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quarta-feira, 4 de março de 2015

A Atuação do Espírito de Pentecostes até Hoje


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Billy Graham 

A Atuação do Espírito de Pentecostes até Hoje

Em Atos Lucas relata a ascensão de Jesus ao céu (Atos 1:9-11). No capítulo 2 ele destaca a descida do Espírito Santo à terra (Atos 2:1-4). Jesus tinha dito: "Se eu não for, o Consolador (Espírito Santo) não virá para vós outros; se, porém eu for, eu vo-lo enviarei" (João 16:7). Foi em cumprimento desta promessa que Pedro disse a respeito do Cristo glorificado: "Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis" (Atos 2:33).
Há muitos anos um famoso explorador do Ártico partiu com uma expedição para o Polo Norte. Depois de caminhar dois anos por aquela região desolada ele escreveu uma curta mensagem, amarrou-a no pé de um pombo-correio, e preparou-se para soltá-lo, para que fizesse a longa viagem de mais de três mil quilômetros até a Noruega. O explorador olhou para a solidão ao Seu redor. Nenhum ser vivo, até onde seus olhos podiam alcançar. Nada além de gelo, neve e um frio incrível. Segurou a ave trêmula em suas mãos por alguns instantes e depois soltou-a na atmosfera gelada. O pombo deu três voltas, e depois partiu em direção ao Sul, sobrevoando centenas de quilômetros de gelo e mar, até descer junto à esposa do explorador. Com a chegada do pombo-correio, esta sabia que estava tudo bem com seu marido na longa noite do Ártico.
Da mesma forma a vinda do Espírito Santo, a Pomba Celeste, provou aos discípulos que Cristo tinha entrado no santuário celestial. Tinha se assentado à direita de Deus Pai, porque Sua obra redentora estava concluída. A chegada do Espírito Santo cumpriu a promessa que Cristo tinha feito; também testemunhou que a justiça de Deus tinha sido feita. Tinha-se iniciado a era do Espírito Santo, que não podia começar antes que Cristo fosse glorificado.
Sem dúvida a vinda do Espírito Santo em Pentecostes marcou uma mudança crucial na maneira de Deus se relacionar com a raça humana. É um dos cinco acontecimentos passados, todos eles componentes básicos do evangelho cristão: a encarnação, a redenção, a ressurreição, a ascensão e Pentecostes. O sexto componente ainda está para ser realizado: a Segunda Vinda de Jesus.
O primeiro acontecimento básico, a encarnação, marcou a entrada redentora de Deus na vida humana, como verdadeiro homem. O segundo acontecimento foi a maneira de Deus permanecer justo e mesmo assim justificar homens culpados – a redenção. O terceiro, a ressurreição, demonstrou que os três grandes inimigos do ser humano – a morte, Satanás e o inferno tinham recebido o golpe de misericórdia. O quarto – a ascensão – mostrou que o Pai tinha aceito a obra redentora do Filho, e que as exigências da Sua justiça tinham sido cumpridas. O quinto evento, o Pentecostes, nos assegura que o Espírito de Deus veio para realizar Seus propósitos no mundo, na Igreja e no crente individual!
O calendário judaico estava orientado em diversas festas durante o ano. As três mais importantes eram as em que todos do sexo masculino deveriam comparecer perante o Senhor (Deut. 16:16). Estas três festas eram a Páscoa, o Festa dos Tabernáculos e Pentecostes.
"A Festa da Páscoa" comemorava o dia em que os israelitas foram libertados milagrosamente de um longo período de escravidão no Egito. Depois de matarem um cordeiro "sem defeito" (Êxodo 12:5) os israelitas passaram o sangue nas portas de todas as suas casas, e assaram e comeram os cordeiros. O sangue do cordeiro livrou-os do julgamento de Deus. A páscoa do Antigo Testamento teve Seu cumprimento final na marte de Cristo no Calvário, "pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado" (1 Cor. 5:7). O livro aos Hebreus nos ensina que devido a isto não há mais necessidade de sacrificar o sangue de novilhos e bodes. Jesus Cristo, de uma vez por todas, ofereceu a Si mesmo pela salvação de todos os homens, derramando Seu sangue.
"A Festa dos Tabernáculos" (a palavra que nós usaríamos hoje seria "cabana" ou "tenda") lembrava Israel dos dias do êxodo do Egito, quando as pessoas não viviam em casas mas em cabanas feitas de ramos de árvores. A festa era celebrada depois da colheita, por isso é chamada de "Festa da Colheita" em Êxodo 23:16. Talvez a comemoração da libertação do Egito tenha sido cumprida na libertação e bênção muito mais ampla que veio com a redenção em Cristo. João 7:38 sugere que a vinda do Espírito Santo mata mais a sede que a água no deserto e a chuva necessária para a colheita.
Pentecostes ficou conhecida como "A Festa das Semanas", porque era comemorada no dia seguinte ao sétimo sábado depois da Páscoa – uma semana de semanas. Como isto perfaz 50 dias, o nome passou a ser "Pentecostes", a palavra grega para "qüinquagésimo". A Festa de Pentecostes era celebrada no início da colheita; em Números 28:26 é chamada de "dia das primícias (primeiros frutos)". E é verdade que o dia de Pentecostes, quando veio o Espírito Santo, no Novo Testamento, foi um dia de "primeiros frutos" o início da colheita de Deus neste mundo, que será completada quando Cristo vier de novo. Pentecostes no Novo Testamento marcou o início da presente era do Espírito santo. Os crentes estão sob Sua direção assim como os discípulos eram guiados por Jesus. Jesus ainda exerce Seu senhorio sobre nós do céu, mas como Ele não pode estar conosco fisicamente, Ele transmite Suas instruções através do Espírito Santo, que faz Cristo ser uma realidade em nós. Desde Pentecostes o Espírito Santo é o elo de ligação entre a primeira e a Segunda Vinda de Jesus. Ele aplica a obra de Jesus Cristo aos homens da nossa época, como veremos nas próximas páginas.
Pouco depois de me tornar cristão, quando comecei a pesquisar sobre o Espírito Santo, uma das primeiras perguntas que eu me fiz foi esta: Por que o Espírito Santo teve de vir? Não demorei a achar a resposta. Ele veio porque tinha uma obra a fazer no mundo, na Igreja e no cristão individual, como descobriremos juntos agora.

