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terça-feira, 30 de julho de 2013

De evento em evento

Norma Braga

A Escritura se refere ao relacionamento entre Cristo e a igreja como um noivado. Imagine agora que você só se encontre com seu noivo em festas com muita gente e nunca, jamais, consiga conversar direito com ele. Desesperador, não é? Pois é, muita gente acha que esse é o jeito certo, ou o único, de relacionar-se com Cristo: cantar louvores, ouvir pregações e palestras, orar - tudo isso em grupos, em eventos especiais. No dia-a-dia, é como se Cristo estivesse muito longe para ser alcançado...

Quando eu era nova convertida, acredito que me sentia um pouco assim. Ia toda empolgada para esses eventos - retiros, acampamentos, conferências - esperando que Deus fizesse grandes coisas. De fato, raramente Ele me decepcionava. Mas, à medida que fui crescendo na fé, entendi que há muitas outras "grandes coisas" que Deus faz na mente e no coração de Seus filhos, que se manifestam, como na história de Elias, no "cicio do vento". E as grandes coisas, muitas vezes, não são as que causam maior impacto em determinado local, deixando-nos boquiabertos, mas são aquelas que vão se desenvolvendo ao longo da caminhada com Deus, de pouquinho em pouquinho, e vão constituindo essa nova pessoa que Deus está levantando na gente, arraigada em Cristo. 

O mesmo Cristo que está nos ajuntamentos da igreja é o Cristo com quem você fala de portas fechadas em casa, que está com você no trabalho, nas aulas da escola e da faculdade, ao seu lado enquanto você assiste à tv, lê um livro ou conversa com incrédulos. É Ele que dará o tom a tudo o que entra por seus olhos e ouvidos, para sua edificação. Por isso, para crescer na fé, você precisa depender de Cristo em primeiro lugar, momento a momento, como diria Francis Schaeffer. Essa consciência se aprofunda com a maturidade cristã e é essencial para que os eventos especiais, junto com seus pregadores, não sejam idolatrados.

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