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quarta-feira, 24 de abril de 2013

É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do encontrar respaldo bíblico para o homossexualismo

Fonte Revista Ultimato


Em entrevista com o professor Affonso Henrique Lima Zuin, presidente do Exodus Brasil, e com a psicodramatista Esly Regina de Carvalho, coordenadora do Exodus América Latina, ambos brasileiros, o jornal mineiro O Tempo, na tentativa de embaraçar os interlocutores, perguntou-lhes: “Vocês consideram pecadores os homossexuais?” Zuin respondeu de pronto: “Claro, pela nossa convicção cristã...” Esly Regina também disse “sim”: “Todos somos pecadores. A diferença é que alguns fizeram a opção pela redenção oferecida por Jesus e outros, não. O homossexual não é um pecador pior que os outros. Não consideramos o homossexualismo um pecado pior nem melhor que os demais. Trata-se de um (pecado) a mais, e a proposta do Exodus basicamente é oferecer-lhe uma alternativa”(1).

Uma semana depois, a Folha de São Paulo noticiou a ordenação de dois homossexuais brasileiros e a declaração enfática do ex-pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil Neemias Marien: “Pecado é não amar”(2).

Qual dos dois disse a verdade: o presbiteriano Affonso Zuin ou o ex-presbiteriano Neemias Marien?

Antes de Ultimato se posicionar mais uma vez (este é o quarto número que trata do assunto), é bom lembrar a confissão de Troy Perry, o pastor americano que há 30 anos fundou a primeira congregação gay do mundo: “Eu sabia que teria poucos problemas, talvez nenhum, com as chamadas igrejas liberais, (pois) igrejas liberais não se aprofundam muito na Escritura”(3).

Somente quando a Palavra de Deus não é levada a sério é que o homossexualismo deixa de ser pecado. Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que encontrar respaldo bíblico para o homossexualismo.

Quem quiser apoiar o homosse-xualismo, apóie, quem quiser pecar, peque. É como diz o Apocalipse: “Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se” (Ap 22.11). O que não se pode fazer é catar um possível apoio nas Sagradas Escrituras, porque esse apoio não existe, apesar de todos os esforços e torceduras.

O caso de Sodoma e Gomorra
É muito conhecido o que aconteceu em Sodoma, uma antiga cidade nas proximidades do mar Morto, entre Israel e Jordânia. Ló hospedou dois anjos em forma humana em sua casa. Eles queriam passar a noite na praça, mas Ló não permitiu. Antes que se deitassem, os homens de Sodoma, “assim moços como velhos, sim, todo o povo de todos os lados” cercaram a casa de Ló e exigiram que este lhes entregasse os dois visitantes: “Traga-os aqui fora para nós, pois queremos ter relações com eles” (Gn 19.5 BLH). A paráfrase de A Bíblia Viva é mais rude: “Traga para fora os homens que estão aí! Queremos usá-los como mulher!”

Ló fez de tudo para proteger os anjos. Chegou a oferecer à turba suas duas filhas virgens para que eles abusassem delas e deixassem em paz os dois hóspedes. Como homossexuais, porém, eles queriam homens, e não mulheres. Os anjos só não foram estuprados por causa da intervenção do sobrenatural.

A partir daí, o relacionamento sexual entre duas pessoas do mesmo sexo passa a ser chamado também e apropriadamente de sodomia.

Percebe-se a degradação extrema daquela sociedade pela maneira como lidavam com o sexo. Não havia mais pejo nem freio. Ló ofereceu suas próprias filhas para serem violentadas, numa tentativa de poupar os anjos. Essas duas moças, pouco mais tarde, não acharam nada demais embebedar o próprio pai e engra-vidarem-se dele (Gn 19.30-38). A destruição violenta de Sodoma, Gomorra e as demais cidades da campina tornou-se necessária e comprovou o nível de permissividade a que tinham chegado.

A destruição dessas cidades aparece em outros textos bíblicos, nos Apócrifos e na literatura secular.