A Presente Obra do Espírito Santo no Mundo

A obra do Espírito no mundo é dupla. Em primeiro lugar, Ele veio para convencê-lo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7-11). A Bíblia ensina, todos nós sabemos isto de experiência própria, que todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus (Rom. 3:23, BLH). Um pecador não pode herdar a vida eterna. Todos que nasceram neste mundo revivem a queda de Adão. Todos nascem com a semente do pecado dentro de si, e ao chegarem à idade responsável não tardam a ser culpados de multidão de pecados. Há diferença entre pecado e pecados. O pecado é a raiz, os pecados são os frutos.
Pode ser que alguém não esteja consciente de que seu maior problema é o pecado, ou que o pecado o separou da comunhão com Deus. Por isso é tarefa do Espírito Santo perturbá-lo e convencê-lo do seu pecado. Ele não pode experimentar a salvação sem que isto aconteça. Nas concentrações das nossas cruzadas eu tenho visto pessoas erguerem seu punho para mim enquanto eu pregava. Eles não estavam hostilizando a mim, tenho certeza, mas o Espírito Santo os tinha convencido. Muitas vezes estas pessoas depois vêm para aceitar a Cristo.
O Espírito Santo não só convence de pecado, Ele convence as pessoas também que Jesus é a justiça de Deus. Ele mostra aos pecadores que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vem ao Pai a não ser por Ele.
O Espírito Santo também convence o mundo do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado, e todos os que recusarem a oferta de vida eterna que Deus faz também serão julgados. Quando o apóstolo Paulo falando do que Cristo tinha feita em sua vida, diante de Agripa, disse que na estrada para Damasco, na hora da sua conversão, Deus lhe tinha revelado o tipo do seu ministério. Seria entre os gentios, para "lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados..." (Atos 26:18, IBB).
No momento em que Jesus Cristo morreu na cruz Satanás sofreu uma derrota catastrófica. Pode ser que a derrota não seja evidente, quando lemos os jornais e ligamos a televisão, mas Satanás é um inimigo vencido em princípio. Ele ainda arrisca sua guerra de pecado, mas sua destruição total e afastamento da terra estão próximos. Até lá ele vai intensificar suas atividades. Cristãos em todo o mundo podem notar que há novos demônios agindo. Perversões, permissividade, violência e centenas de outras tendências sinistras se manifestam em todo o mundo com uma intensidade que houve provavelmente só nos dias de Noé. O Espírito santo veio para nas mostrar estas coisas, porque Ele tem muito a ver com as profecias bíblicas, como veremos mais tarde.
O ministério do Espírito Santo no mundo não se limita a convencê-lo do pecado, da justiça e do juízo. Seu segundo objetivo no mundo é impedir o crescimento da iniqüidade, ou seja, engajar-se no ministério de preservação. O apóstolo Paulo disse: "Com efeito o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém" (2 Tess. 2:7). A Escritura deixa claro que este planeta já seria literalmente um inferno na terra se a Espírito Santo não estivesse presente no mundo. O mundo descrente mal sabe o quanto deve ao poder controlador do Espírito Santo.
