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terça-feira, 31 de março de 2015

PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO


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PECADOS  CONTRA  O  ESPÍRITO  SANTO

Um dos temas mais solenes em toda a Escritura são os pecados contra a Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Tanto crentes como descrentes podem pecar contra Ele. Como são estes pecados, e como podemos evitar cometê-los?

A Blasfêmia contra o Espírito Santo

O pior pecado que um ser humano pode cometer contra o Espírito Santo é blasfemar contra Ele. A razão disto é clara: para este pecado não há perdão. Todos os outros pecados contra o Espírito Santo são cometidos por crentes. Podemos nos arrepender deles, receber perdão, e fazer um novo começo.
Com a blasfêmia contra o Espírito Santo é diferente. Este pecado, chamado de "o pecado imperdoável", é cometido por descrentes Os inimigos de Jesus, quando O acusaram de expulsar demônios pelo poder de Satanás apesar de Ele ter dito antes que os expulsava pela poder do "Espírito de Deus", cometeram este pecado. Então Jesus continuou: "Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isto perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isto perdoado, nem neste mundo nem no porvir" (Mat. 12:31, 32).
Quando meu pai era jovem ele foi a uma reunião de avivamento na Carolina do Norte, e um sermão sobre este assunto o convenceu de que ele tinha comendo o pecado imperdoável. Ele conviveu com esta idéia horrível durante vários anos. Sentia-se torturado, cheio de medo, pensando que era um homem maldito que nunca poderia se arrepender do seu pecado. Felizmente ele descobriu a tempo que o seu pecado não era do tipo que o excluísse da misericórdia e da graça de Deus. Veio a saber que o Espírito Santo não estaria lutando com ele, tentando convencê-lo e levá-lo a Cristo, se ele tivesse mesmo cometido este pecado imperdoável.
Talvez eu possa aventurar aqui uma definição do que eu entendo por pecado imperdoável. Negativamente, parece-me que ninguém que ainda está sob o poder perturbador, persuasivo e atraidor do Espírito Santo cometeu este pecado. Enquanto o Espírito estiver se ocupando de uma pessoa, esta não cometeu o pecado imperdoável. Mas quando alguém tanto se opõe ao Espírito Santo que Este o deixa de lado, então esta pessoa está em perigo. Em outras palavras, o pecado imperdoável implica na rejeição total e irrevogável de Jesus Cristo.
Eu creio que é sobre isto que Estêvão estava falando no sermão que pregou pouco antes de ser martirizado. "Homens de dura cerviz [teimosos, BLH] . . . vós sempre resistis ao Espírito Santo" (Atos 7:51).
Pelo contexto vemos que Estêvão estava dizendo, em primeiro lugar, aos seus ouvintes que eles eram culpados dos mesmos pecados que seus pais, que se tinham recuado a levar a sério as mensagens dos profetas e dos mensageiros de Deus, ou acreditar neles. No Antigo Testamento vemos corno as pessoas se opunham, maldiziam, perseguiam e ridicularizavam os profetas. Como estes eram inspirados pelo Espírito Santo, na verdade estas pessoas estavam resistindo ao Espírito. Da mesma forma Estêvão diz que os seus ouvintes que se recusavam a dar ouvidos aos apóstolos e escolhidos de Cristo, que falavam movidos pelo Espírito Santo, na verdade estavam resistindo ao Espírito.
Acontece que o pecado infeccionou tanto o coração das pessoas não regeneradas que elas estarão sempre resistindo ao Espirito Santo. A carne e a mente perversa sempre O combatem. Estas pessoas não darão acolhida à Palavra de Deus enquanto o Espírito Santo não obtiver a vitória sobre eles.
Estêvão estava dizendo algo mais: da mesma maneira como o Espírito tinha lutado em vão com muitas pessoas no Antigo Testamento, que depois foram condenadas, também seus ouvintes, naquela época e hoje, seriam condenados se não prestassem atenção à atuação do Espírito em Seu coração. Somente descrentes cometem o pecado de resistir ao Espírito. E este pecado, quando praticado por muito tempo, leva à condenação eterna. O julgamento é certo para os que resistem ao Espírito. A única maneira de o pecador receber o perdão por este pecado é deixar de resistir ao Espírito Santo e abrir o coração para Jesus, de quem o Espírito dá testemunho. Somente o arrependimento nos dá esperança, deixando o Espírito atuar em nós.
Na minha opinião pastores, professores, evangelistas e todos os cristãos devem tomar neste assunto com muito cuidado. Devem hesitar muito para tomar dogmaticamente suas decisões próprias sobre se alguém cometeu o pecado imperdoável. Deixe esta decisão com o Espírito Santo e com Deus Pai. Nossa parte é instar sempre com as pessoas para que se arrependam e se voltem para Jesus, porque nós não sabemos se o Espírito já cessou de atuar neles ou não. E oremos para que aqueles sobre quem nós não temos certeza ainda abram seu coração às boas novas de que Jesus salva.
Será que você também está preocupado se cometeu ou não o pecado imperdoável? Então você deve examinar com cuidado o que a Bíblia diz sobre isto, não o que outras pessoas disseram. O pecado imperdoável é rejeitar as verdades sobre Cristo. É rejeitar de maneira completa e definitiva o que o Espírito Santo diz sobre Jesus Cristo: que Ele é o Filho de Deus, o único que pode nos salvar dos nossos pecados.
Você rejeitou a Cristo, e disse em seu coração que o que a Bíblia diz sabre Ele é mentira? Se for este o caso, então eu lhe digo da maneira mais solene e sincera possível que você está em uma situação perigosa, Você tem de aceitar as verdades sobre Cristo o mais rápido possível, e achegar-se a Ele em confissão humilde, arrependimento e fé. Persistir na descrença poderá ser trágico, levando-o no final a uma eternidade sem esperança e sem Deus.
Por outro lado, você pode ser crente, mas cometeu algum pecado o qual você até agora pensou que o impedisse de ser salvo. Não interessa o que é: lembre-se que Deus o ama, e que quer perdoar este pecado. Você só precise, agora mesmo, confessar este pecado a Ele e pedir-Lhe perdão. Você precisa ficar livre do peso da culpa e da dúvida que o oprime. Cristo morreu para libertar você. Se você já veio a Cristo, você sabe, com base na Palavra de Deus, que este pecado – o que quer que Seja – não é o pecado imperdoável. Não fará que você vá para o inferno, porque você está salvo pelo sangue de Cristo, derramado por você. Só que você tem de fazê-lo sair de sua vida. Traga-o a Cristo. Lembre-se das palavras do salmista: "Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões" (Salmo 103:12, IBB).

