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terça-feira, 26 de março de 2013

O irresistível encontrando o irremovível

A ADORAÇÃO DO REMANESCENTE DE DEUS EM BABILÔNIA
   Pr.  Wanderson Vieira

Texto: Daniel 3
Tema: Adoração
Tese: O irresistível encontrando o irremovível.
Pergunta: Como?
Propósito: Levar os irmãos a decidirem adorar ao Deus verdadeiro mesmo em face da morte.
Hinos:Fiel a Toda Prova / Somos Teu, Senhor
INTRODUÇÃO:
A.      Ilustração: O cabo Desmon Doss foi o primeiro cristão adventista a receber a Medalha de Honra do Congresso Americano, a mais elevada condecoração militar americana. Um dedicado seguidor de Cristo, Doss acreditava que era errado matar, segundo o sexto mandamento da Lei de Deus, mas queria servir ao país, assim voluntariou-se como médico. Durante o treinamento os seus companheiros o ridicularizavam por se recusar a disparar um tiro. Zombavam dele quando lia sua Bíblia ou se ajoelhava ao lado da cama, à noite, para orar. Porém, em combate, a história era diferente. Durante a batalha de Okinawa, na Segunda Guerra Mundial, em maio de 1945, Doss arriscou a vida diversas vezes para resgatar centenas de homens feridos. Com suas atitudes altruístas, ele conquistou a gratidão e o respeito dos seus antigos críticos e daqueles cuja vida ele salvou.
B.    A Bíblia, mais precisamente em Daniel 3, relata a história de três jovens que também se recusaram desobedecer ao mandamento de Deus. Não foi o mesmo que Desmond Doss obedeceu (não matarás), mais foi o mandamento “não adorarás outros deuses”.
C.    As cenas do capítulo 3 ocorreram na planície ou no campo de Dura. Essa expressão, indicava “qualquer lugar fechado por uma parede ou por montanhas”.
D.    Era uma área a qual ficava entre a muralha interior e exterior em redor da capital babilônica. Ela comumente servia como uma planície de desfile para o exército e um lugar para que as tropas [caldeias] pudessem acampar.
E.     Uma boa parte dos comentaristas defende o ano de 594 aC, décimo ano do reinado de Nabucodonosor, como sendo a data em que ocorreram os eventos do terceiro capítulo de Daniel. Aproximadamente dozes anos antes da destruição definitiva de Jerusalém, em 586 aC.
F.     As razões que levaram o rei Nabucodonosor a erigir essa imagem colossal foram duas: religiosa e política.
1.    Religiosa porque o monarca caldeu resolveu realizar uma homenagem a seu deus. E através dessa homenagem, ele procurava reescrever as predições do capítulo anterior, na qual é revelado que o império Babilônico um dia seria superado por outro.
2.    Política porque Nabucodonosor desejava também conter as sucessivas revoltas que surgiram em seu reino, inclusive a promovida pelo rei de Judá

G.    A fim de alcançar esses dois objetivos, o rei promove um grande evento religioso no qual é requerida de toda a liderança política das províncias do império adoração à estrutura cúltica caldeia.
H.    Para facilitar o entendimento da mensagem que Deus tem para o seu povo, hoje, através dessa história, dividimos o capítulo em três partes. A primeira refere-se aos princípios valorizados para a efetivação do culto babilônico, a fim de que a adoração à imagem erigida pelo rei tivesse aceitação universal. A segunda revela os princípios da verdadeira adoração identificados na atitude fiel dos três hebreus. E a terceira parte apresenta as implicações da decisão dos jovens judeus em não cultuar aquilo que Deus proibira.
I – A ADORAÇÃO BABILÔNICA
A.     Nos primeiros sete versículos do capítulo em questão, Daniel registra detalhadamente a estrutura cúltica babilônica que representa toda uma adoração falsa.
1.  Imagem: O primeiro elemento que se destaca nessa adoração tem que ver com a imagem erigida pelo rei. Pelo menos 11 vezes, Daniel faz referência a essa palavra, em todo o capítulo.
                         i.    A imagem do capítulo três equivale a um obelisco.
                        ii.    Ele tinha o formato de um deus. (Dan. 3:12, 14, 18 e 28).
                       iii.    A imagem tinha a intenção de representar a Marduque, o deus chefe do panteão Babilônico.
                       iv.    O obelisco era formado de tijolos assados ou pedras e revestido em ouro. Ele era externamente belo, porém internamente rudimentar; representando assim uma religião estritamente preocupada apenas com o exterior.
                        v.    As medidas envolvidas na construção da imagem foram extraídas do sistema sexagesimal (baseado no número seis) utilizados pelos babilônicos para simbolizar a sua estrutura religiosa.
                       vi.    Tudo na imagem, até mesmo as medidas envolvidas direcionava a mente do adorador à religião babilônica.
2.  Uniformizo: Esse é outro aspecto identificado na adoração de Babilônia. Nesse tipo de culto, a uniformidade é sempre desejada em detrimento da adversidade.
                         i.    Enquanto que a estrutura do capítulo 2 é revestida por diferentes metais, na imagem do capítulo 3 se utiliza apenas um material de cima a baixo do obelisco, unificando toda estrutura por meio de um só metal.
                        ii.    A tendência para o uniformizo também é vista na reunião convocada pelo rei. Aqui, Nabucodonosor tem a intenção de criar uma religião unificada e universal no vasto império.

