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sábado, 30 de março de 2013

Lição Esc. Sabatina 2° trimestre 2013 Num. 1


Lição 1 - Adultério espiritual (Oseias)

30 de março a 6 de abril





Sábado à tarde

Ano Bíblico: 1Sm 24–27



VERSO PARA MEMORIZAR:

“Semearei Israel para Mim na terra e compadecer-Me-ei da Desfavorecida; e a Não-Meu-Povo direi: Tu és o Meu povo!
Ele dirá: Tu és o meu Deus!” (Os 2:23).


Leituras da Semana

Pensamento-chave: Mesmo em meio ao adultério espiritual e ao juízo divino, o amor de Deus por Seu povo nunca vacila.

O profeta Oseias ministrou no fim de um período muito próspero da história de Israel, pouco antes da queda nacional diante dos assírios em 722 a.C. Naquele tempo, o povo escolhido de Deus já não adorava somente ao Senhor, mas também servia a Baal, um deus cananeu.

Sendo o primeiro dos profetas menores, o livro de Oseias aborda a questão central da proclamação profética durante aquele tempo de apostasia: Continuava Deus amando Israel, apesar da prostituição espiritual? Ainda mantinha Seu propósito para a nação, apesar dos pecados dela e do juízo vindouro?

A história pessoal de Oseias e a profecia estão inseparavelmente ligadas em seu livro. Assim como o profeta havia perdoado a esposa infiel e estava disposto a levá-la de volta, Deus estava disposto a fazer o mesmo por Seu povo.

O que podemos aprender com a experiência de Oseias e a maneira pela qual o Senhor lidou com o rebelde Israel?
 

DAno Bíblico: 1Sm 28–31


 Uma estranha ordem
“Quando, pela primeira vez, falou o Senhor por intermédio de Oseias, então, o Senhor lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor. Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho” (Os 1:2, 3).

Durante séculos, os estudantes da Bíblia têm debatido a natureza dessa ordem, fazendo perguntas, como: Gômer era uma prostituta ou apenas uma esposa infiel? Ela era imoral antes de seu casamento com Oseias, ou somente depois se tornou infiel?

Não sabemos ao certo. Uma coisa, porém, é certa: Quando o Senhor falou a Oseias e por meio dele, queria desviar a atenção das pessoas da história de Oseias para a história do Seu amor por Israel. Visto que Gômer era israelita, a história de seu casamento com o profeta se mistura com a história da aliança divina com Israel.

Há paralelos importantes entre a história de Oseias e a experiência de Deus com Israel. Em nível humano, Gômer foi infiel a Oseias. Em nível espiritual, Israel foi infiel a Deus. Assim como a imoralidade de Gômer feriu o coração de seu marido, a idolatria de Israel entristeceu o coração de Deus. Oseias foi chamado a suportar tristeza de coração e rompimento do casamento. Ele deve ter sofrido indignação e vergonha públicas. No entanto, quanto mais ele experimentava a infidelidade de Gômer, mais profunda era sua compreensão da tristeza e frustração de Deus com Israel.

1. Muitas vezes, Deus pediu que outros profetas fizessem algo além da pregação. Como a maneira divina de lidar com Seu povo foi simbolizada pelas ações dos profetas? Is 20:1-6; Jr 27:1-7; Ez 4:1-6

Que tipo de testemunho você dá não apenas por suas palavras, mas também por suas ações? Que aspectos de sua vida revelam que você é não apenas uma boa pessoa, mas um seguidor de Jesus?


  


Traição espiritual

Quando Gômer, esposa de Oseias, cometeu adultério, ele sofreu a agonia da traição, humilhação e vergonha. Aos vizinhos e amigos que viram sua dor, Oseias transmitiu uma mensagem divina por meio de palavras e ações: Israel, a esposa de Deus, era igual a Gômer. O povo escolhido estava cometendo adultério espiritual.