Conversei recentemente com diversos teólogos, na Europa e nos EUA, que são da opinião de que o Espírito Santo está sendo retirado lentamente do mundo, à medida que entramos no que pode ser os momentos culminantes do fim desta época. Quando tiver ido totalmente "o diabo estará à solta". Haverá guerras, violência, revoluções, perversões, ódio, medo – no mundo hoje em dia temos só uma amostra do que vai acontecer. A raça humana se encontrará num inferno que ela mesma criou. Livre do que o detém o Espírito Santo – o Anticristo reinará com poderes supremos por um curta período de tempo, até ser esmagado pela vinda do Senhor Jesus Cristo com Seus exércitos!
O Espírito Santo também age através do povo de Deus, que é chamado por Jesus no sermão do Monte de sal da terra e luz do mundo (Mat. 5:13,14). Estas figuras cabem muito bem, porque o sal e a luz da forças que agem em silêncio, discretamente, mas com grande eficiência. O sal e a luz falam da influência para o bem que os cristãos podem exercer na sociedade. Nós que somos crentes às vezes temos dificuldade para compreender que influência nós, uma minoria, divididos e às vezes desobedientes, podemos ter. Mas pelo poder do Espírito nós podemos reter o mal e fazer o bem! 
Aplicando mais estas metáforas, sabemos que o sal e a luz são essenciais em casa: a luz dissipa a escuridão, e o sal conserva os alimentos. A Bíblia nos diz que o mundo estará cada vez mais em trevas, quanto mais perto do fim. O mundo não tem luz própria – e está em acelerado processo de decadência. Jesus nos ensinou que nós, Seus seguidores, poucos e fracos, somos o sal que pode retardar o processo de declínio. Cristãos ativos no mundo são a única verdadeira luz espiritual no meio de grande escuridão espiritual. Se estudarmos os profetas do Antigo Testamento, descobriremos que uma parte do julgamento dos condenados é a destruição dos justos.
Isto coloca uma responsabilidade enorme sobre os nossos ombros. O mundo só vê urna luz brilhando quando olha para as nossas boas obras. O mundo só nota o sal quando sente a nossa presença moral. Foi por causa disto que Jesus advertiu sobre o sal que perde o seu sabor e a luz que fica obscura. Ele disse: "Brilhe a vossa luz" (Mat. 5:16). Se você e eu cumpríssemos fielmente o nosso papel, haveria uma revolução dramática mas pacifica no mundo, da noite para o dia. Os cristãos não estão sem poder. Temos à nossa disposição, através do Deus Espírito Santo, o ilimitado poder de Deus, já neste mundo.

A Atuação do Espírito Santo na Igreja

O Espírito Santo age não só no mundo, mas também na Igreja. Quando eu falo de Igreja, não estou falando da Igreja Presbiteriana, Batista, Metodista, Anglicana, Luterana, Pentecostal ou Católica, mas de todos os crentes. A palavra "Igreja" vem de uma palavra no grego que significa "os que foram reunidas".
A Igreja estava coberta de mistério no Antigo Testamento, mas mesmo assim Isaías proclamou: "Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento" (Isa. 28:16, IBB). O Novo Testamento diz que Cristo é este "firme fundamento" da Sua Igreja, e que todos os crentes são pequenas pedras edificadas formando o santo templo do Senhor (1 Pedro 2:51. Cristo também é a cabeça do Seu corpo, a Igreja universal. E é a cabeça de cada congregação de crentes local. Cada pessoa que se arrependeu de seu pecado e recebeu a Cristo como Salvador e Senhor faz parte deste corpo chamado de Igreja. Por isso a Igreja é mais que uma organização religiosa. É um corpo vivo, com Cristo como cabeça, vivo porque a vida de Cristo deu vida a todos que creram.


Do livro "O Espírito Santo" Pags 7 - 13


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