vem mediante a fé em que o pecado, do qual nos arrependemos e confessamos, é suportado pelo grande Portador de pecados. Todas as nossas bênçãos provêm, assim, de Cristo. Sua morte é o sacrifício expiatório pelos nossos pecados. Ele é o grande meio através do qual recebemos a misericórdia e o favor de Deus. Ele é, na realidade, o Originador, Autor, bem como o Consumador de nossa fé" (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 9, p. 302).

Imagine ficar diante de Deus no juízo. Em que você se apoiaria: boas obras, observância do sábado, as coisas boas que fez ou as coisas ruins que não fez? Isso seria suficiente para justificar você diante de um Deus santo e perfeito? Se não, qual é sua única esperança nesse julgamento?






Quinta

Ano Bíblico: Lc 12–14



Perdão


5. Leia Miqueias 7:18-20. Que imagem de Deus encontramos nessa passagem?

Os três últimos versos do livro de Miqueias focalizam o relacionamento entre Deus e Seu povo remanescente. De forma bela, o texto descreve por que Deus é incomparável. Ele é incomparável por causa de Sua graça e amor perdoador. A característica marcante de Deus, revelada em Miqueias (e em outros livros da Bíblia), é Sua disposição de perdoar. Miqueias enfatizou esse ponto usando várias expressões para os atributos (v. 18) e realizações (v. 19, 20) de Deus. Seus atributos e realizações são explicados na linguagem do Credo Israelita em Êxodo 34:6, 7, uma das mais amadas descrições bíblicas do caráter de Deus.
Curiosamente, várias palavras fundamentais de Miqueias 7:18-20 também são usadas no Cântico do Servo em Isaías 53, apontando para o fato de que o meio para o perdão vem dAquele que sofre pelas pessoas.

Infelizmente, nem todos apreciam a divina graça salvadora. O perdão de Deus não é barato nem automático. Ele envolve lealdade. Os que experimentaram Sua graça respondem de maneira semelhante, como vemos em Miqueias 6:8, um texto central no livro. Assim como Deus "tem prazer na misericórdia", Ele chama Seu povo remanescente para "[amar] a misericórdia". O povo de Deus imitará o Seu caráter. A vida deles refletirá Seu amor, Sua compaixão e bondade.

Miqueias 7:18-20, com sua ênfase sobre o perdão, é seguido pelo livro de Naum 1:2, 3, com sua ênfase no juízo. Isso revela as duas dimensões do relacionamento de Deus conosco: perdoar o arrependido e punir os ímpios. Deus é tanto Salvador quanto Juiz. Esses dois aspectos do caráter de Deus são complementares, não contrários. Um Deus compassivo também pode ser justo. Sabendo disso, podemos confiar no Seu amor, perdão e justiça final.

Leia Miqueias 6:8. Qual é a vantagem de uma profissão de fé sem os princípios que revelam a realidade dessa alegação? O que é mais fácil: afirmar a fé em Jesus ou viver essa fé, conforme expresso em Miqueias 6:8? Você precisa melhorar nesse aspecto?





Sexta

Ano Bíblico: Jo 10, 11



Estudo adicional


Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 343-358: "O Tabernáculo e Suas Cerimônias".

"Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, também o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador.

"O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado. Este ficaria registrado no santuário até a expiação final. Assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas esse permanecia no santuário até o dia da expiação" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 357).


Perguntas para reflexão

1. Alguns argumentaram que o conceito de substituição é injusto. Por que o inocente deveria morrer no lugar do culpado? No entanto, visto que essa verdade está no centro da mensagem bíblica, como podemos responder a essa acusação? Será que essa "injustiça" nos ajuda a compreender a graça revelada a fim de nos trazer perdão? De que forma essa "injustiça" mostra a bondade, misericórdia e amor de Deus?

2. Peça que alguém leia Miqueias 6:8. Como podemos cumprir essa clara ordem? Como podemos aprender a fazer todas essas coisas, inclusive andar humildemente com Deus? O que isso significa? Como a humildade para com Deus pode ser traduzida na humildade para com os semelhantes?

3. O único meio de salvação é a morte de Jesus. O que essa maravilhosa verdade ensina sobre a maldade do pecado? Tentar salvar a si mesmo por suas próprias obras não seria tão inútil quanto lavar um porco na esperança de torná-lo
um alimento puro?

4. Você confia em suas obras para salvá-lo ou confia apenas no perdão de Deus? Acredita na mensagem de salvação apresentada no evangelho?


Respostas sugestivas: 1. A misericórdia seria demonstrada com a permissão de Davi para que Absalão voltasse para casa após matar o irmão; a justiça requeria a punição do criminoso; o próprio rei Davi assumiria a culpa ao perdoar o filho infrator. Deus nos perdoa e assume nossa culpa. 2. Imposição das mãos, morte do animal, manipulação do sangue, queima da gordura e consumo da carne do animal. O pecador era perdoado. 3. As pontas eram o ponto mais alto do altar e poderiam simbolizar a ligação entre a Terra e o Céu, por meio do sangue de Cristo. O sangue transferia a culpa do pecador para o santuário. 4. O sacerdote devia comer do sacrifício, para levar a iniquidade, o que faria a expiação pelo pecador. 5. A imagem de um Deus incomparável por Sua graça e amor perdoador.

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