Entristecer o Espírito

Chegamos agora a dois pecados contra o Espírito Santo que podem ser cometidos por cristãos: entristecer o Espírito Santo, e apagar o Espírito. Quase tudo o que nós fazemos de errado pode ser incluído em um destes dois termos. Vejamos primeiro o que é entristecer o Espírito.
Paulo adverte os Seus leitores, em Efésios 4:30: "Não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." É importante e consolador ouvir Paulo dizer que nós fomos "selados para o dá da redenção". Isto deixa claro que nós somos e não deixamos de ser cristãos. Ele não está falando de julgamento, no sentido de que o que estamos fazendo aqui está nos separando do amor de Deus e nos fará ir para o inferno. Está, isto sim, falando de coisas que não combinam com a natureza do Espírito Santo e por isso O ferem em Seu ser e entristecem Seu coração. Com o que nós fazemos podemos fazer o Espírito sofrer.
"Tristeza" é uma palavra do "amar". O Espírito Santo nos ama tanto quanto Cristo: "Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor" (Rom 15:30). Podemos magoar ou irar alguém que não nos tem afeição, mas entristecer podemos só quem nos ama.
Uma vez eu ouvi um pai dizendo a seu filho: "Se você não se comportar, eu não vou mais amar você". Isto foi urna frase infeliz. Ele tinha o direito de exigir bom comportamento do filho, mas não tinha o direito de dizer que não o amaria mais. Um pai tem de amar seu filho sempre – quer ele se comporte bem ou mal. Quando o filho é mau, então o amor do pai por ele está misturado com sofrimento, tristeza e até angústia.
Como um cristão pode entristecer o Espírito Santo? Em Efésios 4:20-32 Paulo diz que tudo que não combina com Cristo, em ações, palavras e pensamento, entristece o Espírito da graça. Ruth Paxson diz em um de seus livros que nós podemos saber o que entristece o Espírito analisando nossa conduta à luz das palavras que a Escritura usa para caracterizar o Espírito. O Espírito Santo é o Espírito da:
1) Verdade (João 14:17): assim, tudo que ê falsa, enganoso e hipócrita O entristece.
2) Fé (2 Cor. 4:13); por isso dúvidas, desconfiança, ansiedades e preocupações O entristecem.
3) Graça (Heb. 10:29); assim, tudo em nós que é duro, amargo, malicioso, indelicado e indisposto para perdoar e amar O entristece.
4) Santidade (Rom. 1:4); por isso tudo que é impuro, sujo ou degradante O entristece.
O que acontece quando nós entristecemos o Espírito Santo? Normalmente Ele gosta de nos revelar o que é de Cristo. Ele também nos proporciona alegria, paz e um coração satisfeito. Mas quando nós O entristecemos, Seu ministério fica interrompido.
Eu venho de urna região nos Estados Unidos onde predomina a indústria têxtil. Há alguns anos eu visitei uma fábrica muito grande, onde centenas de teares estavam tecendo tecidos com finíssimos fios de linha. O gerente da fábrica me explicou: "Estas máquinas são tão delicadas que se um só fio dos trinta mil que estão passando pelas máquinas neste momento se rompesse, todas elas parariam no mesmo instante". Para provar, ele foi a uma máquina e cortou um fio. Imediatamente todas as máquinas pararam até que o fio fosse recolocado; depois continuaram automaticamente.
Este milagre mecânico é uma analogia rude "do que é espiritual". Quando eu peco, desobedeço ou me desvio do caminho claro da vontade e do temor de Deus, então o ministério do Espírito em minha vida está prejudicado. Sua atuação é interrompida, mas Ele continua presente, Ele não é afastado, somente Sua atuação é prejudicada. Assim que o fio partido é restaurado, Seu ministério pleno recomeça e Ele ilumina de novo o meu coração, satisfaz as necessidades do meu coração e faz eficaz em mim o ministério de Cristo.