O profeta Jeremias comparou os israelitas infiéis a uma prostituta que vivia com muitos amantes, apesar de tudo o que Deus havia provido para eles (Jr 3:1). De forma semelhante, o profeta Ezequiel chamou o idólatra Israel de “mulher adúltera”, que se havia afastado de seu verdadeiro marido (Ez 16:32). Por essa razão, a idolatria na Bíblia é vista como adultério espiritual.

2. Que advertência é dada em Oseias 2:8-13? Estamos em perigo de fazer essencialmente a mesma coisa?

A expressão “o trigo, e o vinho, e o óleo” também é usada em Deuteronômio 7:12-14 para descrever produtos básicos que as pessoas desfrutavam em abundância, de acordo com as promessas de Deus dadas por intermédio de Moisés. No tempo de Oseias, as pessoas eram tão ingratas para com Deus, tão envolvidas com o mundo, que estavam apresentando essas dádivas divinas aos seus falsos ídolos. Isso nos adverte a não utilizar as dádivas recebidas do Senhor tendo em vista objetivos diferentes daquele para o qual elas foram planejadas – Seu serviço (Mt 6:24).

“Como Deus considera nossa ingratidão e falta de apreciação por Suas bênçãos? Quando vemos alguém desprezar ou usar mal nossas dádivas, nosso coração e nossas mãos se fecham contra essa pessoa. Mas os que recebem as dádivas misericordiosas de Deus, dia após dia e ano após ano empregam mal Suas bênçãos e negligenciam as pessoas por quem Cristo deu Sua vida. Os meios que Ele emprestou para sustentar Sua causa e construir Seu reino são investidos em casas e terras, desperdiçados com o orgulho e satisfação própria, e o Doador é esquecido” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald [Revista do Advento e Arauto do Sábado], 7 dezembro de 1886).


Você acha fácil usar as dádivas recebidas de Deus de forma egoísta, ou até mesmo de maneira idólatra? Na prática, como podemos evitar esse pecado?






Promessa de restauração
3. Leia Oseias 2. Qual é a mensagem principal de Deus para Seu povo nesse texto? Como o evangelho é revelado nesse capítulo?

A mensagem de Oseias apresenta a profunda verdade do constante amor de Deus por um povo indigno. O capítulo 2 contém um longo discurso do Senhor sobre a apostasia de Israel, que é então comparada com esse amor infalível. Após a punição, o marido guiará a esposa em uma viagem ao deserto, onde eles se casarão novamente.

Assim, o capítulo termina com a descrição de um tempo futuro, depois do juízo, quando Deus atrairá Israel para amá-Lo como antes (Os 2:12-15). Os animais selvagens não mais devorarão as vinhas e figueiras da esposa, mas se tornarão parceiros na nova aliança (Os 2:18). Além disso, cada filho receberá um novo nome, revelando novamente a vontade divina de curar e perdoar as transgressões passadas de Seu povo.

4. Deus oferece gratuitamente o perdão dos pecados. Qual é o custo do perdão para Deus? Qual foi o custo pessoal dessa lição para Oseias? Os 3:1, 2

Crescendo como homem em Israel, Oseias estava destinado a desfrutar de uma condição privilegiada naquela sociedade patriarcal. Mas esse privilégio vinha com uma grande responsabilidade. No antigo Israel, o homem tinha que fazer um tremendo esforço para perdoar e receber de volta a esposa infiel, além da aceitação dos filhos gerados por outro homem. Ficar com a esposa, esses filhos e, assim, sofrer a rejeição social deve ter sido uma das mais difíceis experiências da vida.

Oseias, porém, “comprou-a” de volta. Deus, em certo sentido, fez a mesma coisa pela humanidade, mas o custo foi a morte de Jesus na cruz. Somente olhando para a cruz podemos obter um quadro muito mais claro do preço que Deus pagou para nos resgatar da ruína que o pecado causou.