                       iii.    Há ainda a valorização de uma única expressão musical (sincretismo musical) apesar de está presente representantes de diversos países, credos e classes sociais.
                       iv.    A própria imagem exaltava a uniformidade. Dentre todos os deuses adorados pelos diversos súditos de diferentes religiões em Babilônia, apenas o deus babilônico, representado pelo obelisco, deveria ser adorado.
3.  Universalismo: Nos versos de 1 a 7, os quais detalham a adoração babilônica, percebe-se que há uma tentativa de se promover uma religião universal. Isso é verificado nas expressões “todos os oficiais das províncias”, “povos, nações e homens de todas as línguas” e “toda sorte de música” (vers. 2, 3, 4, 5 e 7).
4.  Formalismo: Os indivíduos, nesse culto, adoram porque são forçados a fazê-lo. Eles se ajoelham em Dura, mas o coração está em outro lugar. Estão ali unicamente por causa dos seus cargos.
                         i.    A constante repetição valorizada no capítulo 3 revela o caráter formal e mecânico desse culto.
5.  Religião voltada para o presente: Na frase “qualquer que não se prostrar e adorar, imediatamente será lançado dentro do forno de fogo ardente” (Dan. 3:6), força os indivíduos a escolherem as vantagens imediatas do presente, nesse caso a sobrevivência.
                          i.    Atemorizados pelo risco de perderem tudo, inclusive a vida, eles se apegaram ao presente, e sua obediência proveio somente do instinto de autopreservação.
6.  Religião de autômatos: Nessa adoração, os indivíduos só se curvam porque a multidão o faz. Eles não questionam, não refletem em seus atos ou nas implicações dos mesmos. Esses apenas seguem o cortejo como autômatos.
7.  Religião estritamente emocional: Os organizadores do evento faz com que a música tenha um papel primordial. Pois é ela quem dá o tom estritamente emocional do culto. (vrs. 5, 7, 10 e 15)
                         i.    Toda a variedade de instrumentos foi unida na sinfonia do reino para dar espetáculo e extasiar a multidão.
                        ii.    Os organizadores do evento sabiam que a música é um instrumento poderoso para induzir ao êxtase ou união mística.
                       iii.    Comumente, inclusive em nossos dias, esse tipo de religião dá as coisas mastigadas aos fiéis e acompanham a mensagem com barulho contínuo de música de fundo. Os crentes transportados pelo ‘Espírito’ gritam e choram com delirante entusiasmo. Nesse contexto, a reflexão é desnecessária e antiquada em seus cultos.
8.   Religião estatal: Para garantir que todos se ajoelhassem, Nabucodonosor lança mão da força política e emite um decreto de morte, forçando definitivamente todos a se curvarem. (vrs. 6,11,15,19, 21)