Mas isto tudo tem um lado glorioso: entristecer o Espírito Santo não implica em perdê-Lo. Eu continuo selado por Ele; Ele não deixa de morar em mim. Nenhum crente pare entristecê-Lo a ponto de Ele o deixar totalmente. Os hinos de William Cowper, sócio de John Newton, me têm abençoado muito, mas estas linhas têm-me perturbado:
Retorna, santa Pomba! vem,
Ó Tu que dás a paz!
Odeio o que Te dá pesar
E abandonar-me faz.1
Eu tenho a incômoda impressão de que estas palavras querem dizer mais que isto: que o trabalho do Espírito foi somente interrompido. Elas implicam em que eu O perdi. Se foi isto que Cowper quis dizer, creio que ele estava errado.
Deus pode fazer com que não sintamos mais a presença do Espírito Santo. Podemos ver isto no Salmo 51, onde Davi diz: "Não retires de mimo teu Santo Espírito" (v. 11). Mas não se esqueça que o Espírito Santo selou todos os crentes para o dia da redenção, isto é, a redenção dos nossos corpos (Efés. 1:13, 4:30; Rom. 8:23). Você e eu podemos escorregar, mas isto é bem diferente de cair da graça ou perder o Espírito Santo totalmente.
Se o Espírito Se retirasse de um creme selado por Ele, não estaria negando todo o plano da salvação? Mas quando nós O entristecemos, Ele retira de nós a alegria e o poder até que renunciemos e confessemos o pecado. Mesmo parecendo contentes externamente, no interior nos sentimos infelizes, porque não estamos em comunhão com o Espírito. Não que o Espírito nos tenha abandonado, mas porque Ele nos faz sentir assim até que voltemos a Cristo humildes, contritos, prontos para confessar. O Salmo 32 – muitos acham que ele foi escrito por Davi depois de pecar com Bate-Seba – é um ótimo exemplo disto: "Enquanto não confessei os meus pecados, eu chorava o dia todo, até cansar. De dia e de noite me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como sereno que seca no calor do verão. Então eu te confessei os meus pecados, e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste as minhas faltas. . .. Todos vocês que são corretos alegrem-se e fiquem contentes pelo que Deus tem feito! Cantem de alegria todos vocês que são honestos de coração!" (Sal. 32:3-5, 11, BLH).
Eu estou convencido que, uma vez batizados no corpo de Cristo, tendo o Espírito Santo em nós, nunca mais seremos abandonados por Ele. Estamos selados para sempre. Ele é a garantia, o penhor do que virá. Sei que muitos dos meus irmãos na fé têm outro pomo de vista, mas até onde posso ver hoje, tenho certeza que o Espírito Santo nos sustém.
Por um lado o Espírito Santo que mora em nós nos guarda para Deus. Isto Ele faz através do sangue de Cristo, em que nós confiamos e sabemos que fomos redimidos. Por outro lado Ele nos concede alegria contínua por sabermos que somos de Deus; esta alegria só cessa quando alguma obra da carne entristece Aquele que nos selou. "Ele anseia por nós com ciúme" (Tiago 4:5). Eu duvido que neste lado da eternidade alguma vez cheguemos a saber que grande força poderíamos ter utilizado: o poder do Espírito Santo, do qual tomamos pequenas amostras, através da oração.
Quando nós nos entregarmos a Cristo, o Senhor, totalmente, cada momento de cada dia, não será possível descrever o poder (capaz de fazer milagres) e o testemunho do Espírito Santo que estarão em nós. O segredo de pureza, paz e poder está neste momento de entrega. E eu acho que também inclui o que George Cutting costumava chamar de segurança, certeza e contentamento. Engloba também a idéia de realização externa e satisfação interna.
Sim, quando nós pecamos o Espírito Santo, Espírito de amor, é entristecido, porque Ele nos ama.