Quarta

Ano Bíblico: 2Sm 8–10




Acusação contra Israel


Oseias 4:1-3 apresenta Deus como Aquele que traz uma acusação ou uma questão jurídica (hebraico rîb) contra Israel. A nação escolhida era culpada diante de seu Deus porque o povo não havia conseguido viver de acordo com os termos da aliança. Verdade, misericórdia e conhecimento de Deus deviam ser as qualidades do relacionamento entre Israel e Ele. De acordo com Oseias 2:18-20, esses são dons que Deus concede ao Seu povo na renovação da aliança.

Devido ao pecado, porém, a vida de Israel foi destituída desses dons da graça. Os crimes listados por Oseias tinham levado a nação à beira da anarquia. Os líderes religiosos, sacerdotes e profetas, tiveram parte na deterioração da vida de Israel naquele momento e foram responsabilizados por isso. Eles tinham grande responsabilidade. Se não enfrentassem os abusos e não condenassem os atos de injustiça, seriam condenados por Deus.

No Antigo Testamento, a adoração de ídolos era considerada o pecado mais grave porque negava o papel do Senhor Deus na vida da nação e do indivíduo. Devido ao clima seco, as chuvas nas terras de Israel eram questão de vida ou morte. Os israelitas chegaram a acreditar que suas bênçãos, como a vivificante chuva, provinham de Baal. Por isso, construíram santuários para deuses estrangeiros e começaram a misturar imoralidade com adoração.

Ao mesmo tempo, a injustiça social se alastrava na terra. As classes ricas em Israel exploravam os camponeses a fim de conseguir pagar tributo à Assíria. Muitos recorriam à fraude e ao engano (Os 12:7, 8). Foi em virtude dessas coisas que o período anteriormente pacífico e próspero se tornou um momento de turbulência política e social. O país estava à beira do caos total.

“Pobres homens ricos, professando servir a Deus, são dignos de piedade. Enquanto professam conhecer ao Senhor, eles O negam em suas obras. Quão grandes são suas trevas! (Mt 6:23). Afirmam ter fé na verdade, mas suas obras não correspondem à sua religião. O amor às riquezas os torna egoístas, exigentes e arrogantes. Riqueza é poder, e frequentemente o amor a ela corrompe e neutraliza tudo o que é nobre e divino no ser humano” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 682).

5. Leia Tiago 5:1-7. Como essas palavras se encaixam com a verdade presente expressa nas mensagens dos três anjos de Apocalipse 14:6-12? Seja qual for nossa posição financeira, como podemos nos proteger contra os perigos que o dinheiro sempre apresenta aos seguidores de Cristo?




Quinta

Ano Bíblico: 1Sm 17–19


 

Chamado ao arrependimento


“A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3).
O nome Oseias em hebraico significa “o Senhor salva”, e está relacionado com os nomes Josué, Isaías e até mesmo Jesus. O profeta chama o povo a rejeitar o pecado e encontrar refúgio no Senhor seu Deus, porque Ele é seu Criador e Redentor. O propósito do juízo divino era lembrar aos pecadores que sua vida e força provinham dAquele a quem eles deviam voltar. Por isso, mesmo em meio a todas as advertências e pronunciamentos de juízo, o livro de Oseias apresenta os temas do arrependimento humano e do perdão divino.

O profeta exortou a nação, que estava perecendo no pecado por “falta [do] conhecimento” (Os 4:6), a continuar conhecendo plenamente a Deus e a viver em harmonia com Seus princípios eternos. Foi a falta de conhecimento de Deus que levou o povo à rebelião e acabou resultando no juízo.

Em contrapartida, por meio da fé e obediência eles poderiam conhecer o Senhor. Esse conhecimento pode ser próximo e íntimo. É precisamente por isso que o casamento é um símbolo do tipo de relacionamento que o Senhor deseja ter conosco.
Por isso também a vida cristã é principalmente um relacionamento com o Deus vivo. Por essa razão, o Senhor chama as pessoas para conhecê-Lo e seguir Sua vontade.