A.     A adoração babilônica é um tipo daquela adoração falsa que ocorrerá nos últimos dias, como relatado em Apocalipse 13: 11-18.
1.  “Faz com que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta...” (ver 12)
2.  “...ainda fizessem morrer quantos não adorassem a imagem da besta”(ver. 15)
3.  “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa maca sobre a mão direita ou a testa...” (ver 16)
4.  “... o seu número é 666” (ver. 18).
B.     “Importantes são as lições a serem aprendidas da experiência dos jovens hebreus na planície de Dura. Nos dias atuais, muitos dos servos de Deus, embora inocentes de qualquer obra má, serão levados ao sofrimento, humilhação e abuso às mãos daqueles que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e fanatismo religioso. A ira do homem será especialmente despertada contra os que santificam o sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal denunciará a estes como dignos de morte. Os tempos de provação que estão diante do povo de Deus reclamam uma fé que não vacile. Seus filhos devem tornar manifesto que Ele é o único objeto do seu culto, e que nenhuma consideração, nem mesmo o risco da própria vida, pode induzi-los a fazer a mínima concessão a um culto falso”. (P.R. 512).
II – ADORAÇÃO VERDADEIRA
B.    Em contraste à adoração babilônica, claramente o autor passa a revelar, nos versos 8 a 18, os aspectos da adoração ao verdadeiro Deus. Isso se percebe na reação dos três hebreus em relação à imagem que o rei erigiu.
1.  Obediência aos mandamentos de Deus: O primeiro elemento da verdadeira adoração é notado nas seguintes palavras “as teus deuses não servem, nem adoram a imagem de ouro que levantaste”. (ver. 12, 14, 18 e 28).
                          i.    Se ligarmos essas expressões ao primeiro e segundo mandamentos da lei de Deus ( Êx. 20: 3, 4 e 5), percebemos que na adoração verdadeira defendida pelos jovens hebreus, a guarda dos mandamentos de Deus é fundamental.
                         ii.    O livro de Provérbios, escrito por Salomão, enfatiza esse aspecto também quando diz “o que se desvia de ouvir a lei até a sua oração será abominável” (Prov. 28:9)
                       iii.    No evangelho de João 14:15 reforça essa verdade quando é dito: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”.
                       iv.    João em sua primeira carta, no capítulo 2 verso 4 corrobora esse princípio ao afirmar que “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”.
2.  Genuína fé em Deus: Além de guardar os mandamentos de Deus, a verdadeira adoração exige uma fé genuína, tal qual vista no comportamento de Sadraque, Mesaque e Abdenego.
                         i.    Quando eles responderem: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará... Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses...” (vers. 17-18). Nesse momento a força irresistível da adoração babilônica encontrou três indivíduos com fé irremovível.

                        ii.    A fé dos três hebreus revela uma verdade essencial: a fé não livra você do fogo, muitas vezes, mas leva-o através dele. Os jovens judeus receberam livramento no fogo e não do fogo.
                       iii.    O apóstolo Paulo ecoa esse tipo de fé quando diz em sua carta aos hebreus 11:6 que “de fato, sem [essa] fé é impossível agradar a Deus”.
                       iv.    Ilustração: Certa vez, Mark Finley conheceu uma senhora que assistiu a um dos seus seminários sobre o livro de Daniel. Estavam num grande hotel do centro de Chicago. Ela o procurou ao final e disse: “Sabe, sou cristã e acredito que se tiver fé suficiente, nunca terei câncer. Mas fui ao médico um dia porque percebi que estava perdendo peso, tendo enjoos e outros sintomas, e meu médico diagnosticou que estou com câncer. Tenho um pequeno tumor maligno que está crescendo.” E continuou: “Voltei ao médico e começamos o tratamento, isso foi há seis meses. Tenho feito quimioterapia e radioterapia, mas ainda continuo com câncer. E como estou muito abalada resolvi procurar meus amigos. Eles me disseram: ‘Veja bem, se você tiver fé suficiente, será curada. Deus irá curá-la. ’ Agora estou com dois problemas, porque tenho câncer e não possuo fé suficiente; porque orei, orei, orei, e quando voltei o câncer estava progredindo. Eles continuaram especulando: ‘Talvez exista algum pecado em sua vida, por isso Deus não pode curá-la. ’” Agora ela estava com três problemas, o câncer, não ter fé suficiente e algum pecado em sua vida. Ela depois lamentou: “Quando terminei de falar com meus amigos cristãos, estava tão deprimida e tão desencorajada, porque me sentia uma pecadora e isso deve ser alguma maldição de Deus sobre mim.” Então ela disse: “Mas quando comecei a entender que Sadraque, Mesaque, Abede-Nego não foram salvos das chamas, mas que Deus estava com eles dentro das chamas…” então tive paz no meu coração.
3.  Um Remanescente Fiel: Ao contrário da multidão de adoradores presentes no culto babilônico, o que se ver na adoração verdadeira é unicamente um grupo pequeno, um remanescente fiel que resolveu não se curvar. Isso revela que, na maioria esmagadora das vezes, a multidão estará sempre ao lado do que é errado, enquanto que ao lado do que é certo, apenas alguns poucos.
4.  Em face da morte, não amaram a própria vida: Os hebreus, mesmo diante da morte, foram firmes em sua fé em adorar o verdadeiro Deus. A fé deles desafiava até a própria morte.
C.    Os hebreus se tornam um tipo daqueles que permanecerão firmes, até o fim, como relatados em Apocalipse 12.
1.  “São os que guardam os mandamentos de Deus...” (ver 17)
2.  “...e tem a fé em Jesus”. (ver. 17)
3.  “Ireou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência...” (ver 17)
4.  “... e não amaram as suas vidas até à morte” (ver. 11).
III – AS IMPLICAÇÕES DA DECISÃO IRREMOVÍVEL DOS JOVENS HEBREUS
A.     Livramento milagroso para os Hebreus: Os jovens hebreus através de sua decisão puderam desfrutar de algumas bênçãos divinas. (vrs. 24-27)
1.  Salvação: Os hebreus viveram intensamente a salvação promovida por Cristo.
                          i.    Fica evidente que a libertação veio de fora e não foi algo arquitetado dentro da fornalha.

