Leia a matéria até ao fim, e não deixe de ler o comentário que eu faço a seguir, e tire suas conclusões.
Copiado do site - http://megaphoneadv.blogspot.com.br/
A Igreja Evangélica e a Ditadura Militar de 1964 (50 anos)
O GOLPE MILITAR
Em 1964, os militares deram um golpe de estado depondo o então 
presidente João Goulart. Este golpe aconteceu no dia 31 de março de 
1964.
De 1964 a 1985, o Brasil viveu um dos períodos mais negros de sua 
historia. A democrácia foi abolida o estado de direito deixou de 
existir. Qualquer cidadão podia ter seu lar invadido pelas tropas do 
exército, para isto bastava uma denúncia sem qualquer tipo de 
comprovação.
O assassinato de pessoas por órgãos militares virou rotina, a tortura 
aos presos passou a ser algo normal. O total de desaparecidos durante os
 anos de ditadura, até hoje não foi revelado, o certo é que muitas 
famílias viram seus entes queridos serem presos por motivos fúteis e 
nunca mais voltarem para casa. Muitas mulheres foram violentadas nos 
porões da repressão militar só por serem filhas de acusados de traidores
 do regime. Muitos pais confessaram crimes jamais cometidos apenas para 
não verem seus filhos serem torturados.
É triste ouvir pessoas dizendo: “tempos bons eram os tempos da 
ditadura”. São pessoas totalmente desinformadas, que só sabiam o que o 
governo permitia que fosse divulgado. A imprensa em geral vivia 
amordaçada, sem poder publicar noticias que divulgassem a maldade e os 
atos criminosos dos militares.
A IGREJA EVANGÉLICA DURANTE A DITADURA
No início dos anos 60, a sociedade brasileira vivia os conturbados anos 
posteriores à renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961. Era uma 
época de incertezas. Jânio foi sucedido por seu vice, João Goulart, cuja
 postura mais à esquerda incomodava os setores conservadores e acendeu a
 "luz vermelha" nos Estados Unidos, que temiam o surgimento de uma Cuba 
no Cone Sul. A polarização entre esquerda e direita era inivitável, 
inclusive dentro das igrejas. Muitos setores criticavam o envolvimento 
da Igreja com a política, para eles o papel do crente era apenas pregar o
 evangelho.
O 31 de março de 1964 marcou mais do que uma reviravolta nos rumos do 
país. Foi também um momento crucial para a Igreja Evangélica no Brasil. O
 mesmo golpe que tirou do poder o presidente João Goulart, afetou também
 os púlpitos. Sobretudo aqueles onde o pregador tinha coragem de 
defender a cidadania e a liberdade de expressão. Muitos pastores foram 
presos, crentes torturados e até desaparecidos nos porões da ditadura. 
Quem era evangélico e tinha atuação política ou comunitária nos anos 
pós-64 tem lembranças amargas.
O Departamento de Mocidade da Confederação Evangélica do Brasil (CEB) 
foi à primeira entidade de orientação evangélica a sofrer a perseguição 
do regime. A CEB promovia a cooperação entre as igrejas nas áreas de 
ação social, educação cristã e atividades diaconais. Foi fechada sem 
direito de defesa. 
Reunindo algumas das principais correntes evangélicas do país, como as 
igrejas Presbiteriana, Luterana, Metodista, Assembléia de Deus e 
Congregacional, a CEB promoveu eventos que ficaram célebres como a 
Conferência do Nordeste, em Recife, com o tema “Cristo e o processo 
revolucionário”. Foi a primeira vez que os cristãos e os marxistas se 
encontraram para discutir a relação da igreja com a realidade social e 
cultural brasileira. Um dos preletores foi o sociólogo Gilberto Freyre. A
 conferência do Recife reuniu 160 delegados de 16 denominações 
evangélicas. Houve uma grande repercussão em todo Brasil. A CEB reunia 
os líderes para discutir como a Igreja Evangélica enfrentaria a nova 
realidade: o agravamento da crise econômica e social, da pobreza e da 
desigualdade social. A Igreja estava em busca de uma identidade 
nacional, foi um período rico na busca de um caminho, a igreja 
brasileira refletia os mesmos movimentos da sociedade.
Quando o golpe se intensificou e as perseguições começaram a apertar o 
cerco sobre as igrejas, o movimento da Conferencia do Recife se desfez. O
 Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas (SP), foi fechado e os 
alunos expulsos. Colégios e faculdades de teologia, também expulsaram 
professores que tinham a visão de uma nova Igreja. Para os militares os 
inimigos estavam em todos os lugares, inclusive nas igrejas. A Faculdade
 Metodista Rudge Ramos em São Paulo foi fechada por ordem do governo 
militar em 1967, depois que os formandos escolheram D. Helder Câmara, 
bispo de Olinda e Recife e inimigo declarado dos “fardados”, como 
paraninfo da turma.