Em Ezequiel (16.49-50) lê-se que as cidades foram removidas da campina por causa da soberba, da ausência de consciência social e das abominações (é aqui que entram os pecados sexuais de Sodoma, pois é abominação o homem deitar-se com outro homem, como dizem Lv 18.22 e 20.13). Na Segunda Epístola de Pedro (2.6-7) vê-se que Ló “se afligia com o procedimento libertino dos que não tinham princípios morais” e que as cidades de Sodoma e Gomorra foram reduzidas a cinzas, e tornadas como “exemplo do que acontecerá aos ímpios” (NVI). Na Epístola de Judas (verso 7), acha-se que “Sodoma e Gomorra e as cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais anti-naturais” (NVI).

A imagem de Sodoma nos livros apócrifos é a mesma. No Testamento dos Dez Patriarcas lê-se que “os sodomitas eram sexualmente promíscuos e se desviaram da ordem da natureza”. No Livro dos Jubileus encontra-se a acusação de que “os sodo-mitas tinham ficado pervertidos e cometiam todo tipo de abuso sexual”. E no Terceiro Livro dos Macabeus diz-se que o povo de Sodoma “era notório por seus maus hábitos”(4).

Entre os historiadores do primeiro século, tanto Filo de Alexandria como Flávio Josefo falam que o traço característico de Sodoma eram as relações sexuais com pessoas do mesmo sexo(5).

Homem com homem, não
Além de absolutamente explícito, o mandamento é absolutamente taxativo: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação” (Lv 18.22). A versão de A Bíblia na Linguagem de Hoje traduz assim: “Nenhum homem deverá ter relações com outro homem; Deus detesta isso”. Na paráfrase de A Bíblia Viva encontra-se assim: “As práticas homossexuais são terminantemente proibidas! O homossexualismo é um pecado terrível”.

A lei não somente proíbe a prática homossexual como pune, como se vê também em Levítico: “Se um homem tiver relações com outro homem, os dois deverão ser mortos por causa desse ato nojento; eles serão responsáveis pela sua própria morte” (20.13 BLH).

Os judeus não deveriam se inflamar homem com homem, porque esse era o costume dos povos que habitavam na terra que eles iriam herdar, da qual os primitivos moradores seriam removidos por causa desse e de outros costumes imorais (Lv 20.22-24).

Mulher com mulher, não A única referência particular ao lesbianismo na Bíblia está no primeiro capítulo da Epístola de Paulo aos Romanos. Ali se diz que até as mulheres “trocaram suas relações sexuais naturais por outras contrárias à natureza” (1.26).

Em seguida Paulo menciona também o homossexualismo masculino: “Da mesma forma, os homens também (não só as mulheres) abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros, começando a cometer atos indecentes homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” (1.27).

Esse capítulo da Bíblia é solenís-simo, porque descreve a depravação do ser humano e sua conseqüência natural. Primeiro o homem peca, depois Deus intervém.

O pecado é descrito como trocas ou mudanças. O homem troca a glória do Deus imortal por ídolos em forma de homem e animais (1.23), troca a verdade pela mentira (1.25), troca o Criador pela criatura (1.25) e troca as relações sexuais naturais por outras contrárias à natureza (1.26).

O resultado disso tudo é a ira de Deus, que se revela do alto e atinge o homem em cheio, por meio de um castigo horrível. Por causa de seu pecado, por causa de suas trocas, por causa de sua loucura, por causa de seu avanço em direção ao mal, Deus faz uma série de entregas: entrega o homem à impureza sexual para a degradação de seus corpos (1.24), entrega o homem a paixões vergonhosas para receberem em si mesmos o castigo merecido (1.26-27), e, o pior de tudo, entrega o homem a uma disposição mental para praticar (com paz de espírito) o que não deveriam (1.28).

Não existe em toda a Bíblia palavras tão severas contra o homosse-xualismo como estas da Epístola aos Romanos (veja A ousadia de Paulo).