                         ii.    O segundo passo foi desatá-los das ataduras que o opressor colocara (“vejos os varões hebreus soltos”)

                       iii.    O terceiro passo tem que ver com o andar livremente no ambiente que foram lançados (“eles passeiam no meio do fogo sem sofrer dano algum!”).

                       iv.    E finalmente, Deus mesmo os acompanha em toda circunstância (“Vejo um quarto ser semelhante a filho dos deuses”)

2.  Comunhão: Por escolherem o caminho que os levariam à fornalha, eles tiveram uma comunhão muito mais intensa com Deus.

3.  Prosperidade: Além disso, os judeus saem muito mais enriquecidos e honrados dessa prova. Anteriormente, os judeus apenas estavam na província de Babilônia. Agora, prosperam na província de Babilônia. (Dan. 2: 49 e 3: 30)

B.    Impressão da verdade nos súditos e no coração de Nabucodonosor.

1.  Impacto da Verdade: Por meio desse milagre, Nabucodonosor e as centenas ou milhares de funcionários babilônicos, na planície de Dura, foram postos frente a frente com o Deus verdadeiro. (vrs. 24,25,27)

2.  Semente da Verdade Plantada: Apesar do rei não se converter de todo, mas pelo menos a semente da verdadeira adoração fora plantada e iria produzir frutos no futuro. (vsr. 28-29)
CONCLUSÃO
A.     Diante dessa história concluímos:

1.  Não precisamos ser enganados quanto às artimanhas promovidos por Satanás com sua proposta de adoração falsa, nos dias de hoje.

2.  Deus, através dos três hebreus, revela quais atitudes devem apresentar os Seus verdadeiros adoradores, nos últimos dias dessa terra.

3.  Ser fiel a Deus promove bênçãos para nós e as pessoas que estão ao nosso redor.

B.    Ilustração: Edição do dia 23/02/2012 Homem convertido ao cristianismo é condenado à morte no Irã O pastor evangélico Youssef Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica. Decisão da justiça iraniana provocou indignação internacional. Uma decisão da justiça do Irã provocou indignação internacional e protestos de defensores da liberdade de religião. Um homem que se converteu ao cristianismo foi condenado à morte. Youssef Nadarkhani foi preso em 2009 porque não quis que os filhos estudassem o livro sagrado dos muçulmanos - o Alcorão. Ele se tornou cristão aos 19 anos de idade e três anos depois, já pastor evangélico, fundou uma pequena comunidade cristã na cidade de Rasht, a noroeste de Teerã. Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica, e recebeu a sentença máxima: morte por enforcamento. Durante três anos, o caso foi examinado por cortes superiores iranianas. A esposa de Nadarkhani também foi detida, chegou a ser condenada à prisão perpétua, mas depois foi solta. O pastor, por três vezes, recebeu proposta de abandonar o cristianismo e voltar para o islã, em troca da suspensão da pena de morte. Youssef Nadarkhani não aceitou. Segundo o Centro Americano de Lei e Justiça - uma organização que defende a liberdade religiosa nos Estados Unidos e acompanha o caso de Youssef - a sentença foi confirmada pelo governo iraniano e a ordem de execução foi dada. Jordan Sekulow, diretor do centro, vem divulgando em um programa de rádio a perseguição contra Nadarkhani. "Não sabemos se ele ainda está vivo nesse momento" diz Sekulow. "A ordem de execução não é divulgada publicamente. A única coisa que pode salvar Nadarkhani", ele diz "é a pressão internacional, principalmente de países como o Brasil, que tem boas relações diplomáticas com o Irã".

Fonte A voz do Profeta

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