Naquela época os jovens evangélicos eram politizados, preocupados com o 
país. A ideologia era ensinada também na escola Dominical de algumas 
igrejas. O templo da Igreja Metodista Central de São Paulo foi cercado 
pela policia e muitos jovens saíram presos. O pastor da Igreja Batista 
em Volta Redonda no Rio de Janeiro, Geraldo Marcelo, foi preso três 
vezes como agente da subversão, chegando a ficar 43 dias em poder dos 
militares. Hoje ele conta que superou os traumas e relembra os cultos 
que realizava na cadeia: “cinco companheiros se converteram e um deles 
hoje é pastor”. O pastor Geraldo conta que sofria torturas diárias, 
pensou em suicídio para não entregar os irmãos na fé. “Eu pensava em me 
matar. A pressão era muito grande. Só que eu era forte, precisava de 
cinco ou seis agentes para me torturar”, conta ainda comovido com as 
lembranças. “Foi pela ação de Deus que eu não morri, eu me sentia como 
Jesus, querendo passar de mim aquele cálice”.
Neste tempo o número de evangélicos no pais era na ordem de 4,5% da 
população. Então porque uma comunidade tão pequena incomodava tanto o 
regime? As ações da repressão militar mostram que o pequeno grupo 
causava incômodo. A explicação é simples: num pais que tinha 39% de 
analfabetos, os evangélicos eram uma elite pensante, exercia influencia 
política e era percebido socialmente. Nem todos os crentes no entanto 
faziam parte deste grupo, a igreja em geral se comportou muito mal, o 
medo das mudanças reforçou o conservadorismo, e muitas igrejas cediam 
seus púlpitos para propaganda a favor do regime militar. Muitos pastores
 entregaram ao Regime, membros de suas igrejas, acusando-os de 
comunistas. Os que entregavam colegas era beneficiados pela Ditadura.
A partir de 1970 houve um desmonte da consciência política da Igreja 
Evangélica Brasileira, um movimento com forte influência americana, o 
chamado "Grupo da Califórnia", da extrema direita protestante americana,
 uma organização com muito dinheiro veio para o Brasil. A ação desse 
movimento consistia em enviar ao Brasil professores de teologia e 
recursos para tocar projetos educacionais ligados as igrejas. Era o 
fortalecimento da direita dentro das igrejas, e consequentemente o 
enfraquecimento e afastamento da liderança de pessoas com pensamento e 
ação anti-ditadura. A partir de então, os evangélicos que eram 
enquadrados na Lei de Segurança Nacional, não recebiam qualquer apoio 
das igrejas, sequer palavras de apoio, lembram alguns pastores que foram
 presos. Um pastor, que passou 11 meses preso no famigerado DOI-Codi, 
principal orgão de repressão do regime militar, soube pelos torturadores
 que foi denunciado por um pastor da Igreja Metodista. A certeza só veio
 quando anos depois teve acesso à sua documentação nos arquivos da 
ditadura. No processo dele estava o bilhete que dois pastores de sua 
igreja enviaram ao coronel Faustine, diretor do Serviço Nacional de 
Informações, o entregando. Havia uma aliança implícita entre os setores 
conservadores da Igreja e os orgãos de repressão. A falta de registros 
históricos do período da ditadura pela Igreja Evangélica é uma das 
formas de não revelar seus paradoxos. A mesma denominação que delatou 
esse pastor também tinha setores que o apoiavam e à sua família. 
Pastores tentaram visitá-lo e não conseguiram. Igrejas se reuniam e 
oravam pelos presos, em atos de fé e coragem.
A Igreja Metodista do Brasil pediu perdão, oficialmente aos que foram 
denunciados e presos por atos de líderes da denominação. Mas, muitos 
protagonistas da repressão que agiram de dentro das igrejas evangélicas,
 que colaboraram com o Regime Militar, entregando irmãos na fé, 
preferiram o silêncio.