Apagar o Espírito

Blasfemar contra o Espírito é um pecado cometido por descrentes. Entristecer e apagar o Espírito são pecados cometidos por crentes. Veremos agora o que quer dizer apagar o Espírito.
Esta é a breve advertência de Paulo: "Não apagueis o Espírito" (I Tess. 5:19). A palavra entristecer dá a idéia de mágoa, de sofrimento. Tem a ver com a maneira com que nós ferimos o coração do Espírito em nossa vida particular. A palavra apagar significa "abafar, extinguir", e nos lembra do conceito bíblico de que o Espírito é um fogo. Quando nós apagamos o Espírito, nós extinguimos o fogo. Não quer dizer que O expulsamos, mas que abafamos o amor e o poder do Espírito enquanto Ele está tentando executar através de nós o propósito divino. Podemos apagá-Lo de diversas maneiras, mas a idéia de fogo sugere dois aspectos, à guisa de advertência.
Um fogo se apaga quando lhe tiramos o combustível. O fogo do Espírito fica bloqueado quando nós deixamos a alma adormecida, quando deixarmos de usar o que a graça põe à nossa disposição, quando deixamos de orar, falar de Cristo ou ler a Palavra de Deus. Estas coisas são veículos que Deus usa para nos dar o combustível para manter o fogo. O Espírito Santo quer que nós usemos estas coisas para mantê-Lo aceso em nossa vida.
A outra maneira de apagar um fogo é jogar água ou terra sobre ele, ou sufocá-lo com um cobertor. De maneira semelhante um pecado intencional apaga o Espírito. Quando nós criticamos, somos grosseiros, rebaixamos o trabalho dos outros com palavras impensadas ou depreciativas, estamos sufocando e apagando o fogo. Isto acontece muito em movimentos do Espírito novos ou diferentes – que talvez não use os métodos tradicionais de evangelização ou culto. Alguns cristãos, por exemplo, tentam bloquear o que Deus está fazendo de maneira diferente.
Eu quero ser bem claro neste pomo: nenhum cristão tem de pecar. Por outro lado, ele não foi redimido a ponto de ser incapaz de pecar. Eu creio que um cristão pode pecar, mas não tem de pecar. É possível manter o fogo aceso; é possível evitar entristecer o Espírito. Deus nunca teria exigido que nós rejeitemos as ações más se nós não pudéssemos deixar de fazê-las. Graças a Deus que não precisamos pecar, mesmo se podemos pecar!
Eu não sei quem pronunciou estas palavras pela primeira vez, mas elas têm sido uma ajuda para mim: "Não resista a Ele quando Ele entra; não O entristeça quando Ele está em você; não O apague quando Se manifesta. Abra-Lhe, pois Ele é o que entra; agrade-O pois Ele é o que mora em você; obedeça-Lhe quando Ele Se manifesta testemunhando de Cristo, seja através de você ou de outros."

Você já entristeceu ou apagou o Espírito em você, qualquer que seja o meio? Este assumo é sério, exige de nós todo o cuidado. Se este foi o caso, saiba que o momento de confessar isto a Deus é exatamente este; arrependa-se. E depois viva cada dia na plenitude do Espírito, sensível à Sua orientação e ao Seu poder em sua vida. 

Billy Grahan 

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