O problema do pecado trouxe uma terrível separação entre Deus e a humanidade. Mas, pela morte de Jesus na cruz, um caminho foi feito para que caminhemos lado a lado com o Senhor. Podemos, de fato, conhecê-Lo por nós mesmos.

6. Qual é a diferença entre saber coisas a respeito de Deus e conhecer a Deus? Como essa diferença se reflete na nossa vida prática? Se alguém lhe perguntasse: “Como posso conhecer a Deus?”, o que você responderia? O que as seguintes passagens ensinam sobre a importância de “conhecer o Senhor”? Êx 33:12, 13; Jr 9:23, 24; Dn 11:32; 1Jo 2:4.




Sexta

Ano Bíblico: 2Sm 13, 14



Estudo adicional


Com o tempo, Oseias tomou conhecimento do fato de que seu destino pessoal era um espelho do sofrimento divino, que sua tristeza ecoava a tristeza de Deus. Nesse sofrimento semelhante, como ato de solidariedade com a aflição divina, o profeta provavelmente tivesse visto o significado do casamento que tinha contraído por ordem divina [...]

“Somente vivendo na própria vida o que o divino Esposo de Israel experimentou, o profeta foi capaz de sentir compaixão pela situação divina. O casamento foi uma lição, uma ilustração, em vez de símbolo ou sacramento” (Abraham J. Heschel, Os Profetas; Massachussets, Prince Press, 2001, p. 56).

“Em linguagem simbólica, Oseias pôs perante as dez tribos o plano de Deus de restauração em favor de toda pessoa penitente que se unisse com Sua igreja na Terra, as bênçãos asseguradas a Israel nos dias de sua lealdade a Ele na terra prometida. Referindo-se a Israel como aquele a quem Ele ansiava mostrar misericórdia, o Senhor declarou: “Eis que Eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito” (Os 2:14, 15; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 298).


Perguntas para reflexão

1. Costumamos pensar que idolatria é se curvar a estátuas. De que forma a idolatria pode ser algo muito mais sutil e enganoso do que isso?
2. O que significa conhecer a Deus? Se você diz que “conhece o Senhor”, o que quer dizer com isso? Como esse conhecimento é adquirido?
3. Alguns teólogos antigos argumentaram que Deus é impassível, isto é, Ele não sente angústia nem prazer devido às ações de outros seres, como os seres humanos. O que pode levar as pessoas a defender essa posição? Por que devemos rejeitar essa ideia?
4. Pense no elevado preço da nossa redenção. O que isso nos diz sobre nosso valor diante de Deus?


Respostas sugestivas: 1. Isaías andou nu e descalço para ilustrar o que ocorreria com os prisioneiros egípcios e etíopes e para advertir Israel a não depender do Egito; Jeremias fez jugos e correias para usar e enviar às nações, indicando que Nabucodonosor subjugaria os povos; Ezequiel desenhou a cidade de Jerusalém em um tijolo, pôs cerco sobre ela e se deitou sobre a iniquidade de Israel e Judá. 2. O povo de Deus sofreria por causa da idolatria, ao atribuir aos falsos deuses as bênçãos concedidas pelo Senhor. 3. Deus desejava restaurar a felicidade de Seu povo infiel e levá-lo à reconciliação com seu Criador. 4. Para Deus, o perdão custou a morte de Seu Filho; para Oseias, custou a vergonha diante da sociedade e um preço pago ao amante da mulher adúltera. 5. Tiago advertiu contra as riquezas obtidas por meio da injustiça, motivada pelo egoísmo e adoração ao ser humano; o Apocalipse adverte contra a falsa adoração, que resulta em injustiça e opressão, em contraste com a adoração ao Deus verdadeiro, Criador e Mantenedor da vida. 6. A diferença está na comunhão com Deus, que nos leva a cumprir Sua vontade. Podemos conhecer a Deus pelo estudo da Bíblia, oração e testemunho. Essa foi a experiência de Moisés, João, Daniel e Jeremias.

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