OS PORÕES DA IGREJA
A Comissão Nacional da Verdade (CNV),
 grupo que investiga a violação dos direitos humanos durante o regime 
militar (1964-1985), instalou um grupo de trabalho para avaliar a 
atuação da igreja no período. O trabalho começou no dia 8 de novembro de
 2012, com a análise de estudos acadêmicos sobre o tema. Diversos casos 
envolvendo fiéis e líderes das igrejas evangélicas e católica serão 
analisados. Serão investigados tanto casos de religiosos que deram 
abrigo a perseguidos políticos como daqueles que praticaram a deleção de
 ativistas. Um dos mais rumorosos é o de Anivaldo Padilha, crente 
metodista que foi denunciado aos militares por seus pastores. Na época 
ele dirigia o Departamento Nacional de Juventude da sua denominação. 
Preso, torturado e exilado, só voltou ao país com a Anistia em 1979.
CONCLUSÃO
Hoje, a maioria do povo não sabe o que realmente acontecia com os 
considerados inimigos dos militares, não sabem que muitos pastores foram
 presos e torturados. Por isso se ouve alguns irmãos elogiando os tempos
 da ditadura.
Procure se informar mais sobre a historia recente de seu país, só assim 
você saberá que muitos dos que elogiam os militares não sabem do que 
estão falando.
J. DIAS - Santo Vivo
FONTE: Revista Eclésia | Revista Cristianismo Hoje
Comentário do Blog do Pastor Manoel Barbosa da Silva
Muito esclarecedora a matéria acima. Concordo que tudo foi verdade. No período dos militares, houve sim,  perseguição, tortura, falta de liberdade e dos direitos de cidadania. tudo o que o autor conta com detalhes no texto acima.
 Porém o que os escritores, jornalistas, sociólogos, professores de história,  e os próprios perseguidos, não contam, de forma nenhuma,  é o motivo que gerou a ditadura militar.
Nunca ouvi, nem vi,  ninguém, mas ninguém mesmo,  falar do sonho fracassado em todo o mundo, chamado comunismo. Muito menos, dos milhões de pessoas mortas e da perseguição desenfreada aos evangélicos e católicos  em todos os países comunistas. 
Os militares foram maus? Foram. Torturam muitos?.. Sim! Torturaram pastores?.. Evidente. O artigo do J. dias revela isto. Só não revela, o romantismo piegas que havia no Brasil, de que o socialismo seria a solução de todos os problemas sociais. Romantismo que ainda permeia a mentalidade de muitos hoje, e que ainda sonham em ver nosso pais transformando em uma grande Cuba, ou Venezuela.
E se tivesse sido implantado o comunismo no Brasil, o que teria acontecido com as igrejas?... Com certeza teria acontecido o mesmo que aconteceu na Rússia, onde mais de 200 pastores adventistas foram torturados, e centenas de pastores de outras igrejas e padres foram mortos pelo "crime" de crer em Deus e de ler a Bíblia. (veja o livro O Boi que Guardava o Sábado, por exemplo)  
Na Albânia, o pastor adventista foi preso e morto na cadeia, Em cuba igrejas nossas foram fechadas e pastores mortos, e perseguição generalizada a pastores e padres de outras denominações. 
Cadê a liberdade religiosa da Coreia do Norte?... Quantas igrejas evangélicas existem ali? Alguém já leu, em algum informativo, sobre o trabalho de nossa igreja na Coreia do Norte?.. e de outras igrejas?
Por que é que esses professores de história, e jornalistas de esquerda, que condenam os excessos da ditadura, nunca falam das atrocidades feitas pelos comunistas ao redor do mundo?... Por quê?...
Por que não falam das atrocidades feitas pelos comunistas no Brasil, Dilma entre eles,  que matavam friamente, e assaltavam bancos, e atiravam bombas em meio a pessoas inocentes?...
Foi para nos livrar da praga comunista, que tentava dominar o mundo, nos anos sessenta, que os militares tomaram o poder.
Se houve excesso, ninguém duvida. Os militares deixaram uma mácula na história que nunca será apagada, mas os comunistas nunca foram santos, e se eles tivessem tomado o poder, o estrago nas igrejas evangélicas seria dez vezes pior.
Mesmo com todas as perseguições que os militares fizeram, e só fizeram com quem estava envolvidos no sonho socialista, diga-se de passagem; é mil vezes preferível, o regime militar, que a desgraça comunista. Deus nos livre dessa praga!..
Bom mesmo é a democracia. com ordem e progresso e liberdade de pregar o evangelho. De frequentar a igreja que quiser, ou não frequentar igreja nenhuma.
                    Fora comunistas!     Fora PT!
                               Viva a Liberdade!
                           VIVA A DEMOCRACIA! 