Efeminado e sodomita, também não
Se alguém levar a Bíblia a sério, verá numa outra Epístola de Paulo que os homossexuais não terão parte no reino de Deus (a expressão mais usada é “não herdarão o reino de Deus”). Nem os homossexuais passivos, que Paulo chama de efeminados, nem os homossexuais ativos, que Paulo chama de sodo-mitas. Porém não são só estes que não entrarão no reino de Deus: os imorais, os idólatras, os adúlteros, os ladrões, os avarentos, os alcoólatras, os caluniadores e os trapaceiros, entre outros, também estão igualmente privados da glória de Deus. Essa privação é, sem sombra de dúvida (daí a expressão que vem antes: “não se enganem”), definitiva, a não ser que alguns deles interrompam sua caminhada perversa e se convertam ao Senhor. Assim, eles não serão mais efeminados e sodomitas, mas ex-efeminados e ex-sodomitas. Paulo tem a alegria de declarar que alguns membros da igreja de Corinto haviam tido no passado uma vida compromissada com a impureza hetero e homossexual e com outros vícios (1 Co 6.9-11). Eles agora podiam assentar-se à mesa do Senhor e tomar o pão e o vinho da celebração eucarística, podiam ser diáconos, presbíteros ou pastores, podiam ter qualquer um dos dons espirituais, porque não são, apenas foram, num passado recente ou longínquo. O evangelho deu-lhes a certeza de que a mudança de estilo de vida, de opção sexual e de outras muitas complicações seria possível. Eles não foram empurrados para a boca do inferno: saíram antes que isso acontecesse pela misericórdia divina. (Veja Ex-gays? Há muitos!)

Sodomitas, homicidas e seqüestradores Ainda bem que o pastor episcopal Ton Horner, autor do livro Jonathan loved David (Jônatas amou Davi), admite que o apóstolo Paulo muito provavelmente “não deve ter visto com bons olhos” o comportamento homossexual(6). Certamente o apóstolo seria condenado por uma comissão qualquer de direitos humanos por perturbar a tranqüilidade de homossexuais masculinos e femininos, colocando-os no mesmo nível de parricidas, matricidas, homicidas e seqüestradores.

Em sua Primeira Epístola a Timóteo, Paulo explica que a lei é boa e necessária não para quem é bom, mas para quem anda errado (1.8-11). O argumento é parecido com o argumento de Jesus para justificar a sua presença ao lado dos pecadores: “Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes” (Mt 9.12). A lei é para proibir, é para barrar, é para dificultar, é para tirar a liberdade do pecado. Se há homicidas, é preciso fazer a lei que diz “Não matarás” (Êx 20.13). Se há adúlteros, é preciso fazer a lei que diz “Não adulterarás” (Êx 20.14). Se há mentirosos, é preciso fazer a lei que diz “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Se há irreverentes, é preciso fazer a lei que diz “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (Êx 20.7). E, igualmente, se há sodomitas (homossexuais na NVI, pederastas na BLH), é preciso fazer a lei que diz “Com homem não te deitarás como se fosse mulher: é abominação” (Lv 18.22).

Beco sem saída Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que encontrar respaldo bíblico para o homossexualismo, como acabamos de ver, é justo asseverar que os homossexuais que se dizem gays e cristãos são mais pecadores que os outros homossexuais. Eles têm a Bíblia e servem-se dela, mas não se submetem ao ensino e à orientação das Escrituras. E, acima de tudo, cometem o estranho pecado de torcer as Escrituras, para acalmarem sua consciência.

Notas: 1. O Tempo, Belo Horizonte, 14/6/98, p. 11.
2. Folha de São Paulo (Cotidiano), 21/6/98, p. 7.
3. Dallas, Joe. A operação do erro. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998, p. 92.
4. Idem, p. 200-201.
5. Idem, Ibidem.
6. Idem, p. 92.

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