 

 
 
 
3 comentários:
meu amado amigo: confesso que tomei um susto ao ler a matéria. + abaixo, vi sua postagem. vivi numa cidade que era de segurança nacional(Volta Redonda), e não vi tantos excessos assim. eramos respeitados, tinhamos saúde/educação e sobretudo, segurança. Lembro que antes da revolução o leite em pó era americano(Aliança para o progmresso) vinha escrito no saco de 60 kgs. enfrentei, em meu final de infancia e inicio de adolescencia, fila para comprar feijão. Estudei meu ginásio com racionamento de energia elétrica. não tinhamos estradas, televisão, carro, enfim,, nada.olha só, estudei só em colégios públicos. passei em uma faculdade particular, onde toda a familia sacrificou-se, e consegui me formar. tinhamos liberdade, sim. eramos respeitados. podiamos andar com segurança, passear, ir a praia, e tudo mais. existia baderna:? claro. mas os baderneiros eram exatamente, a maioria, os detentores do poder hoje. Creio que a nação, deve muito ao regime militar, pois quase tudo que existem hoje no Brasil, foi fruto daqueles áureos tempos. PT reclama que existem quase mil escolas no país com nome de ex-presidentes. claro que existem, pois foram eles que as fizeram. quantas o PT fez para homenagear seus cumpanheiros????? o único erro dos ditadores, foi exatamente, terem deixado brechas para esses que assolam, vilipendiam nossa nação, estarem ai hoje dando as cartas. o que é uma lástima. desculpe, se alguem ler este meu comentário e não concordar. mas, repito, eramos felizes. Pr. Manoel Barbosa da Silva
meu amado amigo: confesso que tomei um susto ao ler a matéria. + abaixo, vi sua postagem. vivi numa cidade que era de segurança nacional(Volta Redonda), e não vi tantos excessos assim. eramos respeitados, tinhamos saúde/educação e sobretudo, segurança. Lembro que antes da revolução o leite em pó era americano(Aliança para o progmresso) vinha escrito no saco de 60 kgs. enfrentei, em meu final de infancia e inicio de adolescencia, fila para comprar feijão. Estudei meu ginásio com racionamento de energia elétrica. não tinhamos estradas, televisão, carro, enfim,, nada.olha só, estudei só em colégios públicos. passei em uma faculdade particular, onde toda a familia sacrificou-se, e consegui me formar. tinhamos liberdade, sim. eramos respeitados. podiamos andar com segurança, passear, ir a praia, e tudo mais. existia baderna:? claro. mas os baderneiros eram exatamente, a maioria, os detentores do poder hoje. Creio que a nação, deve muito ao regime militar, pois quase tudo que existem hoje no Brasil, foi fruto daqueles áureos tempos. PT reclama que existem quase mil escolas no país com nome de ex-presidentes. claro que existem, pois foram eles que as fizeram. quantas o PT fez para homenagear seus cumpanheiros????? o único erro dos ditadores, foi exatamente, terem deixado brechas para esses que assolam, vilipendiam nossa nação, estarem ai hoje dando as cartas. o que é uma lástima. desculpe, se alguem ler este meu comentário e não concordar. mas, repito, eramos felizes. Pr. Manoel Barbosa da Silva
postagem de Carlos Henrique Paresque
Nasci no ano de 1965. Logo, tudo o que sei daqueles tempos sobre o "Regime" são, em grande maioria, histórias e estórias de quem vivenciou conscientemente. Porém, lembro com saudades os tempos em que vagabundos não vagueavam nas ruas após as 22 horas (hoje sei que era a hora do recolher); quem fosse pego perambulando nas ruas eram conduzidos para o xadrez (eram os tempos da década de 70, e apesar da minha pré-adolescência TINHA CONSCIÊNCIA DO CERTO E ERRADO)a sociedade aprovava a medida, pelo menos a minha família e vizinhos.
Saudades das formaturas antes das aulas escolares onde se saudavam a Bandeira Nacional e se cantava o hino da Nação Brasileira ou do Estado durante o hasteamento. Saudades das disciplinas OSPB (Organização Social e Política do Brasil); EMC (Educação Moral e Cívica) e EPB (Estudo dos Problemas Brasileiros).
Saudade das propagandas com os refrões:
Eu te amo meu Brasil, eu te amo.
Meu coração é verde , amarelo e Branco, azul anil,.
Eu te amo meu Brasil, eu te amo.
Ninguém segura a juventude do Brasil.
Hoje entendo que a educação brasileira estava pedagogicamente orientada para formar cidadãos patriotas. E que a censura impedia em horário nobre programas idiotas que fazem apologia a adultério; drogas; corrupção e que hoje infestam as telinhas e telões de nossas casas. Acabou!!!
A turma de baderneiros finalmente assumiram o poder; e salvem-se quem puder.
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